História Coração Mecânico - Capítulo V

- Não queremos quase nada querida, só você. – Digo. 

- Eu? Por que eu? – Ela pergunta. 

- Talvez porque recebi ordens de te encontrar... – Falo. 

- Pra...? – Ela pergunta levantando uma sobrancelha. 

- Ai Agatha, não sei ta bom? Só tenho ordens pra te achar. – Digo perdendo a paciência. 

- Bom, já achou. O que acontece agora? – Ela pergunta me desafiando com os olhos. Olho pro Matt e ele da de ombros. 

- Sei lá. – Digo. 

- Como assim sei lá? – Ela pergunta. Já to irritando. 

- Chega de perguntas. – Fala o Matt já se esgotando também. O agradeço com os olhos e encaro a Agatha. 

- Vai me esfaquear também? Como fez com ele? – Ela pergunta apontando pro corpo do nosso ex-professor. Reviro os olhos. 

- Talvez, mas acho que o Zalgo não iria gostar nadinha que eu fizesse isso então to me aguentando aqui. – Digo e ela parece deixar escapar um pouco do medo que estava segurando. Olho pros olhos violetas dela e vejo uma coloração meia avermelhada. Lentes. – Parece incomodar. – Digo quando a vejo ficar piscando os olhos varias vezes.

- O que? – Ela pergunta confusa. 

- As lentes. – Digo apontando pros olhos dela. 

- Por que você usa lentes? – O Matt pergunta a encarando. 

- Talvez porque meus olhos são vermelhos e as pessoas ficam me chamando de demônio!?!!? – Ela diz. 

- Faz sentido. – Falo. 

- As lentes são azuis, mas como meus olhos são vermelhos eles ficam violetas. – Ela explica. Bufo e caminho pra mais perto do Matt. Bom, ela bate com a descrição!

- Por que será que o Zalgo a quer? Se ela é tão importante assim o que faz escondida no meio dos humanos? – Pergunto pra ele. 

- Talvez porque eu seja a neta de Lúcifer? E ele precise do sangue de um herdeiro pra recussitá-lo? – Ela pergunta e eu e o Matt a encaramos. – Que foi? Li isso em algum livro satânico. – Ela diz. 

- Pensei que ele só tivesse um filho. – Digo. 

- Sim, só que esse filho estuprou uma humana e ela engravidou. – Explica a Agatha. Puta merda. Encaro o Matt com os olhos arregalados e ele me encara da mesma forma. 

- Zalgo esta fraco e precisa de Lúcifer pra recuperar sua força. – Sussurra o Matt.  

- Se Lúcifer voltar, Zalgo vai tomar os céus e fazer da terra o inferno. – Digo baixinho. Se isso acontecer não vai ter mais humanos pros creppypastas matarem e provavelmente nós enlouquecíamos e mataríamos uns aos outros. Isso não vai ser nada bom. 

- E todos morreremos. – Digo junto com o Matt. Sim, ele pensou a mesma coisa que eu. 

- Precisamos falar com Slender. – Diz o Matt recuperando sua postura. 

- Não. Se fizermos isso, Zalgo pode descobrir e ferrou tudo. – Falo. 

- Érrr... Eu ainda estou aqui. – Diz a Agatha balançando a mão. 

P.O.V  Agatha

Fiquei observando a situação um tanto confusa, ninguém havia me explicado ainda nada.

- Alguém poderia me explicar a situação aonde minha pessoa se encontra? – Pergunto, tentando obter uma resposta, Ally se vira para mim.

- Zalgo pretendia lhe matar, nada de mais! – Fala Allycom tom de brincadeira, bufo revirando os olhos.

- Desculpe desapontar vocês, mas gosto da minha vida monótona. – Falei séria cruzando os braços. Liam riu. – Do que esta rindo, oh palhaço? – O critíco, seu riso era do tipo uma risada maníaca estilos aqueles filmes de terror, então poderia considerar aquela risada irritante.

- Ninguém escapa de Zalgo, ou de nós! – Falou o Liam e eu o encaro.

- Pra tudo tem a primeira vez! – Falo rindo e dou meia volta. Não pretendia passar a madrugada inteira batendo um papo com um defunto ao lado. Queria dormir!

- A onde pensa que vai baixinha? – Falou o Liam me segurando pelo ombro, me impossibilitando de continuar meu percurso para "casa".

- D..O..R..M..i..R – Falei pausadamente para que ele possa entender claramente. Porém eles me olham como se fosse uma demente falando. – Amanhã tem aula e estou com sono. – Explico. 

- Nem pense em faltar amanhã, se isso acontecer caçaremos você. – Ally falou me avisando, eu somente a encarei.

- Ai que meda! – Falei com voz infantil. – Se eu quiser eu falto!

- Se faltar não vamos só caçar você... – Falou Liam deixando um suspense. – Talvez uma torturinha não seria uma má ideia... – Ele completa. 

- Talvez lhe dar umas vassouradas na cabeça não  seja má ideia. –  Murmurei pensativa, as vassouradas devem ajudar ele a pensar melhor, tirar o lixo, poeira, aranha, centopeia da mente... As vezes é  bom. Ri com minha piada que complementei mentalmente.

- Seja mais criativa! – Resmungou Ally. – Suas ideias de agressões são tão patéticas que dá vontade de rir.

- Desculpe, mas diferente de vocês tenho o sentimento que se chama piedade ao próximo! – Retruquei já  sem paciência. Um fato sobre mim é que meu humor fica péssimo quando estou com sono. Liam começou a resmungar.

- O que fazemos com essa garota? Ela já esta me irritando. – Diz Liam sem paciência.

- Sei lá, mata e joga em qualquer lugar? Isso é uma ideia até que coerente! – Falou a Ally pensativa.

- Ah... Só avisando que antes de me matarem pretendo tentar sobreviver. – Digo. A Ally não intendeu devo ter falado algo que ficou relativamente confuso. Aproveitando essa confusão toda tentei correr, é apenas tentei, pois cai no chão  com uma dor dos inferno na perna.

- Viado! Filha de uma pirita! – Comecei a xingar ela, pois aquela coisa desprezível havia atirado uma faca em minha perna.

- Quem deixou você ir? – Pergunta a Ally. 

- Eu mesma. – Respondo me levantando. 

- Cala a boca desgraça! – Diz o Liam perdendo a paciência e joga um machado na direção da minha cabeça. Apenas fecho os olhos esperando a lamina afiada atingir minha cara.