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História Coração Valente - Capítulo IX


Escrita por: Son_inhas2

Notas do Autor


Olá pessoas, ia postar ontem porém aconteceu alguns imprevistos.
Obrigada pelos comentários e aos leitores novos.
Esta obra é de minha autoria e os respectivos personagens, tais como o anime são de propriedade de tio Akira.
Boa leitura :*

Capítulo 9 - Capítulo IX


 

 Eu sonhei que estava desaparecido

e Você estava tão assustada

Mas ninguém podia ouvir

Pois ninguém se importava.

Depois do meu sonho

Eu acordei com esse medo

O que eu deixaria quando eu morrer?

Linkin Park - Leave Out All The Rest 

 

Já havia se passado dois dias e duas noites desde que Goku despedira-se da vida que estava levando, o sol estava forte; e o calor havia deixado suas roupas cheia de suor. Ele retirou sua camisa e a enrolou no pulso, sentiu uma forte contração no abdômen, levou a mão até o local, massageou levemente por cima da pequena cicatriz, foi o bastante para lembrar-se de como a conseguiu, ali sentado e observando a enorme e vasta planície de árvores, que se estendiam de um lado a outro daquelas águas; suspirou. Reconheceu imediatamente para onde estava indo, medo e receio tomaram conta de seu coração. Era como se fosse a primeira vez que os veria, estava voltando, Aragon não ficaria muito distante do final daquele canal, como estariam todos? Como eles o receberiam? De repente assustou-se com a possibilidade de o chamarem de traidor. Seria, já que foi dado como morto e ao se curar não voltou imediatamente ao lar, porém, desde que conhecera a linda morena de pele alva; desejou nunca mais voltar. O amor havia o pego, forte e implacável; sentia-se um parvo por desejar tal prazer enquanto uma guerra estava acontecendo.

Enquanto sua mente passeava por um misto de memórias e seu coração apertava-se em saudades, ele visualizou mais à frente uma pequena ponte de madeira, reconheceu o local onde ele e seu fiel amigo de infância brincavam; geralmente era naquele lugar que os homens mais velhos do povoado pescavam; se seguisse remando com certeza á alguns metros dali, já perto da costa ficava o porto. Mordeu o lábio e fechou os olhos, inspirou o ar; o aroma fresco das árvores se misturavam a brisa emanada das águas, expirou. Com certeza a melhor coisa a fazer, era atracar na pequena ponte de madeira; conhecia uma trilha, se fosse por ela, chegaria até um sitio. Conhecia o senhor que morava lá, era um ex guerreiro; um dos mais bravos e fortes. Tinha lutado para defender a península da Inglaterra, junto ao antecessor de seu pai adotivo. Quando mais novos, Goku e Vegeta costumavam visita-lo vez em quando, eles passavam tardes ouvindo estórias de batalhas; de como o antigo rei havia selado tratados e conquistado belas mulheres, o ancião tinha sido o braço direito do mesmo, sendo bastante conhecido como O General dos cavaleiros da ordem do Dragão, símbolo da antiga cavalaria do reino. Com certeza haveria um celeiro, e o velho Kame, jamais o negaria ajuda. Da forma que estava enfadado, a possibilidade de ir andando até o povoado lhe dava náuseas.

Então ao encostar o barco as madeiras laterais da ponte, ele estendeu a corda e o amarrou dando fortes nós, a maneira que a maré cheia não o levaria. Pegou o cantil de água que Tenshin havia lhe dado e pendurou envolta do pescoço, o suor escorria da sua testa por toda a face. Ergueu o braço e enxugou a testa. Caminhou a passos largos e seguiu até o local.

 

No reino de Flypan, os cozinheiros trabalhavam a todo vapor para apressarem o jantar, logo receberiam visitas. Nesta noite os emissários do reinado de wesex viria conhecer a princesa prometida de sua majestade. Liderados por Vegeta, haviam chegado quando a lua já estava a pino. Rei Cutelo, na esperança de passar uma boa imagem e impressão os convidou para hospedarem-se nos aposentos para convidados do castelo. É claro que o jovem guerreiro de cabelos espetados grunhiu e não gostou muito da ideia, porém, como no outro dia estariam retornando, aceitou.

A hora do jantar real chegou, e todos estavam sentados esperando o momento das apresentações. Vegeta passeava os olhos com ar de desconfiança por todo o lugar, ainda achava aquilo tudo estranho, o casamento, o acordo de paz, a união dos reinos; não, definitivamente aquilo tudo não cheirava bem. Cedo ou tarde tudo iria se esclarecer, mas enquanto isso, mantinha-se preparado. Não deixou de treinar um instante sequer, enquanto enchia a cabeça com tais questões, a marcha de boas-vindas começou ser tocada.

Ele virou o olhar em direção a enorme porta, e levantou-se. Piscou várias vezes seguidas, quando deu-se conta que era a princesa, cruzou os braços e quase não acreditou quando viu, ela era mais jovem que pensava e com certeza muito bonita. Sua pele clara assemelhava-se a neve, as bochechas levemente rosadas; ela usava um longo vestido de renda azul da cor do céu, no pescoço um colar de pedras esmeralda, o cabelo negro em uma enorme trança que terminava na altura da curva de sua cintura; ele observou tudo lentamente até perceber a face da menina, não sabia explicar por que; mas a expressão em seu rosto não era de felicidade. Seu pai tinha sorte, porém ainda achava a ideia absurda; casar-se com alguém que aparentava ser da sua mesma idade, em outras ocasiões, sua futura madrasta poderia ser sua irmã.

- Meus caros, contemplem minha jovem e estimada filha, senhorita Chichi Cutelo. – Falou o rei caminhando até ela, segurou sua mão e a direcionou até o centro da enorme mesa.

A morena mantinha um sorriso forçado nos lábios. Tudo aquilo soava falso, mas estava farta de tanto lutar e não conseguir safar-se, ela soltou-se do pai e em educação segurou as barras do vestido, e fez uma reverência.

Vegeta como líder, aproximou-se. Curvou o corpo e ajoelhou-se em respeito na frente dela, grunhiu baixo e escondeu o orgulho.

- É um prazer conhece-la princesa, sou Sam Vegeta; filho de seu futuro marido e guerreiro das tropas da ordem do dragão, meu pai, mandou-me para busca-la e assegurar sua segurança na ida até sua futura morada. – Rosnou baixo, porém ninguém havia escutado.

- Oh, fico lisonjeada em conhece-lo. Não precisa mais ficar assim, pode levantar-se. – Constrangida e levemente corada, ela sorriu e estendeu o braço para que ele beijasse a palma de sua mão, era sinal de respeito.

- Muito bem, espero que realmente assegure que minha filha e a criada dela tenham uma confortável viagem, não vou tolerar insultos. – Rei Cutelo os interrompeu, tão logo caminhou até a sua cadeira e sentou-se. – Podemos enfim jantar, logo trataremos pessoalmente sobre os nossos assuntos. – Deixou um sorriso sarcástico ecoar pelos lábios.

- Como queira, princesa? – Abriu espaço para Chichi, segurou e arrastou a cadeira como um cavalheiro, e somente voltou a seu próprio assento quando assegurou que a mesma havia se acomodado. – Obrigada pela gentileza - ela respondeu.

A refeição correu bem, algumas palavras eram trocadas entre o rei e o guerreiro. Questões pertinentes a batalhas, guerreiros e coisas que a morena já se entediava em ouvir, no entanto observara seu futuro enteado intrigada. Ele não parecia ser tão mal, era educado, fino e portava-se impecavelmente bem, além de ser bastante bonito. Se seu futuro marido fosse como ele, ela não precisaria temer. Após o jantar, os membros reais e de cavalaria principais dos reinos se recolheram a sala de reuniões, lá permaneceram por uma hora, o destino da jovem estava sendo tratado. Já não havia mais como correr atrás.

 

Enquanto isso, Goku já avistava o pequeno celeiro vermelho, ele tinha caminhado alguns quilômetros pela trilha, surpreendeu-se quando viu o senhor sentado e aparentemente cuidado do que parecia ser uma horta. Se aproximou e abaixou-se se pondo de joelhos e o ajudando. Imediatamente o velhote se virou e quase caiu para traz ao deparar-se com o jovem, seus olhos arregalaram-se e a boca se formou em um “O”.

- G- GOKU, acaso queres me matar ? – Gaguejou assustado, pôs a mão sobre o peito e respirou profundamente, continuando. – Esse pobre velho não tem mais um coração forte para sustos.

- HAHAHAH, ora mestre. Pare de falar absurdos. – Olhava divertido passando a mão sobre a nuca, levantou e a estendeu para ajudar-lhe a levantar ; ele ainda assustado, arrastava-se pelo chão e mantinha os olhos arregalados.

- PA- PA- PARA TRAZ ESPÍRITO, EU JÁ FIZ VIAGENS PARA ALDEIAS DISTANTES, VOLTE DE ONDE VEIO OU TEREI QUE FAZER UM RITUAL E MANDA-LO DE VOLTA PRA LUZ. – Pronunciava histérico, fazendo uma cruz com os dedos.

- Mas senhor, eu estou aqui. Venha, dê-me as mãos, vou ajuda-lo a levantar. – O rapaz estava confuso quanto a reação que vira, mas segurava-se para não cair na gargalhada em respeito ao bom velhinho. – Vamos Homem, qual seu medo?

- Eu- eu fui. – O velhote engoliu saliva e balançou a cabeça descrente com a visão a sua frente. – Eu o vi naquele barco, vi quando atearam fogo, e quando foi despachado ao mar. Você estava morto, eu constatei, fui ao seu velório.

- HUUNF! Foi? Bem isto é incrível, confesso que também não entendo como, mas eu não morri. – Piscou várias vezes e desfez o sorriso transformando sua face em uma expressão séria. – Vamos, toque-me e verá .

Kame levantou com um pouco de dificuldade, sacudiu suas roupas meladas de terra, respirou fundo e aproximou-se. Rodeou várias vezes o jovem, analisando a situação. – Interessante, mas como é possível? – Tocou as mãos nos músculos aparentes do tórax do moreno,e levou os dedos ao queixo o segurando.

- Se ajudar-me, prometo que lhe conto tudo que sei. Preciso voltar ao povoado, como vê estou bem e vivo, e o meu pai adotivo precisa saber; devo pedir-lhe também que me forneça um cavalo, sei que somente tem dois; mas estou cansado e a viagem pelo bosque até lá é cansativa. – Abaixou a cabeça como respeito e vestiu a camisa novamente, agora já seca.

- T- tudo bem, meu rapaz. Venha, entre e conversaremos. Vou ver se arranjo roupas novas para você, estas suas estão horríveis.

 

Os dois entraram e foram até a cozinha, Kame preparou vinhos tintos e os colocou sobre a mesa com alguns pedaços de pão e algumas maçãs. Goku bebericou um pouco e intercalava com alguns pedaços da fruta, o vento soprou janela adentro fazendo a atmosfera do lugar ficar mais fresca. E assim os dois seguiram conversando os próximos minutos, Ele contou tudo que tinha conhecimento, sobre a flecha envenenada, sobre como foi salvo e curado, e o local onde ficou os restante dos dias. Somente omitiu sobre a tão bela mulher que conheceu, ele preferia assim; uma história que pertencia aos dois, ficaria com ambos, um dia ele voltaria e a buscaria, quando todas aquelas batalhas de interesse passassem, os dois poderiam ir embora refazer suas vidas juntos em algum lugar.

O tempo passou rápido e quando se deram conta já era demasiado tarde, perceberam se tratar de ser a madrugada, pelo orvalho que se formara nas plantas e o ar extremamente gelado que soprou.

- Durma esta noite aqui, com este tempo dificultará para chegar no seu destino, além de ficar doente. Incomoda se dormires na sala? A lareira está acesa, não tenho comodo suficiente, perdoe-me.

- Por favor, não se incomode. Durmo em qualquer lugar, na sala está bom. – Goku retirou as roupas que o velhinho o havia conseguido, dobrou e colocou sobre o centro de madeira que ficava ao lado de um pequeno sofá feito de feno. Percebeu quando Kame voltou portando alguns cobertores e uma almofada em mãos.

 

- Creio que isto será suficiente, o calor da lareira é forte assim não ficará com frio. Se agora me permite, vou retirar-me meu rapaz. – Deu de costas e subiu as escadas sumindo de vista.

 

O moreno ficou ali, se aquecendo com o ar quente vindo da lareira, deitou-se e fechou os olhos, ficou a pensar na última vez que viu a moça pelo qual seu coração se prendeu, imaginou todos os momentos que viveram , as palavras doces dos versos que ela tanto dizia e a luz que aparecia em seus orbes ônix quando as pronunciava. As palavras ecoavam em sua mente repetidamente, transformando-se em uma bela canção de ninar. “Pois o amor é tão forte quanto a morte”; e com isso adormeceu.

 

A noite correu tranquila para nosso casal, e já se podia ver os primeiros raios de sol da manhã surgir pelas frestas das enormes janelas do palácio de Flypan, Vegeta acordara cedo, quando o céu ainda estava escuro. Caminhou em direção ao navio, atracado perto da costa. Seus companheiros também puseram-se de pés a mesma hora em que constataram um guerreiro aborrecido, ele tinha uma expressão carrancuda naquele dia, respirava pesadamente e quase não se comunicou muito com seus colegas, ele não via a hora de voltar, entregar a noiva de seu pai, tomar Bulma e casar-se logo; queria que aquilo tudo acabasse e pudesse seguir sua vida pacatamente, ter filhos; e ensina-los a guerrear.

Tudo estava pronto na embarcação para a longa viagem de dois dias pelo atlântico, se dessem sorte e não houvesse forte tempestades, chegariam rapidamente .

 

- Atenção companheiros, vamos fazer o possível para não assustar a bela princesa, principalmente vocês dois, Nappa e Raditz. – Apontou em direção aos dois que tão surpresos logo endireitaram o corpo e fizeram uma cara de por que? – Não se façam de loucos, os conheço desde criança. Sempre gostaram de pôr a prova os truques sádicos e galanteadores contra mulheres. Lembrem-se que a princesa de Cutelo é noiva do seu rei.

- Sim Vegeta, vamos protege-la. – Falaram uníssonos.

- Ele está mais nervoso que o normal hoje, não acha? – perguntou o forte cavaleiro de cabelos longos e castanhos escuros, ao mais alto e barbudo.

- Conheço ele, há algo que está o incomodando e não comenta. Ele só dirá quando tiver certeza. – Nappa respondeu, virando-se para dar os últimos nós nas cordas que prendiam as velas.

- Pode ser, algo me diz que essa viagem de volta vai ser extremamente cansativa. – Falou raditz se afastando.

 

Todos viraram-se quando a jovem apareceu sendo acompanhada de Suno e mais alguns criados que carregavam suas malas, ela aparentava estar assustada e os olhos fitavam curiosa para todo o lugar.

 

- De certo é uma bela mulher, faria feliz pelas belas noites que um homem a tivesse em seus aposentos, ele não a deixaria até o fim da vida. – Falou Nappa sendo repreendido por uma voz forte e imponente.

- GRRR! Melhore os pensamentos vulgares, e preste atenção no seu serviço. – Falou Vegeta, aproximando-se da rampa de acesso, pôs os braços para traz e abaixou-se reverenciando a morena. – Seja bem-vinda senhorita, espero que esteja tudo de seu gosto, tratei de pedir para arrumarem o lugar onde ficará. – Falou e logo voltou a posição de antes, quando se pôs em pé, ele pode notar que a moça já estava próxima e o observava curiosa. Seus olhos se encontraram por instantes e ele logo corou.

 

Chichi não sabia como, mas não estava sentindo medo com toda aquela situação, mesmo lembrando-se do esforço que fez para não levar o plano do pai adiante, pela primeira vez em seus 19 anos estava pondo os pés para fora daquele reino, seu coração estava calmo e desde que conhecera aquele jovem de cabelos espetados, ela não sabia explicar mas sentia que era um homem bom, sentiu uma afinidade; não algo romântico isso tinha certeza; Goku ainda tomava conta de seu coração e breve seria mulher de outro, mas aquele à sua frente lhe passava boas sensações.

 

- Agradeço a gentileza, mas pode chamar-me de Chichi, se vamos ser parentes não precisamos de tantas formalidades não é mesmo? – Sorriu gentilmente e o viu corar mais, “fofo” pensou. – Esta é Suno, minha criada e amiga; pode dizer para ela onde ficaremos e ela providenciará para pôr minha bagagem.

- Hãm- Ah sim, claro. Cuidarei disso. – Ele chamou Raditz e esse conduziu a ruiva até o local onde seria as suas estalagens.

- Então er- Chichi não é mesmo? – A morena balançou a cabeça afirmando. – Gostaria de conhecer todo o navio, isto é, já conheceu algum de perto?

- Oh, adoraria. E não, esta é a primeira vez em vida que vou há algum lugar longe. – Ela estendeu a mão para que ele a segurasse, quando assim o fez, os dois seguiram em direção a proa; em segundos conversavam como dois amigos de infância.

....

 

 


Notas Finais


E ai o que acharam dos novos personagens? Nappa, Raditz e Kame?
Tadinha da Chichi, mas por outro lado está feliz em se livrar do pai.
O que vocês acham que vai rolar agora? comentem para eu saber o que acharam deste capítulo.
Kisses..


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