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História Corações divididos - Sakura e Itachi (Itasaku) - O Esconderijo


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!!
Quero agradecer aos comentários super fofos de vocês! Fico muito feliz quando recebo uma notificação, porque já sei que vou ser surpreendida por algo fantástico! Obrigada também às pessoas que estão dando uma chance para a história, e a favoritando.

Espero que gostem!!!
Bjnn

Capítulo 4 - O Esconderijo


Minhas bochechas estavam pegando fogo, e ele estava ali imóvel, olhando para mim. Se não soubesse da pessoa fria que ele era, poderia jurar que vi um pequeno sorriso de canto em sua boca, mas provavelmente foi apenas minha imaginação. Nunca na minha vida pensei que seria vista nua de forma tão humilhante. Por um renegado, um inimigo da nação ainda.

Sem ao menos se desculpar, ele virou de costas para mim e permaneceu em silêncio, mas eu estava tão atordoada que me atrapalhei toda na hora de me vestir. Diferente dos meus planos iniciais — que incluíam um pijama velho, uma máscara facial e um sono profundo —, tive que colocar uma roupa comportada. Meu cabelo estava molhado e totalmente bagunçado, mas eu não tinha tempo para pensar numa coisa tão pequena como aquela, afinal, enfim ele veio.

— Pronto! — Minha voz saiu trêmula. Só conseguia pensar no quão ingênua ele estaria me achando agora.

 — Preciso da sua resposta. Já teve tempo o suficiente para pensar — falou, virando-se novamente para mim e olhando a toalha que eu segurava em minhas mãos como se fosse um bicho de pelúcia, de tanto que eu a apertava por causa da vergonha.

 — Eu conversei com a Hokage e, por um algum motivo que eu ainda não entendo, ela aceitou sua proposta.

Sentei-me na cama, pois minhas pernas estavam um pouco trêmulas e eu não queria que ele percebesse. Isso se ele não já havia percebido... Tentei me manter firme, no entanto, os olhos fixos e atentos em cada movimento mínimo dele.

 — Ótimo. Preciso que venha comigo agora então.

 — O quê? Mas agora? — perguntei, me levantei da cama e me aproximei dele inconscientemente. Me senti uma idiota completa depois que percebi a nossa proximidade.

 — Sim. Algum problema?

 Os olhos dele nos meus me deixaram arrepiada, e a voz dele estava mais baixa e rouca; talvez tivera abaixado o tom por estarmos tão próximos, mas isso só fez minha vergonha ficar ainda maior. Minha cara deveria estar parecendo um tomate numa hora daquelas.

 — Sim. Há um problema... Tsunade impôs uma condição ao seu "pedido" — falei fazendo aspas com os dedos e desviei o olhar do dele, mas ele seguiu meus olhos fazendo com que eu o encarasse novamente. Ele parecia estar se divertindo comigo apesar de permanecer sério.

 — Qual condição?

 — Ela pediu que Ino fosse comigo.

Estava tão nervosa por estar tão perto de um criminoso do nível dele, que, mesmo sentindo sua respiração quente em meu rosto e com meu corpo em alerta gritando para que eu me afastasse, eu não consegui me mover um centímetro para longe.

Itachi ficou pensativo por um momento, mas logo pegou em minha mão e me puxou para fora de repente. Meu coração quase saltou do peito pelo susto e com o toque dele. As mãos, que pareciam ser calejadas, eram, para minha surpresa, suaves e macias.

 

— O que está fazendo? — Foi a única coisa que consegui dizer antes que pulássemos da sacada e ele largasse minha mão. E para meu total assombro, me senti mal por estar longe dele outra vez, talvez pelo fato do toque gélido dele ter feito com que eu me lembrasse das mãos de Sasuke.

 — Nós vamos buscar sua companheira de equipe.

 Fomos em direção à casa de Ino em silêncio absoluto. Eu confesso que ainda me sentia bastante apreensiva com ele, porém, de certa forma, ele possuía um jeito autoconfiante e uma maneira dispersa no olhar que faziam com que eu me sentisse um pouco menos insegura. Por instantes, até esqueci que ele era um inimigo e que jamais deveria confiar em alguém como ele.

Escolhemos o caminho mais discreto possível, afinal, ninguém poderia vê-lo ali. Mal conseguiria imaginar o caos que se instauraria caso alguém o visse e, como se não bastasse, eu poderia e talvez até deveria estar pensando em várias outras coisas, mas só conseguia imaginar como meu cabelo devia estar horrível, tanto por estar molhado e despenteado, quanto por causa do vento gélido que o carregava para todos os cantos.

Ao chegarmos na casa de Ino, fiz sinal para ele me esperar. Não queria que ela olhasse para fora e a primeira coisa que visse fosse o rosto de um dos renegados mais procurados pela Aldeia. Bati na porta da casa dela, e quem atendeu foi sua mãe. Subi correndo as escadas que davam para o quarto da minha amiga, ouvindo um “Cuidado!" da mãe dela, mas não tinha tempo para gentilezas e segui o caminho.

 — Ino, anda! Ele está aqui.

Ino estava se olhando no espelho, provavelmente pretendia se arrumar para sair, já que sua cama estava cheia de roupas. Passei a mão no pente que encontrei em cima da cômoda e comecei a pentear meus cabelos rapidamente, quase arrancando todos os fios que tinha na cabeça por causa da pressa e de tanto embaraço.

 — Como assim "aqui"? — perguntou ela, os olhos muito arregalados.

 — "Aqui" é aqui! — falei, apontando o polegar para a rua.

 — E agora? — perguntou afobada, e começou a jogar as roupas que estavam em cima da cama para dentro do guarda-roupas.

 — E agora? Ele disse que precisa que a gente vá com ele.

 — Mas, Sakura, e a Hokage? Temos que falar com ela!

 — Não temos tempo para isso, falamos quando voltarmos.

 Ao nos encontrarmos com ele, pude notar o quanto ele ficou olhando para meu cabelo, e tive vontade de cavar um buraco e me esconder feito uma avestruz. Ino, ao ver o rosto de Itachi, segurou minha mão, e eu entendi exatamente o que ela queria dizer com aquele gesto. O quão Sasuke e ele eram parecidos. A diferença era muito pouca: Itachi era apenas um pouco mais alto, seus cabelos, um pouco maiores e tinha linhas de expressões mais marcadas no rosto. Talvez não dormisse direito. Isso fez com que eu lembrasse de ter lido o prontuário médico dele, de quando ele ainda vivia em Konoha, então, pelos meus cálculos, ele deveria ter 22 anos agora.

— Podemos ir — avisei.

Ele olhou para Ino com seriedade, virou as costas e seguiu em frente. Com um suspiro, minha amiga soltou minha mão e o seguiu. Senti um frio na barriga ao vê-los pelas costas, uma coisa estranha e ruim... quase um aviso. Um alerta de que talvez essa missão pudesse mudar muito do que eu conhecia sobre mim.

 Seguimos arduamente o caminho por toda noite, e os raios solares já apareciam. Nenhum de nós trocou uma palavra sequer durante o percurso e eu já estava morrendo de cansaço, apesar de tentar me fazer de forte, e minha amiga já quase não se aguentava. Ele olhou para trás como se estivesse me analisando. Se ele soubesse como me sentia envergonhada, jamais faria isso. Desceu das árvores e ficou parado no chão nos esperando. Ele era rápido demais.

 — O que aconteceu? — perguntei tentando conter minha respiração, e Ino aproveitou a parada para se sentar.

 — Vocês precisam descansar um pouco.

 — A gente pode aguentar! — falou a loira, e se levantou do chão.

Fiquei muito orgulhosa dela. Somos mulheres e somos ninjas. Muitas pessoas não compreendem que somos tão capazes quanto os homens e menosprezam nossa força, por isso sempre seguimos e quebramos nossos limites, como Ino estava se mostrando disposta a fazer. No entanto Itachi pareceu ignorar nossos esforços, apenas me olhou e se sentou próximo à uma árvore.

— Achei que estava com pressa — disse.

— Estamos. Mas temos que ser prudentes também.

 Ino e eu nos sentamos mais afastadas dele, vigilantes e alertas. Levei minha mão até meu coldre e peguei um saquinho com minhas pílulas caseiras: elas nos ajudariam a recarregar as energias. Dei uma para minha amiga e peguei uma para mim, mas, antes de guardar o saquinho, olhei para ele... Que mal isso faria? Me levantei e fui em direção ao Nukenin, e minha amiga ficou me encarando sem entender nada. Eu a entendia, pois nem mesmo eu tinha certeza do que estava fazendo.

 Apenas estendi minha mão com uma pílula na direção dele. Itachi me olhou de uma forma diferente, parecia não só surpreso, mas agradecido. De súbito, sorri, e seu olhar para mim nesse momento foi de confusão. Saí de perto dele o mais rápido possível após ele pegar a pílula de minha mão, envergonhada e com raiva da minha atitude idiota. Esperamos por meia hora e retomamos o caminho.

 Enfim, depois de algum tempo, chegamos em uma casa enorme, no meio do mato. Ela mais parecia um templo abandonado. Nunca imaginaria que eles teriam um esconderijo tão próximo a Konoha.

Ele nos guiou para dentro e eu entrei examinando o corredor e as portas que via. Caminhamos pelo lugar até chegar em um quarto que parecia ter sido projetado para ser uma sala cirúrgica moderna, onde um cara loiro jazia deitado na maca e mais dois ao redor dele: um era muito esquisito e mais se parecia com um tubarão, e o outro era ruivo e parecia muito com Gaara. 

Encarei Itachi com dúvidas estampadas no rosto, e ele assentiu em um pedido mudo para que eu começasse a examinar o homem. Enquanto isso, Ino permanecia ao meu lado e notei que ela observava com atenção o homem ruivo.

Quando me aproximei do paciente, me impressionei ao ver como ele era bonito, e além de tudo se parecia demais com Ino. Até a franja no rosto era tipo a dela, só que os lados em que a usavam eram diferentes. Eu lembrava de já ter visto uma foto ruim dele no livro dos caçadores anbu, quando Tsunade o folheava, mas não recordava o nome dele.

 — Como ele se chama? — Engoli seco após perguntar, aqueles olhos curiosos sobre mim não ajudavam.

 — Deidara — falou o ruivo, secamente.

 Ino e eu começamos a examiná-lo, mas não era difícil perceber que o maior dano nele era um ferimento na costela, que infelizmente havia perfurado o seu pulmão. Apesar do quarto ser espaçoso, já me sentia incomodada com tanta gente lá dentro, mas não poderia mandá-los sair assim, sem mais nem menos, eles não me deixariam sozinha com...

 — Vamos deixar as médicas fazerem o trabalho delas — disse Itachi, se virando e saindo. Os outros dois apenas se entreolharam e foram atrás.

 Incrível! Ele quase leu minha mente. O que me deixou um pouco assustada. Afinal, ele era um Uchiha.

 Deidara estava desacordado, o que facilitou um pouco as coisas. Fizemos tudo o possível para ajudá-lo, mas foi um procedimento difícil e demorado, e já estava começando a anoitecer. Ino se encontrava totalmente desgastada, já quase não tinha chakra, mas eu precisava dela ali, caso contrário as chances dele poderiam diminuir, e eu sozinha, cansada como estava, não daria conta de todo trabalho.

Estávamos com fome e esgotadas, mas, depois de muitos esforços, conseguimos estabilizar a situação dele. No entanto, ele havia perdido bastante sangue e tinha algumas complicações, então precisaria de um bom tempo de repouso e tratamento para conseguir se recuperar bem.

 Lavamos as mãos e nos olhamos com alívio. Esse havia sido, sem sombra de dúvidas, um dos meus trabalhos mais satisfatórios. Tínhamos que fazer o melhor para impressioná-los, e foi o que fizemos.

Antes de sairmos da sala, puxei minha amiga para um abraço. Eu precisava daquilo e sabia que ela também. Passávamos por tempos difíceis em Konoha e agora, trabalhando para a Akatsuki, tudo parecia ainda mais errado, complicado, e me sentia emotiva.

Assim que passamos pela porta, vimos Itachi, o homem ruivo e o com rosto de tubarão à espera. Para ser sincera, não imaginei que eles estivessem aguardando durante todo esse tempo, mas lá estavam eles e com rostos preocupados, o que me deixou ainda mais intrigada.

 — O amigo de vocês ficará bem — disse. — Amanhã mesmo ele já deve acordar, mas não poderá se esforçar durante os próximos três dias, no mínimo, para não ter nenhum risco de hemorragia.

Todos nos olhavam atentamente, mas o olhar de Itachi... era penetrante e voraz em mim, e isso me assustou ao mesmo tempo que me causou uma estranha e inesperada sensação de satisfação. Senti minhas mãos suarem com ele me observando tão intensamente.

 — A propósito... esse é Kisame, e esse é Sasori. — Levantou da cadeira que ficava no corredor e apontou o dedo para o cara de tubarão e, quando foi apontar para o ruivo, deu uma olhada significativa para Ino.

 Itachi encostou sua mão em minhas costas e, entendendo o ato, comecei a caminhar junto a ele, com Ino logo atrás de nós. Sentir ele tão próximo assim era constrangedor, mas não da forma que eu imaginava que seria, era... estranhamente agradável. Ao chegarmos em um grande corredor cheio de quartos, senti minhas bochechas corarem.  Por que ele estava nos levando para lá? Teríamos que ficar?


Notas Finais


É isso ai genteeee!!!

Eita que a Sakura e a Ino estão com uma batata quente nas mãos rsrsrsrs

Espero que tenham gostado!

Mil bjs! ;)


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