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História Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - O Coração II


Escrita por: EduVortex_x

Capítulo 16 - O Coração II


Fanfic / Fanfiction Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - O Coração II

Coraline andou pela casa irritada. Olhou em todos os cômodos, mas nada do coração. O gato apenas olhou, até se cansar e decidir perguntar:

- Acha mesmo que ela guardaria o coração aqui?

Coraline parou, olhou para o gato e perguntou:

- Onde ela guardaria então?

- Ora... Do outro lado da porta – Respondeu tranquilamente, voltando a lamber a pata.

- Você não está pensando em ir lá, está? – Perguntou Wybie.

- Sim! E você vem comigo! – Respondeu ela, puxando Wybie pelo braço.

Sem hesitar ela entrou no buraco que parecia mais pegajoso e nojento. Percorreu o corredor, o gato acompanhava sem dizer nada, até que decidiu perguntar:

- E onde você pretende procurar?

- Em todos os lugares! – Respondeu ela.

- E perder tanto tempo assim? – Perguntou o gato, fechando os olhos e balançando a cabeça.

Coraline encolheu os ombros.

- Ahhg. Onde eu deveria procurar então? – Indagou ela, irritada.

- Quando você era criança, qual era a única parte que não existia no mundo dela?

Coraline parou e pensou.

- O poço... – Respondeu dispersa.

- Exatamente. E isso porque ela só criou aquilo que agradaria você. Mas agora que o mundo dela se expandiu, podemos ir até lá e procurar. Até mesmo porque, eu não acho que ela guardaria o coração dentro da casa...

Coraline sorriu, sentia-se corajosa como nunca! Chegou até o outro lado do corredor, pisando no assoalho podre da casa. As paredes estavam tortas e escuras. Ela ignorou tudo e saiu da casa, sempre puxando Wybie junto com ela, o coitado, por sua vez, nada fez além de observar cada canto esquisito daquele lugar.

O gato tentava acompanha-la, mas ela estava determinada em encontrar o coração. Eles passaram por um arvoredo e chegaram até uma quadra de tênis velha que tinha atrás da casa. Passou pela quadra e seguiram um caminho estreito até chegar em uma decida que levava até o poço. Lá ela conseguiu ver, o poço estava coberto pela lama, mas ela podia ver a tampa torta sobre o buraco.

Se aproximaram. Wybie ajudou Coraline a tirar a tampa.

- É muito fundo – Observou ele.

Coraline olhou para os lados e viu uma corda em cima de algumas caixas velhas.

- Toma! – Disse ela entregando a corda para Wybie. – Você segura. – Ela amarrou a corda na cintura. – Sou mais leve, então posso descer sem ter perigo da corda se arrebentar.

Ele concordou. Coraline segurou bem a corda e foi descendo de pouco em pouco até chegar lá em baixo. Só tinha terra. Ela pisou na terra e viu que estava fofa, então começou a cavar.

- E então? Achou alguma coisa? – Perguntou Wybie.

- Sim!

Depois de muito cavar Coraline achou uma caixinha de madeira.

- Agora me ajuda a subir! – Gritou ela.

Wybie puxou a corda com certa dificuldade, mas depois de muito esforço ela conseguiu sair de lá.

- Aqui está!

Ela decidiu abrir a caixa apenas em casa. Voltaram pela estrada estreita até a quadra, passaram pela quadra e entraram na casa. Percorreram o corredor até a sala de estar. Entraram no buraco até o outro lado.

 

1 hora depois...

 

Coraline tinha acabado de tomar banho. Secava o cabelo. Trazia com ela a caixinha, estava um pouco suja de terra. Ela colocou a caixinha sobre a mesa da cozinha. Wybie observava ansioso, assim como gato, curiosos para saber o que tinha lá dentro. A caixinha estava trancada, ela então tirou a chave que estava pendurada no pescoço e abriu. Dentro da caixinha tinha um saquinho feito com retalhos de um tecido escuro e velho. Uma corda estava amarrada no saquinho, parecia estar bem frágil. Coraline começou a tocar no pano e percebeu que tinha coisas lá dentro. Ela tentou sentir o que tinha lá dentro. Parecia ter ossos e pedrinhas ou algo do tipo.

- Bem... Isso não se parece bem com um coração – Observou Coraline. – Mas conseguimos – Sorriu. – Agora vamos atrás da bruxa e resgatar os meus pais!

Foi nesse momento que eles ouviram vozes, vozes que conheciam bem:

- Era a peça do Rei Torto! – Disse uma voz aguda de uma velhinha.

- Não! Era do Menino Ladrão! – Disse uma voz mais grave, de uma velhinha também.

- Miriam, você está ficando cega!

- Eu cega? Meu amor, eu tenho olhos de gato! – Respondeu.

- Veja só o tamanho desses óculos!

- E você com essas perninhas fracas?

- Eu não...

- Olá! – Interrompeu Coraline, que imediatamente reconheceu as duas velhinhas. Tratava-se da senhorita Spink e senhorita Forcible. Elas estavam vivas!

- Olá, amoreco! – Cumprimentou a senhorita Forcible, ajeitando os óculos.

- Caroline! Que bom revê-la! – Disse a senhorita Spink, aproximando e dando um abraço em Coraline.

- Meu nome ainda é Coraline – Disse Coraline.

- Claro que é.... – Respondeu a senhorita Spink.

As velhinhas se sentaram em volta da mesa, passaram uns segundos recuperando o fôlego.

- Então... Por onde andaram? E por que só voltaram agora? – Perguntou Coraline.

As velhinhas arregalaram os olhos, chamaram Coraline para perto delas, olhando para os lados com medo que alguém pudesse ouvi-las:

- A Bela Dama...

- A Dama Magrela...

Sussurraram ao mesmo tempo.

Senhorita Spink olhou para Miriam, franzindo a testa, dizendo:

- É Bela Dama.

Senhorita Forcible respondeu:

- Não... É a Dama Magrela!

Senhorita Spink colocou a mão sobre a testa, revirando os olhos, suspirando.

Coraline e Wybie riram baixo.

- Como sabem dela? – Perguntou Wybie.

As velhinhas não responderam.

- Por que falaram dela? – Indagou Coraline, com os olhos semicerrados.

- Ela está chegando, criança. Ela está perto – Sussurrou Miriam.



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