História Corazón - Gastina (Em revisão) - Sorry and... Dark.

Sábado 12H30 PM

Aquele sábado estava tedioso, não tinha nada para fazer, estava deitada com fones de ouvido, Luna estava ocupada estudando para prova do colégio que eu já havia passado faz tempo, ela estava estudando para fazer a recuperação.

Meu celular vibrou, avisando que havia chegado uma nova mensagem.

Numero desconhecido: Oie, Nina.

N: Quem é você?

 Nenhuma resposta.

Joguei o celular na cama e bufei, deveria ser só mais um desocupado, imbecil lá do colégio, deveria ser o merda do Gaston. 

Decidi continuar meu trabalho, peguei o papel em que estava anotando e comecei alembrar de tudo que passei com Gaston.

 “Gaston Perida era um enigma para mim, ta quem eu quero enganar ele ainda é, eu juro que tentei enxergar alguma coisa que me fizesse gostar ou pelo menos aturar ele, mas era impossível, não existe nenhuma bondade no coração de Gaston, ele é cruel, egoísta, egocêntrico, mas seu beijo, seu beijo é tão bom”.

Droga o que era isso, não poderia entregar isso para o professor, e por que eu estava pensando no beijo de Gaston? Merda! Amassei o pedaço de papel e joguei no canto do quarto.

O som da campainha ecoou, lembrei que mamãe não estava e desci correndo as escadas.

- Encomenda para senhorita, Nina Simonetti - O carteiro me olhou.

  - Sou eu mesma - Respondi, ele me entregou um pacote e me pediu que assinasse uma ficha.

 - Obrigada senhorita, tenha um ótimo dia - sorriu.

  - Igualmente - Sorri de volta e entrei correndo em casa.

 Procurei alguma assinatura naquele bendito pacote, mas não tinha nada, minha curiosidade era tanta que eu já estava o abrindo.

 Arregalei os olhos quando vi o que tinha dentro do pacote, fotos minhas de alguns anos atrás, todas tiradas de um ângulo em que eu estava distraída e sorrindo. Todas eram de dias importantes, desde os meus quinze anos até agora.

 Havia um pequeno papel, com letras, na verdade as letras eram formadas por recortes de revistas para que eu não reconhecesse.

" Algumas lembranças para alegrar seu dia, minha Boo, não gosto de te ver triste"

Assinado: Número desconhecido.

 Sorri, Boo, esse apelido não me é estranho, já escutei ele em algum lugar, coloquei uma coisa em minha cabeça, eu vou descobrir quem é esse numero desconhecido.

No momento em que guardei o pacote, meu celular vibrou, indicando outra mensagem, corri para ler.

Numero desconhecido: Fico feliz que tenha gostado do presente, minha Boo.

N : Como sabe que gostei?

Numero desconhecido: Posso ver o sorriso lindo em seu rosto.

O que? Ele estava me vigando? Corri para janela, nada, abri a porta desesperada, nada, olhei em todos os cantos e nada.

Numero desconhecido: Desiste Boo, você nunca vai saber quem é.

N: Gaston se for você, eu juro que te mato!

Numero desconhecido: O que? Aquele babaca do Perida? Não seja tão tola, Nina, você é mais inteligente do que isso. Gaston não tem capacidade para te fazer feliz.

N: Então, quem é? Merda!

Nenhuma resposta, Droga! Joguei o celular no sofá e bufei frustrada, não podia ser Gaston, ele não me conheceu antes, só nos conhecemos quando ele entrou esse ano no colégio. Quem será que é? Preciso descobrir.

Domingo 14H30 PM

Eu estava no mercado com mamãe, estava sendo um ótimo dia, até ouvir o celular vibrar.

Numero desconhecido: Estou te vendo. Bela calça por sinal.

Mas o que...?! Olhei em toda minha volta, mas tudo que eu via eram adultos e alguns idosos. Olhei para frente, Gaston estava lá.

Numero desconhecido: Não adianta me procurar, não vai conseguir me achar.

Fitei o Gaston, ele não segurava o celular, não mandava mensagens, tudo que ele tinha em mãos era um pacote de salgadinhos. Ele se virou para mim quando percebeu minha presença e sorriu de canto.

- Mamãe, me dê licença?

- Aonde você vai? É o Gaston ali? 

- Sim, vou falar com ele.

Caminhei em sua direção, seu sorriso aumentou.

- É você não é? Qual é seu problema?!

- Oie para você também. O que eu fiz...?

- Eu sei que é você quem esta mandando as mensagens, que você...

O celular vibrou, peguei –o.

Numero desconhecido: Você esta gritando.

Olhei para Gaston novamente, ele me olhou. Droga!

- Cadê seu celular? – perguntei.

- O que? – Perguntou, ele parecia não entender nada, mas mesmo assim eu ainda estava desconfiada.

- Ande, seu celular.

Ele triou o celular do bolso.

Numero desconhecido: Eu disse que não sou o o babaca do Gaston.

Desbloqueei a tela de seu celular, entrei nas mensagens. Ele nem ao menos tinha o meu numero.

- Mas que droga você quer ver? – perguntou.

- N... Nada – Respondi, respirando fundo.

O entreguei o celular.

- Você é louca? – Perguntou.

- Talvez – respondi, me afastando.

Olhei a minha volta, novamente, eu estava ficando paranoica com tudo isso.

N: Por que não fala quem é de uma vez por todas?!?!

Numero desconhecido: No momento certo, ira saber quem eu sou e o motivo de estar te mandando essas mensagens.

Guardei o celular.

Na fila do caixa, Gaston ficou em nossa frente, mamãe insistiu em pegar a mesma fila que ele, e eu estava querendo sumir dali o mais rápido possível.

- Como vai senhorita, Simonetti?

- Estou ótima e você? – sorriu.

- Indo – Sorriu.

- Nina fala muito de você.

- Uh, claro – ironizei.

- Imagino – ele respondeu, passando a mão em seu cabelo – Espero que seja coisa boa.

- Claro! – Ela sorriu

Respirei fundo e encarei-o, Gaston sorriu debochado para mim.

- Como esta o Xavi?

Não o respondi, apenas desviei o olhar, procurei novamente e não vi nada de diferente, minha principal opção havia sido descartada, Gaston.

Intervalo 8H40 AM.

Xavi estava agarrado a Jasmin, eu me recusava a assistir aquela cena ridícula, por isso preferi me manter afastada de ambos. Eu agradeci a mim mesma por não lanchar no intervalo, caso contrario eu já teria vomitado.

- Podemos conversar?

- Não – respondi rude.

- Estou falando serio – respirou fundo.

- É, eu também, Gaston.

- Tanto faz, não sei como fazer isso.

-Anda logo – revirei os olhos.

- Foi mal – Falou tão rápido, que se atropelou nas palavras.

- O que? – gritei.

Gaston havia mesmo pronunciado aquelas duas palavras?

- Foi mal por ter estragado tudo com o Xavi... – Pronunciou mais rápido que antes.

- Sinceramente? Va a merda, não tente pagar de bom moço, isso pode até funcionar com mamãe, mas não funciona comigo, Perida.

- O que? – Gaston se irritou – Eu estou aqui me desculpando e você me trata na maior grosseria? Qual é o seu problema, garota?! Estou tentando ser gentil com você, pelo menos uma vez na vida, então você decidi vir com mil pedras na mão? Porra, Nina!

- Você acha que o seu “foi mal” resolve tudo, deixa eu te falar uma coisa”? Não resolve merda nenhuma.

- É você quer que eu faça? Me ajoelhe em sua frente? Acha que eu queria estar aqui? Eu nem sei por que vim até aqui. Estou pela primeira vez lhe pedindo desculpas, custa aceitar? É a primeira vez que peço desculpa para alguém.

- Desculpas? – ri sem humor – “ Foi mal” não é desculpa, é apenas um “ foi mal “.

- Tudo bem, não vou te pedir desculpas, eu já disse o que devia, se vai aceitar ou não, você quem sabe – deu de ombros. – Estou pouco me fodendo para seu relacionamento com Xavi. E quer saber? É bom vocês não estarem juntos, vocês nem ao menos combinam.

Respirei fundo absorvendo cada palavra de Gaston, ele se aproximou.

- Você não gosta dele, Nina – sussurrou e se afastou.

Saída escolar 12H30 PM

Estávamos saindo, eu havia demorado um pouco, assim como alguns outros alunos, já que não havíamos terminado a lição. 

Delfi estava parada na escada, junto com Âmbar e Jasmin . O sorriso  debochado formou-se em seus rostos assim que me viram. 

Respirei fundo e tentei ignora-las. Continuei descendo os degraus.

- Nina – Ouvi Gaston gritar.

E essa foi a ultima coisa que minha audição capitou antes de um escuro completo, tomar posse de minha visão.