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História Corações paralelos - Desestabilização desconhecida


Escrita por: DavisStark e Topaz10

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 4 - Desestabilização desconhecida


Saí daquela diretoria bem indignada. O diretor disse que eu não estudava na academia e que nunca tinha me visto na vida. Mas o pior de tudo, foi aquele safado me convidando pra passar a noite com ele! Eu nem fazia questão de estudar nessa porcaria de academia mesmo… só que sim.

Mesmo com todo meu esforço pra chegar até aqui, decidi tentar ingressar em outra. Não ficava mais um minuto naquela joça, nem que me pagassem!

Ia virar à esquerda no corredor, até perceber que tinha alguém me observando. Ele estava estático, parecia que estava vendo um fantasma. Estava sem entender nada, até que caiu a ficha… será que foi esse palhaço o responsável por ninguém estar me reconhecendo?

– O que você está fazendo aqui?! – Perguntei olhando seriamente pra ele, cruzando os braços.

O estranho saiu do transe e me encarou de volta.

– Eu é que pergunto. Foi você a Gem burra que desafiou o professor?

– Isso não vem ao caso! E EU NÃO SOU BURRA! – Encarei-o mais ainda.

Achei que meu olhar “ameaçador” fosse dar resultado, mas ele simplesmente começou a rir da minha cara. Agora eu fiquei chateada!

– Estou aqui porque fui mandado à diretoria. – Ele parou de rir. – E você? Veio comprar briga com o diretor também? – Disse de forma sarcástica.

– Pra sua informação, eu vim reclamar meus direitos! – Cruzei os braços.

– Então tá.

Ele já estava saindo, mas o parei.

– Por acaso, foi você o responsável por essa brincadeira sem graça? – Minha voz tava tão carregada, que nem tava me reconhecendo.

– Só por que eu fui o único “suspeito” até agora?

O jeito que ele falava, me dava vontade de arrebentar a cara dele. Custava ligar pro que eu tava falando?

– Eu não vou perder meu tempo com você! – Dei as costas, mas continuei olhando de relance. – Não vou perder minha postura fofa, por causa de você!

– Tá bom, estressadinha. Até mais. – Ele acenou e foi até a diretoria.

Que cara mais insuportável! Isso só reforçou a hipótese dele ser o culpado. Não queria mais vê-lo na minha frente, era capaz que eu começasse a correr atrás dele feito uma louca!

Respirei fundo e continuei meu caminho. Estava indo até a plataforma de teleporte, pegar um transportador de volta pra minha casa. Com que cara eu ia dizer à Tanzie que meu sonho fora um fiasco e que ia ter que voltar à minha vida de recepcionista? Antes fosse trabalhar com ela… seja lá o que ela fizesse da vida.

Foi naquele momento que parei pra pensar, nunca tinha perguntado qual era o emprego da minha melhor amiga. Mano, por que eu nunca perguntava o que realmente era importante? Seria melhor do que perguntar se ela curtia pelúcias e se queria participar das minhas festas do pijama da solidão… porque só ela ia.

Já estava quase chegando, quando ouvi um barulho de explosão altíssimo, logo em seguida, o chão literalmente virou, ficando um pouco inclinado. Tomei um susto daqueles!

A academia ficava em órbita de Homeworld. Isso só podia significar que alguma coisa acontecera com os estabilizadores!

Ia me levantar, quando o chão virou novamente, voltando ao estado normal.

Assim que consegui me levantar, corri rapidamente pra procurar alguém que soubesse o que estava acontecendo! Pelo visto, eu não era a única, vários alunos e professores estavam saindo de suas salas, apavorados, gritando e correndo pra lá e pra cá, sem saber pra onde iam!

Outros batiam furiosamente na porta da diretoria, exigindo que o diretor aparecesse, o que não aconteceu.

Quando menos esperávamos, a academia começou a cair. Aí nem eu e nem ninguém aguentou, entrei em desespero e comecei a gritar! Mesmo que não fosse adiantar muito, mas como eu sou “sortuda”, não arranjei nada pra me segurar, e fui empurrada violentamente contra o teto, batendo minha cabeça e desmaiando.

 

( … )

 

Acordei, sentindo como se estivesse sendo balançada pra cima e pra baixo, e com minha cabeça latejando. Ao olhar para cima, percebi que estava sendo carregada por aquele Gem insuportável. Ele estava correndo muito rápido, como se estivesse fugindo de algo ou alguém.

Ao perceber que eu tinha acordado, ele disse:

– Então, a Bela Adormecida resolveu acordar do soninho da beleza?

– Só não te bato por que não sei o que tá acontecendo aqui! – Olhei o máximo que meu campo de visão permitia, e percebi que estava em um corredor que não conhecia.

– O que aconteceu enquanto eu apaguei? Onde estamos?! – Perguntei, ainda confusa.

– A academia voltou a orbitar antes de entrar na atmosfera! – Respondeu, arfando.

– E por que você tá me carregando no que parece ser uma fuga da polícia?!

– Eu te achei desmaiada. Alguém que eu não consegui identificar, tentou te matar enquanto isso. Eu lancei minha foice no sujeito. E estamos correndo até a Sala dos Estabilizadores, pra ver o que aconteceu, tentando evitar que aquele Gem nos alcance! – Ele falou tão pausadamente, que ficou parecendo um robô.

Chegamos no final do corredor, onde havia uma porta metálica e um painel de identificação onde se colocava a mão direita; ao lado, havia um aviso de “Somente Gems autorizados”.

Ele me colocou no chão e se apressou em colocar a mão no painel. Por algum motivo que eu desconhecia, o sistema autorizou a entrada dele e a porta se abriu.

Ele já estava entrando, quando olhou pra mim e disse:

– Vai ficar aí parada ou vai entrar?!

Não disse nada, apenas o encarei e entrei. Quando nós dois passamos pela porta, ela se fechou.

Estávamos na Sala dos Estabilizadores. Várias máquinas operavam, deviam ser os estabilizadores; no final, havia um painel e uma tela que mostrava o estado de cada máquina.

O Gem parou em frente ao painel e ficou analisando a situação dos estabilizadores.

– Os registros mostram que houve alterações nas últimas duas horas! – Disse ele, em um tom sério.

– O que isso significa? – Perguntei me aproximando.

– Alguém programou os estabilizadores para desligarem…

– Quem faria uma coisa dessas? – Estava preocupada.

– Não sei! Só sei que a última alteração os programou assim! – Ele estava com uma cara ameaçadora, como se quisesse descontar a raiva. – Há outra programação para daqui a 25 minutos! – Ele apertou um botão e aquilo foi apagado.

– Como você conseguiu entrar aqui? – Perguntei, curiosa.

Ele virou-se para mim.

– Apenas digo que sou… influente. – Respondeu com indiferença.

Aquilo me deixou ainda mais confusa. Como assim?

– Eu ainda não sei o seu nome, senhor “influente”. – Falei de um modo brincalhão.

Ele deu uma risadinha modesta.

– Obsidian. Muito prazer, Turquesa.

– Como você sabe o meu nome? – Agora sim eu tava confusa pra caramba.

– Não já disse que sou influente? Vamos embora desse lugar e relatar ao diretor o ocorrido.

Acenei com a cabeça e o segui. Quem quer que estivesse o seguindo, parece que havia desistido. Não falamos mais nada durante o percurso. Ele continuava indiferente, e eu continuava cheia de perguntas, com aquele olhar de criança curiosa.

Enquanto passávamos pelo corredor das salas de aula, vários alunos e professores arrumavam a bagunça do incidente, ainda aflitos.

Ao chegarmos, meu colega bateu à porta e entramos. O diretor parecia surpreso em nos ver.

Obsidian apoiou-se na mesa do diretor e olhou seriamente para ele, causando-lhe uma sensação de desconforto.

– O que vocês querem? – Perguntou ele, ainda desconfortável.

Obsidian respirou fundo e contou tudo que descobrira na Sala dos Estabilizadores, assim como o diretor, eu só olhava tudo atentamente. Não escondeu nenhum detalhe, exceto a parte de que teria alguém nos perseguindo.

Ao final, o diretor nos agradeceu e disse que eu poderia me matricular na academia, e que o Obsidian não seria punido por “desacato ao professor”.

Eu realmente precisava aprender a não voltar atrás com minhas decisões, admito que queria muito “voltar”. Mesmo ainda achando aquilo muito estranho, e sem saber o culpado, me “rematriculei”.

Ao sairmos, Obsidian e eu, paramos em frente à porta.

– Desculpa por ter te julgado hoje mais cedo! – Olhava para ele, arrependida. Com a mão atrás da cabeça.

– Tá tudo bem. – Ele continuava com aquelas respostas frias.

– Obrigada por me salvar! Eu te agradeço muito, sério!

Ele estava de braços cruzados, parecia ignorar o que eu dizia.

– Espero que possamos ser amigos!

Sem pensar, beijei seu rosto em agradecimento. O gesto mais estranho que se podia esperar de uma estranha, mas eu o fiz.

Obsidian colocou a mão no local e ficou vermelho de vergonha. Não disse nada, mas sua reação já era o bastante para mim.

Retirei-me sem dizer mais nada, deixando-o lá, estático.

 


Notas Finais


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