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História Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - Borboleta Preta


Escrita por: EduVortex_x

Notas do Autor


Esse pode ser o fim..ou não.

Capítulo 18 - Borboleta Preta


Fanfic / Fanfiction Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - Borboleta Preta

Era uma noite chuvosa e fria. Coraline estava atordoada. Tentava se rastejar para dentro da casa, mas lhe faltava forças até para tirar o cabelo molhado de cima dos olhos. Ela perdeu as esperanças naquele momento, mas algo estranho a fez mudar de ideia e duvidar de si mesma, duvidar da realidade, duvidar que tudo aquilo foi real, pois, ao piscar os olhos ela se viu deitada no seu antigo quarto no Hospital Psiquiátrico Doutor Ross. Ela não estava mais em sua casa em uma luta contra a Bela Dama, ela estava de volta ao lugar que mais lhe causou sofrimento nesses últimos anos.

“Como eu cheguei aqui? ”: Pensou, esfregando os olhos uma, duas, três vezes depois de olhar para cada canto do quarto.

Então ela se levantou. Calçou as pantufas que estavam debaixo da cama. Eram azuis e confortáveis. Andou até a porta e abriu. Quando saiu do quarto ela já não estava no hospital, estava agora no corredor da sua casa, mas tudo estava novo, colorido e agradável de se ver. Ela sentiu um cheiro bom de comida e seguiu o até a cozinha.

- Mamãe? – Disse ela. Deu uma pausa, percebeu que sua mãe não estava lá. – Papai? – Chamou, mas ele também não estava lá.

Ela sentiu seus olhos coçarem no mesmo segundo, coçava muito, era algo extremamente desconfortável. Andou até o espelho para ver o que era. Eram botões.

- Como é que....

Ela não conseguia entender nada. Ela enxergava perfeitamente mesmo com os botões. Ela começou a acreditar que sua mente estava lhe pregando uma peça. Ou que aquilo era mais um dos seus longos pesadelos... e talvez era, pois quando olhou para o lado viu a mulher que conseguiu tirar tudo dela, sua infância, seus pais, sua vida... A Bela Dama se aproximava, estava linda, com um vestido deslumbrante.

- Olá, meu amor. Você agora é minha...para sempre. – Disse a Bela Dama, exibindo um lindo sorriso.

Coraline sentiu sua roupa úmida e pesada. Seu corpo começou a doer. Piscou várias vezes até se dar conta de que nunca havia saído do lugar. Ela estava lá, na casa, naquela noite, debaixo da chuva, após ser jogada do telhado. Concluindo de que tudo aquilo não passava de ilusões, pesadelos criados pela Bela Dama.

A bruxa desceu do telhado e andou até Coraline. Era perturbador continuar olhando para ela, uma mulher com metade do corpo de uma aranha, uma criatura horrenda.

- Viu o que eu fiz?! Eu venci o jogo! – Disse a Bela Dama, se aproximando.

- Não tenha tanta certeza disso! – Falou Coraline.

A Bela Dama no mesmo instante foi puxada pelos cabelos por Hyan, enquanto Emily e Amanda corriam em volta dela com uma corda. Charlie estava em cima do telhado e jogou de lá de cima uma pedra que atingiu a cabeça da bruxa. A Bela Dama caiu ensanguentada no chão, mas estava consciente. Wybie se aproximou e tirou da bruxa o coração, jogando para Coraline, que correu para dentro da casa. Ela pegou o fósforo que estava em seu bolso e colocou fogo no sofá (já estava velho mesmo: pensou). Sem hesitar ela jogou o coração no fogo.

- Não! – Gritou a Bela Dama entrando na casa, rastejando-se enquanto queimava. Ela tentava chegar até a sala de estar, mas no meio do corredor ela virou um amontoado de cinzas. E assim ela partiu daquele mundo.

Coraline caiu no chão. Sua visão estava turva. Ela sorriu, afinal, ela venceu o jogo mais uma vez... com ajuda, é claro.

E dormiu.

 

Horas depois...

 

Coraline acordou em uma sala branca. Tinha flores por toda parte. Flores e pessoas, estavam perto dela Wybie, a senhorita Spink e a senhorita Forcible, o senhor Bobinsky, Chris, os gêmeos Nolan e Molly, e os jovens Emily, Amanda, Hyan, Charlie e Hay. Todos sorriram quando ela abriu os olhos. Ela se sentiu feliz e acolhida, mas sua felicidade foi ainda maior quando ela viu entrar pela porta os seus pais.

- Mãe! Pai! – Gritou feliz, pulando da cama e correndo até seus pais. Os abraçou forte, o tão forte que podia. – Eu estava com tanta saudade de vocês!

Eles não falaram nada, não conseguiam, choraram ao invés disso.

Coraline olhou sobre os ombros dos seus pais, observando o gato entrar pela janela. O gato balançou a cabeça, tinha um olhar calmo e sereno. Coraline imaginou que naquele momento ele queria dizer: “Você conseguiu! ”

- Nós conseguimos. – Ela sussurrou.

O Gato se deitou, repousando a cabeça sobre a pata.

No mesmo instante uma borboleta preta entrou no quarto. Voou até Coraline e se desmanchou como cinzas, desaparecendo.

- Acabou. – Disse ela, fechando os olhos.

 

 

...

“Uma linda mentira”

...



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