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História Corações divididos - Sakura e Itachi (Itasaku) - Cinco dias por semana


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas, tudo certo?

Se você já está acompanhando os personagens, então se joga na leitura e aproveite bastante os momentos que essa história poderá lhe proporcionar!!!
E para você que esta meio tímido em começar a ler, coloque essa preguiça de lado e se deixe surpreender com esses dois!!!
Quero aproveitar para agradecer os comentários incríveis dos leitores, e é claro aos que favoritaram o romance. Vocês, certamente são uma motivação a mais para que eu continue a escrever.
Conto com vocês sempre.

bjs.

Capítulo 5 - Cinco dias por semana


Ele parou em frente a um quarto com uma pequena janela, uma cama de solteiro, uma cômoda, uma mesinha de cabeceira que continha um abajur e um relógio em cima, e havia um banheiro do lado esquerdo do quarto também. Em cima da cama, havia lençóis, uma toalha, uma escova de dentes e um pente, o último fez com que eu soltasse um pequeno sorriso me lembrando de ele ter percebido que eu penteei meu cabelo na casa da Ino.

 — Sua amiga pode ficar aqui.

 Ino assentiu olhando para mim e entrou no quarto com cautela, observando o local. Depois, ela me olhou e acenou como quem dizia estar bem, eu apenas sorri para ela e me virei para Itachi.

 — E eu?

 — Venha comigo.

Ele deu mais três passos pelo corredor e me apontou o quarto do lado, que era exatamente igual ao anterior. A única diferença era que a janela deste era um pouco maior. Ino se encontrava parada na porta do quarto dela, me olhando.

 — Obrigada — agradeci, um pouco sem jeito por não saber bem como reagir.

Ele era um renegado, uma pessoa que aprendia a odiar cada vez mais sempre que ouvia seu nome, mas agora, conhecendo um pouco mais, sentia-me espantada por ver que ele não era tão assustador quanto a figura que eu havia criado em minha mente. Por outro lado, isso fazia com que eu me sentisse uma tola: ele era um ser humano e não possuía apenas um lado, então eu precisava continuar alerta.

 — Depois, um de nós virá trazer alguma coisa para vocês comerem.

 Assentimos e entramos nos nossos respectivos quartos. Fechei meus olhos e respirei fundo. A sensação que tive ao ficar sozinha era a de que eu não fazia ideia de que rumo minha vida estava tomando e isso me deixava mais alarmada do que o fato de eu saber haver vários ninjas renegados naquela instalação. Mas essa era minha missão e eu não ia nem podia fracassar.

Além disso, me senti um pouco aliviada quando falou sobre a comida, pois eu não ia conseguir ficar sem colocar nada no estômago por mais tempo. Tinha ainda algumas pílulas de soldado, mas não queria usá-las numa situação tão banal — elas eram para emergências apenas.

Tomei um banho relaxante e abri as gavetas da cômoda, mas não havia nada lá, como esperado, porém estava torcendo para encontrar algo confortável para vestir — qualquer coisa, podia até mesmo ser uma blusa velha de algum daqueles caras. O meu dia anterior havia sido tão exaustivo e depois precisei vir para cá durante a madrugada e passar o dia inteiro cuidado de ferimentos graves.... só queria relaxar! No entanto não podia reclamar muito, pois ao menos minha missão já estava em andamento.

Depois do banho, vesti as roupas que usava antes — por falta de opção — e fiquei um pouco na janela enquanto refletia sobre aquele local e sobre tudo o que tinha visto.

Pelo pouco que pude notar, o corredor onde estávamos deveria ser apenas para os quartos. Não deu para contar a todos, mas devia ser uns dez. Fiquei pensando se todos eles pertenciam a alguém ou se eram apenas esses membros que estavam presentes aqui que ficavam por esses lados mesmo. E pelo que pude reparar, eles pareciam ter vindo para cá há pouco tempo, já que tudo ainda estava em uma visível fase de adaptação, como o quarto onde o Deidara estava, que era algo recentemente montado e provavelmente nunca havia sido usado, pois as coisas lá dentro eram todas novas. Interrompendo meus pensamentos, alguém bateu à porta e agradeci mentalmente por isso, já que meu estômago não estava aguentando mais esperar.

Ao abri-la, dei de cara com Sasori, que segurava um prato e uma garrafa de água nas mãos. Uma coisa simples, mas tranquilizante, em especial porque ele aparentava estar menos tenso do que antes.

 — Infelizmente, a gente não tem nada melhor — falou ele.

 — Obrigada. Estava morrendo de fome. — Peguei o prato de ramen, dando a ele o meu melhor sorriso em troca.

 Fechei a porta, imaginando como Ino deveria ter ficado feliz ao ver o ruivo à sua frente: ele era o tipo de cara que ela costumava achar bonito e interessante. 

Sentei-me no chão e comi tão depressa que até senti minha barriga pesar depois. Deixei o prato em cima da cômoda, junto da garrafa de água, e deitei um pouco, já que o fato de eles terem trazido o prato até aqui poderia significar que não nos queriam andando pela instalação.

Por mais cansada que eu estivesse, não conseguia dormir, os olhares de Itachi para mim não saíam da minha cabeça. Eu sabia que era muito sujo ficar pensando nele como um cara atraente, mas esses pensamentos não desapareciam da minha mente. E me sentia culpada e ingênua demais por causa disso. Olhei para o relógio e já marcava quase três horas da madrugada, estava cansada e sem nenhuma reserva de chakra, mas não conseguia sequer cochilar.

 Resolvi levantar e ir ver como Deidara estava. Claro que existia a possibilidade de eles me repreenderam por causa disso, mas a desculpa de cuidar do meu paciente deveria ser suficiente para acalmar a situação caso os ânimos se elevassem.

Comecei a caminhar lentamente pelo longo corredor, mas, quando já estava chegando ao grande salão, parei ao ver o formato do corpo de Itachi de longe. Ele vinha em minha direção e isso fez minhas pernas estremecerem, pensando na possibilidade de ele brigar comigo por estar fora do meu quarto. O que não seria nada bom, afinal, estava em uma missão, gostasse ou não, no entanto me sentia também confiante de que precisar cuidar de Deidara fosse desculpa suficiente.

Ele parou em minha frente e colocou a mão esquerda na parede, como se quisesse impedir minha passagem.

 — Você sabe a seriedade disso tudo, não é?

 Acenei que sim, mas na verdade não sabia bem do que ele estava falando. Poderia ser sobre o fato de ele estar traindo os companheiros, poderia ser sobre o fato de Deidara ter passado por um trauma grave, poderiam ser vários motivos, mas preferi deixá-lo falar e apenas acompanhar o raciocínio dele.

 — Eu só estou indo ver como Deidara está — Minha voz saiu tão fina quanto a voz de uma criança medrosa. Abaixei minha cabeça olhando o chão para evitar maiores constrangimentos.

 — Tudo bem, mas você tem de entender que ninguém aqui pode saber realmente o que você está fazendo neste lugar.

Ele soltou um longo suspiro e chegou tão perto de mim que eu pude sentir o cheiro de álcool que saía de sua boca. Ele havia sussurrado, e aquilo era muito diferente; sua voz rouca era gostosa de se ouvir. Encarei-o e mordi meus lábios tentando conter meus pensamentos, mas isso fez com que ele direcionasse o olhar para minha boca.

Itachi ergueu o meu queixo com a mão e, quando nossos olhos se encontraram, senti um arrepio em meu corpo.

 — O que foi? Está com medo de alguma coisa?

Naquele momento, senti um constrangimento subir por meu corpo e quis empurrá-lo, quis falar algo contundente, mas nada saiu. Então recuei um passo para trás, batendo com as costas na parede. Ele deu um pequeno sorriso sarcástico e se aproximou ainda mais que da última vez, porém agora colocando ambas as mãos na parede, me encurralando. Estava estampado na cara dele o quanto se divertia com meu jeito estúpido. Mas o que eu podia fazer? Não dava para fingir que não me sentia intimidada por ele, por aquele olhar estranhamente sombrio e sarcástico ao mesmo tempo.

 — O que está fazendo, Itachi? — Minha voz, mais uma vez, saiu falha, e ele aumentou o sorriso, encostando sua testa na minha.

 — Nada demais...

Ele segurou minha nuca com a mão direita e, sem permissão alguma, selou um beijo em minha boca. Eu fiquei parada com os olhos abertos, sentindo meu corpo todo estremecer com aquele toque inesperado, e ele estava com os olhos fechados e sua expressão parecia tão serena e despreocupada que estava me deixando intrigada. Apoiei minhas mãos em seu peito para nos afastar de vez, mas, de uma forma estranha, me sentia fraca demais, minhas pernas tremiam, e ele apenas me segurou pela cintura com força, fazendo com que eu sentisse seus dedos marcando minha carne.

 — Corresponda! — exigiu, a boca ainda na minha.

Entrei em desespero. E não apenas por não ter a mínima ideia do que fazer — afinal de contas, eu nunca havia sido beijada antes —, mas também pelo fato de que estava realmente me sentindo atraída por ele, pelos lábios macios e convidativos que se encostavam com delicadeza e determinação nos meus, pelo calor que subia por meu corpo e tornava minha respiração ofegante. No entanto, apesar do desejo latente e assustador, ainda havia uma parte sã dentro de mim me alertando que meus lábios estavam tocando a boca de um assassino, de um dos homens mais cruéis da história de Konoha. 

Que merda! Eu só queria que a vida às vezes nos mandasse uma manual de instruções sobre o que fazer em determinadas situações. Só queria que escolher não fosse tão complicado.

 Itachi pareceu sentir o dilema que corria por meus ossos e colou seu corpo no meu com mais intensidade. Eu queria ter tido forças para resistir, mas o desejo em mim tomou conta das minhas atitudes.

Nervosa, fechei os olhos, entreabri os meus lábios e senti sua língua invadindo minha boca. Aquilo fez meu corpo se arrepiar por inteiro e um relaxamento me invadir. Seu beijo, profundo e suave, fez com que meus pensamentos se dissipassem de uma só vez, restando apenas a vontade de continuar nos braços do inimigo.

Aquelas sensações eram bastante estranhas para mim, como experimentar um sabor diferente, como viajar sem sair do lugar. Meu coração estava acelerado, meu corpo, me traindo. Quando percebi já estava entregue a ele, mas ainda me sentia tremer, como se eu pudesse desabar no chão se ele não estivesse me segurando. Que loucura! Itachi pegou minha mão direita e entrelaçou nossos dedos, findando suavemente o beijo.

 Quando olhei para ele, seus olhos estavam fechados ainda e foi só aí que notei que, em algum momento, havia fechado os meus também e a única coisa que podia pensar era que eu estava, definitivamente, ficando doida. Ele era bonito e atraente, sim, não havia como negar isso, mas ele também era um ninja renegado, o ninja que trouxe uma desgraça imensurável a Konoha. Espalmei minhas mãos em seu peito, nos separando bruscamente. O olhar dele ficou violentamente sombrio, mas sua face parecia confusa. Ele olhou para o lado soltando um suspiro e eu não sabia dizer se ele estava irritado. 

 — Ah, Sakura, preciso que esteja aqui todos os dias, menos nos finais de semana. — Deu um sorriso cínico e simplesmente saiu, me deixando lá, parada. O que na verdade foi um alívio. 

Como eu fui burra!

 Mesmo depois de já não conseguir enxergá-lo, ainda me sentia mal pelo que havia acabado de acontecer. E como Ino reagiria se soubesse? O que aconteceria comigo se isso caísse nos ouvidos de alguém de Konoha ou pior, da Hokage... não, pior, nos ouvidos de Sasuke? Ele certamente nunca me perdoaria, nenhum deles me perdoaria.

 Eu não apenas traí as pessoas que amava, mas também a mim mesma ao aceitar aquele beijo. Meu rosto queimava de vergonha e frustração, queria fugir dali, queria ir embora sem olhar para trás, mas eu não podia. Só em pensar de ter que encarar o rosto dele de novo... Isso me afetava de uma forma indescritível, e imaginar que eu ainda me senti, mesmo que por segundos, arrebatada por ele, fazia com que eu me sentisse estranha.  

 Continuei a caminhar em direção à sala médica onde Deidara estava, me sentia arrasada comigo mesma e com um ódio profundo do Nukenin por ter me colocado nessa situação tão constrangedora. Minhas mãos ainda vacilavam um pouco, mas eu tentava me conter o máximo possível. Não conseguia acreditar que, mesmo com tantos homens neste mundo, meu primeiro beijo foi com uma pessoa tão arrogante e desequilibrada como ele.

Contudo, pensando bem, o Sasuke nem era tão diferente, e mesmo assim eu era louca para receber um beijo desses dele.

 Ao entrar na sala, acendi a luz e comecei a verificar os medicamentos que eram aplicados através do soro. Depois de me certificar que estava tudo certo, me sentei na beirada da cama do loiro, que respirava tranquilamente com seu semblante sereno. Por que alguém como ele estaria na Akatsuki? Passei minha mão no rosto dele, afastando a franja que cobria seus olhos, mas quase dei um pulo da cama de susto quando ele segurou meu punho. Tentei me acalmar imediatamente do susto, enquanto ele abria os olhos devagar para me encarar.

 — Eu morri?

 — Não — falei, sorrindo com a ingenuidade da pergunta dele.

 — Então por que tem um anjo na minha frente?

 Isso, definitivamente, pareceu muito bobo! Me levantei da cama dele rindo, mas ele parecia não entender o porquê. Ficou me encarando com a face rubra e depois começou a dar uma olhada em volta do lugar, e percebi que ele provavelmente só começava a entender onde estava naquele momento.

 — Me desculpa! Eu não queria falar isso, é que... — Ele estava nervoso demais, parecia uma criança quando fazia algo errado.

 — Não se preocupe, está tudo bem. Você me surpreendeu, eu achei que só acordaria de tarde.

 — Que horas? E quem é você? — perguntou, tentando recostar as costas no travesseiro.

 — Bom, agora devem passar das três da manhã. E eu sou Sakura, uma Kunoichi médica.

 — Ah... sim, entendo. Aquela que o idiota do Uchiha disse que traria. — Ele revirou os olhos enquanto falava, e eu entendia bem o porquê. Itachi era mesmo um sem noção e a imagem de sua face veio à tona de volta para minha memória ao ouvir o nome dele.

 — Bom, eu vou voltar para o meu quarto e eu acho bom você tentar descansar um pouco mais. Está muito cedo para sair dessa cama ainda.

 Ele sorriu um pouco sem graça para mim. Voltei para o meu quarto torcendo para que não me encontrasse com Itachi de novo e, se ele pensava que poderia fazer o que quisesse comigo, estava muito enganado. Eu só aceitei essa missão porque ela me foi passada pela Hokage e, como se não bastasse, ele ainda veio com essa de termos que ficar aqui “cinco dias na semana”. Ele que se conformasse, porque faria meu trabalho e nada mais, se ele pensava que eu era qualquer uma para ficar me encurralando daquele jeito, estava muito enganado.


Notas Finais


Ainnnn acho que o Itachi ta pegando pesado né pessoal?

É isso aí gente!!! Espero que tenham gostado!

Bjs!


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