História Corazón - Gastina (Em revisão) - Back to routine.

Nina on

Eu decidi que descobriria tudo, sobre quem era esse numero desconhecido, quem causou meu acidente e por que esse numero se importava tanto comigo.

 Estávamos perto de outubro, apenas mais alguns dias, estávamos na primavera, tudo florescia, mas eu tinha mínima vontade de sorrir, minha vida ficava cada vez pior.

Outubro, eu sabia que tinha alguma coisa importante nesse mês, mas o que seria? Desisti de lembrar, como não tinha para fazer decidi olhar um pouco as redes sócias do celular, mesmo me negando a fazer isso quando vi já estava descobrindo tudo sobre a vida de Gaston.

Ah claro, sabia que tinha a algo importante, é o mês do aniversario de Perida, era tradição os populares do colégio darem festas polemicas, as melhores festas de aniversario, e eu tinha certeza que a de Gaston não seria diferente. Nem ligaria, eu não seria convidada mesmo.

- Filha, vamos esta na hora – Papai gritou do andar de baixo, terminei de vestir meus óculos, peguei a mochila e fui em direção à escada.

Colégio 06H50

Parece que tudo tinha voltado à rotina, as populares estavam em seus grupinhos, gravando vídeo para o blog inútil delas, os populares estavam em um canto rindo e dando encima das garotas que passavam, Xavi me observava enquanto conversava com um garoto qualquer, Luna conversava em um canto com a professora, mas cadê Gaston?

- Olha por onde anda, nerd – Senti um solavanco e todos os meus livros irem ao chão.

Parece que voltamos à velha rotina, pensei que ficaria feliz ou aliviada, mas aquilo só me deixou com menos vontade de viver do que eu já estava.

- É bom te ver de volta, Gaston – sorri, recolhendo os meus livros.

Gaston me analisou, tentando entender minha frase.

- O velho Gaston, o idiota, babaca, imbecil...

- Chega, Nina! Já entendi. É bom estar de volta – Sorriu de canto e foi em direção ao seu grupinho imbecil.

- Babaca – murmurei.

-Eu ouvi isso Nina – Gaston gritou.

- Dane –se .

Ele virou para ir em direção a seus amigos, que estavam distraídos demais para nos reparem.

- Gaston – gritei

- Sim? – Me olhou com tédio.

- Você estava na hora do meu acidente e...?

- Onde você quer chegar, Simonetti? – Ele cruzou os braços.

- Você tem certeza que eu tropecei nos meus próprios pés? – Perguntei o encarando.

- Absoluta!

- Hum, ok.

- Mas alguma coisa? Ou já posso ir?

- Já pode ir para o seu mundinho fútil – murmurei.

- E você já pode ir para seu mundinho nerd. – sorriu debochado.

-Ta – gritei.

- Ta –gritou, me jogando contra os armários.

- Não começa – revirei os olhos, me solta.

- Não me desafie, Simonetti! – ele me encarou profundamente.

O sinal ecoou pelo nossos ouvidos.

- Literalmente, salva pelo gongo, Nina – sussurrou com os lábios próximos aos meus.

Ele me soltou e eu o olhei ir em direção a quadra. Definitivamente estávamos de volta a rotina.

Aula de Educação Física 08H15

Se for para classificarmos, essa é pior aula de todas, nunca me dei bem com esportes, sempre ficava no banco, mas não sei que raios deu na cabeça da professora que ela me obrigou a jogar hoje.

Fui ao vestiário colocar o uniforme da educação física, se é que aquilo poderia mesmo ser chamado de uniforme, shorts minúsculo, colado ao corpo, regata branca tudo nas cores do uniforme, depois o colégio acha que tem moral para dar palestra sobre o abuso e tudo mais, eles nós fazem vestir roupas minúsculas, obvio que os meninos vão olhar, até eu olharia.

Voltei para quadra sentindo olhares queimarem em meu corpo, procurei o dono do olhar... Gaston, ele percebeu que eu estava o encarando e abriu um sorriso malicioso, lambendo os lábios.

A quadra estava dividida de um lado as meninas jogariam vôlei e do outro os meninos jogariam futebol.

- Bom meninas, vocês iram jogar Vôlei.

- Tem a opção de ficar no banco? – murmurei.

Luna me cutucou com o braço e começou a rir.

- Ai amiga você é muito engraçada.

- Estou falando serio – ri junto com ela. Às vezes queria ter a energia que Luna tinha, ela parecia ser tão feliz sendo ela mesma.

Luna não me respondeu ela estava ocupada demais, encarando Matteo que estava junto a Gaston do outro lado da quadra.

- Acho que alguém esta de olho em você amiga - Apontei disfarçadamente para Matteo, que encarava Luna sem pudor algum, eu tinha certeza que ele era caidinho por ela e ela também era por ele.

O jogo começou

Estava parecendo uma barata tonta naquela quadra, fugindo da bola, algumas meninas caçoavam de mim, mas naquele ponto da minha vida eu não dava a mínima.

Meus olhos se direcionaram para Gaston, merda! Porque ele tinha que ser tão gato, foquei nele jogando bola, e o quanto ficava belo quando a luz do sol refletia em seus traços, fazendo seu cabelo ficar ainda mais loiro.

Perida fez um gol e para comemorar ele tirou a camiseta, merda! Porque ele tinha que ser tão gostoso, meu corpo queimou de desejo, ele direcionou seu olhar para mim e sorriu.

- Nina, presta atenção no jogo não no idiota do Gaston, esta quase babando – Luna me puxou.

Foquei no jogo

O time troca o lado da quadra.

Fui para o lado oposto da quadra, ou seja, mais perto do jogo dos meninos, senti novamente olhares sobre mim, mas deveria ser só coisa da minha cabeça.

Gaston on

Caralho! Deveria ser um crime as meninas usarem esse uniforme de educação física, principalmente Nina, vi alguns meninos a olhando com malicia e meu sangue ferveu, mas merda! Ela esta muito deliciosa com aquela roupa, se  é  que aquilo poderia ser considerado roupa.

Às vezes no meio do jogo me pegava perdido encarando Nina jogar vôlei de costas e sentindo um calor interno se apossar de todo meu corpo.

- Esta quase babando pela nerd – Matteo me cutucou.

- Não viaja. – Desviei meu olhar.

- Ela esta muito gostosa com essa roupa – Fuzilei Matteo com olhar.

- O que? – Gritei.

- A Luna – riu sem humor, encarando a Valente.

- Também – Concordei, encarando a mexicana.

- O que? – Agora foi a vez de Matteo me fuzilar.

- Apenas a verdade. – sorri debochado

- Eu perderia horas com Nina, as santinhas são as melhores. – Eu conhecia meu amigo, ele estava apenas me provocando.

- Você não fala da Nina e eu não falo da Luna.

- Feito. – O italiano piscou e se afastou.

Foquei minha atenção no jogo, estava no escanteio e vi a bola do jogo das meninas rolarem para perto de mim, corri para pega –la, mas meus olhos se perderam em Nina. Droga! Que merda estava acontecendo comigo?

Simonetti abaixou em minha frente, ficando de costas para mim, para pegar a bola.

- Porra, Nina! – sussurrei, para morena.

Ela me olhou sem entender o que estava acontecendo.

- Cuidado, Perida!

Senti um baque, minha visão foi escurecendo e uma dor muito forte se apossou de todo meu corpo.