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História Corações divididos - Sakura e Itachi (Itasaku) - Uma estranha despedida


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo?

Então galera, vamos a outro capítulo né!
Arregacem as mangas que hoje as coisas estão loucas!!!
Tenho que agradecer muito as pessoas que deixam esses comentários perfeitos nos capítulos e é claro os que favoritaram a história! Vocês são o meu incentivo, agradeço de coração!!! *-*
Espero que gostem!

Bjs!

Capítulo 6 - Uma estranha despedida


Já tinha amanhecido e sequer consegui dormir, só fiquei imaginando o porquê de Itachi ter se comportado daquela maneira, logo ele que, apesar de tudo, parecia ser uma pessoa séria. Mas era bem provável que ele tivesse feito aquilo por ter bebido, afinal, pude sentir claramente o cheiro e o gosto de bebida que ele carregava. E o pior era a Ino, não sei o que ela faria se descobrisse que ele me beijou ou que eu deixei que ele me beijasse e ainda correspodi. Já era demais para ela estar perto de alguém tão parecido com o Sasuke, fora o fato de Itachi ter sido a única causa real do irmão ter deixado a Aldeia. Ela com certeza não me perdoaria nunca.

 Estava sendo difícil não pensar na forma como ele me olhava e no beijo dele, mas me sentia convicta que o fato de eu pensar nessas coisas não significavam nada, até porque minha opinião sobre ele não havia mudado. Eu jamais me apaixonaria por um homem mau e arrogante como o Itachi, mas também não podia simplesmente sumir de vez da vida do dele, já que o meu trabalho agora estava aqui.

 Saí do quarto e bati na porta de Ino. Era sábado, então poderíamos ir, eles com certeza não precisariam da gente, já que imaginava que todos deveriam ir para casa. Bom, na verdade eu ficava pensando por que eles precisavam de nós por perto durante cinco dias na semana. Será que eles se metiam tanto assim em confusões? Não seria possível!

 — Bom di... — Ino abriu a porta e me puxou para dentro rapidamente, me deixando com cara de boba. — Ai que exagero, o que foi? — falei enquanto passava a mão pelo meu braço, que doía pelo aperto que ela tinha dado.

 — Sakura, você viu? Aquele gatinho do Sasori que veio trazer comida ontem à noite! Ele não é um fofo? — falou empolgada enquanto arrumava o cabelo em seu rabo de cavalo habitual.

 — Ino, você não presta!

 — Não tem nada a ver! Já que temos que ficar presas, trabalhando aqui com eles, posso aproveitar para conciliar trabalho com prazer — falou, e deu uma piscadela.

 — Você já procurou saber o que esse cara fez para se tornar um renegado e estar aqui? — perguntei cruzando os braços. Ino parecia não ter percepção das coisas às vezes.

 — Não. Mas aposto que ele não assassinou todos os membros de seu clã brutalmente — disse, e se aproximou de mim como se fosse me contar um segredo no meu ouvido.

 Para falar a verdade, depois da última frase que ela disse, senti um grande aperto no peito. Ela estava falando sobre Itachi e tinha total razão no que dizia. Eu duvidava inteiramente que alguém ali, naquele recinto, fosse tão cruel como ele, mas ainda assim eu permiti que ele me beijasse. E como se isso não fosse o suficiente, a única pessoa para a qual eu contaria alguma coisa que acontecesse na minha vida amorosa era a Ino, porém estava mais do que claro agora que não poderia desabafar sobre a noite anterior.

 Não podia mentir para mim mesma e dizer que não havia sentido prazer em tê-lo tão perto, tocando meu corpo, invadindo minha boca, mas precisa me controlar, tinha de encontrar uma maneira de me manter afastada dele tanto quanto possível.

 — Mas ainda existe uma esperança para você, minha amiga! — falou Ino, encostando o indicador no meu peito. — Você não precisa ser uma solteirona para sempre. Ainda tem aquele loirinho que a gente tratou! — disse, passando a língua nos lábios, ela sabia direitinho como me deixar vermelha de vergonha.

 — Para, Ino porca! As coisas não são desse jeito, e eu não sou uma solteirona. 

 — Ah, você é muito certinha... já disse que precisa se soltar mais.

 — Você sabe que eu não sou assim. E anda logo que a gente tem que ir dar uma olhada no Deidara antes de ir embora — disse indo em direção a porta: se deixasse, ela não sairia mais da frente do espelho. — Ah, e tem mais uma coisa — iniciei com a voz mais baixa, fitando a maçaneta da porta à minha frente — Itachi disse que precisamos ficar aqui direto e que só poderemos ir para casa no fim de semana. — Abri a maçaneta, enquanto a garota me seguia pensativa.

 — Eu não gosto nada desse cara e ter que passar a semana inteira olhando pra a fuça dele já é triste, ainda bem que o final de semana podemos ir para casa... ou isso seria injustiça! — Foi quase impossível não rir com aquilo. Até numa hora daquelas ela conseguia falar besteiras.

 Ao entrarmos no quarto médico, levei um grande susto ao ver Deidara tentando se levantar do leito sozinho, corri para apoiar o braço dele no meu ombro e o ajudar a se sentar na cama, enquanto ele me olhava com um sorriso sem graça e as bochechas levemente coradas.

 — Mas o que você pensa que está fazendo? — perguntei, séria.

 — Ei, Sakura! Eu achei que você já tivesse ido embora. — Ino me olhou apertando os olhos, provavelmente pensando besteira por ele ter dito meu nome, já que quando o tratamos ele estava inconsciente.

 — A gente vai agora, só tenho que saber onde o Uchiha está primeiro. — Senti um nó se formar em minha garganta ao dizer o nome dele, na verdade ainda não tinha caído minha ficha que deveria falar com ele antes de sair.  Que droga! — Ah, e essa é Ino, minha amiga. Se não fosse por ela, talvez não tivesse conseguido tratar você.

 — Oi, Ino. Prazer te conhecer! — Ino deu um sorriso cativante para ele, mas logo ele voltou seu olhar para mim e disse: — Todo final de semana isso aqui vai ficar vazio, então se acostumem. Normalmente todos tomam café e já vão embora.

 — Entendo, mas e você? Você sabe que não pode andar muito neste estado — falei, e segurei o queixo com uma mão e apoiei o cotovelo com a outra, pensando no que fazer, ele não podia ficar sozinho daquele jeito.

 — Não precisa se preocupar comigo, não. Eu tenho minha arte — falou todo orgulhoso, me deixando um pouco curiosa.

 — Não sei como você ainda tem coragem de chamar isso de arte! — disse Sasori, entrando no quarto com uma bandeja de café da manhã nas mãos.

 — Já te disse para você parar de falar assim. Você pode ser mais experiente que eu, mas as suas marionetes não são nada além de madeira. A arte é uma explosão! — Deidara ficou realmente chateado com o que seu colega disse. Enquanto Sasori colocava a bandeja na beirada da cama, ele o comia com os olhos.

 — A arte é algo eterno — falou o ruivo, um olhar raivoso.

 — Ah! Vai lá brincar com seus bonequinhos, vai!

Sasori serrou os punhos e respirou parecendo tentar buscar calma dentro de si. Nós estávamos nos segurando para não rir com os dois, e a exagerada da Ino ficava me beliscando a cada palavra deles.

 — Bom dia. Vocês conseguiram dormir? — O mestre de marionetes se virou para nós, ignorando Deidara completamente.

 — Eu dormi muito bem. Principalmente depois que você levou o ramen. — Ino estava praticamente se jogando para ele, que pareceu não se importar com isso.

 — Que bom. O café da manhã está servido, é melhor irmos, não gosto de deixar ninguém esperando — falou já nos guiando para fora enquanto eu acenava um tchau para Deidara, que bebia um suco, era amarelo então presumi que de laranja.

 Ao chegarmos na cozinha, fiquei completamente sem graça ao ver Itachi na mesa, mas ele pareceu nem notar nossa presença e continuou conversando com bastante naturalidade com Kisame. Isso me deixou um pouco aliviada, pois não queria ter que encará-lo, muito menos ter que falar com ele.

 — Bom dia — falou Ino.

 — Bom dia — falou Kisame, com um sorriso esquisito para nós. Esse cara uma hora iria me fazer ter pesadelos!

 — Bom dia. — Senti meu corpo arrepiar quando percebi que Itachi falou olhando nos meus olhos.

 — Bom dia — disse.

 Sentei-me entre Kisame e Ino, já que ela se sentou perto de Sasori. Por mais que ela me chamasse sempre de ingênua no que dizia respeito a relacionamentos amorosos, eu sabia muito bem que ela estava se aproximando dele daquela forma por puro desejo.

Tomamos nosso café em silêncio enquanto Itachi e seu amigo continuaram a conversar e, apesar de estar ouvindo tudo, não conseguia entender bem sobre o que falavam, mas parecia ser algo sobre treinamento.

 E na minha mente, enquanto comia, só conseguia pensar em como era incrível o tanto que ele podia ser cara de pau! De madrugada me agarrava e depois fingia que nada havia acontecido. 

Shannaro... Você queria que ele fizesse o quê? Sakura, sua burra! O bom seria se ele me ignorasse para sempre, assim eu não teria que me lembrar daquele beijo toda vez que o olhasse, mas eu sabia que a situação em que estava não era assim tão simples. 

Ao terminarmos o café, me levantei da mesa e Ino fez o mesmo, nos entreolhamos e depois olhamos para o Uchiha, mas ele nem se importou.

 — Nós já estamos indo — falei olhando para Sasori, que era o que parecia ser mais normal dos que estavam presentes.

 — Quero falar com você antes. —  Senti minhas mãos tremerem com a voz calma, porém arrogante de Itachi.

 — Pode falar — disse séria e até um pouco grossa, fazendo Ino me dar uma cotovelada. Mas ele se levantou e começou a vir em minha direção e, tentando reprimir a tremedeira, fechei meus punhos, sentindo minhas unhas encravarem na palma das mãos.

 — Em um local mais privado — disse, e me puxou pelo braço, mas, para minha surpresa, ele não me machucou, não havia força.

Enquanto deixava o lugar, podia ver a cara de preocupação que Ino tinha. E, caramba, não havia nada nesse mundo que me fizesse sentir ainda mais envergonhada por tê-lo beijado do que a expressão da minha amiga. Enquanto ela temia por mim, eu só fazia besteiras.

 Ele me levou até o grande salão e abriu uma porta que, na verdade, mais parecia uma parede e estendeu a mão me dando passagem para que eu entrasse na frente. A sala tinha uma mesa com uma cadeira em cada lado, havia uns papéis em cima da escrivaninha, mas não pareciam ser importantes. Ele fechou a porta depois de entrar, e meu coração estava disparado, minhas mãos permaneciam fechadas, não podia deixar ele me tocar outra vez como na noite passada, seria humilhante demais para mim. Mas ele apenas se sentou, me indicando a outra cadeira do outro lado da mesa para que eu me sentasse também.

 — Se você ainda não entendeu o seu propósito aqui, então eu vou ser claro com você. — Engoli seco a frieza de suas palavras enquanto me sentava e continuei olhando para ele, à espera da continuação: — O seu trabalho não é relatar tudo o que acontece aqui. A única coisa que você deve fazer é alertar a Hokage quando houver algum tipo de ameaça a Konoha, caso contrário, o acordo está desfeito.

 — Mas por que está demonstrando preocupação para com a Aldeia logo agora? — perguntei, confusa.

 — Eu não estou preocupado com a Aldeia. Só fiz esse acordo porque precisava de você — disse, então se levantou e veio em minha direção.

 — Como assim precisava de mim?

 — Você tem habilidades médicas. E, até onde eu sei, é uma das melhores nisso. Além de tudo, temos uma coisa em comum — falou se sentando em cima da mesa, bem na minha frente, e eu me ajeitei na cadeira, chegando o mais para trás possível, tentando evitar qualquer contato físico com ele.

 — Nós não temos nada em comum — disse, com o olhar endurecido: queria que ele percebesse de todas as formas que não era bem-vindo em minha vida. Contudo Itachi apenas soltou um suspiro e colocou a mão em meu queixo, o que fez com que eu prendesse a respiração com o toque.

 — Meu irmão — ele disse olhando para os meus lábios. Senti meus pulmões me incomodando por falta de ar, então segurei o punho dele com força.

 — Seu irmão não tem nada a ver comigo desde que saiu da Aldeia. E apesar de vocês terem o mesmo sangue, ainda assim ele também não tem nada a ver com você.

Me levantei abruptamente, feliz com o tom de voz firme que usei, mas ele soltou seu punho com um puxão e pegou minha cintura me levanto até ele. Fiquei entre suas pernas e o encarei com espanto pela atitude repentina.

 Os olhos dele nos meus provocaram choques pelo meu corpo. Mais uma vez, sentia que meus hormônios faziam com que eu traísse a mim mesma. Como podia desejar uma pessoa como ele? Como podia odiá-lo tanto e ainda assim sentir tanta atração? Naquele momento, me sentia a própria definição da palavra estupidez.

Itachi me aproximou ainda mais dele, os olhos ainda fixados nos meus com fervor quase religioso. Depositou um beijo na minha bochecha e não consegui segurar o suspiro trêmulo e carregado de prazer que escapou por meus lábios. Meus joelhos falharam quando me encostei no corpo dele e senti o volume em suas calças roçando em mim. Arregalei meus olhos e comecei empurrá-lo, querendo me afastar, mas ele me prendeu com mais força, o que me fez parar e engolir em seco, meus olhos agora direcionados para seus lábios bem-desenhados e levemente úmidos.

 — Não vai me dizer que nunca viu um homem assim? — falou olhando para baixo, fitando a protuberância em suas calças.

Aquilo fez meu coração gelar. Bom, sim, eu já havia visto um homem com uma ereção durante um tratamento, porém não era uma ereção provocada pelo desejo, mas porque ele tinha uma sonda enfiada no canal urinário. Já conhecia tudo relacionado ao corpo humano — masculino e feminino —, sabia sobre tudo o que acontecia quando o desejo sexual aflorava na pele. No entanto, ler isso tudo em um livro, ouvir isso tudo da boca da minha amiga Ino era muito diferente do que vivenciar pela primeira vez. Então, sim, me senti assustada e não sabia o que fazer, em principal pela imensa culpa que dominava meu peito por estar mais uma vez nos braços de alguém que nunca deveria ter deixado se aproximar de mim.

 — Quer saber, Itachi? Você não deveria me forçar assim.

 — Eu te forcei? — Ele riu, mas depois ficou muito sério. — Por que você tem tanta raiva de mim?

 — Como por quê? Isso não é algo óbvio? — falei olhando em seus olhos.

Ao ouvir a seriedade em meu tom de voz, ele mudou drasticamente a feição. Agora, parecia desapontado e triste, o que me deixou bastante confusa: nunca imaginaria vê-lo dessa forma. Ele me soltou lentamente, encarando o chão. Vê-lo desse jeito, estranhamente vulnerável, foi como marcar um gol de placa. O cara malvado sendo derrubado com algumas palavras.

 — É melhor você ir embora — falou, então saiu de cima da mesa e fitou a parede atrás da mesa.

 Apesar de ter gostado de vê-lo magoado, eu achei aquilo tudo muito estranho. A maneira como seu rosto se abateu de repente, como ficou atônito... mas não era hora de pensar nisso. Saí daquela sala o mais rápido que pude, o coração confuso, mas tentei me recompor o quanto podia, pois não queria que Ino notasse minha estranheza.

 Fui ao encontro da minha amiga, que conversava com Sasori, mas apenas a olhei enquanto andava em direção à saída. Percebendo minha pressa, ela logo se despediu do rapaz, que se virou para mim acenando com a cabeça, como se fosse um até mais, e eu fiz o mesmo para ele.

 — Amiga, o que ele queria? E por que você está com essa cara de carranca? — falou, enquanto tentava acompanhar meus passos pesados.

 — Eu não tenho carranca, Ino porca! Só estou com raiva daquele idiota.

 — O que ele queria? — ela repetiu, e senti meu coração apertar, me lembrando da maneira que ele me puxou para tão perto.

 — Nada demais... Esse Itachi é um arrogante.

Minha amiga me olhou por um momento, seu olhar estava preocupado como nunca tinha visto antes. E de novo isso me fazia sentir culpa: culpa por estar escondendo algo tão grande da pessoa que sempre esteve ao meu lado, até mesmo quando bancávamos de inimigas uma da outra.

 — Sakura, por que não me diz logo o que aconteceu? Quero dizer: eu também odeio esse cara, mas você parece abalada.

 — Aconteceu que essa missão pode ser muito para mim!

Ino me olhava como se não soubesse o que falar, o que era muito difícil, já que ela sempre tinha resposta para tudo. Para tentar amenizar o clima, soltei um suspiro, pedi para que ela deixasse aquele assunto para lá e seguimos viagem.

 Ao chegarmos em Konoha, fomos diretamente até Tsunade, explicamos tudo a ela, inclusive o que Itachi falou sobre passarmos apenas as informações que tivessem a ver com Konoha. Ela, claro, ficou muito brava com isso, mas acabou aceitando a condição que o Nukenin impôs.

Depois fomos para nossas respectivas casas. Só de pensar que teríamos só dois dias longe daquele lugar, já me sentia péssima. E, caramba, não bastasse tudo que havia em minha mente, minha mãe ainda fez um auê ao me ver chegar depois de ter desaparecido de casa. Explicar para ela já foi difícil, fazê-la aceitar que passaria tanto tempo fora de casa então... Mas ela acabou entendendo e veio com aquele papo de "minha filhinha está crescendo" fala sério, né!


Notas Finais


Aiiiiiiii povo.... To com dó da Sakura! Vou denunciar o Itachi, que abusado kkkkkkkkkk

Bom, e se você é uma pessoa culta na arte de criar, ou conhece alguém que manja, fala pra mim! Estou procurando um capista legal para minhas histórias. ;)

É isso ai gente!!! Espero que tenham gostado!
Bjnn


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