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História Coraline - O Pesadelo voltou - Quase levo um tiro no meio da cara


Escrita por: gwendoline

Notas do Autor


Esse capítulo é mais rápido de ler então decidi postar por agora mesmo.
Tenha um boa leitura :)

Capítulo 6 - Quase levo um tiro no meio da cara


Senti meu coração batendo como um bumbo. Como fui tão burra? Uma mansão daquelas sem nenhuma segurança? Pus a mão na adaga em meu cinto e olhei para meus amigos. Todos com armas nas mãos.
A música parou. Ouvi alguns gritinhos e um ladrão!
— Se escondam. — falei o mais baixo possível para os garotos.
Corri para trás de um freezer numa parte do deque. Olhei em volta, consegui ver Jimmy encolhido atrás de um vaso e Jonathan e Thomas correndo procurando algum lugar para se esconder.
Depois disso, me virei e não vi mais nada além de uma parede.
Ouvi a porta abrir. Alguém ligou as luzes.
Não, não, não.
— Ei! Quem estiver aí! Saia agora. — Ouvi uma grave voz dizer, seguida de um ploc. Então, esse alguém tinha uma arma?
Ah, Deus. Eu vou morrer.
Passos, mais passos. Eu estava toda arrepiada. Depois de alguns minutos, vi uma sombra ao lado do freezer. Fiquei paralisada. Eu ia levar um tiro? Que porcaria.
Então, um homem apareceu ao meu lado e apontou uma arma para mim.
Ele era alto e musculoso, usava um pijama cinza com um roupão preto e chinelos com meia. O corte militar e a cor grisalha do cabelo me fizeram pensar que ele era um policial. Fora sua expressão de vou explodir sua cabeça, meliante.
— Não! — tentei gritar. Eu estava trêmula.
Pensei que ele fosse abaixar a arma, ou então dizer algo como ah, uma criança, mas não me deu atenção alguma.
Ele grunhiu e virou para a casa com uma expressão raivosa.
— Escapou, Lílian.
Ele também não me vira. Como as garotas momentos atrás.
Senti um alívio e respirei fundo.
O homem abaixou a arma e voltou para a casa, apagando as luzes do quintal.
Levantei depressa e corri para achar os garotos.
Os três vieram de encontro comigo no deque, com olhares assustados. Supus que também haviam experimentado a sensação de ter uma arma apontada para seu nariz.
— Cara — disse Jonathan — Achei que ele fosse me matar.
A música voltou a tocar alto. O alarme parou.
— Bem – falou Jimmy – Estamos vivos. E é oficial: somos invisíveis.
Ele guardou a espada e pôs as mãos no bolso novamente. Ele tinha uma expressão ai ai, mais um dia em que apontaram uma arma para minha cara. Mas seus olhos, eles não enganaram, eles possuíam pânico.
Virei para a casa. Só vi uma janela e luzes fracas saindo de lá. Verde, vermelho, azul.
A janela estava entreaberta.
— Vamos?

A casa era linda assim como por fora. Os móveis com certeza eram feito sob medida, com cores que faziam parecer muito chique e ao mesmo tempo aconchegante. Vários adolescentes enchiam o lugar e fomos atravessados mais vezes que pude contar.
— Lá! – Jonathan apontou para o sofá na sala de estar.
A garota, Lena, estava sentada, rindo com suas amigas, porém olhava para os lados, procurando alguma coisa. Suspeitei que seria nós quatro.
Então, ela nos viu, e arregalou os olhos. Falou algo para suas amigas e levantou, indo até nós.
— Sigam-me. — falou e passou por nós.
Olhei para os garotos. Jonathan deu de ombros e correu para alcançar Lena.
Passamos por um corredor e chegamos na última porta.
Era um quarto. Bonito mas simples. Uma cama de solteiro no meio, sem edredom cobrindo-a. Um guarda roupa pequeno no canto e uma janela. Com certeza era para hóspedes.
Lena nos estudou. Parecia familiarizada com alguma coisa.
— Eu conheço vocês.
Ela franziu o cenho. Eu também.
— Você nos conhece? — perguntei.
Eu nunca a vira em lugar algum. Disso eu tinha certeza. Até seria estranho, pois ela era, você sabe, de outra dimensão.
— Eu sei que pareço louca — ela balançou as mãos para nós — Mas eu...hã...sonhei com vocês.
Foi difícil pensar você é doida com tudo que estava acontecendo. Mas ainda me sentia confusa.
— Eu sei, eu sei. — ela pareceu adivinhar meus pensamentos — É estranho. Bem, eu não conheço vocês, mas com certeza alguma coisa está rolando aqui. 
Ela apoiou um cotovelo numa mão e coçou a bochecha.
— Deixa eu tentar...Hmm...Jimmy?
Ela apontou para Jimmy com a mão de coçar bochecha.
— Caroline?
Suspirei
— Coraline. Co, não Ca.
— Ahh. Estranho, mas ok. É...Jonathan e Thomas?
Todos assentimos.
— Uau. — ela ergueu as sobrancelhas — São mesmo vocês. Obviamente precisamos conversar.
— Nem me fale — Jimmy murmurou.
— Espera. Vamos começar do começo.
Lena sentou na ponta da cama e bateu as mãos nos joelhos. Parecia animada.
— Bem, meu nome é Helena. Mas podem chamar de Lena. O quê quiserem. Eu já sei quem vocês são, mas enfim — ela balançou a cabeça — onde está Wybie?
Prendi a respiração. Senti meus pelos da nuca se arrepiarem. O olhar animado de Lena caiu sobre mim.
— O que foi?
— Como você...como sabe dele? Você...
— Não faço ideia — ela riu — Mas parece que estou vendo coisas de novo. Eu sabia que não era imagi...
— Foco, por favor — Jimmy gesticulou as mãos, impaciente — Diga o quê você sonhou.
— Credo...ok. — Lena franziu o senho de novo — É...vocês quatro conversando. Não sei como descobri seus nomes. Parece que simplesmente apareceram sabe? Longa história — ela sorriu como não é incrível? — E tem o outro garoto. Vi ele sozinho, sentado em um lugar escuro, depois vi ele rindo e comendo panquecas numa lanchonete.
Um flashback passou na minha cabeça. Eu sabia exatamente do que ela estava falando. Uma vez, eu e Wybie decidimos levantar às cinco da manhã para ir ao cais da cidade ver o sol nascer. Ele acabou dormindo, mas eu vi. Depois, fomos até uma lanchonete 24 horas para comer alguma coisa. Ele pediu uma porção de panquecas e começamos a conversar e rir, como sempre.
— Foi uma sensação estranha — Lena continuou — Senti uma tristeza imensa quando acordei, mas também parecia que um peso havia sido retirado das minhas costas. O que tem um pouco de sentido.
— Como assim? — perguntei.
— É... — Lena olhou para baixo — Uma vez na aula, o nome de vocês...meio que surgiu na minha cabeça. Eu não tinha nenhuma ideia do porquê. Então, ontem a noite, tive esse sonho e tudo pareceu se encaixar. Senti um alívio enorme. É chato demais ter essas visões não resolvidas.
Ela levantou a cabeça bruscamente e viu que olhávamos para ela confusos.
— Não, me desculpem. Não são visões.
Não consegui acreditar nela. Eu sentia que ela tinha alguma coisa que nos pertencia, alguma resposta.
— Eu sou estranha. Eu sei. Achar que previ coisas me faz maluca.
— Não — falei — Você não é. Acredite.
Me ajoelhei e tentei ser o mais amável possível.
— Você pode nos contar o quê viu.
Ela soltou um suspiro.
— Eu vi sofrimento. Dor. Parecia que eu ia, sei lá, me encolher até virar um grão de tão ruim que me sentia.
Olhei para meus amigos. Pareciam todos sentidos por ela, ou talvez fosse por eles próprios. Por nós.
— Minha mãe diz que é um dom. Eu sinto essas coisas. Tenho esses pressentimentos. Ela diz que eu canalizo essa energia.
Senti um aperto. Ela previu sofrimento e dor para nós?
— Vocês estão preocupados. — ela olhou para nós com seus grandes olhos cor de mel — Me desculpem. Mas não deviam se sentir assim. Ah, estou confusa.
— Bem — começou Jimmy — Eu também. Me diga,
você faz...isso? Digo, tem essas previsões normalmente?
Lena fez uma cara meio mais ou menos e deu de ombros. Parecia triste.
— Às vezes, sabe. Mas eu não gosto nem um pouco. Uma vez, eu desmaiei por isso.
Jonathan deu um passo.
— Você não devia se preocupar. Acho até que pode nós ajudar.
Ele tentou dar um sorriso, porém sua expressão foi mais pobrezinha.
Olhei para ela.
— Você acha que pode lembrar de mais alguma coisa?
Ela pensou. Batia as mãos nos joelhos, nervosa.
— Ah! — disse finalmente — Tem uma coisa — Os quatro devem tomar uma decisão, com dois caminhos. Começando com um olho que tudo vê.
O quê? Pensei.
— Hã...o que significa? — Thomas perguntou. Depois de muito tempo ele falou alguma coisa.
— Não faço ideia. Mas ouvi isso quando sonhava com vocês. Espera aí! Tem mais coisa: como somente eu posso vê-los? E quem são vocês? Sabe, eu não consegui ver suas fichas quando sonhei.
— Lá vamos nós — Jonathan murmurou.
Não pensei que fosse fácil contar para Lena. Mas tentei me esforçar para contar sobre outra dimensão e o sumiço de Wybie sem tentar assusta-lá. Mas ela disse:
— Ah.
— Ah? — Jimmy disse — Você acredita?
— Claro! Parece fazer sentido, mas a parte da casa eu não entendi. Não tem nada para aqueles lados da cidade. Acredite em mim, Já passei lá milhares de vezes.
Franzi o cenho. Como ninguém nunca vira aquilo? Era um terreno enorme, tinha uma casa roda enorme nos fundos. Bem visível.
— Mas acho que isso é o de menos — Lena continuou — Bem, boa sorte, eu acho.
— Espera — disse Jonathan — Você já vai? Quer dizer...
Lena deu um sorriso.
— Ah, você é tão queridinho.
Ela levantou e pegou seu celular no bolso da calça e olhou o horário.
— Bem, acho melhor começarem a procurar por aqui quando amanhecer. É menos frio, sabem.
Olhei para os garotos. Eles me entenderam.
— Aqui amanhece? — perguntei, mesmo que soasse estupido.
Lena virou para mim e riu.
— Claro que amanhece. Não vivemos na escuridão. É um planeta. Com rotações, sistema solar e...ah, que seja.
Lena parecia tão despreocupada com tudo, queria ser ela naquele momento. Mas eu não podia.
— Alguém com celular? — ela perguntou nos olhando.
Nos viramos para Jimmy. Só ele havia trazido, como concordamos antes de entrar na portinha.
Ele retirou uma mão do bolso do casaco, desbloqueou o celular e o deu para Lena.
— Vou anotar meu número para você. Se eu tiver mais alguma visão maluca, eu ligo.
Ela deu uma última olhada no seu próprio celular e arqueou as sobrancelhas.
— Hora de ir. — anunciou.
Ela sorriu para nós. Mas parecia triste, com pena. Como se pensasse pobrezinhos, espero que se deem bem.
Nos despedimos e ela nos levou até a sala. Depois sentou no sofá com suas amigas novamente, como se nada tivesse acontecido.
Jonathan suspirou.
— Ela é bonita mesmo, não acham?
Jimmy revirou os olhos.
— É, ok. Agora vamos fazer o que precisamos.
— Que seria?
— Ela disse que...o que ela disse dos quatro? Devemos encontrar dois caminhos?
— Os quatro devem tomar uma decisão — Thomas falou — com dois caminhos. Começando...
— Com o olho que tudo vê — completou Jimmy — Isso. Agora, o quê diabos é esse olho?
Ficamos em silêncio Pensei bastante. Um olho que tudo vê? Seria...seria Lena? Ela praticamente previu nossos nomes e nos viu num sonho. Ela viu além da sua própria dimensão.
— Lena? — pensei alto.
Thomas fez uma careta.
— Você acha que é ela?
Expliquei o que achava que se adequava ao olho.
Nenhum deles discordou, mas também não concordaram. 
Um garoto passou com um tênis nas mãos e rindo através de nós.
Jimmy grunhiu.
— Vamos conversar lá fora. Eu não aguento mais ser um fantasma.

Fora da casa, ficamos em pé na calçada nevada. Estava estranhamente confortável. Digo, lá dentro estava quentinho e menos escuro, mas ali fora, mesmo frio e noite, estava mais silencioso e calmo, Senti um certo alívio.
— Se Lena é esse olho — falou Jimmy — não temos como continuar. Estamos perdidos aqui sem nenhuma pista de um lugar para ir. Somos um grupo de adolescentes perdidos numa dimensão diferente da deles sem nenhuma ideia do que fazer. Péssimo.
Thomas olhou para ele.
— Ah você é muito otimista.
Jimmy o encarou.
— Sou realista. E não me olhe com essa cara de...
— Gente. — Jonathan chamou. Só então notei que ele estava poucos passos afastado.
Ele virou para nós.
— Estão vendo aquilo, não estão?
Olhei para a rua que se estendia atrás de mim. Uma espécie de nevoeiro verde seguia para longe.
De repente ele se abriu, formando um caminho no meio do nevoeiro.
Thomas olhou para Jimmy e sorriu.
— Seu pessimismo não foi válido.
Jimmy abriu a boca para falar alguma coisa, mas se calou.
— Parece que temos um ligar para ir — falei.
Jonathan me olhou incrédulo.
— Cara, você quer seguir esse caminho bizarro e nem um pouco suspeito?
— É a única coisa que temos — dei de ombros.
Peguei Jonathan pela manga, para tomar uma iniciativa e entramos no nevoeiro.
Atrás de mim ouvi uma troca de sussurros.
— Pessimista.
— Hamster idiota.

Depois de poucos minutos, notei que as ruas daquela dimensão não eram como as da dimensão em que eu vivia. Eu não me lembrava de nenhuma delas. Não tinha nenhuma vantagem.
Seguimos pelo caminho até chegarmos numa pousada. Parecia meio antiga, mas bem cuidado. Era de madeira, parecendo um chalé. Tinha uma varanda bonita com várias mesas. Dava para imaginar famílias almoçando ali. A placa em cima da grande porta da entrada dizia Pousada Flor da Manhã: 24 horas.
— Ótimo nome. — Jonathan comentou.
E entramos.
A recepção lembrava mais ainda um chalé de inverno. Tinha sofás com cobertores, uma porta que dava para os fundos e um balcão na parede a esquerda.
Fomos até o balcão.
Um cara de mais ou menos vinte anos estava sentado numa cadeira atrás do balcão, folheando uma revista de design de interiores, com uma cara de sono. Estava apoiando o rosto numa mão. Tinha cabelo castanho e sua barba estava crescendo. no seu suéter vermelho tinha um crachá escrito Simon.
— Sou Simon, sou o atual recepcionista do Flor da manhã, o que desejam? — ele disse desinteressado, sem nos olhar, ainda folheando a revista, sonolento.
Arregalei os olhos. Ele podia nos ver? E agora? Eu devia pedir um quarto?
— É... — comecei — Eu não sei bem. Você nos vê?
Ele levantou os olhos para mim.
— Que tipo de pergunta é essa? É claro que sim. Então, você vai ficar aí parada? Digo, deseja uma sugestão ou...ah, só diga de quantos quartos precisa.
— Um quarto. — disse Jimmy, alto e em bom som, o que me fez despertar um pouco. Só então notei que estava mesmo com sono.
— Temos de dois beliches — começou Simon — De duas camas de casal e...
— Dois beliches! — cortou Jonathan.
— Queremos um quarto de dois beliches para uma noite, por favor. — disse Jimmy
Simon suspirou e virou para pegar uma das chaves penduradas na parede para ele.
— Amanhã o café será servido a partir das sete e meia — Simon pegou um folheto e colocou junto
com a chave — Boa estadia. 
— Obrigada. — Jimmy pegou a chave e o folheto, depois nos olhou, tipo venham.
Estranhei ele. Nos últimos momentos, ele estava falando para dentro, todo envergonhado e agora estava lá, todo seguro de si e falando por todos nós, com muita certeza?
Ficamos em silêncio e o seguimos até nosso quarto.

Ele tinha a mesma atmosfera da recepção, e quis deitar imediatamente num dos beliches com cobertores e travesseiros. Mas antes de fazer qualquer coisa, Thomas disse:
— O que foi aquilo?
Ele estava olhando para Jimmy, que estava trancando a porta, de costas para nós.
— Eu ouvi ela... de novo.
— A voz?
Jimmy assentiu e virou para nós.
— Disse que não havia problema. Ela me convenceu. Não sei... parecia familiar.
Ele franziu o cenho e ficou pensando.
— Ah, não — começou Thomas — Não, não. Estamos cansados demais para pensar. Andamos numa estrada por horas, tivemos uma conversa maluca com uma... — ele olhou para Jonathan — uma garota legal. Essa coisa de vozes familiares e visões já estão bizarras.
— Thomas — disse Jonathan — Você vira um hamster. Isso sim é bizarro.
Thomas tirou a mochila e deitou na cama debaixo de um dos beliches.
— É diferente — murmurou.
Segui seu exemplo e deitei no outro. Jonathan e Jimmy dormiram nas camas de cima.
— Ela disse para descansarmos, que temos que estar firmes — Jimmy explicou — Eu me senti hipnotizado.
— Uau. Então foi por isso que ele disse por favor e obrigado — Thomas pensou alto.
Jimmy corou.
— Ah, cala a boca — ele tentou bater em Thomas com um dos travesseiros. Notei que estava tentando conter um sorriso.
Isso me fez um pouco feliz. Não o via sorrir faz tempo. Thomas tinha algum feitiço especial para não deixá-lo tão aborrecido?
Antes que sequer me permitisse, caí no sono.

Tive um sonho estranho.
Primeiro, ele não parecia um sonho. Segundo, ele não parecia um sonho porque eu estava lá. Eu sentia que sim, e era como uma lembrança, algo real.
Com lá, quero dizer algum lugar que não sei qual é. Eu via chão de mármore preto e polido, assim como as paredes. O lugar parecia um quadrado brilhante. Havia uma pequena janela na parede, um quadrado de vidro com bolinhas.
Se não fosse a luz da lua eu não adivinharia que tinha alguém sentado no canto da suposta cela.
Alguém vestido de preto estava encolhido no canto da parede. Parecia estar falando alguma coisa. Cheguei mais perto para ouvir.
— Você precisa vir. Eu não vou conseguir sair daqui. Por favor, me ouça. Por favor. Eu só... Ah, Jones, eu sou um idiota covarde. Me desculpe.
Senti um arrepio percorrer minha espinha e um nó se formou na minha garganta. Tentei chegar mais perto, mas não consegui. Ele estava tão perto e e eu não conseguia nem alcançá-lo. Pensei em dizer alguma coisa, mas minha voz não saia.
Ouvi um soluço vindo dele.
Ah, não chore. Quis dizer.
Não consegui fazer nada e isso me doeu.
Ele levantou a cabeça, mostrando o rosto. Sua expressão tinha um misto de medo e tristeza. Seus olhos tinhas olheiras mais profundas que o normal, como se tivesse passado noites em claro. Seus cabelos encaracolados e castanhos estavam despenteados e ele estava pálido demais.
Lá estava Wybie, numa cela estranha, encolhido num canto, soluçando e sussurrando, tentando falar comigo.


Notas Finais


Espero que tenha curtido o capítulo! Estou me apaixonando pelos personagens e vocês? Temos também um novo, Lena. Você acha que ela será importante?
Até a próxima ;)


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