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História Coraline - O Pesadelo voltou - A noite mais agonizante de todas


Escrita por: gwendoline

Notas do Autor


ATENÇÃO!! Esse capítulo não vai ser narrado pela Coraline, então não fiquem confusos, é terceira pessoa mesmo.
Como sempre, tenham uma boa leitura :)

Capítulo 11 - A noite mais agonizante de todas


Por um segundo Coraline não viu nada, uma explosão de luz tornou tudo branco e brilhante, e ela se esforçou para mater os olhos abertos. Não conseguia escutar direito devido ao eco alto da explosão, mas uma voz abafada gritou de forma dolorosa. Um vento forte a empurrou para trás, e a garota segurou desesperadamente algo para tentar parar no lugar, mas acabou agarrando algo estranhamente macio, o que não adiantou muito, pois continuou indo cada vez mais longe, com um peso batendo violentamente contra seu corpo. Não havia chão, somente ela e outra coisa voando para trás, batendo contra as árvores.

Quando abriu os olhos, sua cabeça doía, ela só via galhos e um céu estrelado girando acima. Algo escorria pela sua orelha esquerda, e não foi preciso muitos segundos para notar que era sangue quando passou a mão. Não havia nada em volta, exceto árvores, neve e uma forma estranha, uma pessoa, à alguns metros de distância.

- Jonathan? Jonathan!

Coraline retirou sua mochila e correu até o amigo, que ainda sangrava e estava inconsciente.

- Ei, Jonathan. - começou a sacudi-lo- Acorda - sacudiu com mais força - Vamos. Acorda, acorda...

Ele mexeu os lábios, e o coração de Coraline deu um salto. Ele estava vivo.

- Li...lá - ele murmurou baixinho.

- Eu sei, eu sei - respondeu a garota - Acabamos com ela. Está tudo... - bem? Pensou. Não. Definitivamente não estava tudo bem. Eles estavam no meio do nada, seus amigos estavam em algum lugar, sem eles. Não estava tudo bem.

- Minha cabeça - Jonathan apertou os olhos - Estou cansado - ele os abriu - Onde...Onde estão eles?

- Eu não sei - confessou Coraline - Mas nós matamos ela. Jimmy na verdade. Ele...

Uma imagem veio à cabeça de Coraline. Jimmy e seus olhos brilhando. Os braços erguidos prontos para um golpe enquanto ele pulava em direção a Dama da Lua.

- Ele o quê? - Jonathan sentou - Ele está bem? - perguntou preocupado.

- Não sei. Ele... Ele a derrotou. Mas eu não sei o que aconteceu depois. Primeiro você desmaiou e começamos uma luta, mas Jimmy ficou diferente. Ele estava rápido e ágil.

- Ele é ágil e rápido.

- Não. Ele estava num nível elevado. Como se tivesse super poderes, sabe?

- O quê? - Jonathan juntou as sobrancelhas, confuso.

- Ah, eu não sei. Mas seus olhos brilharam muito forte e ele deu um salto. A Dama da Lua explodiu.

- Explodiu? - ele ergueu as sobrancelhas.

- É. Como se fosse fogos de artifício. É loucura.

- E Thomas? Ele está bem?

- Não tenho nem idéia. Acho que quando aconteceu aquela explosão, fomos jogados para cá. Só estamos juntos porque eu te achei.

- Me achou?

- Ai, eu não sei explicar. Eu segurei alguma coisa pra tentar me fixar, mas era você, então acabamos vindo pra cá juntos. Uma droga.

- Uau! Muito obrigada.

- Cala a boca. Você sabe o que eu..

- Sei - Jonathan suspirou - Estamos perdidos - ele levantou e olhou em volta - Droga. Não sabemos onde estamos, não temos o mapa, nem as armas. Não temos Jimmy, nem temos Thomas - seus ombros caíram.

Coraline levantou e pegou sua mochila. Eles estavam perdidos de verdade, e embora ela tivesse Jonathan e isso a fizesse sentir melhor, sabia que ele não estava bem. Fora isso, ela estava temendo que algo tivesse acontecido com Jimmy ou Thomas. Onde eles estavam? Quem gritou de dor durante aquela explosão de luz? Ela apostou em Jimmy. Não queria perder mais ninguém. Ela sentia falta de Wybie. Sentia falta de passar tempo com ele depois da escola, comer besteiras e assistir filmes nos fins de semana com ele. Ela sentia falta de como os dois eram próximos, e nesses últimos quatro dias, ela o havia perdido. Sem notícias, nem noção de onde ele estava realmente.

- Não podemos perder mais ninguém - ela olhou para Jonathan - Vamos encontrá-los. Jimmy, Thomas e Wybie. Vamos encontrar os três.

Jonathan a olhou como se sentisse pena. Ela estava a ponto de chorar e o garoto percebeu.

- Não faça isso - disse - Não sinta pena de mim - ela sentiu um nó na garganta - Eu vou conseguir encontrar nossos amigos - seus olhos estavam ficando embaçados - Nós vamos. Vamos todos nos ver novamente e dar o fora desse lugar - sentiu as lágrimas descerem.

- Coraline...

- Não. Eu sei que você acha que tudo vai dar errado. Mas não vai! Eu posso não ser forte, posso ser muito mais fraca que a Belda - um arrepio percorreu todo seu corpo - mas eu não quero perder Wybie. Eu... eu não quero perder mais ninguém. Quase perdi meus pais uma vez, e não vai acontecer de novo. Eu...

Jonathan a abraçou. Coraline não esperava um abraço dele nesse momento, mas deixou seus braços a envolverem. Ela queria chorar e se permitiu fazer isso. Eles ficaram assim por um longo momento, até Coraline suspirar e levantar a cabeça para apoia-la no ombro de Jonathan e respirar fundo.

- Eu acredito em você - ele a soltou e segurou seu rosto - Coraline, você é tão corajosa por entrar nesse lugar de novo. E não estou com pena. Eu te admiro, sabia? Eu... - ele suspirou e analisou o rosto molhado pelas lágrimas da garota - Estou com você nessa - ele forçou um sorriso, nervoso - Vamos encontrar todos eles.

Jonathan soltou seu rosto e segurou as alças de sua mochila.

- Como diabos eu ainda estou com elas nas costas?

Coraline deu de ombros enquanto limpava o rosto. A presença de Jonathan não era desconfortável, não a fazia sentir insegura, e isso era de se apreciar.

- Vamos para que lado? - perguntou.

Jonathan ergeu as sobrancelhas.

- Você está me perguntando? Tipo, eu?

- Isso te surpreende?

- Bem, um pouco. Quer dizer, eu sou o menos líder, certo?

- Você é o coração, lembra? - ela lhe deu um tapinha no seu braço.

- Sendo assim - ele ajeitou a postura, vitorioso - Acho que devíamos seguir em frente.

- Hum, e por quê?

- Não temos porquê voltar. Se você foi jogada para cá, nossos companheiros foram soprados também, certo? Não vão estar naquela vila. Podemos ir para lá, e tentar encontrar um ponto de partida para outro lado.

Bem, ele estava certo, pensou ela.

- Que assim seja.

E juntos, começaram a traçar seu caminho.

•••

Thomas levantou rápido e atordoado. Os cabelos loiros estavam bagunçados e a visão turva. Ele olhou em volta para tentar encontrar alguma coisa além de árvores e neve, e viu sua mochila pendurada num galho.

- Como é que... Argh.

O garoto sentou na neve, furioso, e cruzou os braços. Ele não queria escalar uma árvore. Na verdade, ele queria ter alguma ideia sobre o que fazer, então, ainda sentado, tentou repassar o que havia acontecido na sua cabeça.

A Dama da Lua era Lilá e ela os atacou. Eles tentaram lutar e então Jimmy a destruiu. Depois disso ele tentou repassar alguns detalhes, que foi lembrando aos poucos. Lilá acertou Jonathan e o fez desmaiar. Será que ele ainda estava vivo depois daquela explosão? Thomas esperou que sim. Coraline estava atordoada com tudo aquilo e perdeu sua adaga. Então Thomas cerrou os olhos, pensativo. Tinha alguma coisa com Jimmy. Ele tinha reflexos anormais e seus olhos... seus olhos. Eles brilharam fortemente. Fora o soco que ele deu em Lilá. Aquilo não era normal. O que aconteceu com ele depois daquilo? Thomas se arrepiou só de pensar que ele poderia ter explodido junto da Dama Da Lua.

- Não. Não, não, não. Eles estão por aí, certo? Quer dizer, se eu estou vivo, por que eles não estariam? - falou para si mesmo - Eu estou bem, e eles estão também. É, é isso aí.

Ele levantou e tentou escalar a árvore, sem sucesso. Então, teve uma ideia.

- Hamster. Óbvio - disse e se transformou no pequeno roedor.

Depois de poucos minutos, Thomas estava no chão com sua mochila nas costas e pronto para ir para...

- Para onde? Argh! - ele pôs as maos no rosto - Para onde eu vou?

Ele lembrou de um detalhe.

- Eu sou o guia - disse pegando o mapa na mochila, apressado.

O mapa não mostrava a floresta em que ele e seus amigos - ele já os considerava amigos - estavam. Mas no verso, ele e Jimmy fizeram algumas anotações indicando direções e os pontos em que paravam, criando seu próprio mapa.

- O.K. Então... - ele desdobrou o papel - Eu estou aqui - apontou para um lugar no oeste do mapa - E aquela casa estava por... aqui? - ele apontou para um lugar ao norte - Não. Jimmy disse que estávamos... onde? Ah, que coisa!

Ele largou o mapa e olhou em volta novamente. Nada além de árvores, neve e a escuridão da noite, que parecia ficar ainda mais fria a cada minuto, o quê o fez pegar a touca e as luvas novamente.

Depois de alguns momentos sem fazer nada, a espera de alguma coisa, ou de alguém, Thomas pegou um galho de árvore e o partiu ao meio. Ele não tinha fita crepe, como Jonathan, mas deu um jeito de amarrar os galhos em forma de T com um chaveiro de "Bem-Vindo à Michigan" da mochila, e o deixou espetado na terra coberta de neve, para seus amigos reconhecerem. Com a lanterna numa mão e o mapa na outra, o garoto foi vagando para o lado que ele achava certo seguir.

- Eu vou conseguir. Eu vou conseguir.

●●●

Estava escuro e estava frio. Nada mais parecia fazer sentido. Jimmy estava desmaiado há vários minutos, mas mesmo assim, ele estava cansado.

Quando acordou, muito assustado, havia galhos e neve cobrindo boa parte dele e uma árvore, que ele notou somente quando levantou devagar e dolorosamente, estava caída atrás dele.

Ele havia feito isso? Não, impossível. Jimmy não conseguiria derrubar uma árvore, não é?

Não tão longe, ele avistou destroços. Eram da praça onde ele e seus amigos lutaram contra aquela horrenda Dama. Jimmy começou a pensar na raiva que ele sentiu quando ela jogou seu amigo longe como se ele fosse um saco plástico, quando ela falou dele e sobre família. Isso o fez sentir triste e furioso. Mas ele também lembrou daquela coisa estranha que o consumiu. Não sabia se podia chamar de poder, mas anormal sim. Ele nunca, em momento algum, havia reagido do jeito como fez com a Dama da Lua. Ele sentiu algo inexplicável consumir seu corpo, uma energia forte e poderosa correr suas veias, algo que lhe deu força o suficiente para dar um soco, tão poderoso, que destruiu uma gigante mais forte que cinco seres humanos. Mas não foi o quê ele sentiu no momento exato em que a destruiu. Ele não se sentiu poderoso. Quando ele a atingiu e aquela explosão de luz dominou tudo, ele viu coisas dolorosas. Não somente seus amigos sendo soprados para longe dele, mas viu por alguns segundos Wybie e Lena, em algum lugar, chorando amordaçados. Ele viu uma mulher alta e estranhamente magra furiosa e batendo do rosto de Lena. Wybie chorava do outro lado da sala. Aquilo aparecia como flashes na mente dele e ele podia ouvir o choro aguçado dos adolescentes. O que aquela mulher horrenda fazia com eles durante aquele tempo? E depois, ele sentiu uma dor consumir seu corpo, o fazendo gritar e apagar.

Agora, ele estava andando, ou pelo menos tentando, até os destroços da praça. Ele viu flechas quebradas, e lembrou de Thomas, que provavelmente estava longe agora. Ele estava bem? A adaga de Coraline ainda estava fincada na árvore, e ele pensou nela e Jonathan. Ele viu quando ela o segurou e os dois voaram para longe, e esperou que estivessem bem. Sua espada estava no meio dos destroços. Ele não viu nada além dela. Não havia mais vila, nem destroços da vila, somente os da praça. Ainda meio assustado, Jimmy pegou a espada e a prendeu no cinto. Havia um rasto na neve, como se alguém tivesse sido arrastado por alguns metros, mas depois desaparecido, provavelmente porque aquela explosão fez a pessoa saltar para longe. O garoto não tinha outra escolha, não tinha um caminho traçado, então, decidiu seguir pelo lado do rastro, na esperança de encontrar alguém.

•••

Jonathan e Coraline estavam andando fazia um bom tempo, mas não encontraram nada no caminho.

O garoto consegui convecer Coraline a parar e montar um acampamento. Não estava nevando e o vento forte havia parado.

Com uma fogueira pronta, eles sentaram em sacos de dormir e abriram um pacote de biscoitos.

Jonathan estava nervoso. Ele não queria dizer nada errado para Coraline. Estava inseguro em relação à todo aquele acontecimento na vila e também, talvez principalmente, em relação à insegurança dela mesma.

Ele a admirava. O jeito que ela não hesitou em procurar Wybie e contar tudo para ele e Jimmy o fazia sentir lisonjeado. Ela confiava nele, e isso era demais.

E ali estava ele, com medo, porque não queria ver tudo desmoronar. Ele não era próximo de Wybie como ela era, obviamente, mas eles se conheciam e se gostavam o bastante para que ele fosse atrás do garoto. Wybie era um garoto divertido e Jonathan adorava passar tempo com ele falando sobre qualquer coisa. Ele e Jimmy eram seus únicos amigos, fora Coraline. E agora que eles estavam ali, com possibilidade de encontrá-lo, e Jonathan não iria deixar passar.

Fora isso, Jimmy e Thomas estavam desaparecidos também. Jonathan desejou do fundo do coração que eles estivessem juntos, porque não queria que eles tivessem que passar aquela noite vagando sozinhos.

Coraline e ele haviam conversado sobre algumas coisas não relacionadas à situação - ruim - em que se encontravam. Jonathan estava tentando fazer ela se sentir confortável, pois sabia como ela estava mal com tudo o que estava rolando.

Com uma última mordida no seu biscoito, ele olhou para ela. Seus olhos estavam cansados mas preocupados, ele sabia que ela estava pensando se algo iria dar errado.

- Dorme - disse ele.

Ela o olhou depois de alguns segundos.

- O quê? Eu não prestei atenção.

- Dorme - ele repetiu - Eu fico com o primeiro turno - mentira, Jonathan sabia que iria ficar até três turnos acordado se fosse preciso para que a amiga tivesse um bom descanso - Pode dormir.

Coraline cerrou os olhos, pensativa.

- Você vai me acordar para o próximo.

- Vou.

- Não foi uma pergunta - ela disse - Se você ficar mais tempo eu vou ficar brava.

Jonathan fez uma expressão confusa.

- Não vem com isso. Você não vai fazer isso para eu me sentir melhor. Ouviu? Eu não estou totalmente insegura. Eu estou com você, Jonathan. Então não trate de fazer coisas desconfortáveis para eu me sentir melhor.

Ela virou e deitou no saco de dormir, sem nem parar para ouvir Jonathan protestar.

Ele sorriu. Ela era uma garota esperta.

●●●

Thomas estava cansado de andar, cansado de estar perdido, cansado de não saber nada. Ele detestava estar desinformado e parou por um momento para sentar e fazer uma fogueira, mas era péssimo nisso. Demorou muito até acender o fogo para se esquentar.

Não parava de pensar sobre Seus amigos. Ele os conhecia a tão pouco tempo, mas se importava com eles. Eles eram divertidos e uma boa companhia. Até mesmo Jimmy. Ele pensou mais sobre ele do que gostaria de admitir durante sua caminhada sem rumo nenhum. Mas em sua defesa, o garoto havia feito uma coisa maluca naquela luta contra a Dama da Lua, como ele não pensaria nisso, certo?

Mas, fora isso, ele também pensou numa briga que eles tiveram no quintal da casa de Wybie, poucos dias atrás. Ele lembrava perfeitamente de como Jimmy se sentiu irritado quando Thomas lhe contou que sabia sobre sua adoção, mas não sabia o porquê disso. Ele mesmo havia morado num orfanato. Ele sabia como era se sentir abandonado, mas Jimmy amava sua mãe adotiva tanto, e negava que queria saber sobre seus pais biológicos. Porém Thomas sabia que ele queria. Quando ele foi tentar ser gentil com o garoto e eles começaram a falar sobre isso, ele viu nos olhos de Jimmy alguma coisa, uma expressão de preocupação.

Aquele não era o momento para isso, então Thomas desviou seus pensamentos para a floresta.

Frio, escuro. O céu está bonito, ele começou a analisar, não está nevando, a lua está cheia e isso da um brilho medonho a esse lugar.

Então, de novo, seus pensamentos começaram a desviar para outra coisa. E se tivesse algo atrás de alguma árvore, pronta para atacar seu corpo com medo e cheio de roupas? Ele não tinha mais o arco nem a aljava cheia de flechas.

- Caramba, eu estou delirando de medo.

Ele ligou a lanterna e iluminou em volta.

Por favor que não seja nada. Por favor, por favor...

Mas não era nada, porque, de longe, ele conseguiu enxergar alguma coisa vindo.

- Ah! Não! - ele pulou de susto e derrubou a lanterna - É coisa da minha cabeça - ele apertou os olhos - Não é nada, não é nada - ele abraçou seu corpo.

Thomas? Ele ouviu uma voz familiar dizer longe.

O garoto abriu os olhos e pegou a lanterna.

- Quem é? - ele iluminou a coisa e conseguiu enxergar uma coisa preta e grande praticamente se arrastando, cabelos escuros esvoaçando, cobrindo o rosto da, pelo o que le deduziu, pessoa. Um alívio percorreu seu corpo quando viu uma espada de bronze, brilhando pelo reflexo da lanterna.

Jimmy.

Ele correu desesperadamente até o garoto, que estava tremendo e se arrastando sem forças. Ele o deitou para cima e pôs a lanterna na sua barriga.

- Minha nossa - ele disse, chocado, quando tocou o rosto do garoto e sentiu o quanto ele estava gelado e tremia mais do que aparentava.

- Eu estou...

- Bem? - Thomas o cortou - Não. Você não está bem. Agora, se você tentar se debater por ser orgulhoso demais, eu vou... Eu não sei. Mas vou fazer alguma coisa péssima.

- Como assim? - Jimmy disse sem forças.

Thomas deixou a lanterna ainda apoiada na barriga de Jimmy e o pegou nos braços.

- Argh.

- Quieto aí.

O loiro pegou seu saco de dormir o mais rápido que pode e todas suas roupas para tentar cobrir Jimmy. Não podia deixá-lo congelar até a morte. Ele retirou sua touca e pôs na cabeça do garoto, quase inconsciente. Por fim, sentiu a pele fria dele com as mãos.

- Não me toque - Jimmy murmurou.

- Você usa todas as forças que tem para me insultar?

- Não insultei ninguém.

- Vai dormir logo. Está quente o suficiente? Você está com dor em algum lugar? Não esta ventando e nem nada, se você estiver com frio ainda eu posso...

Jimmy curvou um pouco o canto dos lábios. Aquilo era um... um sorriso?

- O quê? - Thomas perguntou.

- Nada - ele pigarreou e virou a cabeça para o lado.

Jimmy soltou um último suspiro, cansado, e apagou.


Notas Finais


Então, espero que tenham gostado! Eu e minha amiga temos comentado sobre a história e os personagens, inclusive, eu montei um fancast (ainda to montando) e me senti inspirada porque achei um menino igual ao Jonathan AAAA então dediquei esse capítulo a ela, Luiza, porque notei que ela gostou bastante da história, e eu nem fazia ideia 💙
Fora isso, espero que não tenham achado chato essa mudança de narrador para a terceira pessoa, porque achei importante mostrar um pouco de outros personagens que não fossem só na perspectiva da Coraline.
Gostaram? Sempre aberta aos comentários de vocês. Até logo!


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