1. Spirit Fanfics >
  2. Corações Entrelaçados >
  3. Capitulo 2

História Corações Entrelaçados - Capitulo 2


Escrita por: Belle_Haruhi

Notas do Autor


Oi gente,
Sei que demorei, mas trabalho viajando para o interior, então tenham um pouquinho de paciência comigo.

Capitulo curtinho, porque amanha já tem viagem. Queria deixar pelo menos algo pronto. E para aqueles que leem Konohagakure, prometo atualizar o quanto antes.

Boa leitura.

Capítulo 3 - Capitulo 2


Depois de lavar a cara na pia do banheiro eu finalmente entrei na sala de aula depois de duas aulas e a metade da terceira. Ino me olhou com as bonitas sobrancelhas arqueadas, mas depois de lançar um olhar mais aguçado para o meu rosto um pequeno vinco surgiu entre elas. Talvez ela tivesse conseguido enxergar minha tristeza através da capa de indiferença que eu tentava a todo custo manter, ou somente o meu nariz vermelho igual um tomate denunciasse o choro recente, não sei. O que importa é que ela viu e assim veio se sentar ao meu lado no fundo da sala.

— O que aconteceu com você? — Ela quis saber.

— Como assim?

— Não me leve a mal Saky, mas parece que você foi atropelada por uma manada de mamutes. — Eu já ia retrucar, mas ela continuou falando. — E depois ficou semanas chorando.

— É o meu nariz não é? — Perguntei tocando nele de leve. — Tá parecendo um tomate.

— Eu diria que se parece mais com um moranguinho por causa do tamanho, mas pela cor certamente que tomate cai como melhor definição.

Suspirei em desanimo.

— Problemas em casa? — Sua voz suou mais suave dessa vez. — É com a sua mãe?

O bolo começava a se formar novamente na minha garganta então me obriguei a engoli-lo e acenei de leve.

— Está cada vez mais difícil. — Minha voz estava falha e saiu tão baixo que duvidei que ela tivesse escutado algo, porém sua mão logo estava junto da minha.

— Sinto que ela... Às vezes eu penso que... — Não consegui concluir. Uma lágrima escapou pelo canto dos olhos.

— Tá tudo bem, Saky. Eu tô aqui. Eu sempre estarei aqui.

Eu queria chorar e gritar e quem sabe chorar mais um pouco, mas graças ao criador do universo o sinal anunciando o fim daquela aula e também inicio do intervalo tocou. Limpei o rosto molhado e tentei me acalmar como pude.

— Vem, vamos comer alguma coisa.

Ino saiu me puxando pela mão e contando que estava desconfiada de que a professora Kurenai de Geometria gráfica 1 estava de rolo com o professor Asuma, já que sempre que se viam pelos corredores ela corava.

— Mas isso não quer dizer que eles estejam de rolo. Ela pode estar afim dele, só isso. — Contrapus.

Ela riu.

— Sabe aquele banheiro do bloco de engenharia química?

— Aquele que quase ninguém usa?

— Esse mesmo. Outro dia eu estava indo deixar um livro para o Gaara...

— Vocês estavam indo transar. Gaara nunca ler livros. — Acusei.

Ela deu de ombros. Não era segredo nenhum para quem convivia com aqueles dois, que eles pareciam um casal de coelhos “transudos”. Se der vontade, eles somente precisam de um lugar com menos espectadores.

— Então, nós havíamos combinado de nos encontrar lá pra fazer você sabe o que, mas advinha só. — Então ela fez uma onomatopeia horrível de tambor em som de suspense. — O lugar já estava ocupado. E era uma gemedeira alta, tá bom meu amor.

— Mentira?

— Verdade verdadeira. Eu e o Gaara nos escondemos atrás daquele arbusto de ixora e esperamos até que, finalmente, o Asuma saiu de lá seguido de ninguém mais ninguém menos que a professora Kurenai, que vinha ajeitando a saia do estilo “sou uma secretária safadinha” sabe? 

— Vocês ficaram espionando pra ver quem ia sair de lá?

— Mais é claro. Derreti minha beleza debaixo daquele sol quente e acabei não transando com o meu ruivo delicia, mas pelo menos descobri que a Kurenai e o Asuma são dois safadinhos.

— A versão mais velha de você e do Gaara.

Ela concordou sorrindo.

Entramos no refeitório lotado e meus olhos, inconscientemente, procuraram por alguém específico. E encontraram.

Naruto estava sentado em uma das ultimas mesas do refeitório. Totalmente largado na cadeira, com os braços apoiados atrás da cabeça e os fones brancos nos ouvidos. Ele estava...

— Um tesão. — Ino ecoou meus pensamentos. — Como ele pode ser tão sexy sem fazer nem um esforço por isso?

Ela parecia indignada.

— Gaara é gostoso? É. Tem uma bundinha sexy? Com certeza. Mas aí exalar masculinidade, elegância e... — Ela parecia procurar o termo certo para o próximo elogio. — Selvageria.

— Selvageria? Essa palavra existe?

— Não sei, mas você entendeu. Parece uma batida de liquidificador, a mistura perfeita de Jon Snow e Thor. Sabe?

Eu ri. Olhei novamente na direção dele e quase cuspo minha alma pra fora quando ele me pega observando-o.

Droga. Já era a segunda vez só naquela semana. Dessa vez, porém, ele acenou pra mim. Fiquei tão surpresa que quase não escuto Ino indagando.

— Ele acenou pra você? Por que ele acenou pra você?

Balancei a cabeça em negação.

— Não sei. Deve estar me confundindo com alguém.

Só pode ser isso. Quer dizer, a gente teve um breve diálogo, mas só porque ele me pegou em momento delicado. Mas isso não significa que viramos colegas. Certo? Certo.

— Pois pra mim pareceu que ele estava acenando pra você. — Insinuou.

— Pois pra mim você se enganou feio. Vem, para de alucinar e vamos comer alguma coisa.

Dessa vez fui eu quem saiu arrastando ela em direção ao pequeno espaço direcionado a pedidos.

 

--

 

Depois da faculdade fui direto pra casa da minha vó Chiyo. A lanchonete não abriria hoje, portanto eu estava com a tarde livre. Vovó era incrivelmente maravilhosa. Ela morava num pequeno chalé numa zona mais afastada da cidade. Eram longas duas horas e meia para chegar até lá, com isso quero dizer que são duas horas numa Kombi lotada e mais vinte ou trinta minutos de caminhada, mas eu aproveitaria a tarde de folga, além do mais, já haviam se passado duas semanas desde que eu havia visto ela.

Quando finalmente cheguei ao chalé da Vó Chiyo eu estava suada e com a as pernas tremendo de fome. Subi os três degraus da frente e logo avistei a pequena placa, onde se lia “Se entrar sem ser convidado eu faço sair a base de vassouradas”. Entrei na pequena residência me sentindo o pica pau que sempre flutua quando sente o cheiro de comida. E algo na cozinha cheirava divinamente bem. Algum cozido com legumes e com certeza tinha purê de batatas. Eu era apaixonada por purê de batatas.

— Vovó?

— Sasa. Por que não me avisou que vinha? — Disse a senhora baixinha e de cabelos grisalhos que correu pra me abraçar assim que me viu.

— Quis fazer uma surpresa.

— Ah querida. A vovó sentiu que você vinha e fez seu prato favorito, cozido de frango, com tempero forte e pouco caldo, além é claro de purê de batatas.

Quase chorei de felicidade. Vovó tinha esses “pressentimentos” inexplicáveis de vez em quando e quase fiz uma dancinha pra mãe natureza, como vovó sempre fazia quando queria agradecer aos nossos ancestrais por alguma coisa boa que acontecia na família. Desisti de tentar entender como a cabeça dela funciona há muito tempo, então simplesmente lavei as mãos e comi como se estivesse presa há meses. Depois disso, vovó e eu limpamos a cozinha e logo em seguida dividimos a rede que estava atada no fundo da propriedade embaixo de frondosas árvores, conversamos e trocamos afagos maternos. Quando sai de lá estava com a alma leve e a barriga cheia.

 


Notas Finais


Gente, caso tenha algum erro me avisem. Eu escrevo e já posto. Preciso de alguém pra revisar os capítulos pra mim rsrs'

E ai, o que acharam?

O motivo da minha demora está explicado nas notas iniciais.

Beijos a todos.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...