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História Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - A Fuga - Parte II


Escrita por: EduVortex_x

Capítulo 3 - A Fuga - Parte II


O plano era o seguinte:

“Coraline se esconderia atrás dos arbustos e ficaria lá até que todos saíssem. Com ninguém do lado de fora, ela seguiria até a sala de carpintaria, onde atrás dela, tinha escadas na parede que levavam até o telhado do prédio. De lá do telhado ela desceria até o sótão, ficaria esperando até as luzes se apagarem e nesse momento andaria pelo hospital sem ser percebida pelas câmeras até a sala de controle do prédio. Lá ela abriria os portões e escaparia. ”

 

É.... parecia algo fácil, mas não era, nem um pouco! Ela teria que ser rápida demais para não ser vista e o tempo estava contado!

Tudo estava pronto até que ela foi impedida:

- Oi, Coraline! – Cumprimentou uma criança simpática.

- Ahh... você de novo? – Perguntou Coraline, suspirando, relanceando os olhos para mais duas crianças que se aproximavam – Já era... – Disse ela voz baixa, com uma certa tristeza e cansaço.

- Olá, Coraline – Disse as outras duas crianças. Tratava-se de uma linda menina pequena, do tamanho do primeiro menino que cumprimentou Coraline, os dois pareciam ter uns 6 anos. Muito bem vestida, com cabelos trançados e escuros, olhos negros e pele bem branca. A outra criança era um menino, parecia ter a idade de Coraline. Olhos castanhos, cabelos curtos e claros e também muito bem vestido.

Aqueles eram os três irmãos: Molly e Nolan, os mais novos com 7 anos de idade, e Chris, o mais velho com 16 anos de idade.

 

Ela conheceu aquelas três crianças no dia que chegou ao Manicômio. (No mesmo ano em que voltou a ouvir aquelas vozes). Elas tinham acabado de chegar, internadas por se tratar de crianças “violentas”, e que possuíam sérios problemas mentais. O que para Coraline e segundo a história contada pelas crianças, era mentira! Aquelas crianças tinham acabado de perder a mãe – História que ela ouviu das próprias crianças – A madrasta não gostava nem um pouco deles, sempre armando armadilhas para que o pai acreditasse que as crianças é que eram o “problema”. Dessa forma, elas foram internadas para um acompanhamento médico diário e para um tratamento intenso.... Nem irei comentar sobre o que fizeram com os irmãos...

 

Coraline gostava muito deles, eram seus únicos amigos naquele lugar, acontecesse que ela não tinha cabeça para pensar em nada além da chave, aquele era o seu único objetivo naquele momento.

Foi em questão de segundos para ela perceber que não podia partir sem eles, com os olhos semicerrados e pensativa, decidiu puxar o primeiro irmão para dentro do arbusto atrás dela, em seguida chamou os outros dois sinalizando com a mão. Com todos dentro do arbusto, Coraline disse:

- Eu estou planejando fugir hoje!

- O que? Mas você não pode! É perigoso! Vão pegar você e farão coisas horríveis depois! – Exclamou Chris.

- Eu sei, mas é preciso! Aquela mulher de quem os contei pode estar voltando, ela quer uma coisa que está escondida na minha casa, eu tenho que ir até lá!

- A chave? – Indagou Molly, com medo escorrendo pelos seus olhos.

No mesmo segundo, todos relancearam o olhar para Coraline, sabendo de que se tratava da Outra Mãe!

- Mas eu não posso ir sem vocês... não posso deixá-los nesse lugar! – Disse Coraline.

- Tudo bem... – Concordou Chris, olhando para seus irmãos – Iremos com ela, tudo bem? – Perguntou.

As duas crianças, que agora tremiam de medo, concordaram balançando a cabeça.

- Mas então, quando vai ser? – Perguntou Chris.

- Agora mesmo! – Respondeu Coraline.

E quando Coraline estava pronta para sair dos arbustos, ela foi puxada de volta pelas crianças, quando ouviram o que parecia ser o som dos saltos da Dra. Grayson!

A doutora andava com um certo orgulho sobre os ombros, que os levantavam com uma certa “frescura”. Exibindo seus novos sapatos vermelhos e um vestido da mesma cor. Ela olhava para todos os pacientes com um certo desprezo, tirando da bolsa um cigarro.

- É a megera! – Disse Nolan.

- Quieto, Nolan! Ela pode nos ouvir – Disse Molly.

- Não enche! – Respondeu o garoto.

- Não enche você! – Exclamou Molly, empurrando o irmão.

- Parem com isso! Sem brigas! Não queremos ser descobertos, não é mesmo? – Perguntou Chris para os irmãos, tentando não falar tão alto como eles.

Os dois concordaram balançando a cabeça.

Minutos depois, a doutora e todos os outros entraram, Coraline sabia que os médicos e enfermeiras sentiram a falta deles, então sem perder tempo puxou Nolan pelo braço, que puxou a Molly pelo braço, que por fim puxava seu irmão mais velho que tentava se agachar na altura da sua irmãzinha enquanto corria para acompanha-los.

Eles correram até uma sala de carpintaria que ficava do lado de fora, estava fechada com cadeado, mas ela não se preocupou muito, queria mesmo era chegar até as escadas na parede que tinham atrás dessa sala.

Quando Molly viu a altura das escadas e lá no alto o telhado, ela recuou:

- Não quero ir... tenho medo... – Disse ela, agarrando no braço do seu irmão mais velho, que respondeu:

- Ei, não precisa ter medo, se lembra o que a mamãe dizia? Temos que enfrentar nossos medos.

- Exatamente, Molly – Disse Coraline, se agachando para ficar do tamanho da pequena – Mais ou menos na sua idade eu lutei contra uma bruxa! E eu estava com medo, mas quando se tem medo e mesmo assim faz, isso é coragem!

Molly sorriu para Coraline, Chris também, mas tentou disfarçar quando Coraline desviou o olhar para ele.

- Tudo bem – Respondeu a pequena.

Os quatro subiram até chegar no telhado, andaram sobre o telhado até uma porta que levava no sótão. Desceram e ficaram lá encolhidos em um sofá velho e empoeirado.

Enquanto isso, médicos e enfermeiras tentavam não perder a paciência com a irritante voz aguda da doutora Grayson, que gritava sem parar, dando breves pausas para tragar o cigarro.

- Encontrem essas crianças! Essas malditas crianças!

Coraline odiava ela, a doutora era magra e alta como a Outra Mãe, e carregava um olhar falso que tirava Coraline do sério, por isso tentava não olhar diretamente para a megera.

A noite chegou e os quatro saíram do sótão. Estavam agora no corredor do último andar, onde tinha os quartos dos pacientes mais velhos. Naquele horário, quase meia noite, muitas câmeras eram desligadas e só ficavam aquelas que gravavam no escuro, mas tinham pouquíssimas pelo prédio. Eles não tiveram problema algum para passar por todas elas e chegar até a sala de controle. Lá eles desligaram todas as câmeras puxando todos os fios, depois abriram o portão da frente.

Imediatamente correram para fora do hospital, passaram pelo portão e pegaram uma trilha totalmente coberta pela mata, evitando ir pela estrada de terra para não serem vistos. Eles andaram durante uns vinte minutos até chegarem na cidade.



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