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História Coraline - A porta se abre - A Outra Coraline


Escrita por: Arthurmoreira1737

Notas do Autor


Oi pessoas! Espero que não se confundem porque eu mudei a capa dessa fanfic pq achei meio feia aquela capa de ponta-cabeça, já que errei ao colocar de cabeça para baixo. Espero que tenham gostado e aqui tem mais um capítulo dessa aventura! ;)

Capítulo 3 - A Outra Coraline


Fanfic / Fanfiction Coraline - A porta se abre - A Outra Coraline

Depois de sair do banheiro, visto um suéter de estrelas brancas que tenho há algum tempo atrás. Eu gosto bastante dele. Visto uma calça jeans e um tênis preto. 

Respiro fundo. Quando voltar da cidade, vou para o Outro Mundo. Estou ansiosa e com um pouco de medo. Mas vou ser corajosa. Eu preciso ser. 

- Coraline? - chama a minha mãe abaixo das escadas. - Já está pronta?

- Sim, mãe. Eu já vou.

- Ótimo.

Ouço os passos dela se afastando e destranco a porta do quarto. A casa parece mais escura. Deve ser só impressão minha. Desço as escadas rapidamente e vou até a cozinha, tentando parecer o mais normal possível. Minha mãe abre a porta e nós vamos até o carro estacionado no jardim. Eu sento no banco da frente.

- Mãe? - pergunto, de repente. - Eu preciso de pilhas para aquela lanterna. Podemos comprar?

- Talvez outro dia, Coraline - diz a minha mãe enquanto dirige. - Eu tenho muitas outras coisas para me preocupar, tá?

Ela fala com uma voz bondosa. E assim sei que é verdade.

- Está bem - respondo, tentando sorrir. Não falamos nada durante o caminho depois disso.

                                   ***

Chegamos à cidade algumas horas depois. Encontramos o meu pai em uma loja de roupas. 

- Comprei um casaco para você - diz o meu pai, mostrando uma sacola de papelão amarela. 

- Que cor é? - pergunto, com indiferença.

Ele verifica como se tivesse esquecido a cor do casaco. 

- Rosa - diz, retirando da sacola.

Eu reviro os olhos.

- Devia saber que odeio rosa - falo, então vou embora para olhar outras coisas. Minha mãe me olha com os olhos cerrados.

- Ela realmente odeia rosa - comenta, balançando a cabeça. - Mas podemos dar para a sua sobrinha.

Olhar roupas é chato. Mas é melhor do que ser vulnerável dentro de casa, completamente só. Além disso, há chances de Beldam sequestrar os meus pais novamente e deixá-los no globo de neve. Não quero pensar nisso.

Há algumas fantasias em forma de animais. Até seis anos, como eu imaginava. Não irei comprar isso, mas gosto de olhar.

- Coraline? - chama a minha mãe. - Já vamos. Seu pai vai ficar. 

- Estou indo - digo, e dou uma última olhada nas fantasias.

                               ***

Quando chegamos em casa novamente, ainda está chovendo. A minha mãe abre um guarda-chuva azul que estava no porta-malas e nós entramos. Devia ter trazido as galochas. O solo está cheio de lama. 

- Vou trabalhar no meu quarto. Quando quiser almoçar me chame. - Então sobe as escadas. Um sorriso atravessa o meu rosto. Vai dar para pegar a vela na gaveta da cozinha.

Eu faço isso, e também pego uma faca afiada, se precisar me defender de monstros como a Beldam e logo estou na frente da porta de madeira. Parece estar me observando, mas sei que é só impressão.

- Não vai ganhar, Beldam - sussurro, e abro a porta. O corredor escuro está lá. Eu engulo em seco.

E atravesso. Fechando a porta atrás de mim. Uma ventania de areia me atinge. É cortante. Grito, e corro. Escorrego, e a vela cai da minha mão e apaga. O cilindro de cera branca rola pelo chão, e eu me levanto. Meu cotovelo parece estar machucado. Dói bastante.

- Sua bruxa! - grito. A porta do Outro Lado se abre e uma luz se acende. Uma silhueta grande e esquelética aparece. Beldam, talvez? 

- Olá, novamente - diz Beldam. Ela agita a sua mão direita. Ela conseguiu a mão. Mas de que forma?

Então me levanto e corro em sua direção com a faca. Me jogo e a faca atinge o seu pescoço. Ela grita, e um sangue negro sai. A porta se fecha atrás de mim. Estou no Outro Mundo. Ela puxa o meu cabelo e eu rolo para o outro lado da sala. E ela se levanta, massageando o seu pescoço esquelético. Está pior do que quando a deixei. Mais magra. Mas parece saudável. Seus botões brilham. 

- Você é esperta, Coraline - diz, agitando as garras. Percebo que a direita está conectada ao braço por um emaranhado de arames. - Mas é egoísta. E o seu egoísmo vai derrotá-la.

- Eu vou derrotá-la, sua nojenta - digo, segurando a faca com força, o sangue negro escorrendo da lâmina até o cabo. - Você vai morrer, seu monstro. E vai parar de uma vez por todas de atrair crianças inocentes e entediadas para cá, para comer as suas almas. 

Beldam ri, e um sorriso amedrontador e branco aparece de dentro de sua boca. Os seus lábios estão pintados de vermelho-sangue. Assim como as unhas. 

Ouço uma tosse atrás de mim, e me viro. Arregalo os olhos.

Sentada em uma cadeira no canto da sala de estar, uma garota de cabelos castanhos até os ombros sorri. Usa um suéter completamente preto e uma calça azul-escura. Usa também uma sapatilha preta. Ela ergue uma sobrancelha. Há botões no lugar de seus olhos. 

É idêntica a mim, tirando o fato de eu ter olhos verdadeiros. É o meu clone. 

É a outra Coraline.

 

 

 

 

 

 

                  

 

 


Notas Finais


:);) XOXO


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