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História Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - Voltamos!


Escrita por: EduVortex_x

Capítulo 12 - Voltamos!


Fanfic / Fanfiction Coraline - Do Outro Lado da Porta - ANO 1 e ANO 2 - Voltamos!

O outro lado estava tomado por uma névoa rasteira intensa. O limite de visão era de apenas 5 metros. O cheiro era de madeira podre e úmida. Os dias não passavam, era noite o dia todo. A lua? Ali já não existia mais. As cores eram fracas, quase cinza. Aquele mundo estava morto.

Em uma cabana atrás de um arvoredo, perto do Palácio Cor-de-Rosa, a porta rangeu, estava tão velha quanto o telhado, que balançava com o vento. Era Chris e Coraline, que tiravam do nariz um pano úmido, respirando de alivio, dizendo:

- Encontramos comida!

 

Mundo real...

 

Enquanto isso, Emily, Amanda, Hyan, Charlie e Hay, arrumavam as mochilas. Pegavam cordas, lanternas, comida dentro de potes plásticos, rádios, remédio, curativo e outras coisas. Até que foram interrompidos por um barulho de motor, alguém se aproximava. O motor parecia levemente danificado e fazia um som esquisito, como se as peças estivessem saindo do lugar e sendo jogadas para todos os lados.

Hyan pegou um pedaço de madeira e se preparou para atacar. Quando a porta se abriu, se depararam com um menino que conheciam bem, Wybie.

- Olá! – Disse Wybie, com uma voz tremula.

Wybie parecia um pouco cansado. Seus cabelos estavam bagunçados como sempre. Sua capa de chuva estava suja de lama, assim como suas galochas e calças. Wybie apenas sorriu.

Outro lado...

 

Chris colocou sobre uma caixa de madeira um pano xadrez com um nó. Desamarrou e revelou o banquete da noite. Duas maças, algumas frutinhas vermelhas e um pão seco. As maças estavam amareladas e ligeiramente murchas. As frutinhas vermelhas não tinham mais nada de vermelho, pareciam pequenas pedrinhas escuras.

As duas maças foram para os gêmeos, Molly e Nolan. O pão seco e as frutinhas foram divididos entre Coraline e Chris.

As maças tinham uma aparência meio esquisita, mas o gosto compensava, eram doces. Assim como as frutinhas. Bom, não posso falar o mesmo do pão seco, ele era meio... duro e sem gosto. Na verdade, tinha um gosto, mas eles não sabiam dizer que gosto tinha. Apenas posso afirmar que o gosto não era nada bom. Eles costumavam sorrir um para o outro enquanto comiam para que pudessem se esquecer do gosto.

- Essa é a última noite que comeremos assim. A casa está bem ali na frente – Disse Coraline – Hoje vamos voltar para casa – Sorriu.

Talvez eu não tenha mencionado, mas não esqueci dela. A mãe dos gêmeos estava na cabana também, descansando no canto. O último ano foi difícil para ela, ela adoeceu e ficou um pouco fraca, mas mesmo assim, continuava sorrindo só de ver seus filhos vivos!

Quando terminaram de comer eles pegaram suas coisas (que não eram muitas), ajudaram a mãe dos irmãos, que ficou apoiada nos ombros de Coraline e Chris. Os gêmeos correram e abriram a porta. Tudo se perdia em uma névoa sem fim. A tempestade de vento ainda não tinha acabado, na verdade, parecia que nunca acabaria, a tempestade havia começado um ano atrás e continuou assim sempre.

Eles andaram na tempestade com certa dificuldade, mas não perderam as esperanças quando avistaram a casa. O Palácio Cor-de-Rosa agora estava marrom, sem tinta, sem beleza alguma.

Subiram nas escadas tortas da porta da frente. A porta estava ligeiramente aberta, apenas uma fresta. Andaram pelo corredor coberto por terra. As paredes estavam riscadas e apodrecidas. O teto parecia que estava prestes a cair. O assoalho fazia um som estranho, os passos pareciam pesados. Finalmente, chegaram na sala. No lugar da porta tinha agora um buraco. Do buraco saia raízes de arvores e insetos que se rastejavam. Eles ignoraram tudo e passaram pelo buraco na parede.

Lá dentro tinha um cheiro de mofo e o ar estava úmido. Parecia que estavam andando sobre a lama. O chão era pegajoso e frio.

Depois de alguns segundos andando eles avistaram uma luz tênue no final. Um minuto depois eles estavam na antiga sala da casa de Coraline, tudo estava empoeirado, mas todos os móveis estavam lá, do jeito que ela havia deixado. Coraline olhou para os lados e sorriu. Estava em casa.

- Voltamos! - Disse ela.

As nuvens revelaram a lua cheia, que já não aparecia há muito tempo.. 



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