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História Coraline - O Pesadelo voltou - O horário da lua - Parte 1


Escrita por: gwendoline

Notas do Autor


E aí, leitores? Mais um capítulo para vocês. Boa leitura :)

Capítulo 9 - O horário da lua - Parte 1


Enquanto íamos até a praça para o show de mágica, Jonathan tentava não revirar os olhos toda vez que Lilá fazia alguma coisa. Eu simplesmente ignorava, assim como os garotos. Tiago estava um tanto quieto, mas parecia animado.

— Quem vai se apresentar hoje? — perguntou Jimmy.

Tiago franziu o cenho, pensando.

— Não sei. — respondeu — Não li nada no panfleto.

— É porque não tem nada aqui — Jonathan pegou o panfleto e começou a analisar — Só diz o local, horário e tem uma foto de uma mão e uma cartola. Ah, e uma frase idiota.

— É alguém daqui? — perguntei — Vocês recebem turistas?

Lilá fez uma careta.

— É óbvio — disse — Se não tivessem turistas, não teríamos hotel.

Realmente, foi uma pergunta óbvia, mas dados os fatos de que estamos numa vila que não se vê do alto da montanha, é estranho.


Ficamos no canto da multidão, agrupados. Todos com as mãos nos bolsos e encasacados.

— Uma boa noite crianças? — alguém perguntou e Thomas quase deu um pulo quando viu que era alguém atrás dele.

— É... — Thomas o olhou curioso. O cara que havia lhe dado um susto usava um terno azul cheio de estrelas amarelas, assim como suas calças.

— Espero que curtam o show — ele sorriu e foi animado para o centro da praça.

— Uma boa noite! — anunciou.

— Ah, está explicado. — Thomas deu um passo para ver melhor.

Todos olhavam para o homem, simplesmente ele. Nenhuma caixa ou equipamento, nem mesmo uma cartola.

— É muito legal estar com vocês hoje. Para quem não me conhece, me chamo Tarjei. Como podem ver, eu não estou muito... equipado. Gostaria de um show mais honesto hoje. Ouvi falar do tal horário da lua essa semana. Não pensei que fosse uma lenda tão popular, mas vendo tantos aqui hoje, percebo que subestimei. Estamos todos no horário certo? — ele olhou para a multidão — Você — ele apontou para um homem — Tem um relógio aí, não tem?

O homem lhe mostrou o pulso.

— É. Eu tenho.

— Venha ser meu voluntário, senhor do relógio — Tarjei balançou a mão para ele.

O homem foi até ele.

— Então, qual seu nome? — Tarjei deu uma batida em seu ombro e pôs as mãos nos bolsos.

— Robert.

— Robert, posso pegar seu relógio?

Robert deu de ombros e começou a tirar o relógio do pulso.

— Então, senhor Robert, você conhece essa lenda do horário da lua?

— Claro — ele entregou o relógio para Tarjei — Eu soube pelo meu pai, que soube pelo pai dele. Então eu ouvia bastante isso nos almoços de família.

— Ótimo — Tarjei pegou o relógio — E você sabe o horário exato?

— Oito horas.

— Hm — o mágico analisou o objeto — Temos um minuto.

Tarjei andou até um poço e se encostou nele.

— Esse tal horário da lua é uma lenda comum da vila de vocês, algo peculiar. Eu gosto disso, Robert.

O homem lhe olhou, indiferente.

— É legal — respondeu.

— Então, a lua te retribuía com presentes?

— A mulher, ela aparecia durante o horário, como era sempre noite, demos o nome de horário da lua.

— Interessante. Vamos ver se esse horário é mesmo mágico? — Tarjei disse animado. Ele jogou o relógio para trás, deixando-o cair no poço.

Robert se aproximou dele.

— Ei! — o homem disse olhando para o poço?

— O quê? — Tarjei perguntou — Procurando por isso? — ele apontou para o pulso de Robert, onde antes não tinha nada, e agora tinha um relógio.

Todos bateram palmas e Robert voltou para a multidão, levemente assustado. Tarjei continuou falando baboseiras.

— Você não disse que era uma mulher, disse? — Jimmy perguntou a Tiago.

— Não lembro — Tiago continuou olhando para Tarjei.

— Uma mulher que os presenteia durante o horário da lua. — Jimmy disse pensativo — É curioso.

Lilá o olhou.

— É só uma lenda. Não existem lendas ou nenhum costume de onde vocês vem?

Jimmy deu de ombros e olhou para mim. Comecei a pensar no que ele tentou me passar naquele momento.

— Tiago? — chamei.

Ele me olhou.

— Sim?

— Você disse que o espírito presenteava as pessoas por acreditarem, e se alguém não acreditasse.

— Ah, é aí que nós notamos que é só uma lenda idiota. Eles diziam...

— Você! — Tarjei apontou para Tiago — Gostaria de tê-lo como voluntário.

Tiago assentiu com a cabeça para Tarjei e olhou para mim.

— Eles diziam — continuou — Que o espírito os jogava no poço para não voltar mais.

E assim, o garoto foi até o mágico ser seu voluntário.


Notas Finais


ANTES DE MAIS NADA eu sei que esse capítulo foi menor, mas decidi dividi-lo em dois. Porquê? Não sei, acho que para deixar vocês mais curiosos. Gostaram? Teorias? Mandem ver.


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