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História Corações divididos - Sakura e Itachi (Itasaku) - Uma promessa


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Ei pessoas!!! Tudo certo???

Quero agradecer a todos que tem apoiado e incentivado a história com seus comentários incríveis. O meu dia fica ainda melhor graças a vocês!

Espero que gostem!

Capítulo 19 - Uma promessa


 A nossa vida se resume em vários momentos: alguns são felizes, outros são tristes e existem aqueles que não penderam para nenhum lado da balança e acabam sendo descartados da mente da gente, porém todos são importantes para a formação de nosso caráter e opiniões. Mas em algum momento de nossa existência, podemos ser obrigados a escolher caminhos apressadamente e esses momentos de insanidade podem resumir toda a nossa vida em um pequeno parágrafo.

 Agora já era difícil para mim esconder tudo aquilo que meus olhos evidenciavam. E por mais que eu tentasse esconder, entendia que ele sabia sobre os meus sentimentos e, às vezes, pensava que até era capaz de ler meus pensamentos. Cada toque, mesmo quando sem querer, era capaz de causar tsunamis dentro de mim, e eu, encantada com seu ser enigmático, me deixei levar em suas ondas avassaladoras.

 Porém existem coisas na vida da gente que parecem que nunca mudarão. Podem até ficar adormecidas por um tempo, mas depois voltam com tudo. E quando o via com Kin, era assim que me sentia; uma perdedora que sempre estaria em segundo plano. E o que me fazia aguentar e seguir em frente era vê-lo a desprezando a todo momento.

 Sabia que não existiam justificativas para minha alta tolerância, na verdade pensava em me afastar dele a todo momento, mas quando me lembrava dos instantes que tivemos juntos, a forma como ele me olhava e o desejo que via em seus olhos e gestos, me faziam querê-lo cada vez mais. E me sentia burra por tanto desejo, mas a decisão de tentar era a minha insanidade momentânea, que estava resumindo a minha vida nesse momento tão peculiar.

Explicar para Ino que apenas conversamos foi algo difícil. Ela queria, a todo custo, ter certeza de que eu não havia dado ao menos um soco nele e, quando eu disse que não, a cara que ela fez de insatisfação chegou a ser engraçada. Inventei uma história maluca e nessa história eu impunha a ele certas condições para que o acordo de trabalharmos com o grupo permanecesse intacto.  O que era uma completa mentira.

 No fim, ela acabou acreditando e ficou tagarelando o quanto queria ter participado daquela conversa e que se tivesse feito isso "Ah... Ele ia me ouvir!", dissera ela. Tive que ignorar alguns comentários maldosos, até que, para me salvar, Konan e Asami entraram no meu quarto, também para saberem o que tinha acontecido.

Ri demais quando elas me contaram com detalhes e até simulações, feitas por Ino e Asami, sobre como Kin caiu no chão quando Itachi a empurrou. As garotas estavam tão eufóricas, que poderia jurar que esse assunto ia render durante a semana toda. Konan me disse que Yahiko teve que mandar a garota embora, porque ela não parava de falar que ia me matar se algo acontecesse com Itachi, e eu fiquei orgulhosa em saber que Yahiko me considerava como uma colega, “Eu vou matar você, se souber que encostou um dedo na Sakura" foi o que ele dissera, segundo Konan.

 Apesar de saber que estávamos ali temporariamente e que eles eram, na verdade, uma ameaça que deveria ser estudada com cuidado, era quase impossível não me apegar. Convivia mais com eles do que com meus próprios pais agora e me sentir confusa com relação a todos era inevitável, já que me tratavam tão bem.

 Todas sentiam dó de Deidara, como se ele fosse um filhotinho de cachorro fofinho, abandonado por alguém na rua (eu!). E claro, tive que ouvir de Ino que fui muito rude com o garoto. Mas senti um beliscão dela em meu braço, não entendi muito bem o que ela queria com aquilo, mas deveria ser por pensar que eu também o espionava como ela fazia com Sasori.

 E, sim, eu já sabia bastante sobre ele e sobre os outros também, mas cada um tinha um jeito de fazer as coisas e eu não conseguia usar o sentimento alheio para tomar conhecimento dos fatos, como ela fazia. E jamais a criticaria por isso também: conhecia bem minha amiga e sabia que ela não aguenta ver um cara bonito que já fica toda felizinha.

 Quando já saíam do meu quarto, Ino falou no meu ouvido, discretamente, que Asami ficou furiosa quando ouviu Kisame falando sobre uma tal gatinha que estava a fim de conhecer. Ao que parece, Asami ficou até ignorante por alguns minutos, mas depois que percebeu que todos estavam notando sua atitude estranha, mudou sua postura rapidamente.

 Ficar um pouco sozinha depois de que tudo aconteceu foi até estranho. Sim... um pouco. Porque depois que tomei banho e já ia me deitar para dormir, Itachi foi até meu quarto cuidar da minha mão, como prometido. E apesar de sua face séria, ele parecia sereno e em paz, o que também nos deu a chance de conversar um pouco.

 Quando ele queria, era extremamente carinhoso, e isso me cativava e me iludia ainda mais, como nessa noite, por exemplo. Eu dissera várias vezes que não precisava cuidar da minha mão, que eu mesma podia fazer isso, porém ele insistiu e ainda disse que eu era teimosa por tentar o impedir de cumprir sua promessa. Só me senti triste quando acordei e não o vi mais lá, pois a minha vontade era a de acordar nos braços dele, da mesma maneira na qual adormeci.
  

 A semana se passou rapidamente, dizem que, quando o dia é bom, as horas voam. E era isso que estava acontecendo. Voltei a cuidar de Deidara, aplicando os venenos nele, o que deixou Itachi nervoso demais comigo. Ficou ao meu lado quase que uma manhã inteira sem dizer uma palavra sequer e nem deixava que eu encostasse nele. Apenas ficou lá, sentado em minha cama com os braços cruzados e aquele olhar de ódio que eu repudiava estampando seu rosto.

 Ele me via todas as manhãs quando eu terminava meu trabalho com Deidara e sempre tínhamos ao menos uma briga por conta do garoto e, depois desta, tínhamos outra, por causa de Kin. E me sentia um lixo depois, pois ele sempre dava a entender que não largaria ela por nada, o que sem dúvidas era mais doloroso do que levar um tapa na cara. No entanto, eu notava — não tinha como não notar — a forma como ele ficava estranhamente triste e impaciente quando o nome dela era levantado, como se houvesse ali um segredo profundo demais para ser escavado e trazido à tona. Às vezes, achava ser apenas a esperança pondo coisas em minha cabeça, mas em algumas outras vezes eu podia ter certeza de que havia algo mais no fato de os dois estarem juntos.

 Ter que me desviar de toda sua safadeza, mãos bobas e palavras obscenas era uma tarefa árdua, mas estava conseguindo, só não sabia até quando... até porque, não era novidade as sensações que ele causava em meu corpo.

Em todos os momentos, eu pensava em terminar tudo com ele, em parar de vê-lo e não permitir mais sua influência em minha vida. Mas sempre que pensava nisso, meu coração calculava mil e umas desculpas para continuar com ele, tipo aquela coisa que as pessoas costumam falar: "Para os erros há perdão; para os amores impossíveis, tempo". E essa era, sem dúvidas, a justificativa perfeita. Perdão para as coisas que ele havia feito no passado e tempo para conquistar seu amor e atenção apenas para mim.

 Deidara estava cada vez mais manhoso e isso me incomodava muito. Eu fazia de tudo para não dar nenhum tipo de esperanças para ele, só que o garoto era impossível. Parecia uma criança travessa, sempre aprontando alguma coisa, e eu via que Itachi tinha até parado de treinar com Kisame lá fora, para que não houvesse nenhum incidente outra vez.

 A verdade era que, apesar dos pesares, estava feliz e a escuridão que rodeava minha vida parecia ir se dissipando a cada passo que dava em direção ao meu destino. E esperava, de todo coração, que de alguma forma meu caminho estivesse entrelaçado ao do homem que tocava meus cabelos naquele momento, como se quisesse me ninar. Era sexta-feira, o dia da festa, e sabia que Ino não iria me deixar descansar por muito tempo, mesmo sabendo que passei a noite cuidando de Deidara.

 — Está sonhando acordada? — ele perguntou, com um tom de brincadeira na voz, me apertando em seu corpo.

 — Não. Só pensando que hoje não vou ter um pingo de descanso.

Ele revirou os olhos, rindo para mim.

 Como não amar aquele sorriso?! Seus dentes brancos e perfeitamente alinhados e sua boca, que parecia ter saído de um sonho, eram um convite delicioso para um beijo, que às vezes acontecia sem querer mesmo, como agora, que eu selava meus lábios nos dele, que ainda formavam aquele sorriso maravilhoso. E não saberia dizer quem estava mais surpreso por isso ter acontecido, ele ou eu. Mas passar por situações estranhas e constrangedoras já estava quase virando uma especialidade nossa. E ele apenas retribuiu o beijo, puxando um pouco meus cabelos para falar em seguida:

 — Já te disse que, se você quiser, nós podemos simplesmente sair de fininho e deixar o pessoal sozinho na festa — ele pronunciou essas palavras com um sorriso malicioso.

Nós nem tínhamos feito nada, ou se beijado direito, mas ainda assim já conseguia sentir seu pau duro encostando em mim — Sim, Pau duro! —, era difícil se manter a mesma com uma pessoa jogando coisas pesadas em cima de você o tempo todo. Como ontem, por exemplo, que ele disse que estava doido para experimentar minha boceta, e quando eu briguei com ele por ter dito essas palavras grotescas, ele simplesmente me falou: “Tá bom! Então eu estou louco para sentir sua vulva e para meter minha genital na sua!". E claro que tentei não rir com isso, mas era impossível! E a cara que ele fazia de deboche, como se quisesse me imitar enquanto falava, era ainda mais engraçada.

— Nada disso — continuei a conversa. — Sabe que se fizermos isso todo mundo vai notar nossa ausência.

 — E você sabe que eu não ligo para o que os outros pensam — ele rebateu, uma das sobrancelhas arqueadas.

 — Mas eu, sim.

 — Sei... Talvez o que você queria mesmo era ficar sozinha com Deidara. — E revirou os olhos.

— Não tem nada a ver, ou se esqueceu que você vai ficar com a Kin? A propósito, se você me ver com ele, a culpa é toda sua por estar com ela ao invés de ficar comigo — respondi.

 — É melhor a gente parar com isso, que já estou ficando nervoso — ele falou, bufando, enquanto eu revirava os olhos como resposta, imitando seu gesto comum. — Tem uma coisa que queria te dizer — comentou, coçando a cabeça, sem graça, e eu só o encarei com os olhos apertadinhos, sabendo que ia ter algum problema ali. — Kisame me viu saindo do seu quarto ontem. — Respirei fundo, deixando minha cabeça cair sobre seu peito mais uma vez.

 Nada era fácil para estar com ele e agora tinha uma pessoa sabendo que nos encontrávamos, isso já estava virando uma bola de neve. A bem da verdade, estávamos sendo descuidados e sequer tínhamos pensado sobre isso. Quarta feira ele até piscou para mim durante o jantar, e eu tive que disfarçar muito, para que ninguém soubesse o real motivo de minhas bochechas estarem vermelhas.

 — Itachi, é melhor a gente dar um tempo.

Um tempo era melhor. Talvez, com um tempo eu pudesse apagá-lo de mim de uma vez por todas. Era uma ótima solução e eu sabia que, se ele dissesse que tudo bem, meu orgulho não me permitiria aproximar dele de novo. No entanto, se ele não aceitasse isso... Bom, não conseguiria me afastar dele sozinha.

 — Claro que não! — ele respondeu exaltando, chamando minha atenção para olhá-lo de novo, e lá estavam aqueles olhos furiosos.

 — Eu já tinha comentado que deveríamos ter mais cuidado. E se sua namorada nos ver? — questionei.

 — Ninguém mais vai ver — ele disse convicto, aproximando seu rosto de mim.

— Você sabe que não pode garantir.

— Ninguém vai ver — ele repetiu com a voz ainda mais firme, me olhando nos olhos e me deixando perdida com sua maneira de ser.

 Aqueles lábios se encaixaram novamente nos meus, tirando o meu ar e sacudindo meu mundinho, como se tudo que eu vivi até então fosse apenas uma mera amostra do que ainda teria pela frente, com ele. Suas mãos abusadas já desciam até minha bunda e tive que usar da força para tirá-las de lá, e por mais que tenha feito isso, a minha real vontade era de deixá-lo continuar e ainda pedir por mais.

— Que saco, Sakura — ele falou ríspido, porém não parecia chateado. Me encolhi toda em seus braços, e ele riu. Mas logo parou, e eu virei o rosto, assustada, para a porta.

— Já vou! — gritei ao ouvir as batidas, levantei uma sobrancelha para ele, a fim de afirmar que eu estava certa sobre Ino ir me perturbar.

Quase gritei ao senti-lo se levantando da cama comigo em seu colo. Ele abriu um sorriso largo e encostou seus dedos médios e indicadores na minha testa antes de sair pela janela. Não sabia bem o porquê, mas ele sempre fazia esse gesto ao nos despedirmos.

Fiquei olhando para ele até que não pudesse mais vê-lo, e ele seguia sem olhar para trás, como sempre. Isso às vezes me incomodava, mas procurava não me importar muito ou ficaria louca com tanta coisa que enxergava de errado e que gostaria que melhorasse, para que tudo se encaixasse de maneira mais adequada para nós dois. Caminhei até a porta, passando minha mão pela boca e cabelos para tentar minimizar os efeitos causados por ele.

 — Nossa! Que demora — reclamou Ino, quase me atropelando ao entrar no quarto.

 — Oi, gente — falei para todas as meninas, olhando para Ino de canto.

 — Ei, Sakura. Eu falei para ela que era um exagero todas nós nos arrumarmos em um quarto só, mas a garota não ouve — Konan falou se direcionando a Ino e entrando com uma caixa em sua mão.

— Ah, eu gostei da ideia. Principalmente do fato de saber que a Kin é a única que vai se arrumar sozinha — Asami falou, rindo, enquanto eu fechava a porta.

 — Ela está aqui? — perguntei. Já que sabia que ela estava indo para a instalação sempre mais tarde.

 — Sim. Se você visse o vestidinho... — começou Ino.

 

   — Espera! — bradei, arregalando os olhos, me dando conta do que Konan disse só agora. — Como assim se arrumar todo mundo em um quarto só? — Asami e Konan começaram a rir, e Ino colocou as duas mãos na cintura fazendo um biquinho.

— Ai, testuda. A gente tem muita coisa para fazer, né! E vamos começar agora que está cedo, uma ajudando a outra. Não dá para ir numa festa com o esmalte ainda molhado — ela falou, levantando o dedo indicador, como se desse uma explicação muito importante para todas nós.

 Não dava para contestar a lógica dela. Além disso, sabia que, se quisesse ficar bonita, tinha que ter a ajuda de Ino para isso, e eu precisava ficar bem apresentável, queria mostrar para Itachi que eu também podia ser ousada. E não estaríamos só nós ali, os meninos, que agora deveriam estar arrumando o som e colocando mesas e cadeiras para o lado de fora, chamaram alguns amigos, e não queria fazer feio.

 Minha manicure particular foi a Ino, enquanto Konan fazia a unha de Asami, mas, na hora de pintar, eu tive que trocar, já que a Ino queria pintar minha unha de vermelho de qualquer forma — e se eu soubesse que Konan tinha a mão tão leve, tinha pedido para ela fazer tudo de uma só vez. Enfim, acabei pintando minha unha com um rosa queimado, não era tão escuro e nem muito claro. Depois Ino fez a unha de Konan, enquanto eu esperava minhas unhas secarem para passar as roupas que iriamos usar e discutia com Asami quais penteados ela faria nos nossos cabelos, já que ela sabia muitos por ter o cabelo longo.

 Asami, criativa, fez uma máscara de argila para pôr no nosso rosto e eu sabia que a argila tem propriedades clareadoras e cicatrizantes, mas ela estava usando a argila explosiva que pegou com Deidara. E eu estava morrendo de medo de acabar perdendo a cabeça, literalmente!

 Deitamos as quatro na cama. Nem saberia dizer como coube tanta gente ali, se quando Itachi estava comigo a cama era a continha para nós dois. Ino e eu ficamos do lado da cabeceira, enquanto Konan e Asami ficaram viradas para o outro lado, nossas pernas uma embolada na outra. Rimos demais até que conseguíssemos chegar a essa posição e Asami fazia um frenético não com o indicador, querendo dizer que não poderíamos fazer movimentos faciais enquanto estivéssemos com a máscara.

 Um silêncio enorme se instaurou no quarto e confesso que acabei cochilando. Estava tão cansada. Apesar de amar passar meu tempo com Itachi, acabava perdendo ainda mais horas de sono. Mas não podia o culpar, já que sempre acabava sendo ninada em seu colo.

Acordei com Konan, que passava um pano úmido delicadamente em meu rosto para tirar a argila. Olhei ao redor e vi Asami fazendo o mesmo que Konan em Ino, que estava sentada de costas para mim. Já ouvia um barulho e altas risadas vindas de lá de fora. E com certeza a mais alta de todas, como sempre, era de Yahiko.

 — Gente, o que está acontecendo? — perguntei, pigarreando por sentir minha garganta arranhar por causa do cochilo que tinha tirado.

 — Eles sempre fazem isso! Se acham — Asami respondeu, chateada.

 — Devem estar bebendo. Eles dizem que é um aquecimento — Konan falou, com a face rubra.

 — Sim. E os que mais entornam são Itachi, Yahiko e Kisame, claro — Asami disse, olhando como meu rosto estava.

Fiquei um pouco chateada ao ouvir isso. Itachi constantemente aparecia para me ver já depois de beber, mesmo sendo de manhã, ele dava a desculpa de ter sido apenas um copinho. Porém me preocupava, pois pelo que percebi, os dias em que ele bebia eram os mais difíceis de ficar perto dele. Respirei fundo, me levantando da cama e tocando minha pele, que estava macia feito bumbum de nenê.

 — E agora, gente? — perguntei.

 — Agora, você vai me mostrar a roupa que trouxe, né, Sakura. Eu não confio nos seus gostos, ainda mais para uma festa — Ino falou, se achando a estilista, e as garotas morreram de rir.

 Peguei um vestido preto da minha cômoda. Ele era rodado e vinha até o joelho, com mangas e muito fofinho. Comprei há não muito tempo, para poder ir na festa de aniversário de Shizune, mas acabei nem indo. Festas não eram muito o meu forte.

 — Eii! — gritei, quando Ino tomou o vestido da minha mão e jogou na lixeira do banheiro.

 — Que maldade — Konan falou, pondo a mão na boca, abismada.

 — Mas ela ia ficar parecendo uma viúva usando aquilo — Asami brincou, e eu mostrei a língua para ela, enquanto Ino mexia desesperadamente em sua maleta enorme.

 — Isso vai ficar perfeito! — Ino falou, me estendendo um vestido vermelho com uma manga só. As outras começaram a bater palmas histéricas olhando para a peça de roupa, mas eu não queria vestir aquilo de jeito nenhum.

 — Gente, que absurdo! Isso vai mostrar minha calcinha toda — falei assustada.

 — Vai ficar muito bonito — Konan falou.

— Isso mesmo, Sakura, agora a gente só precisa achar uma sandália para você usar — Ino disse.

— Eu tenho uma — falei pegando minha sandália preta, com um salto delicado e com tiras que eram amarradas no tornozelo.

 — Até que enfim algo à altura — Ino falou, pegando os saltos da minha mão.

 — Foi minha mãe que me deu — disse, me lembrando que nunca havia usado ele também, quase não saía.

Começamos a sessão mais dolorida do dia: depilação. Eu dava cada grito, que já estávamos morrendo de rir com medo de alguém ir lá ver o que estava acontecendo. Já Ino parecia até gostar daquela tortura. A mais engraçada de todas acho foi Konan, que ficava o tempo todo escondendo o rosto, e Asami, habilidosa, foi quem fez tudo.

Cada uma foi para seu quarto depois disso, tomar um banho e vestir as roupas, e deixamos para passar a maquiagem por último. Só sabia me maquiar com o básico mesmo, porém, Ino, claro, falou que me ajudaria. Tirei minha roupa, sentindo meu corpo leve e até mais feliz com todo esse papo no meu salão de beleza improvisado.

Fiquei bastante tempo embaixo do chuveiro, pensando como seria estar numa festa vendo Itachi agarrando outra, mas meneei a cabeça, afastando esses pensamentos para longe. Ele até podia estar com ela, mas eu sentia que ele dava muito mais valor para mim agora. E eu tinha que ser confiante, caso contrário as coisas ficariam só mais difíceis.

 Aquele deve ter sido um dos dias mais atarefados que tive nesse lugar e com certeza a sessão de beleza mais completa que já fiz. E a melhor parte foi que sorri demais, aproveitei cada momentinho junto das meninas e isso foi o mais importante. Eu estava mesmo precisando relaxar e parar de pensar em Itachi o tempo todo.

Estava me olhando de frente para o espelho e, apesar do vestido ter ficado no meio da minha coxa, tinha que admitir que me caiu como uma luva. Sua cor realçava meu tom de pele e contrastava com meus cabelos rosas. Tinha apenas uma manga, mas ainda assim conseguiam deixar meus seios medianos bem bonitos, marcava bem minha cintura e abria um pouco no quadril, que pareceu ter até mais volume que o normal.

 Calcei as sandálias, me chateando um pouco por achá-las tão altas depois de as ter colocado em meus pés, mas tentei ignorar. Soltei um sorriso ao ouvir as vozes das garotas pelo corredor e fui abrir a porta para que Asami arrumasse nossos cabelos e Ino fizesse nossas maquiagens.

Asami estava muito bonita, com um kimono nada tradicional, mais curto e super combinando com ela. Ino estava com um vestido roxo tomara que caia com um lascado na perna e Konan usava um vestido preto tubinho bonito, porém comportado. Estávamos todas bem empolgadas e a festa já estava começando, pois já ouvíamos o som tocando e algumas vozes desconhecidas.

Meu cabelo ficou em um meio coque, com algumas mechas caídas na lateral, realmente estava muito bom. A maquiagem ficou perfeita e não muito pesada, já que tinha ficado com um pouco de receio sabendo que Ino tinha tendências exóticas e amava fazer experimentos em mim. Que nem quando ela comprou várias sombras e testou todas as combinações possíveis nos meus olhos. Fiquei me sentindo uma drag queen em ascensão.

 — Até que enfim terminamos — Ino falou, dando pulinhos de alegria.

— Sim! É melhor a gente ir logo, Yahiko já deve estar preocupado comigo — Konan falou.

 Quando saímos do quarto, me senti até aliviada, percebendo o quanto estava quente lá dentro daquele cômodo apertado, cheio de gente espremida. Ino, como de costume, passou seu braço pelo meu e fomos andando pelo corredor, mas, ao contrário dela, eu estava me sentindo sem nenhuma confiança para encarar as pessoas, que já podia ver do fim do corredor.

 A música não estava tão alta e Konan falou que Deidara e Yahiko quase brigaram por isso, e sabia bem que o motivo de Deidara ter insistido em deixar o volume mais baixo: por conta do pedido que eu tinha feito a ele no dia que Ino deu a ideia da festa. Não imaginava que teria tanta gente ali, na verdade não sabia que eles poderiam conhecer tantas pessoas.

 Nos direcionamos direto lá para fora e a festa parecia que tinha começado há séculos, já que já se podia ver gente se atracando para todos os lados. Avistamos uma mesa em que estava Deidara, Yahiko e Sasori. Fomos na direção dela, mas meus olhos percorriam o lugar todo, à procura de uma pessoa em especial.

 E não foi difícil de encontrá-lo. Estava logo depois da mesa cheia de bebidas e petiscos que encomendamos da senhora que fazia o pão para nós. Eles riam e xingavam muito, Itachi bebia na boca de uma garrafa, o que foi aterrorizante para mim. Kin estava do seu lado, agarrando seu braço livre, enquanto ele conversava animadamente com um homem de máscara, um outro com a cara pálida e gola alta — me lembrando um vampiro —, um esquisitão cheio de costuras nos braços e Kisame.

 — Eles também fazem parte da organização — Deidara falou, ao perceber para onde eu olhava, enquanto movia uma cadeira para que eu me sentasse.

 — E por que eles não ficam aqui na instalação com a gente? — perguntei, dando a ele um sorriso como agradecimento pelo gesto da cadeira.

 — Eles ficam em um lugar tático para melhorar nossa ação em torno de todos os países — falou, e bebericou o copo de Whisky.

Eu também queria beber um pouco, então coloquei o líquido que estava na garrafa, em cima da mesa, num copo descartável. Mas ele era tão molinho que quase derramei tudo ao pegar, sem delicadeza alguma.

 — Ah, tá — respondi, e fiz uma cara feia ao experimentar a bebida, que há muito tempo não tomava.

 — Sabe... — ele começou a falar se aproximando ainda mais de mim. — Eu ainda estou pensando em como vou fazer para te recompensar pelo quanto tem me ajudado.

Seu sorriso fez meu corpo gelar e levantei meus olhos, me arrependendo depois, pois eles se encontraram com os furiosos de Itachi para mim. Passei a mão na nuca, tentando afastar a tensão, e voltei a falar com o garoto; afinal, Itachi estava com outra.

— Não precisa me recompensar — falei.

— Devia ter dito isso antes.. Você está linda! — ele disse me analisando, e minhas bochechas queimaram com isso, ele sempre tinha um jeito especial de pronunciar as palavras, vagarosamente.

 — Obrigada! Você também está bonito — disse, só reparando naquele momento que o garoto estava de calças jeans e camiseta branca, em contraste com Itachi, que usava calça preta e blusa da mesma cor.

 Comecei a conversar um pouco com Asami, tentando afastar o rumo no qual aquele diálogo com Deidara estava indo. Sasori e Ino estavam conversando, e Yahiko bebia e falava coisas no ouvido de Konan que a deixavam vermelha. Um tempo atrás eu jamais imaginaria o que ele poderia estar falando, mas agora entendia bem a posição da garota.

 Já estava incomodada com Itachi me olhando o tempo todo e, para piorar, Deidara sempre dava um jeito de me tocar de alguma forma, me fazendo ficar desconcertada. Comecei a beber um pouco mais do que o normal, para ver se me dava sono logo para poder ir dormir. Mas também estava com medo de passar mal como da última vez, então fiquei atenta ao meu limite.

 Passamos um bom tempo conversando, até que Asami, revoltada por ver Kisame dançando com uma garota, resolveu se levantar para dançar também, Yahiko chamou Konan, que foi um pouco relutante. E quando olhei pra Ino, quase caí da cadeira vendo o beijão que ela dava no Sasori, isso sim me impressionava.

 — Você quer dançar um pouco? — Deidara perguntou, um pouco mais tímido do que estava antes.

 — Não me leve a mal, mas prefiro ficar aqui, quietinha — disse, na verdade um pouco preocupada com o que Itachi faria se me visse dançando com ele. Deidara acenou positivamente, porém não parecia estar muito satisfeito, já que virou o copo, tomando tudo o que tinha ali de uma vez.

 — Eu vou pegar mais umas bebidas — ele disse, se levantando em seguida.

 — Ei, testuda? — Ino falou, já de pé, chegando perto de mim.

— Eu vou embora para casa sozinha. Vou sair daqui a uns minutos com o Sasori — ela falou no meu ouvido, enquanto eu olhava o garoto parado do outro lado da mesa, nos olhando com um copo na mão.

 — Ino, você tem certeza?

 — Sakura... Não se preocupe, eu só estou fazendo o meu trabalho e me divertindo de quebra. — Ela chegou ainda mais perto do meu ouvido. — Hoje vou descobrir para onde ele fica nos fins de semana. E você sabe muito bem quem é dono do meu coração.

Ao ouvir essas palavras senti o chão faltar sob meus pés. Isso significava que ela ainda amava o Sasuke, eu que pensei mal dela. Acenei com um sorriso falso e fiquei observando os dois de mãos dadas indo em direção ao pessoal que estava dançando.

 — Está aproveitando bastante seu momento com Deidara? — Dei um pulo da cadeira, assustada, ao ouvir a voz de Itachi, que estava em pé ao meu lado, levantando o copo para um brinde imaginário com Kisame, que estava do outro lado da pista de dança improvisada.

 — Para com isso, Itachi — falei séria, olhando o copo em sua mão, pensando que ele já deveria ter terminado de beber a garrafa que segurava antes.

 — Vou te esperar em seu quarto — ele falou, olhando para Deidara, que voltava para mesa, com desdém. Eu acompanhei seu olhar, e quando olhei de volta ele já estava entrando na casa.

 — O que esse idiota queria? — Deidara perguntou aflito.

 — Nada — falei me levantando, desajeitada. — Eu vou no banheiro rapidinho — disse, e ele me deu um sorriso, enchendo seu copo com a garrafa que trouxe.

 Não sabia o que tinha na cabeça de Itachi, mas com certeza ele não era normal, Kin estava ali e poderia nos pegar juntos. Olhei para todos os cantos, porém não a via em lugar nenhum, mas não devia ter ido embora, já que estava bem cedo ainda. Entrei espremida no corredor, onde havia dois casais desconhecidos se pegando na entrada, e comecei a andar a passos largos, sentindo meu calcanhar doer por causa da sandália.

 Abri, entrei e fechei a porta do quarto rapidamente, para que ninguém visse Itachi lá dentro. Ele estava encostado na janela, de frente para mim. Tomava sua bebida parecendo um homem importante, com a outra mão no bolso e um sorriso irônico no rosto. Caminhei até ele, me sentindo aliviada por poder vê-lo ao menos um pouco naquela confusão.

— Eu estava louco para te beijar — ele falou.

Itachi colocou o copo na janela e segurou meu rosto com ambas as mãos, chegando mais perto e estalando um beijo em meus lábios. Senti meus pelos eriçarem com seu jeito descontraído e segurei em seu pulso, sorrindo para ele.

— Você sabe que não deveríamos estar fazendo isso — falei séria.

 — Deveríamos ter feito antes — disse, me virando contra a janela e derrubando seu copo que estava ali, mas não interrompemos nosso contato visual para olhar para lá.

 Ele chegou mais perto, mordendo os lábios que continham um sorriso sapeca, e eu estava aliviada por ele não ter iniciado uma briga inútil por causa de Deidara, meu dia estava sendo bom demais para ser estragado por uma besteira. Ele se aproximou como se fosse me beijar, mas estava apenas brincando comigo, encostando e afastando os lábios, sorrindo em seguida. Sua intenção era me provocar para pegá-lo e eu já sabia disso. Comecei a avançar, porém ele era mais alto do que eu, até quando eu usava salto, e isso foi uma desvantagem injusta.

 — Isso não vale — falei cruzando os braços e fazendo uma cara emburrada.

 — Vale sim — ele disse rindo, e pegou em minhas mãos e as enlaçou em torno dele.

 Pude enfim sentir sua boca na minha, abracei suas costas apertando seu corpo ainda mais no meu, e sua mão boba já começava a descer até minha bunda, apertando-a fortemente. Subi na ponta dos pés com sua carícia e nos separamos um pouco. Ele permanecia com os olhos fechados, como se esperasse por mim, e eu toquei novamente nossos lábios, dando abertura para que continuássemos o que havíamos começado.

 Suas mãos passeavam por toda extensão de meu corpo nos apertando ainda mais um contra o outro. Não sei se foi por conta do Whisky, mas meu corpo parecia flutuar e meu tesão era elevado a um limite enlouquecedor. Senti suas mãos tocarem a parte nua de minhas pernas e subirem meu corpo, me sentando na janela.

— Você está linda demais — ele falou em meio a um gemido, voltando a tomar minha boca para ele, com volúpia e paixão. Já podia imaginar como ele estava a essa altura, mas eu também já estava com vergonha por estar com ele no meio das minhas pernas, já molhada de tesão. Gemi, arqueando a cabeça para trás, ao sentir o toque da boca dele descer por meu pescoço.

 Eu estava tão molinha e aquela caricia estava tão gostosa, que nada além das sensações calorosas provocadas por ele percorriam minha mente. Arranhei suas costas ao senti-lo descer o lado esquerdo do meu vestido, que não tinha alça, e abocanhar meu seio por inteiro. Estava realmente louca por aquilo, por seus toques mais quentes, que já não recebia fazia bastante tempo.

 Gemi intensamente quando ele se afastou um pouco da minha pele, ofegante, soltando ar quente pela boca em meu seio desnudo. Tornando a chupar o bico intumescido do meu seio de maneira deliciosa e excitante, enquanto uma de suas mãos escorregavam para dentro da saia do meu vestido.

 Tremi ao ouvir um barulho, que parecia como de uma garrafa se quebrando, e segurei seus braços com força, acordando da situação em que estava. Ele me olhou, vendo minha cara de susto, mas sorriu começando a beijar meu pescoço agora.

 — Relaxa — ele falou, rouco, em meu ouvido.

 — Não, Itachi, para — eu disse lhe empurrando e descendo em um pulinho da janela, enquanto ajeitava minha roupa no corpo. Ele me olhou, encostando a mão na parede, fazendo com que eu recuasse um passo para trás.

 — O que foi? Já quer voltar para o Deidara? — ele falou mais alto, enquanto o barulho lá fora também aumentava.

 — Você está louco, Itachi? — perguntei indignada.

 — Louco? A gente já está nesse zero a um já faz um tempo, você não acha? — ele perguntou bravo.

 — Como assim zero a um? — perguntei sem entender.

 — Da última vez que ficamos um pouco mais íntimos, sua amiga chegou e você acabou sendo a única a aproveitar. — Seu tom debochado me fez pirar.

 — Por que você está falando isso? Não quis mais nada porque sei que não significo coisa alguma para você. — Ele tirou sua mão da parede e consertou sua postura, tornando-se ainda mais assustador do que de costume, e eu tentava o olhar na mesma intensidade.

 — Acho que eu é que não significo nada para você. E você só está fugindo de mim porque deve estar de caso com aquele desgraçado — disse, já ofegante.

 — Já falei que não tenho nada com Deidara. Para de implicância. E se eu tivesse alguma coisa com ele, você não teria o direito de falar nada. Ainda agora estava com a Kin agarrada em você. — Ele balançou a cabeça, rindo que nem um louco.

 — Eu sabia, Sakura. Você está com ele, não é? — Abri a boca para lhe responder, mas ele me interrompeu. — Quer saber, se você não me quer, outras querem. E eu vou me aliviar com elas mesmo, já que você fica amarrando a situação. — Arregalei meus olhos, vendo-o me dar as costas, nervoso. Não acreditava que ele tinha tido coragem de falar isso. Foi muita crueldade da parte dele. Mas antes que desse o terceiro passo ouvimos um grito, e ele parou, me olhando por cima do ombro.

 — Fica aqui — disse baixo, soando preocupado. E saiu apressadamente.

 Porém eu não ia ficar ali, sem saber o que estava acontecendo. Corri atrás dele, mas o aglomerado de pessoas me impedia de alcançá-lo. Fui me enfiando no meio das pessoas que não davam licença e logo pude ver Kisame brigando com um cara, e Asami desesperada, com as mãos na cabeça, chorava.

 Pelo que ouvi as pessoas falando, Kisame ficou com ciúmes quando viu a garota dançando com outro. Itachi começou a separar a briga e com isso o idiota que usava máscara esbarrou em mim, eu perdi o equilíbrio e caí no chão, cortando minha perna numa garrafa de vodka, que estava quebrada perto de mim. Itachi me olhou, e Yahiko batia palmas envolta da roda de pessoas, para dispensá-los.

 — Vem! — Itachi falou, e me puxou do chão.

 — O que você está fazendo, seu idiota? — falei tentando tirar sua mão de mim, mas ele me apertou com mais força.

— Estou tentando te ajudar, não está vendo? — ele disse me olhando nos olhos, e eu virei o rosto, com vergonha por estarmos em público daquele jeito.

— Não preciso da sua ajuda. Eu sei me cuidar — falei, rabugenta.

— Estou vendo — ele disse começando a me arrastar dali. — Eu mandei você ficar no quarto.

 — Você não manda em mim. Idiota — falei, mas ele apenas me olhou, sorrindo, debochado. — Para! Está todo mundo vendo! — disse, envergonhada por ele estar me puxando ainda mais para longe da casa.

 — Você sabe que eu não me importo com o que as pessoas pensam — disse imponente, enquanto entravámos já no escuro das árvores que cercavam o local.

 — Itach...

 — Fica quieta e vem — ele disse, me pegando no colo e começando a saltar nas árvores, me levando para ainda mais longe.

 A vontade que eu tinha era de gritar e bater nele, mas estava tonta pela bebida e sentindo minha perna arder. No meu peito, sentia um ódio tremendo por ele, pelo que ele tinha me dito instantes atrás. E se ele queria ficar com outras, então... por mim...! Mas comigo, ele certamente não ficaria mais... Isso era uma promessa.


Notas Finais


É isso aí geeennnteee!!!

Bjnn a todos! ;)


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