História Corazón - Gastina (Em revisão) - The match will always be mine.

Nina on

O céu estava tão lindo aquela noite, a lua estava cheia e refletia o brilho das estrelas a sua volta, sentei calmamente no jardim do colégio, e fiquei um longo tempo encarando aquela perfeição, meus pensamentos naquele momento era a única coisa que me destruía, eu não sabia como agir nem o que fazer.

- A noite esta linda.

-É. – Respondi sem olha –lo.

- Sabe eu queria te pedir...

- Sem desculpas, Gaston – Finalmente o olhei.

Ele estava acabado, rosto pálido, olhos vermelhos, lagrimas secas, mas mesmo assim ele continuava bonito, como se tivesse sido esculpido por anjos.

- Acho melhor eu ir – Ele me olhou triste.

- Fica – Pedi.

- O que? – Ele se aproximou.

- Fica, por favor – Pedi novamente, voltando o olhar para o céu.

- Mas eu pensei que...

- Gaston só cala a boca e fica – Rebati ainda olhando o céu.

Ele respirou fundo e me obedeceu sentando do meu lado.

- Porque não me contou sobre Meredith? – Suspirei.

- Eu não sei – Ele sussurrou.

- Eu não sei quem é você – sussurrei, ainda encarando o céu.

- Sim você sabe, Nina – Senti seu olhar sobre mim.

- Eu conhecia o Gaston que não quebrava promessas, o Gaston que nunca ajudaria um orfanato, sinceramente eu não sei quem é você Gaston Perida se é que esse é mesmo seu nome. – Finalmente o olhei.

Nossos olhares se cruzaram, ficamos um longo tempo assim, sem dizer nada.

- Se você conhecesse esse “outro Gaston” – Ele fez aspas com os dedos – Você não se apaixonaria por mim.

- Merda! Gaston eu te amo, não importa qual Gaston você seja, eu te amo, chega a doer, você esta me matando aos poucos.

- E você acha que eu fiz essa merda toda porque Nina?

- Por causa da folha – sussurrei.

- Merda Nina! Eu fui embora, porque eu queria que fosse feliz, porque eu te amo muito e não queria que você sofresse comigo. Ao meu lado não é vida para você Nina, eu não mereço o amor, droga! Eu não mereço você.

- Feliz? Desde que você se foi minha vida voltou a ser um inferno, passei dias sem comer e noites sem dormir Gaston, chorei tanto que por um segundo achei que acabaria toda a agua de meu corpo. Você acha que isso é ser feliz? – Ri ironicamente.

- Eu fugi do amor Nina, fugi de você, porque eu nunca tinha sentido algo assim, eu não soube o que fazer, nem pensar, eu não sabia o que era o amor, eu não consegui encarar Nina, eu precisava de um tempo.

- E porque você voltou? – sussurrei voltando o olhar para o céu.

- Por você – Ele sussurrou.

-Você perdeu Gaston, a partida terminou. – desci meus olhos para o chão.

- Eu nunca perco, Simonetti. – Ele segurou meu rosto o levantando.

- A partida não é mais sua, Gaston.

- A partida sempre sera minha, Nina.

Ri ironicamente.

- Você abandonou o jogo, caralho! Como tem coragem de dizer isso? – gritei.

- Eu não abandonei o jogo estive sempre jogando, estive sempre com você, Nina, no orfanato, no hotel e o mais importante eu estava em seu coração.

- Esta blefando – Neguei com a cabeça.

- Quando vocês chegaram ao orfanato, eu me escondi, eu estava la. – ele sorriu de canto. – Alias quando você saiu Mery me disse que amou te conhecer.

- Ela é adorável – sorri fraco – E no hotel? Espera só se...

- Não era um sonho Nina, eu estava la com você – Ele sorriu.

- Você é inacreditável, você viu como eu estava? Você viu a dor que me causou? Porque Gaston? Estava la apenas para garantir que eu estava sofrendo? – meus olhos já começaram a se encher de lagrimas.

- Eu precisava te ver Nina, precisa de alguma forma te avisar que não queria ser encontrado, eu não aguentava mais ver você chorando, não aguentava mais saber que você estava se destruindo aos poucos enquanto me procurava. – ele fechou os olhos fortemente e os abriu, pude ver algumas lagrima caírem deles.

- Não consigo acreditar em você Gaston, eu não consigo – abaixei a cabeça.

- Você me pertence, Nina Simonetti.

Ele sussurrou, segurando firmemente meu rosto e colando seus lábios aos meus, eu quis relutar, mas apenas me entreguei , correspondendo ao beijo. Sentia todo meu corpo fervilhar, parece que Gaston reacendeu a chama que havia se apagado dentro da minha alma.

- Porra Nina! – Ele falou ofegante, sem separar completamente seus lábios do meu.

-Você me pertence Gaston Perida. – sussurrei o beijando novamente.

- Eu achei que não pertencia a ninguém Nina, mas você conseguiu, você me tem de todas as formas possíveis – Ele sorriu, enxugando minhas lagrimas.

- Isso quer dizer que...

- Eu te pertenço, Nina Simonetti.

- Eu te pertenço Gaston Perida!  

Gaston sorriu daquela forma, que eu nunca o via sorrir, julgava como o seu sorriso mais sincero, por ser tão raro quando ele o fazia eu ficava em silencio apenas admirando.

- Já disse que encarar pessoas assim, é constrangedor Nina – Ele me deitou na grama deitando por cima de mim, deixando seu peso apoiado sobre um braço.

- Senti tanto sua falta – sussurrei, enquanto senti seus beijos em meu rosto.

- Eu não sabia o que era saudade, até ficar longe de você meu amor – Ele sorriu, acariciando meu rosto.

- Meu amor? – Sorri abertamente.

- Você nunca deixou de ser meu amor – Ele sorriu se deitando ao meu lado, deitei a cabeça em seu peito.

- Como será a partir de agora? Você sabe, nossas vidas mudarão, tudo mudara, não nos veremos mais todos os dias no colégio.

- Nina, você me pertence para sempre, mesmo que o nosso sempre seja hoje.

- O nosso sempre pode ser agora – sussurrei.

- Agora? Esta dizendo que...

Tapei sua boca com um beijo, um beijo calmo e apaixonado, estávamos curtindo aquele momento como se fosse o ultimo, nossas línguas se encaixavam lentamente, podia sentir que o que predominava naquele momento era a nossa saudade.

- Isso foi uma despedida? – ele perguntou encostando sua testa a minha.

- Talvez. – sorri acariciando sua bochecha.

Ele respirou fundo, tentando não se importar com a minha palavra cheia de incertezas.

- Despedidas nunca foram o meu forte – ele sussurrou.

- Deixar você ir nunca foi o meu forte – sussurrei.

Ele sorriu de canto enquanto suas mãos ainda rodeavam minha cintura.

- Sabe ouvi dizer que hoje acontecera um eclipse a meia noite – Ele sorriu fraco.

- Um eclipse? Não fiquei sabendo de nada.

- Eu vi em um site – Ele deu de ombros.

- Então ficaremos até a meia noite aqui – sorri o apertando.

- Falta muito? – Ele perguntou, igual uma criança quando fica ansiosa.

- Cinco minutos – Me sentei pegando o celular.

Li algumas mensagens de Xavi, ele estava preocupado queria saber onde eu estava.

- Esta com ele não é mesmo? – Seu sorriso se desfez.

- Talvez – dei de ombros.

- Droga Nina! Eu odeio quando você me da respostas incertas, você costumava ser cheia de certezas.

- As pessoas mudam – ri fraco.

- Eu sei, acha que não percebi o quanto mudou Nina? – Ele sorriu se sentando ao meu lado.

- Minha mudança foi você Gaston – sorri.

- A mudança estava dentro de você o tempo todo Nina, só precisei liberta –la. Aliais eu amei seu discurso – Ele sorriu debochado.

- Obriga... Espera você ouviu? – Arregalei os olhos surpresa.

- Sim, o auto falante estava ligado, ele foi ouvido em todos os cantos do colégio. – Ele sorriu.

Senti minhas bochechas corarem e abaixei o olhar.

- Não precisa ficar com vergonha, Simonetti, eu amei cada parte dele, principalmente a referente a mim – Ele zombou, mas eu sabia que estava sendo sincero.

- Não seria justo, eu não colocar você nele – sorri o olhando sincera.

- Sabe Nina, você também me mudou.

- Como? – perguntei assustada.

- Com você, eu descobri o melhor e o pior sentimentos de todos – Ele respirou fundo, fechando os olhos – Descobri o amor.

- Gaston, droga! Já é meia noite, cadê o eclipse? – perguntei desesperada.

Ele não me respondeu, apenas puxou meu rosto me beijando lentamente, sua língua explorava cada canto de minha boca, enquanto suas mãos me puxavam para seu colo, o beijo foi se intensificando, nosso corpo começou esquentar, minhas mãos começaram a arranhar sua nuca. Separamos ofegantes por falta de ar.

- Então, cadê o eclipse? – perguntei ainda ofegante olhando o céu.

- Esta aqui – ele sorriu, colocando a mão em meu peito, encima do coração.

- O que? – sussurrei.

- Nós somos o eclipse Nina, o momento de amor entre o sol e a lua.

Eu olhei profundamente em seus olhos, ambos com os olhos inundados, as palavras não eram necessárias, sorriamos com o olhar, eu sentia que estava em meu lar, Gaston era minha casa, Gaston era o meu mundo.

Nosso sentimento era compartilhado, sabíamos que não importa quando, nem onde sempre pertenceríamos um ao outro e o nosso sempre não era hoje e nem agora o nosso sempre era enquanto vivêssemos.

- Porra Gastina

Gritamos em coro enquanto se apossávamos um do lábio do outro.

Eu não sabia o que viria a seguir, não sabia qual seria o próximo capitulo da nossa historia, mas eu sabia que aquilo não era o fim, esse eclipse significava o começo de um grande amor, um amor separado por virgulas mais nunca um ponto final.

Narrador on

Final sem final, não necessariamente um final feliz, Corazón nunca foi um conto de fadas e esta muito longe de começar a ser.

Nem toda historia precisa ter um fim, o fim de algo pode significar o recomeço de tudo. Muitas historias não tem o final, mas nem por isso deixam de ser historias que valem a pena ler.

Não importa que acabou e sim como acabou, com duvidas, incertezas, preguntas que não foram respondidas e acima de tudo com muito amor.

Gaston não perdeu o jogo, mas será que a partida ainda era sua?

Sera que Nina aceitou o pedido de Xavi?

Sera que Gastina ficara junto?

Sera que o “sempre” continuara sendo apenas hoje?

Da onde Xavi conhece Nico?

Quem envia dinheiro para o Gaston?

Quem era a amiga de infância, que beijou Gaston?

Gaston perdoara Matteo?

Lutteo continuara sendo feliz?

Gaston descobrira o que Ramiro falou para Nina?

Tia Ana, o que acontecera com Tia Ana?

Ficaram curiosos? Com uma vontade de quero mais? Então convido vocês a descobrirem todas as respostas na segunda temporada de Corazón

                                                        ! Prófugos!

Será que finalmente encontraremos o final feliz para esse complicado casal?

Acho que lá no fundo, por trás das máscaras confusas e incertas, aquilo não foi um final, pelo menos não completamente. Talvez se olhar com atenção seja possível perceber o começo de algo maior do que se esperava. Algo bom, depois de tudo.

- Autor desconhecido.