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História Corações de areia - O Chamado


Escrita por: L-Drago e Siegrein

Notas do Autor


Olha eu aqui. Eheee, tens que atirar melhor que isso amigo rsrsrsrsrs. Ei, quem jogou sapato?!
Mil desculpas, mil desculpas, mil desculpas. Eu sei que a fic tá atrasada mas aconteceu um montão de coisas que me impossibilitaram atualiza-la. Para começar, fiquei sem computador. Depois sem internet. Esse capítulo estou postando a partir do cel, por isso, qualquer erro que me escapou, perdoem.
Espero que gostem, boa leitura.
Eheee, só pk acertou da primeira, pensou qur podia fazer de novo.
Ei, quem jogou garrafa?!

Capítulo 14 - O Chamado


Fanfic / Fanfiction Corações de areia - O Chamado

22h15´

Suna, Edificio do Kazekage.

- O que foi dessa vez, Temari? – perguntou Gaara, aborrecido, afastando o olhar das folhas que tinha sobre a mesa para encarar a loira parada no meio da sala, a poucos passos de distância da sua mesa. Desde àquela discussão que não se falavam e, orgulhosos como eram, nínguem dava o braço a torcer, resignando-se a pedir desculpas ao outro.  

Temari não se deixou afetar por seu comentário, tinha uma missão a cumprir. 

- Só vim avisar que a comitiva de Konoha acabou de chegar, estão na fronteira. – disse, atenta à reação desgostosa de Gaara. O cenho franzido e o olhar estreito fizeram-na sorrir um pouco; Gaara dizia que não, mas, obviamente, a vinda de Sakura preocupava-o. Também!, não podia ser de outro jeito. Afinal de contas, Sakura era a garota de quem gostava, embora relutasse dizê-lo em voz alta. 

- Vais buscá-los, suponho? – perguntou Gaara. 

- Sim, e, só para que saibas, pretendo alojá-los lá em casa. 

[...]

14 horas antes. 

Konoha, Edificio do Okage. 

- O que fazemos, Okage-sama? – perguntou o ninja da ANBU, após notar que Naruto havia terminado de ler o documento que trouxera. Pela expressão do loiro, algo naquela carta o incomodava seriamente. E vinha de Suna. 

- Chame a Sakura. – ordenou Naruto.  

- Sim. – anuiu o ninja e, prontamente, retirou-se, usando uma técnica de teletransporte.  

Naruto recostou-se no espaldar da cadeira, analisando uma vez mais aquele documento. Algo não batia bem. Passado um mês desde que o Conselho de Suna havia tomado conta do caso de Sasuke, esperava apenas a hora que o fossem chamar. Só a ele. Porém, não tinha como a carta ser mais explicita: queria que Sakura o acompanhasse. 

Porquê será?, se perguntava, preocupado. 

O atentado de Sasuke havia debilitado a relação com Suna. No último mês, desde a ida de Gaara, as fronteiras foram barradas e nenhum acordo se concretizou. Suna mantinha silêncio, sem informar coisa alguma. Há duas semanas atrás, arriscou enviar uma carta à Gaara, pedindo que o atualizasse. A carta, infelizmente, não foi respondida. Conhecendo Gaara como conhecia, duvidava muito que a carta tivesse chegado às suas mãos. Se tivesse chegado, seria respondida na hora. 

A essa altura, pensava Naruto, o conselho devia estar no comando, impondo sua vontade. Isso justificava o facto de Sakura ter sido chamada. Gaara não o faria, não quereria vê-la. Agora, restava saber porque queriam a rosada em Suna. Qual o próposito?.

Seus pensamentos foram atrapalhados por batidas na porta. A imagem de Sakura lhe veio à mente. Só podia ser ela, era a única que batia. Largou a carta na mesa, respirou fundo e só depois autorizou que entrasse. 

Sakura adentrou o cômodo em silêncio. Àquelas horas; faltando pouco para as 8, não surpreendia ninguém vê-la usando a bata do hospital. Parou no meio da sala e se demorou a encarar o loiro antes de dizer alguma coisa. Atenta, conseguiu perceber, numa análise preliminar, que Naruto estava inquieto. Inquietou-se também. Para ser chamada, é porque tinha a ver com ela; e o que tinha a ver com ela, de certeza tinha a ver ou com Sasuke ou com Gaara... ou, pior ainda, com os dois. 

- Mandou me chamar? – quis saber. 

Naruto assentiu. 

- Sente-se. – disse, apontando a cadeira a sua frente. Sakura tomou o assento, sem desviar o olhar dele. Ficaram se encarando, um analisando o outro. Sakura parecia calma, mas não estava. Naruto conseguiu percebê-lo. Sakura não sabia, mas ele sempre recebia um relatório semanal sobre ela. Na sua maioria, contavam que ela estava fazendo serrões a mais no hospital, sobrevivendo, basicamente, de bolos medicinais e café.  

Embora fosse uma atitude imprudente e algo imatura, Naruto a entendia; era sua forma de lidar com a mágoa e de afastar as memórias dolorosas dos últimos acontecimentos. Infelizmente, pensava Naruto, teria que reavivar essas memórias, dizendo-lhe que, obrigatoriamente, tinham que partir para Suna, o que significava que iria se encontrar com Gaara... outra vez. 

(...)

- Não precisa ir se não quiser. – disse Naruto, apoiado no batente da porta do quarto de Sakura. Assistia a rosada, que estava de costas para ele, colocando roupas na mochila, fingindo estar descontraida. Internamente, estava abalada. A notícia, como era de se esperar, pegou-a de surpresa. O próposito de ter sido chamada à Suna permanecia um mistério, o certo é que iria se reencontrar com Gaara, a principal razão de estar, simultaneamente, empolgada e receosa. 

Empolgada? Sim. Essa viagem lhe dava a oportunidade de corrigir os acontecimentos de seu último encontro com Gaara. Já não tinha dúvidas quanto ao que sentia por Gaara. Gostava dele e, como havia prometido, não perderia nenhuma oportunidade, por mais infima que fosse, de ficar com ele.  

Receosa? Sim. Temia a reação de Gaara. Se dissesse que gostava dele, estaria a pôr a bola no seu lado do campo, estaria vulnerável, esperando apenas que ele sentisse o mesmo que ela. Dai o medo. E se os sentimentos dele tivessem mudado? 

- Não disseste que era obrigatório? – perguntou, sem deixar de arrumar suas coisas, faltando pouco para terminar. Conhecedora do clima de Suna, mesclava roupas leves e pesadas.

- Sim, eu disse, mas eu preciso saber que estás bem para fazer essa viagem, que estás em condições de reencontrar o Gaara. – explicou Naruto. 

Sakura fechou a mochila e se virou para encarar o amigo. Naruto estava visivelmente preocupado. E com razão. Os acontecimentos da última vez foram decepcionantes, e como tal, não trouxeram nada de bom. Ao levá-la para se encontrar com Gaara, confiou que ela reagiria bem, de maneira adulta. Porém, na hora H, ela desmereceu essa confiança.

Esse, felizmente, não seria o caso dessa vez. Agora, ia com um plano diferente. Ia atrás da sua felicidade, que, como havia prometido, não voltaria a sacrificar por Sasuke. 

- Pode confiar, eu estou bem. Eu quero me encontrar com o Gaara – disse, firme. Sorriu em seguida, o primeiro sorriso sincero em muito tempo. Dissipavam-se seus medos, enquanto confirmava, internamente, sua determinação em ser feliz. 

Naruto pareceu abobalhado por uns instantes, admirando a metamorfose que se deu em Sakura. Podia jurar que se tratavam de duas pessoas completamente diferentes, a do último mês e essa que exteriorizava a alegria de quem estava apaixonada. 

Alegrava-se por vê-la assim, mas, ainda assim, embora não aparentasse mais, continuava preocupado. Preocupava-o a possibilidade de, dentro em breve, a alegria de Sakura se tornar tristeza. Sakura ignorava o facto da chamada ter sido do conselho - e não de Gaara -, o que significava que o assunto principal seriam os crimes de Sasuke, bem como o castigo que julgavam adequado. Conforme Temari havia deixado claro, executá-lo seria a opção mais votada. 

O facto de gostar de Gaara não significava que gostava menos de Sauske. Tinha escrúpulos para repudiar seus atos, mas, ainda assim, dizer que não tinha mais sentimentos por ele era só uma forma de enganar a si mesma. 

Enquanto Kage, Naruto sabia-o bem: Os Conselheiros, quando em posição de poder, não dão pontos sem nós. Então, qualquer que fosse a razão de terem-na chamado, colocaria à prova o que sentia tanto por Gaara, como por Sasuke. 

Temia, portanto, que Sakura não estivesse a altura da artimanha que lhe esperava em Suna. 

[...]

22h20'

Suna, Edificio do Kazekage

Gaara ficou alguns minutos em silêncio, refletindo o que Temari dissera. Precisava pensar com calma, mantendo as emoções sob controle afim de analisar aquilo objectivamente, com lógica. Algo se passava, e ele ia descobrir o quê.

- Pensei que me querias distante deles? – perguntou Gaara, sorrindo de leve.  

- Mudei de ideias. – redarguiu Temari. 

- Assim, do nada? – insinuou. 

Temari assentiu. 

- Não acredito em você. – disse Gaara. 

- Faz como quiseres, Gaara, só te contei para não seres pego de surpresa, afinal de contas, a casa é tão minha quanto sua. 

Gaara balançou a cabeça de modo afirmativo, aceitando sua justificação. Temari estava certa. Embora fosse o Kazekage, a casa em que moravam os três – ele, Temari e Kankuro – não era exclusivamente sua. Isso, claro, justificava apenas o direito da irmã de colocar lá quem bem entendesse; por outro lado, não justificava o porque de recuar na sua decisão de querê-lo afastado de Sakura e Naruto, trazendo-os diretamente para sua casa.  

Gaara adotou um ar mais sério, decidido a desvendar aquela situação. 

- Qual é o propósito disso, hein, Temari? Pretendes alcançar o que com esse joguinho? 

- Não é joguinho nenhum. - rebateu Temari, precipitada. Gaara pareceu surpreendido, os olhos arregalados, analisando-a minuciosamente. Temari rangeu os dentes, amaldiçoando-se pelo deslize. - Naruto é o Okage e a Sakura é minha amiga, nada mais normal que alojá-los num lugar decente. – explicou, já mais calma. 

A explicação, infelizmente, falhou seu propósito. Gaara não acreditou em nenhuma daquelas palavras, Temari estava estranha, o que só confirmava sua suspeita de que algo se passava. Numa conversa, a probabilidade de Temari se irritar era maior que a de se precipitar para responder à alguma coisa. E mais, o modo como se explicou, calma e singela, não era típico dela. O ter insinuado que algo se passava devia fazê-la sorrir, matreira, mas não, ela não o fez. Logo, sua desconfiança não era descabida. Havia coisas que precisava saber, e quanto mais cedo, melhor. 

- Nós dois sabemos que não é só isso. - acusou Gaara. - o que o conselho tem a ver com isso? 

- O que te leva a pensar que o Conselho tem algo a ver com a minha decisão?

- Não abuse da minha inteligência, Temari. – bradou Gaara. - Tomaste a decisão de alojá-los lá em casa, mas não é por nenhuma das razões que citaste. Algo se passa. Acabei de saber que, há duas semanas, o conselho interceptou uma carta do Naruto dirigida à mim. Aposto que sabias. 

- Não sei do que falas. – respondeu Temari, evasiva. 

Gaara parecia cada vez mais nervoso, fuzilando-a com os olhos. Temari, por outro lado, surpreendentemente, não lhe retribuia o ódio, se fazendo de desentendida. 

- Têm tomado decisões nas minhas costas e eu exijo saber qual é o plano por trás desse teatro todo. 

- O que te faz pensar que eu sei de algo? - perguntou Temari, fingindo inocência.

- Tens estado de segredinhos com o conselho, tu conheces o plano. – acusou Gaara. 

- Se há algum plano, não estou informada, tenho me limitado a cumprir o que eles mandam. 

- Ai é que está o problema. Tu nunca te limitas a “cumprir” o que os outros mandam. – disse Gaara, fazendo aspas imaginárias. Temari sorriu de leve. Até certo ponto, Gaara tinha razão, nunca foi do tipo de se submeter. Quando algo lhe incomodava, punha para fora, independentemente de quem lhe falava. 

Talvez – só talvez! – fosse hora de abrir o jogo. 

- Tens razão, Gaara, eu sei de tudo. Sei o que o conselho pretende com a vinda da Sakura. – admitiu. Gaara recostou-se na cadeira, fitando o alto. Respirou fundo, aliviado. As feições relaxaram e voltou a encarar Temari, já mais calmo, com esperança de que ela fosse contar tudo. Infelizmente, pensava Temari, isto estava fora de questão. – mas eu não vou contar. – disse. 

O semblante de Gaara caiu, e o rosto voltou a endurecer. Temari não se importou, mas também não riu. Era hora de colocar seu irmão no lugar. 

- O conselho só tomou a dianteira porque tu deixaste e não têm te contado nada por escolha tua. 

- Isso justifica o facto de seres “pau-mandado” deles?

- Sim. – respondeu Temari. – justifica porque percebi que, para alguns casos, precisas de um empurrão.

A surpresa pairou no olhar de Gaara, logo substituida pela desconfiança. 

- O que isso significa?! – perguntou. 

Temari respirou fundo. Acabava de cometer um segundo deslize. 

- Isso não é importante. Importa apenas saberes que o conselho tem tomado as melhores decisões para Suna. 

- Exijo saber o que se passa, Temari, deves-me isso, sou o Kazekage. – Gaara nunca usava o título como forma de exigir algo, para fazê-lo é porque estava sem opções para fazê-la ceder. Infelizmente, havia falhado na pessoa. Ele mesmo sabia, Temari não se submetia com facilidade. 

- Disseste bem, és o Kazekage; como tal, amanhã na reunião, terá uma cadeira para ti. Se queres mesmo saber o que se passa, aparece. Caso não, não te resta opção a não ser esperar. 

- Lá estarei. – disse por fim, rendido. Havia se retirado do caso de Sasuke, mas a desinformação aniquilava-o. Precisava saber o que se passava, estar a par de tudo, e se aquela era a única forma, arriscaria participar daquela reunião tão cheia de artimanhas. 

- Ótimo. – disse Temari, retirando-se em seguida, deixando-o só com seus pensamentos. 

O que quer que fosse dito amanhã, selaria seus destinos. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado. E, mais uma vez, desculpem a demora em atualizar. Agora, quanto ao próximo capítulo.... Não sei rsrsrsrsrs!
Ei, vai onde com esse sapato?


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