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História Coraline - 25


Escrita por: Bella56

Capítulo 26 - 25


Fanfic / Fanfiction Coraline - 25

Quando acordo a primeira coisa que sinto são meus músculos doendo. Lúcio não está na cama, passo a mão pelo lençol liso e tenho a confirmação.

Ouço passos e então um telefone toca. Ele está no banheiro.

- Está tudo certo? - ele diz sério. Ele não é mais o Lúcio de ontem.

- Tudo bem. Isso eu resolvo. O dinheiro estará na conta as 15;00 da tarde. - ele diz. - Não me ligue mais. - ele diz.

Vejo ele voltando de dentro do banheiro e ele me olha. Não decifro nada em seus olhos.

- Bom dia. - ele diz terminando de fazer o nó na gravata.

Meu coração começa a bater descontroladamente. Olho para os lados e não vejo minhas roupas.

- Bom dia. - digo.

- Acho que tem que voltar para sua amiga. Logo Kate estará atrás de você. - ele diz colocando o terno.

Olho magoada pra ele. Não é exatamente isso o que uma garota quer depois de perder a virgindade.

- Vista isso. - ele diz vindo até a cama e me entregando uma de suas camisas.

Eu aceito.

Sinto seu cheiro no pano, só seu cheiro faz meu coração disparar. Mas me sinto triste.

- Hoje eu voltarei tarde. Não diga nada do que ocorreu a ninguém e divirta- se com sua amiga. - ele diz de forma um tanto fria. Não sei se eu que estou sensível ou se ele que está sendo um cretino.

Ele sai do quarto, mas não leva sua pasta.

Fico com ciúme do telefonema. Se for para não ligar mais naquele número é porque ele não quer wue eu veja.

Ah! Eu deveria mesmo parar de pensar nisso. São so negócios.

Coloco à camisa e quando vou tirar o edredom de cima do meu corpo vejo uma mancha de sangue no lençol.

Sinto desespero.

Sangue? Bom, essa é a comprovação de que não sou mesmo mais virgem.

Tiro as cobertas da cama e puxo o lençol deixando ele onde se deixa as roupas sujas.

Cansada, pego minhas roupas de ontem que acabei encontrando e vou para meu quarto.

Quando entro vejo Amêndoa e Cloe deitadas na cama. Deixo minhas roupas de ontem na roupa suja e vou tomar banho.

Me olho no espelho do banheiro. Será que mudou algo? Meu corpo todo dói.

Me olho no espelho e vejo algumas marcas roxas ao levantar a camisa.

Foi tão bom, pena que esse não é um mundo perfeito onde eu e ele acordamos abraçados.

Prendo o cabelo em um coque e entro embaixo do chuveiro. Com o toque da água quente meu corpo todo relaxa.

Esta feio lá fora, bem frio. Acho que hoje sim vai nevar.

Passo o sabonete em cada parte do corpo, dessa vez imagens excitantes passam pela minha mente, bom, eu agora eu posso chama-las de lembranças.

Cantarolo uma música do Maroon five romântica.

Quando me viro me assusto com a imagem de Kate parada na frente do box.

- Bom dia Cora. Por que acordada tão cedo? Pensei que você e sua amiga iam trocar a noite pelo dia. - ela diz.

- Não. Nós dormimos cedo, ela estava cansada da viagem. - minto.

- Hmmm... - ela olha para o chão e pega a camisa do Lúcio fazendo meu coração parar. - Isso é do seu tio não é? - ela pergunta.

Quando me preparo para uma inquisição Cloe entra no banheiro e senta na privada pra fazer xixi.

Sim, essa é a Cloe.

Kate desvia sua atenção na hora ficando desconfortável e saindo do banheiro deixando a camisa na roupa suja.

Saio logo do box aproveitando que ela não está olhando e coloco o roupão para ela não ver as marcas roxas ou possa notar alguma mudança em meu corpo.

Posso estar paranóica, mas sinto que algo mudou.

- Bom dia amiga. - diz Cloe morrendo.

- Bom dia. - digo sorrindo fraco pra ela e saindo do banheiro. Tive uma sensação nostálgica agora. Cloe e eu nunca nos importamos de usar o banheiro juntas, e fazíamos isso no Brasil.

Então do nada ouço um barulho de batida de carro e volto a mim totalmente arrepiada como se tivesse sentido algo.

Vou para o closet e coloco uma calça de moletom quente e uma blusa de mangas.

- Deixa eu escovar seu cabelo. - diz Kate.

Eu deixo, afinal, já me acostumei. Quando ela faz isso eu me sinto mais calma.

- Como foi ontem? - ela pergunta.

- Saímos para jantar, só. - digo escondendo um brilho estranho ao lembrar de ontem.

- Seu tio foi legal com você?

- Ele foi normal. - minto de novo. Se tem uma palavra que não define a noite passada essa palavra é "normal".

- Então voltaram cedo? - ela continua tentando puxar assunto, mas eu não quero falar disso.

- Sim. Nós só comemos e viemos embora. - digo.

E então ela começa a falar de outros assuntos.

Depois que Cloe termina de se arrumar, nós duas começamos a fazer um rabo de cavalo no cabelo.

Meu cabelo está um pouco pesado por causa do tamanho, mesmo tendo cortado.

- Vamos tomar café? - diz Kate me entregando meus remédios e um copo de suco. Eu os tomo.

- Vamos. - digo.

Descemos e comemos várias coisas que tinham na mesa. Lúcio não está mais aqui.

Convido Cloe a ir na sala de TV enquanto Kate cuida de umas coisas, mais tarde, talvez, vamos sair com a minha avó.

Assim que fecho a porta da sala escura por causa da cortina fechada e dos móveis escuros Cloe diz:

- Então, me conta, como foi? - ela diz.

- Foi normal. - digo.

- Nem vem com essa cara de sonsa tentar mentir pra mim, eu não sou a Kate. - ela diz. Eu fico surpreendida.

- To dizendo....

- Só vou te dar mais uma chance de falar a verdade antes de subir lá e procurar pelos lençóis da cama do seu tio. - ela diz fazendo meu coração parar. Meu rosto deve ter denunciado tido porque ela ri.

- Como...? - pergunto intrigada.

- Você sai com seu tio super gostoso, volta tarde, dorme com ele, volta para o quarto de manhã andando meio torta - me encolho de vergonha - e depois, tem marcas pelo seu corpo. Vocês chegaram lá? - ela pergunta sentada no sofá, super animada.

- Sim. - digo, ela grita, eu a seguro. - Ninguém pode saber Cloe! - digo desesperada.

- Como foi? Me conta tudo, não me esconda nada.

Sorrio pra ela sem graça e conto a ela o que houve até agora.

- Nossa, que atitude estranha a dele. - ela diz.

- O Lúcio é estranho e bipolar. - digo.

- Que enrascada amiga. Como você vai conseguir viver com ele agora?

- Eu não sei. - digo. - Tudo parecia tão claro ontem, mas hoje de manhã, eu tô confusa.

- O tesão deixa tudo claro. - ela diz rindo. - Capaz de ele dizer até que te ama se saber que isso dará certo. - ela diz se encolhendo no sofá.

- O Lúcio não é assim. - digo.

- Então, por que ele agiu tão friamente?

- É o jeito dele, não sei. - digo.

- Ta na hora de aprender a segunda lição do sexo amiga. Ten horas que você tem que saber quando é só sexo e quando não é. - ela diz.

Isso me fere, mas eu não demonstro. Não acredito que ele faria isso comigo. Não quero acreditar.

Olho para o vidro e vejo um corpo encostado no vidro que da para o jardim por uma fresta que a cortina não cobre. Eu grito, Cloe se assusta e se joga no chão.

- O que foi isso? - ela grita.

- Tem... Tem alguém ali. - eu digo apavorada.

- A onde? - ela sussurra apavorada.

- Ali. - digo e aponto.

E então vejo uma sombra por trás do vidro e penso ver ele se mexer. Eu grito de novo, mas dessa vez paralisada.

- O que foi Cora? - diz Cloe.

- Tem alguém ali. - digo baixo.

- Amiga, para de me assustar. Essa casa já é sinistra o bastante. - ela diz.

- Eu juro Cloe. - digo. Eu não consigo me mexer.

Então ouvimos um barulho no vidro, eu e Cloe gritamos e então saímos correndo.

Choro e corro pelo corredor desesperada. Vou em direção a cozinha, mas ao passar pelo holl vejo Lúcio indo em direção a sei escritório.

Eu nem digo nada, corro em direção a ele e o abraço forte, Cloe corre pra trás dele.

- O que está havendo? - ele grita me abraçando e olhando Cloe.

- Tem... Tem... - ela tenta dizer enquanto eu só abraço ele forte e choro.

- Fala! Coraline? - ele busca meu rosto e me olha nos olhos.

- Tem alguém tentando entrar pela sala. - diz Cloe puxando seu palito.

Lúcio olha pra mim, não vejo medo em seus olhos, vejo preocupação e raiva.

Ele me puxa pelo braço até o escritório.

- Fiquem aqui vocês duas. - ele diz.

Então ele abre a gaveta e pega seu revolver prata.

Mas assim que ele vai sair alguém bate na porta.

- Senhor. - dizem na porta. - O FBI está aqui. - ele diz.

Cloe me abraça forte, eu a abraço de volta e choro.

Lúcio olha pra mim e depois para Cloe.

- Coraline, me escuta, tira sua amiga daqui e vá para seu quarto e se tranque lá. - ele diz nervoso.

- Lúcio... - tento dizer.

- So faz o que eu tô pedindo. - ele diz ríspido. Ele parece nervoso mesmo.

Ouço o barulho da chuva lá fora, meu coração dói de ansiedade. O que o FBI está fazendo aqui?

- Vá sempre pela esquerda. - ele diz, eu não entendo, mas então ele faz algo que eu não consigo ver direito e uma passagem se abre.

Cloe quase vai pra trás, mas ao receber um olhar mortal de Lúcio ela entra e me puxa junto. Eu choro.

Então ele fecha o portão me deixando assustada.

Depois do portal tem uma escada e no fim da escada tem um corredor. Cloe ascende a lanterna do seu celular.

- Vamos. - ela diz quase chorando.

Eu olho para a porta da passagem e resolvo esperar.

- Preciso ouvir. - digo e ela ja entende.

Ouvimos uma porta se abrir e então os agentes se apresentam, são a Sarah e o Hans.

Lúcio fala como se nada tivesse acontecido e os cumprimenta.

- No que posso ajuda-los? - ele diz. - Sejam breves, estou atrasado. - ele diz.

- Só viemos fazer algumas perguntas. - diz Sarah.

- Senhor, quando foi a última vez que viu a Dra. Rachel Hatway? - perguntam. Meu coração se aperta e um pré sentimento.

- Antes do meu acidente. - ele diz. - Ela cuidava da minha sobrinha.

- E por que não cuida mais?

- Bom, ela me notificou que queria parar de tratar minha sobrinha, acho que recebeu uma proposta de emprego melhor. - ele fala com um certo desdém na voz. Eu fico magoada. Rachel era legal, eu estava começando a confiar nela.

Cloe me olha alarmada.

- Bom, na tarde de ontem foi encontrado o corpo da Sra. Hatway em um beco perto de seu prédio. - diz Hans. - Ela está morta. - ele diz.

Tampo a minha boca oara não gritar e então choro.

- Como isso aconteceu? - perginta Lúcio.

- Ela foi esfaqueada senhor. - diz Hans

- Vocês acham que ela foi pega por aquele assassino?

- Provavelmente. - diz Hans. - Mas tem algumas coisas wue não batem com o modus operandi do serial killer que procuramos.

- Além dela ser mais velha, o sei corpo foi encontrado em um estado diferente das outras e não foi em um lugar aberto ou público. - Diz Sarah. - As facadas foram parecidas, mas não idênticas. Esse crime parece ter sido cometido por motivos diferentes. - ela diz.

- Então vocês desconfiam de mim? - diz Lúcio.

- Só estamos investigando tudo que podemos. - diz Hans. - O senhor era amigo dela, não?

- Sim. Fizemos um pouco da faculdade juntos. - ele diz.

- E eram íntimos? - perguntou Sarah.

- O que quer dizer? - diz Lúcio controlado como se não estivesse sendo interrogado.

Meu coração acelera, fico quase sem ar. Cloe também está com as maos na boca.

- Ela era uma mulher bonita e solteira...- diz Sarah, mas é interrompida.

- Eu e Rachel não tínhamos nenhum relacionamento além de amizade e de médico e familiar. - ele diz calmo.

- Achamos mensagens no celular dela enviadas oara o senhor. - diz Sarah.

- Eu não me lembro.

- Eu posso te ajudar. - diz Sarah. - "Lúcio preciso muito te ver pra falar sobre a Coraline, acho que tenho uma ideia do porque ela está piorando. ". Tem outra. - diz Sarah. - "Lúcio, se encontra comigo, é urgente. Ou eu vou aí na sua casa" - diz Sarah.

- Ela se encontrou com o senhor? - pergunta Hans.

- Não. Eu estava muito ocupado. - ele diz.

- Ela não veio aqui? - perguntou Sarah.

- Não. - ele diz.

- Vamos continuar. - diz Sarah. - "Lúcio, não posso continuar assim, isso não é certo é eu não vou compactuar com isso. Não irei mais cuidar da Caroline, me desculpe, mas pra mim não dá. Que Deus te perdoe. " - lê Sarah em alto e bom som.

Meu coração gela. Do que será wue a Rachel estava falando? Será que ela descobriu algo horrível sobre o Lúcio?

- Por que ela não quis mais vir Senhor Hastings? - pergunta Sarah.

- Ela se declarou para mim e eu a recusei. - ele diz calmo. - Eu não correspondi as suas investidas e então ela não quis mais ficar perto de mim nem da Cora.- diz Lúcio.

- Bom, essa mulher agora está morta porque foi brutalmente assassinada. O senhor pode não ter nada a ver com isso, ou pelo contrário, mas precisamos descobrir cada passo que ela deu. - diz Hans.



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