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História Corações divididos - Sakura e Itachi (Itasaku) - Eu não sou mais eu


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo????

Quero agradecer o apoio das pessoas que tem me enviado mensagens encorajadoras, os comentários fofos e incríveis e claro, a todos os que tem favoritado essa história que esta apenas no começo, mas que tem muito a oferecer.
Vocês são, não apenas um incentivo, mas também a força que me leva a continuar a escrever!

Obrigada povo!!!! Bjnn *-*

Capítulo 11 - Eu não sou mais eu


A sensação de tê-lo dentro de mim era a melhor de todas, ele se movimentava com maestria, fazendo gemidos agudos saltarem da minha boca. Nosso contato visual só era desfeito quando eu já não suportava mais o tesão e fechava os olhos. “Olha para mim” ele pedia. Sua voz transbordava luxúria, e eu, atraída a fazer tudo o que ele quisesse, apenas obedecia.

 Suas mãos seguravam minha bunda com força, machucando a minha pele, mas eu queria aquilo, queria satisfazê-lo da forma que ele estava me satisfazendo. Então quanto mais doía, mais prazer eu sentia. “Gostosa...” Meu corpo arrepiou todo ao ouvir isso, mas de alguma forma ainda queria mais e sabia que ele tinha muito para me dar.

 Me aprofundei naquela loucura insaciável enquanto ele se movimentava dentro de mim quase impacientemente. Segurei seu braço com a mão esquerda, e com a direita dei um tapa forte no rosto dele, mas, entendendo o motivo daquilo, ele apenas intensificou seus movimentos e segurou minhas duas mãos acima da minha cabeça, me impedindo de fazer qualquer coisa. “Adoro ouvir você gemendo pra mim.”

 Acordei com meu próprio gemido, meus cabelos estavam molhados e eu não queria abrir os olhos. Aquele sonho enlouqueceu todos os meus sentidos. Esfreguei minhas pernas uma na outra, sentindo minha umidade, meu corpo começou a tremular e meu coração estava a mil. Senti um formigamento no meu baixo ventre e logo depois contrações que nunca havia sentido antes. Eu estava gozando.

 Levei minha mão direita até minha intimidade, pressionando-a por cima do short, pensando que aquela, sem dúvida, foi a melhor sensação que já tive em toda minha vida. Estava cansada, mas tinha acabado de acordar. Um sorriso se formou em meus lábios e eu sequer sabia o porquê de estar me sentindo tão leve, apenas sabia que era muito bom aquele fenômeno.

 Abri os olhos analisando o quarto à minha volta. Uma parte de mim desejava imensamente que aquele sonho fosse realidade, por mais que eu odiasse admitir; ele mexia comigo, com meu corpo e minha mente de uma forma que jamais imaginaria que fosse possível. Seu jeito safado de falar me excitava e já não sabia por quanto tempo iria conseguir disfarçar isso.

 E como se tudo isso já não fosse o suficiente para mim, eu não tinha ideia do que eu sentia por Itachi ainda. Ele era uma maré de incertezas arrastando minha vida para um lugar desconhecido. E de alguma forma ele sabia que eu gostava e isso me envergonhava de maneira extrema. Passei os dedos delicadamente em meus lábios, me recordando de seu beijo.

 Nunca beijara ninguém a não ser ele em toda minha existência, mas ainda assim tudo em meu corpo indicava que homem nenhum me causaria tanta satisfação. O que parecia insanidade da minha parte. Nem saberia dizer quando foi que tudo isso começou a se complicar tanto em minha cabeça, me confundindo desse jeito, mas às vezes pensava estar assim desde quando o vi pela primeira vez.

 Ontem, após ouvir as palavras que ele disse, me levantei abruptamente de perto dele, mas meu coração doeu, reclamando da minha ação. Ele me extasiou, mas eu não admitiria isso para ele jamais. Meu orgulho não permitiria que eu fizesse tamanha bobagem. Peguei o livro que estava no chão e, antes de sair, exigi que ele se afastasse de mim.

 Mas era mentira, não era aquilo o que eu queria, o que eu realmente queria era me entregar a ele naquele momento. Por quê? Eu não sabia. Mas ele já me tinha por completo, mesmo que eu lutasse contra isso, esse era um jogo que eu já havia perdido. Agora estava em uma contagem progressiva para ver por quanto tempo ainda conseguia me manter de pé.

 Durante o jantar ele me encarava despudorado, nem se importando se alguém perceberia. Me sentei ao lado de Deidara, me sentia confortável perto dele. Conversamos o tempo inteiro, mas quase não toquei na minha comida. Era difícil sentir fome quando tinha alguém querendo me devorar. E Kin, que ainda não havia chegado, não parecia mais despertar a preocupação dele.

 Me levantei da cama, ainda sentindo uma estranheza no meio das minhas pernas. Ter que olhar para ele novamente seria uma tortura, mas eu tentaria me manter o mais forte possível. Enquanto tomava banho, sentia meu clitóris inchado e sensível como nunca havia estado antes, o líquido que o tomava era escorregadio e diferente. O meu corpo estava implorando por aquilo que eu queria rejeitar a todo e qualquer custo... minha carne desejava ele.

 Saí do meu quarto tentando reprimir todos esses pensamentos malucos, mas até isso era difícil, me sentia quase que doente e obsessiva. Ao chegar na cozinha, quase caí para trás, meus olhos, instantaneamente, foram cobertos por lágrimas e minhas bochechas queimavam. Konan e Ino conversavam com uma mulher de cabelos castanhos escuros, que deveria ser Asami, ex de Kisame, e este conversava com Yahiko, Sasori e Deidara. Mas não foi isso que me abalou, e sim o fato de ver Kin e Itachi se agarrando deliberadamente no canto da mesa, mas dessa vez, diferente de todas as outras que os vi juntos, ele a estava correspondendo. Agarrava na cintura dela como havia agarrado a minha e a beijava soltando pequenos sorrisos de canto de boca, como se estivesse feliz.

 Queria desaparecer. Se pudesse escolher uma habilidade, seria o jutsu de ocultação com camuflagem, assim ninguém me veria sair dali. Mas eu não podia fazer isso, não podia fugir daquilo. Além do mais, o que eu poderia esperar de um cara como ele? Pisquei meus olhos várias vezes, tentando afastar as lágrimas de humilhação e raiva e me sentei ao lado de Asami, o único assento disponível, torcendo para que ninguém, Ino principalmente, notasse minha frustração.

 — Até que enfim, Sakura! Você está muito preguiçosa ultimamente — Ino falou, e eu dei um pulo da cadeira com Yahiko batendo na mesa, rindo de alguma coisa que Kisame falava.

 — Desculpa, gente. Eu estou me sentindo bem cansada ultimamente — falei sem graça.

 — Essa é a ex de... — Konan falou baixinho, apontando Kisame com os olhos.

 Me apresentei e arrisquei um sorriso grande, esperando que meus olhos e rosto não estivessem vermelhos. Ninguém além de mim precisava saber o que tinha acontecido, ninguém podia comentar nada, porque isso chamaria atenção de Itachi e me deixaria ainda mais desconfortável.

 — O prazer é meu. As meninas falaram muito sobre você — ela disse sorridente.

Acenei positivamente para Deidara que me dava um sorriso.

 — Não falei, Asami! O loirinho está caído pela Sakura — Ino sussurrou rindo, apenas para nós.

 — Para com isso, sua pervertida — ralhei com ela, tentando ao máximo não olhar mais para Itachi, mas a verdade era que eu queria muito ver o que ele estava fazendo. Queria saber se ele mordia os lábios de Kin como fez com os meus. Sabia que isso era ridículo, mas eu quase não estava me aguentando, ainda mais depois daquele sonho.

Como eu era patética. Uma masoquista.

 Tomamos nosso café, e eu praticamente engoli tudo o que vi pela minha frente. Estava com uma fome que não sentia há muito tempo, talvez por conta da experiência nova que tive hoje cedo, junto com minha falta de apetite da noite anterior. Comi até o pão que estava curiosa em experimentar, e achei uma delícia.

 Sempre tachei Ino de pervertida, mas estava me sentindo ainda pior que ela, pois as obscenidades que Itachi já havia pronunciado para mim não paravam de vir em minha mente mesmo quando a dor abafada que a visão dele beijando Kin me assaltava. De alguma forma maluca, até queria experimentar dizê-las em voz alta para testar como minha voz ficaria pronunciando tanta safadeza.

 Nós, as garotas, nos sentamos do lado de fora da instalação, em cadeiras que trouxemos da cozinha, usando uma pedra grande como mesa. Ficamos conversando por bastante tempo, e eu tentava parecer o mais normal possível. Não podia deixar que Ino desconfiasse de nada do que estava acontecendo, não podia imaginar como ela reagiria a toda aquela insanidade.

 Asami me contou a história dela com Kisame, ele parecia gostar bastante dela, não entendi porque a traiu, mas a provável inspiração dele para isso estava indo para o local onde estávamos, junto com todos os outros garotos. Itachi estava sem Kin dessa vez, e eles tinham cadeiras nas mãos, com certeza se sentariam com a gente.

 Trocamos de assunto no mesmo momento em que os percebemos. Ino estava propondo que fizéssemos uma festinha, claro... ela sempre só pensava em diversão. Yahiko se sentou ao lado de Konan, que estava à minha frente com Ino, e Deidara se sentou ao lado desta, ficando frente a frente comigo. Sasori sentou-se do lado de Deidara, Kisami se pôs ao lado de Asami, que bufou na hora. E para meu total desconforto, Itachi se sentou ao meu lado.

 — Sobre o que vocês estão falando? — Meu corpo tremeu ao ouvir a voz do homem que falava sacanagens em meu sonho.

 — A Ino está falando para a gente fazer uma festinha, sei lá — disse Konan dando de ombros, enquanto Ino emburrava a cara para ele.

 — Parece ser uma boa ideia, mas teria que ser semana que vem, porque o resto dessa semana vai ser puxado — falou Kisame dando um leve empurrão em Asami, que revirou os olhos. Estava na cara que ela ainda gostava dele, mas entendia o que estava fazendo, ser traída...

 — O que foi, testuda? — perguntou Ino, ao me ver dar um pulinho da cadeira.

 — Nada Ino, porca — falei ignorante, enquanto todos riam da forma que estávamos nos chamando. Estava muito nervosa: Itachi segurou minha mão por debaixo da mesa e tentava entrelaçar seus dedos aos meus, mas eu estava tentando resistir.

 — Se a gente fizer a festa, você vai participar né, Sakura? — Deidara perguntou radiante.

 — Eu não sei — falei entre os dentes, enquanto, vitoriosa, tirava minha mão da do Uchiha.

 — Todo mundo tem que participar, senão vai perder a graça — disse Sasori, dando uma pequena inclinada para frente e olhando Ino de forma sugestiva.

 Reprimi outro susto ao sentir a mão de Itachi, abusada, pousar em meu joelho despreocupadamente enquanto ele conversava. Me mexi um pouco, para mostrar meu desconforto, mas ele subiu um pouco a mão e segurou minha coxa com força. Mordi os lábios para reprimir o tesão que senti com aquele toque. Era como se ele soubesse exatamente como fazer para me enlouquecer.

 Como um ser humano tão horrível como ele poderia me abalar de uma forma tão intensa? Eu não sabia, mas estava começando a ficar preocupada: a namorada dele poderia aparecer a qualquer momento e ela faria um escândalo se pegasse aquela cena — e, sinceramente? Ela teria razão. Afinal, eu sabia que ele tinha alguém, o que só fazia com que me odiasse ainda mais por sempre ceder com tanta facilidade aos meus instintos. Comecei a me levantar vagarosamente, enquanto ele me dava um olhar descontente, deslizando sua mão para baixo enquanto eu levantava.

 — Vai aonde? — Quando Deidara perguntou isso, Itachi voltou seu olhar para ele de forma amedrontadora, mas o garoto não pareceu notar.

 — Só vou beber um pouco de água — menti, mas logo Ino se pronunciou dizendo que também queria, e mais e alguns pediram também.

 — Eu vou junto para te ajudar — Deidara falou me seguindo.

 Antes de sair, olhei para Itachi, mas ele aparentava estar inerte em pensamentos, os olhos enevoados. Por um lado, me senti ótima com aquilo, já imaginando que ele deveria estar descontente com meu afastamento; para mim, era como se eu estivesse retribuindo a raiva que ele havia me feito sentir hoje mais cedo, quando estava agarrando Kin, mas por outro me sentia mal por jamais tê-lo visto tão distante da realidade.

 Quando abri a geladeira, senti o toque de Deidara em minha cintura, virei o rosto para ver o que ele queria e arfei com sua boca tão próxima à minha. Não que eu sentisse algo por ele, mas pela surpresa de tamanha proximidade. Ele sorriu com as bochechas vermelhas, e eu abri passagem para ele, distanciando nossos corpos, o máximo que podia, mas ele permanecia com a mão em minha cintura — era algo amistoso e distante, mas a experiência que tive com Itachi me deixou em alerta.

 Pegamos água e copos, e eu, mesmo sem sede, bebi um pouco para que ele não desconfiasse. Fomos caminhando de volta para o local enquanto ele pedia manhoso para que eu participasse da festinha sem sentido que fariam. Eu não resisti vê-lo tão pedinte e animado e disse que participaria, desde que ninguém colocasse o som muito alto.

 Ele fez uma cara estranha quando disse isso, mas concordou. Quando chegamos na mesa, me senti mal por ter que sentar com Itachi, mas, para minha surpresa, Deidara pegou em minha mão, me guiando para o outro lado enquanto anunciava que eu decidi entrar na programação da tal festa. Eu me sentei ao lado de Sasori, que tinha chegado mais para perto de Ino, e Deidara ficou do meu outro lado.

 Eu não entendi muito bem o que aconteceu de imediato, mas ao me sentar Itachi deu um tapa na mesa, fazendo uma das jarras de água já vazia cair, e se levantou raivoso, olhando para minha mão na de Deidara. Seus olhos ficaram ali, por apenas um segundo, mas foi o suficiente para que eu pudesse notar. Sem dizer uma palavra, ele saiu da mesa e entrou na casa. Todos se entreolharam confusos, menos eu, que permaneci a olhá-lo até que ele sumisse.

 — O que deu nele? Está ficando mais doido ainda? — perguntou Yahiko, numa explosão de risada, Konan deu uma cotovelada nele, como se pedisse para ele se conter.

 — Deve estar chateado com Kin, que teve que sair de novo — Kisame falou, enquanto levava um copo de água em direção à boca.

 — E desde quando ele se importa com o que a Kin faz? — perguntou Sasori.

Kisame deu de ombros.

Olhei para baixo, notando que Deidara ainda segurava minha mão, delicadamente me soltei dele, fingindo que queria pôr uma mecha de cabelo atrás da orelha. Não queria magoar ele de forma alguma, mas minha situação era complicada naquele momento. Eu sempre acreditei que não era certo se esquecer de alguém usando outras pessoas e, se eu aceitasse as investidas inocentes de Deidara, seria exatamente isso que estaria fazendo.

 Queria me levantar dali e ir atrás de Itachi. Queria saber o que se passava na cabeça maluca dele, mas não podia. Todos desconfiariam de algo. Engoli seco me lembrando de Konan; O Itachi trai ela com todas as piranhas que ele vê pela frente. Foi o que ela me disse no dia em que nos conhecemos, se referindo ao que ele fazia com Kin.

 E agora eu era uma dessas vadias. Claro, no começo foi tudo culpa dele, ele me induziu, me agarrou, mas agora até estava sonhando com ele, pensando nele de forma que nunca havia pensado em nenhum outro homem antes, nem mesmo no Sasuke. E isso me doía, em principal porque eu não sabia o que fazer para conter meus sentimentos e as sensações que sentia e porque sabia que aquilo era errado de muitas formas.

 Todos pareceram animados com a festa e ficaram fazendo planos para decoração e outras coisas. Eu fingia prestar atenção, porém minha mente me levava até Itachi — eu tentava me reprimir, mas só conseguia ficar com raiva de mim mesma por não ser capaz. Lembrava-me daquele abraço, do modo como ele me olhava, da forma como de repente tudo mudava e ele se transformava em puro caos, me lembrava que ele já tinha alguém... Não conseguia evitar querer saber o que ele estava fazendo agora, onde ele estava e por que realmente havia se comportado daquela maneira. Me sentia uma péssima amiga, Ino ali falando empolgada sobre assuntos nos quais eu deveria me interessar, mas não conseguia.

 Asami se levantou da mesa e Kisame fez uma careta, não entendi o que aconteceu, mas logo depois todos começaram a se levantar também. Não poderia perguntar, seria como se eu me entregasse estar longe demais da conversa. Restavam apenas Kisame e eu sentados, ele ainda bebia água como se estivesse matando ressaca, com a cara fechada.

 — Vai ficar aí? — Ino me perguntou, e eu, sem saber o que fazer, apenas sorri e me levantei, vendo Kisame se levantar também.

 Cada um tomou um rumo, e Ino segurou meu braço, dizendo o quão Sasori era incrível e que estava louca para ter um momento sozinha com ele. Ela era doidinha com certeza, mas ao menos sabia o que queria, ao contrário de mim, que tinha incertezas para um milhão de pessoas em meu coração. Chegamos ao corredor onde os quartos ficavam e ela falou que estava querendo tirar um cochilo: ficar sem ter muito o que fazer naquele lugar era uma das coisas ruins de estar lá. Na Aldeia, pelo menos tínhamos sempre uma ocupação, éramos realmente necessárias. Mas ela havia me dito que tinha limpado as prateleiras dos livros ontem depois que saí para ler, e ainda me culpou, disse que não teria que ter feito a limpeza sozinha se eu tivesse ajudado ela. E talvez teria sido melhor se eu tivesse feito isso mesmo, ao menos talvez agora não estaria me sentindo tão culpada por meus pensamentos... E meu sonho, já que ao invés de ter ficado sozinha com Itachi, teria ficado com minha amiga.

 Ao abrir a porta do meu quarto, quase dei um grito ao ver Itachi deitado na minha cama, minha mão agarrada ao peito acelerado pelo susto. Me segurei como pude e, sem graça, me despedi de Ino que estava parada em sua porta, falando para que eu não deixasse ela dormir por muito tempo, já que daqui a pouco teríamos que almoçar. Assim que fechei a porta, nervosa, ele se sentou, me olhando de uma forma furiosa.

 — Você está louco? O que está fazendo aqui? — sussurrei, me aproximando um pouco para que Ino, no quarto ao lado, não ouvisse.

 — O que você estava fazendo com ele? — sua voz era rude e pesada.

 — Com ele quem?

 — Você sabe muito bem de quem eu estou falando!

Ele se levantou, colando seu nariz no meu, tentei dar um passo para trás, mas ele segurou meu braço no mesmo momento, me fazendo ficar estática e com a respiração presa devido ao nervosismo e ao arrepio que percorreu meu corpo. Mantive-me imóvel, com medo de transparecer o que sentia.

 — Você não tem o direito de ter essa resposta. O que eu faço e com quem eu faço não te interessa.

Ele fez um giro exasperado com a cabeça, logo voltando a me olhar, me pegou com ainda mais firmeza, passando seus lábios nos meus e soltando um suspiro, quase que como um gemido. Minha boca tremeu ao sentir a dele, minha respiração se acelerou, mas ele se afastou novamente, tão rápido quanto se aproximou.

 — Eu não quero você perto dele de novo.

 — Não entendo. Você não me quer perto do Deidara, mas pode ficar se esfregando com a Kin a qualquer momento, que não tem problema.

 Ele abriu um sorriso e eu não soube identificar o que aquilo significava. Era sarcasmo? Dor? Eu nunca sabia realmente o que se passava pela cabeça dele.

 — Você não entende. Eu não posso me afastar dela, não agora.

Apertei um pouco meus olhos, aquilo me deixou confusa, principalmente por ele ter soado tão sincero.

— Como assim? — sussurrei, deixando minha voz sair mais branda agora.

 — Só esquece isso! — Ele selou seus lábios nos meus, e mais uma vez eu cedia a ele, sentindo meu corpo amolecer. Queria ser mais forte, mas ele tinha um estranho poder sobre mim.

 — Não posso esquecer — murmurei quando nossos lábios se separaram.

 — Só acredita em mim.

Ele me beijou novamente, mas agora pude sentir sua língua invadir minha boca em movimentos rápidos e necessitados, suas mãos agora subiam as minhas até que eu pudesse tocar sua nuca. E logo depois ele me tomou em seus braços, segurando minha cintura como se quisesse impedir que eu tentasse fugir dele.

 E talvez eu fizesse isso em outra circunstância, mas agora a única coisa que eu queria era sentir, sem culpa, ou medo, suas carícias. Tentei bloquear tudo e qualquer coisa da minha mente e me focar apenas nele — porque eu era egoísta e só queria poder sentir ao menos uma vez ser desejada de volta por alguém que eu também desejava, depois de tanto tempo querendo e sendo rejeitada. Estava começando a perder o fôlego naquele beijo, e ele, parecendo ler meus pensamentos, separou nossas bocas por alguns instantes, encostando sua testa na minha.

 Um sorriso escapou, sem querer, dos meus lábios, e ele levantou os olhos para me encarar, aqueles olhos que pareciam reconhecer minha alma. Puxei um pouco seus cabelos, e ele soltou um grave gemido, senti os bicos dos meus seios enrijecerem com isso. Fechei os olhos e ele tornou a me beijar, dando dois passos para trás e se sentando na cama, me puxando para seu colo.

 A sensação de que meu sonho se cumpriria me fez tremer de prazer, e medo. Fiquei sentada em uma de suas pernas e ainda nessa posição já podia sentir sua excitação por mim. Sua mão correu minha barriga, parando em meu seio. Ele parou o beijo me olhando como se pedisse aprovação, o que me espantou um pouco: ele nunca havia se importado com o que eu pensava e agora estava se fazendo de santo, ou talvez aquilo fosse coisa da minha cabeça.

 Mas, em todo caso, a minha resposta para ele foi colar nossos lábios novamente. Gemia entre os beijos sentindo sua mão acarinhar meus seios com aptidão. Em apenas um movimento, ele me colocou de costas para ele. Mordi os lábios tentando não ganir tão alto, quando senti seu pênis tão duro em minha bunda. Sua língua passeava pelo meu pescoço, enquanto sua mão direita subia gradualmente minha coxa, adentrando minha saia.

 Curvei a cabeça para trás e apertei minha boca contra o ouvido dele, usando minhas mãos para trazer seu pescoço para perto, enquanto sentia seu dedo tocar minha calcinha. Nossos gemidos se misturaram dentro do quarto, naquele misto de prazer e loucura. Tentava não fazer muito barulho, mas tudo parecia tão silencioso quanto a vastidão do universo, tendo nossas vozes como vórtice, fazendo tudo se mover para seu devido lugar. Deveria estar louca por deixar me levar tão facilmente.

 — Sua boceta está tão molhada. — sussurrou ele, a voz trêmula.

Arqueei mais um pouco meu corpo, sentindo seu dedo invadir minha intimidade. Mordi meu lábio com tanta força que pude sentir o gosto de sangue em minha língua. Eu estava ficando doida, e as palavras obscenas que eu tanto repudiei um dia agora impulsionavam ainda mais meu prazer.

 Eu não sabia se o amava, sequer sabia se estava apaixonada, mas ainda assim meu corpo o desejava com ardor. Seu dedo massageava meu clitóris em movimentos circulares, emanando uma pressão perfeita. E enquanto eu gemia em seu ouvido, ele mordiscava meu pescoço e me fazia rebolar em seu colo com a outra mão, que abraçava minha cintura. Estava perdida naquelas sensações, tentando não me sentir mal por ter deixado ele me tocar tão intimamente.

 Não existia mais ele e eu ali dentro, éramos nós, como um só. Abri os olhos, vendo o teto branco que se estendia pelo quarto. Ainda estava tão cedo, e nós estávamos ali... e depois de tantas discussões estava entregando meu corpo ao inimigo, e estava sentindo o maior dos prazeres fazendo isso. Aquela não era mais eu, mas estava apreciando com prazer a pessoa na qual me tornava e, ao mesmo tempo, me odiando por permitir aquilo.

 Comecei a sentir pequenos espasmos se espalhando por meu corpo e agora já sabia o que aquilo significava. Soltei um pequeno sorriso e olhei para ele, mas seus olhos estavam fechados, parecia estar aproveitando tanto quanto eu aquele momento. O sonho que tive não se comparava, nem de perto, ao que estava acontecendo ali.

 — Saaakura? — Dei um pequeno pulo de susto ao ouvir a voz de Ino e suas batidas na porta. Mas Itachi apenas me manteve ali, grudada nele e continuava com seus movimentos. Nem ao menos se abalou ao ouvir minha amiga.

 — Diz que já vai — ele sussurrou no meu ouvido em meio a um gemido gostoso.

 — J-já vou! — tentei gritar, mas tinha certeza de que minha voz saiu erótica demais. Afirmei minha teoria ao ver o sorriso que ele deu.

 — Só vai sair daqui depois que gozar para mim — disse ele, intensificando suas investidas, me fazendo derreter em seu colo. Mas talvez o que ele não soubesse era que eu queria continuar aquilo tanto quanto ele. E eu já estava quase lá, não dava para voltar atrás agora.

 — Anda looogo! — A voz de Ino, gritando do outro lado da porta, foi a deixa para que eu gemesse com um pouco mais de intensidade. Deixando meu corpo ser tomado pelo incrível prazer que estava sentindo, dobrei os dedos dos pés, arrastando-os no chão, e ele ainda gemia em meu ouvido como se estivesse sentindo tanto tesão quanto eu.

 Ofegante, cansada e desacreditada no que tinha acabado de acontecer, fui deixada por Itachi em cima da cama, enquanto ele saía do quarto pela janela sem olhar para trás. Tentei me colocar de pé, com dificuldade, ouvindo Ino batendo desesperadamente na minha porta por mais uma vez. Estava trêmula e fraca, muito mais do que quando acordei, minhas vistas captavam a luz com dificuldade.

 E apesar de ter passado a manhã inteira querendo isso e muito mais, agora começava a sentir um aperto no peito, uma pontada de arrependimento e raiva por ter feito algo tão contra meus princípios. Era como se tivesse, depois de andar o mundo inteiro, me perdido em mim mesma. Mas agora era tarde demais para lamúrias, só me restava as consequências de meus atos.

 — Já vou abrir!


Notas Finais


Meeee deeeesuuuu!!!! Que loucura gente! A Sakura não esta mais aguentando a pressão kkkkkk


É isso aí gente!!! Espero que tenham gostado!

Bjnn


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