1. Spirit Fanfics >
  2. Coraline - O Pesadelo voltou >
  3. Ben não enxerga a floresta

História Coraline - O Pesadelo voltou - Ben não enxerga a floresta


Escrita por: gwendoline

Notas do Autor


Mais um capítulo fresquinho. Espero que gostem.
Boa leitura :)

Capítulo 7 - Ben não enxerga a floresta


Acordei num susto com o barulho e as risadas. Lá fora, o sol já havia nascido. Vi uma mancha preta passando por mim mas quando meus olhos pararam de se espantar com a luz, notei que era só Jimmy correndo até sua mochila.
No outro beliche, na parte baixa, onde Thomas estava dormindo antes, vi Jonathan caindo para trás de rir e Thomas meio atordoado. Acho que ele também havia acordado naquela hora.
Ele bocejou um uh nhe anteçou? e Jonathan fez um ai ai.
— Vingança. — ele disse retomando a postura.
— Você é um cara morto! — Jimmy disse colocando o capuz.
Jonathan fez uma cara estou muito satisfeito e foi para o beliche de cima.
Jimmy grunhiu com raiva.
— Jonathan!
Jonathan riu e levantou as mãos com duas toalhas. Seus lábios moldaram um ele não vai achar. Jimmy continuou mexendo na mochila.
Levantei para ver o quê exatamente aconteceu e caminhei até Jimmy silenciosa antes que ele me espantasse para o outro lado.
Vi de relance seu rosto antes que ele dissesse Sai! e não consegui conter a risada.
Jimmy agora tinha uma nova monocelha, um cavanhaque, várias pintinhas no rosto e um delineado mal feito no olho direito. Talvez ele tivesse acordado antes de Jonathan desenhar o esquerdo.
— Meu deus! — falei entre as risadas — Porque você...
— Ah — disse Jimmy — É porquê ele é um saco.
Jonathan pulou do beliche e pos as mãos para trás.
— Você pode nos mostrar a obra? Não vai sair sem água e uma boa esfregada com a toalha.
Jimmy grunhiu e virou.
Thomas, ainda sentado, fez um crrr e prendeu a risada. Jimmy olhou para ele com raiva e depois para Jonathan, que estendeu a mão com as toalhas e depois deu uma chave.
— Eu só queria que você passasse um pouco de vergonha — disse.
Jimmy o socou no ombro.
— Não tinha necessidade — murmurou.
Ele abriu a porta do banheiro e entrou.
— Não entendi — disse Thomas, levantando e indo até sua mochila.
— Uma vez — Jonathan começou — ele desenhou na minha testa um...bem... — ele arqueou as sobrancelhas — No dia em que eu iria para um encontro com uma garota.
— Você foi idiota — disse Jimmy saindo do banheiro esfregando o queixo com a toalha. Seu rosto estava vermelho — Quem não se olha no espelho na hora de se arrumar?
— Eu já estava arrumado!
— Desde às três da tarde? Você saiu oito horas com ela. Estava cochilando com a roupa do encontro. Pensei que fosse tomar banho e...
— Não importa. Você me fez passar vergonha e eu te fiz passar vergonha.
Franzi as sobrancelhas.
— Mas ele nem sequer saiu daqui. Não teve nenhum motivo para se envergonhar.
Jimmy grunhiu e virou para sua mochila. Jonathan me olhou como se dissesse meu deus, você tem parafusos faltando.
Thomas pegou uma uma camisa limpa e foi para o banheiro.
— Hã...acho que vou tomar um banho.
Por um momento eu havia esquecido que estava numa pousada. Eles já haviam pago? Ou será que os responsáveis foram burros?
Jonathan, que agora também estava indo pegar uma camisa limpa, pareceu notar minha expressão.
— Não se preocupe. Um cara bateu aqui pedindo para assinar um negócio e pagamos a estadia.  Ele também perguntou sobre as armas. Agora somos um grupo de teatro que faz Robin Hood. E não pergunte como ele acreditou, pois nem eu sei.

Na hora do café, não estávamos suados ou com roupas sujas de terra e neve. Amo tomar banho.
Peguei três torradas e um suco de laranja. Era delicioso.
— Ah — falou Jonathan — eu amo comida.
Concordamos com ele. Antes de Jimmy dar uma mordida na sua torrada, seu celular começou a vibrar na mesa. Ele o pegou e rapidamente atendeu.
— Alô? Ah, oi Lena — nos olhou — Não sei...É...O quê isso quer dizer? — ele franziu as sobrancelhas e depois as arqueou — Ah... bem, ok... acho que sim... Você também... Obrigada...Tchau.
Ele desligou e suspirou.
— Aposto que estamos ferrados — disse Jonathan com a boca cheia de comida e com um copo de achocolatado numa mão e um pão no outro.
Então Jimmy começou a explicar o telefona.
— Ela teve outra daquelas visões. Disse que tinha um garoto chorando e chamando — ele olhou para mim com tristeza — você. E...bem, tem outra coisa.
— Fala logo — Jonathan tomou o suco.
— Ela viu o lugar. Disse que era uma mansão, mas onde ela está que é a parte complicada. É...disse que está no meio da floresta, perto de um riacho e tem um jardim com flores.
Ótimo. Outra mansão, porém no meio do nada. Maravilhoso.
— Ah, porcaria. — Thomas falou baixo, colocando a mão na testa.
— O que foi? — Jimmy perguntou.
— Sei onde fica a mansão.
Ao seu lado, Jonathan arregalou os olhos.
— Você...
— É — Thomas o cortou — Eu já estive lá.
Respirei fundo. Esse era um dos segredos de Thomas?
— Então — ele começou — Antes de partirmos, preciso contar algo para vocês.

Depois do café, arrumamos as mochilas e sentamos numa pequena rodinha no chão do quarto onde estávamos hospedados.
Thomas suspirou. Parecia meio nervoso.
— Fala, cara — Jimmy disse calmo. Não parecia interessado.
— Eu não sei como começar.
Notei Jimmy mexendo o dedo no carpete formando alguma coisa, mas não entendi.
— Hã... — Thomas olhou para seu dedo no chão, pensando — Ah! Ok...
Jonathan deu um tapinha no seu ombro.
— Beleza. Então, como sabem, eu tinha doze anos quando...o hamster aconteceu. Bem, pois é. Naquela época, existia um chalé na floresta, e era exatamente como Lena descreveu. Perto de um riacho. Um campo de flores. Enfim, eu ia lá às vezes depois da escola com meus amigos. Uma vez, decidi ir lá sozinho e notei que não era bem o quê eu pensava. Tinha uma cortina na parede da sala, mas eu nunca tinha notado até entrar lá naquele dia. Acho que isso mudou para que alguma coisa acontecesse. Alguém tinha a colocado lá. Quando eu a puxei, um portal se abriu. Eu fiquei maravilhado e entrei. E o resto vocês devem ter ideia de como foi.
— Ela tem outras entradas. — Jonathan comentou.
— Não — falei — Ela tinha. Não tem mais.
— Coraline... — começou Jimmy.
— Eu sei que ela não está mais viva! Eu destruí aquela aranha nojenta.
Thomas franziu as sobrancelhas.
— Aranha?
— É. Ela tinha aqueles braços e aquela teia... — lembrei e me arrepiei.
— Eu a vi — Thomas disse — Mas não lembro disso. Ela era uma pessoa normal entende? Digo, não normal. Mas tinha uma forma de mulher.
— Ela muda. Acredite.
Ele olhou para o chão pensativo.
— Ei — Jonathan falou — Como você virou hamster?
— Ah — Thomas suspirou — Eu disse que não queria voltar para lá. Que preferia morrer a ficar com ela naquele lugar. Então nós fizemos um trato. Se eu conseguisse lhe dar algo, ela me deixaria ir.
— Dar o quê? — perguntei.
— Outra pessoa.
— E se você não conseguisse outra pessoa? — perguntou Jonathan.
— Ela roubaria minha alma.
Aquilo me lembrou das três crianças fantasmas que tinham perdido suas vidas. Elas me rendiam alguns pesadelos ainda.
— Então — ele continuou — Eu a ataquei e ela me transformou num hamster. Idiota.
— Realmente idiota. — murmurou Jimmy.
Thomas lhe socou no braço e ele se desequilibrou e caiu em cima de mim.
— Argh. — disse retomando a postura.
— O ponto — continuou Thomas — É que, ela fez isso, mas acho que não pensou nas consequências, pois eu saí — ele deu de ombros.
— Mas — disse Jonathan —você ficou assim por anos.
— É, mas não morri — Thomas deu um sorriso, mas se desfez dele rápido — Ela disse que mandaria alguém para manter contato com esse mundo. Tipo um telefone sem fio.
— Ela fez bonecas — lembrei — Descobri que ela me olhava através dela.
Jimmy se mexeu desconfortável.
— Odeio essa sensação — disse olhando para seus pés.
Pensei sobre aquilo. Eu nunca tive a sensação de ser espionada pela minha antiga boneca-sósia.
Depois daquilo, pegamos um mapa na recepção do hotel e partimos para a direção da floresta.

Descobri que não levava jeito com mapas. Quando fomos parar do lado oposto de onde precisávamos ir, Thomas pegou o mapa e começou a dar as coordenadas.
— Isso não se parece nada com nossa cidade — Jonathan comentou — É mais bonitinha.
Depois de uma hora chegamos a uma cerca grande de madeira que separava a cidade da floresta. A manhã estava fria. Nós quatro já estávamos de luvas ou gorros.
— Hora de escalada — Thomas começou a dobrar o mapa e o colocou para trás do ombro — Jonathan você pode...
Antes que ele terminasse, Jonathan já estava escalando a cerca e levava muito jeito. Ficar parado não era seu estilo.
Peguei o mapa e guardei na mochila de Thomas.
Depois que todos passamos pela cerca, e meu tombo na hora de passar para o outro lado, estávamos na floresta. Árvores e neve por todo lado.
— Então — Jimmy começou — Talvez nós... — ele me olhou e abaixou os olhos — devêssemos deixar você decidir.
Senti um aperto no peito. Ele ainda estava magoado pelo o quê eu disse?
Pensei por longos segundos. Os olhares de Jimmy e Thomas sobre mim, enquanto Jonathan olhava para os lados e fazia bolas de neve para acertar alguma coisa.
Nada. Pensei. Devemos achar a maldita casa perto do maldito lago. Mas por onde começar?
Suspirei.
— Eu decido que você é o guia.
Thomas pigarreou.
— Não. Eu sou o guia.
— Mas eu decido. — Jimmy lhe lançou um olhar meio toma essa.
Thomas torceu o nariz para ele.
— Pegue o mapa, pequeno gafanhoto — Jimmy lhe disse.
— Não me chame assim. — Thomas pegou a mochila e tirou o mapa.
— Agora abra-o, pequeno hamster.
Thomas abriu e deu uma leve risada depois pigarreou.
— Você é insuportável.
Depois disso eles começaram a falar sobre norte e sul, campos e sei lá mais o quê, então decidi ir mexer na neve com Jonathan.
Ele ficou meio surpreso em me ver ali.
— Você não está com a tropa de comando?
Sorri para ele.
— Prefiro brincar na neve. Não comando tão bem.
Ele jogou uma bola de neve numa árvore.
— Pensei que Jimmy iria vir brincar na neve ao invés de você — ele comentou.
Peguei um punhado de neve para fazer uma bola.
— Eu sei que fui meio grosseira. Só pensei que ele não ligasse mais.
Minha voz falhou. Jonathan tocou meu ombro.
— Você vê, Coraline. Jimmy pode parecer todo eu não ligo para humanos e sou um coração de gelo, sabe? Mas ele é sensível. Sua irmãzinha morreu quando ele tinha dois anos. Aos sete ele teve depressão. Depois sua avó morreu. Agora sua mãe está desempregada. Ele nunca conheceu seus pais biológicos. Isso sempre se passa na cabeça dele. Sem falar do déficit de atenção.
Outro aperto tomou meu coração. Eu nunca lembrava disso. Jonathan já me falara aquilo antes. Jimmy estava sempre tentando parecer afastado, fazendo piadinhas irônicas. Mas ele tinha tanta coisa passando na cabeça. E ainda tinha coisas que não tínhamos conhecimento, como todos os minutos da sua vida.
Comecei a pensar agora no como eu o achava parecido com Jonathan alguns dias atrás. Mas eles tinham essas diferenças. Até mesmo fisicamente. Jimmy parecia sempre com sono ou então estava calado demais. Ele tinha essa expressão triste. Como nunca pensei nele? Eu não era boa em ler pessoas. 
— Vocês são muito próximos — comentei.
— Sim. Mas o quê você quer dizer?
Dei de ombros.
— Confiam muito um no outro.
Jonathan assentiu.
— Ele é meu melhor amigo. Me preocupo com ele.
Observei Jonathan por um instante. Ele parecia excitado com toda aquela situação. Animado para continuar.
— Queria estar como você agora. — comentei e joguei minha bola de neve nos galhos de uma árvore. Um esquilo correu para outro galho.
Jonathan franziu o cenho.
— Como eu?
— É — dei de ombros — Você parece despreocupado. Animado com tudo isso.
Ele deu um sorriso tímido.
— Eu meio que tento. Quer dizer, adoro florestas e quero muito explorar. Mas sabe, eu não consigo... não sei... isso tudo, não sou eu.
Agora eu quem estava confusa.
— É que — ele começou — Eu sou o amigo inútil entende? Se você olhar para nós aqui, vai ver que Jimmy é o cara bom na luta. Thomas é sábio nos guia. Você é a corajosa. E eu? Eu só sirvo para falar besteira e acompanhar vocês.
Não pensei em nada, só o abracei.
Jonathan respirou profundamente.
— Você não é só o quebra-gelo. — falei — É o amigo mais fiel que temos.
Ele se desfez do abraço e me olhou.
— Eu sou?
Sorri para ele.
— Você é observador. Vê as pessoas e as entende. Jonathan, você é o coração da equipe. Sem você, acho que não teríamos sanidade.
Ele olhou para baixo e deu um sorriso.
— Eu sou o coração. — cochichou.
Antes que eu lhe desse um tapinha nas costas ou fizesse outra bola de neve, Thomas nos chamou. Ele mostrou a localização do que ele pensava ser o riacho e disse que podia nos levar lá. Não entendi a parte do sul ou norte nem os atalhos ou o que seja, mas se ele podia nos levar, estava ótimo.

A tarde, eu não conseguia mais ver estradas ou casas. Somente neve e árvores. Andamos por horas e parecia que não estávamos em lugar nenhum. Não sei como Thomas se guiava num lugar daqueles, mas agradeci por ter ele ali.
Quando minhas pernas já pediam para serem arrancadas para que não precisassem se mexer mais, Thomas parou e começou a encarar o mapa.
— Graças a deus — sentei na neve.
Ele olhava com atenção para frente e depois para o mapa.
— Isso está errado. — disse para o mapa — Aquela decida não devia estar ali.
Olhei para frente. Uma decida íngrime se estendia a alguns metros.
— Ah — Jonathan grunhiu — Não vamos voltar não é.
Thomas o lançou um olhar desapontado.
— Me desculpa, Jonathan.
Ele andou até Jimmy e eles começaram a falar sobre aquelas coisas que você vê nos filmes quando um grupo de amigos estão perdidos numa floresta enquanto iam acampar no seu lindo e perfeito chalé.
Por um minuto, pensei que estava maluca, mas depois que meus olhos focaram bem no que eu achei ter visto, pareceu uma confirmação nítida. Um cara velho e barbudo estava saindo de traz de uma árvore a alguns metros.
Ele vestia uma roupa como a nossa: casaco grande, calças e tinha um gorro verde. Depois que nos viu, virou silenciosamente para voltar.
— Ei! — gritei — Você! Cara de gorro!
Meus amigos olharam para mim como se dissessem você é maluca mas depois que viraram para trás, notaram o cara de gorro.
Jimmy disparou em direção a ele e o parou.
Pensei em ir até lá mas Jonathan disse que achava melhor não nos metermos. Que Jimmy cuidaria da conversa.
Depois de alguns minutos, o velhinho, que antes parecia raivoso com Jimmy, falava calmo e até sorria para ele, gentilmente.
— Como ele faz isso? — perguntei.
— Ele tem jeito — Jonathan comentou.
Jimmy voltou para nós enquanto o velhinho nos olhava a alguns metros de distância.
— Está tudo bem — disse — Ele se chama Ben. Mora numa casa perto do hotel.
— Você perguntou para ele? — disse Thomas — sobre...
— Sim — Jimmy o cortou — Mas ele disse que não havia nada além daquela descida.
Ele arqueou as sobrancelhas meio entenderam?
— Não entendi — falei.
— Ele não vê o resto da floresta — Thomas disse pensativo — Tem certeza?
Jimmy assentiu.
— Para ele — disse apontando para a floresta depois da descida — aquilo é um grande rio.
Olhei para Ben, encostado numa árvore.
— Quer dizer que eles não descem lá, certo? — Jonathan perguntou.
— Em outras palavras — Thomas falou — Temos que descer.
Jimmy assentiu e nos pediu para esperar. Ele voltou para falar com Ben, que pareceu meio confuso, mas depois lhe deu um aperto de mão e pegou uma grande bolsa de couro do chão.
Jimmy voltou arrastando um grande trenó.
— Não é dele — respondeu antes mesmo de alguém perguntar — É mais uma coisa que ele não vê.
Ele o posicionou no topo da descida, pronto para ser usado.
— Esperem — Thomas disse — Isso é muito suspeito. Digo, parece que estamos indo direto para a armadilha.
Olhei para ele, depois para o trenó. Ele tinha razão.
— É — concordei — Mas você é o guia. Temos outro caminho disponível?
Ele balançou a cabeça.
— Eu vou na frente! — Jonathan correu para o trenó e se posicionou.
E então, descemos.

Queria dizer que nossa aterrissagem havia sido boa, mas por quê mentir?
Quando chegamos ao final da descida, Jonathan tentou desviar de uma árvore, mas acabamos batendo a ponta do trenó nela e neve caiu dos galhos em nossas cabeças.
— Ótimo piloto — Jimmy comentou sacudindo a cabeça e assim espalhando-a no rosto de Thomas e no meu.
— Inconveniente você, hein. — ele disse limpando o rosto e o cabelo louro.
Jimmy o encarou.
— Insuportável, inconveniente. Mais alguma coisa?
— Depois eu penso em mais adjetivos.
Nos levantamos e limpamos a neve. arrumei o gorro em minha cabeça e a mochila nas costas. Thomas juntou algumas flechas enquanto Jonathan e Jimmy falavam sobre ser loucura ninguém ver a floresta. Atrás deles, notei uma das árvores balançando, parecia que um vento muito forte soprava só sobre ela. Então eu notei, ela não estava balançando para os lados, estava se mexendo para todos os lados. O chão tremeu quando todos olharam para a árvore dançante. Então, quando menos esperávamos, uma raíz saiu do chão, tentando nos atacar.
Depois da primeira, vieram muitas outras. O chão tremia sem parar.
— Corram para lá! — Thomas apontou para frente e começou a correr.
Todos começamos a ir para a direção em que Thomas apontou, mas com muita dificuldade. Uma raíz derrubou Jimmy no chão e eu levei uma porrada forte nas costas.
Jonathan o ajudou a levantar e continuaram. Quando mais corríamos, menos árvores doidas tentavam nos matar.
Thomas, antes de todos, chegou ao outro lado, onde nenhuma raíz o atacava e ele olhava para nós, com medo.
Então, ele arregalou os olhos e apontou para Jimmy, não, para trás dele. Jimmy virou e uma raíz malvada o agarrou pelo pescoço e pela cintura. Ele se balançava desesperado.
— Jimmy! — gritei e corri até ele.
Bem, tentei, antes que fosse atirada até longe.
Bati contra alguma coisa e caí na neve. Ao meu lado, estava Thomas, correndo até mim
Eu estava tonta e minha cabeça doía.
— Ah, Deus! — ele se ajoelhou e me sentou.
Ele estava com a aljava na mão. Olhava para os garotos no meio daquela loucura. Tentei dizer um vá lá, ou algo assim. Não sei se consegui realmente, porque perdi a consciência.


Notas Finais


Espero que esteja satisfeito com o capítulo. Mais um daqui a alguns dias!
xoxo.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...