História Corazón - Gastina (Em revisão) - Monstrous things.

Nina on

Eu estava bem irritada com toda aquela conversa, só queria que meus amigos me entendessem que eu não queria cantar, eu não aguentaria todo o colégio me zoando mais uma vez, apenas porque subi ao palco, ou então zombando de Gaston por estar comigo, fora que eu ainda não tinha esclarecido as coisas para Xavi, estava tudo muito confuso.

Senti um solavanco e meu corpo foi ao chão, varias risadas foram ouvidas.

- Já que Gaston não te importuna mais, então serei obrigado a fazer isso, seu lugar é no chão Nina nerd – Ramiro gritou chamando toda atenção do colégio.

- Va a merda – Levantei irritada, limpando meu uniforme coma mão.

- Eu disse que seu lugar é no chão – Ramiro me empurrou novamente, fazendo todo meu corpo ir de encontro ao armário, minhas costas arderam fortemente e eu fiquei meio desnorteada.

- Que merda esta acontecendo aqui? – Gaston gritou me olhando assustado.

- Só estou mostrando onde é o lugar dessa  nerd – Ramiro riu.

- E eu vou mostrar onde é o seu – Gaston voou para cima de Ramiro e desferiu um soco em seu rosto.

- Qual é Perida? – Ramiro sorriu limpando o sangue em sua boca. - Vai mesmo defender essa nerd?  Se apaixonou só porque ela abriu as pernas para você foi? – Ramiro debochou enquanto todo o colégio ria.

- Desgraçado, não fala assim dela – Gaston gritou desferindo um chute na barriga de Ramiro que se contorceu de dor. Mas ele não se deu por vencido, ele me olhou cético e caminhou até mim, me puxando contra seu corpo.

- Larga ela agora – Gaston se aproximou, quanto Ramiro apertava fortemente meu pescoço.

Minhas lagrimas de medo escorriam se parar, eu não conseguia controla-las, estava ficando sem ar, então Ramiro, tirou um canivete de sua jaqueta e pressionou em minha barriga, meu coração acelerou e eu fechei os olho sentindo a aquele objeto cortante.

- Para!– Gaston gritou desesperado chorando.

Cadê as merdas dos inspetores quando precisamos deles, ou então o diretor Trumman – pensei.

- Não se mexe Perida , ou então enfio essa merda da barriga dessa nerd, até porque a morte dela será algo insignificante.

- G...Gaston – consegui sussurrar, enquanto o ar já estava faltando no meu corpo.

- Para, para você vai mata-la, por favor, solta ela – Gaston gritou enquanto meu coração apertava por ver as lagrimas caindo rapidamente de seus olhos.

- Cala a boca – Ramiro gritou.

Ramiro segurou firmemente em meu corpo, e estávamos perto da porta que dava para parte de trás do colégio, uma parte bem deserta e ele me arrastou para lá.

- Não ouse me seguir, ou eu acabo com a vida da sua namoradinha – Ramiro sorriu cético, apontando o canivete para meu pescoço.

- Não – Gaston gritou perdido sem saber o que fazer, seus soluços eram ouvidos por todo o colégio.

- Eu te amo – sibilei com os lábios enquanto Ramiro me arrastava pra fora, talvez aquela poderia ser a ultima vez que veria Gaston.

Ramiro me empurrou contra a parede e começou a passar as mãos pelo meu corpo, o canivete continuava em sua mão, em forma de ameaça.

- O... o que esta fazendo? – Falei em meio a lagrimas de desespero.

- Quero ver se é tão boa assim, quero ver se fode tão bem – Ramiro respondeu colocando as mãos por debaixo de minha camisa do uniforme.

- Não, por favor – Implorei – Você sempre me achou ridícula, nerd esquisita.

- Achava isso, antes de foder com Perida, agora eu também quero provar da nerd.

Tentei me rebater, mas ele estava com o canivete apontado em meu corpo, fechei os olhos enquanto sentia nojo de seus toques em meu corpo, mas então Ramiro foi puxado para longe de mim.

- Você acha mesmo que não te seguiria, você me subestimou Ramiro – Gaston gritou socando fortemente Ramiro.

O moreno caiu no chão, Gaston estava fora de controle, eu conhecia seu olhar era quando a raiva o dominava de uma forma que ele saia de si, igual da vez que quase matou Xavi e bem ele mataria Ramiro ali mesmo.

Ele começou a bater sua cabeça fortemente contra o chão, enquanto Ramiro implorava por piedade.

- Gaston chega – gritei – Ele já teve o que merece.

Ele não respondeu, continuou batendo sua cabeça no chão e chutando fortemente o estomago de Ramiro, que já estava perdendo todos os sentidos.

- Merda Gaston você vai mata –lo – Gritei desesperada, Ramiro poderia ser o pior que fosse, mas ele não merecia a morte, ninguém merecia, ainda mais daquela forma.

Então fiz à primeira coisa eu passou em minha cabeça, puxei seu corpo e o beijei, ele demorou a corresponder, talvez estivesse saindo de seu transe, então ele reagiu apertou fortemente meu corpo e me beijou.

- Obrigado – Gaston sorriu – Você é minha calma.

- Sempre vou estar aqui por você, meu amor, sempre – Toquei levemente sua bochecha.

- Amor? Você me chamou de amor? – Ele sorriu admirado, seus olhos brilhavam e os meus não estavam diferente.

- Sim – Sorri timidamente.

- Fiquei com tanto medo de te perder – Ele passou a mão em meus cabelos.

- Isso nunca vai acontecer – sorri docemente.

- O que ele disse para você Nina, quando te trouxe aqui fora? – Gaston perguntou.

- Não quero falar sobre isso – me afastei bruscamente, lembrando-se da mão de Ramiro em meu corpo, eu revivi aquele momento e a dor me atingiu em cheio.

- Por favor, eu preciso saber – Gaston pediu.

As lagrimas me atingiram em cheio, eu não conseguia dizer, mas nenhuma palavra, então eu abracei Gaston, o abracei tentando diminuir toda minha dor, todo nojo que estava sentindo naquele momento.

- Ei calma, calma e eu estou aqui – Gaston acariciou meus cabelos.

- Você sempre esta – sorri em seus braços.

- Lembra, eu prometi que estaria, minha Boo.

- E você cumpriu, meu Bear.

- Acho que agora soa meio estranho, nos chamarmos assim, porque não somos mais crianças – Ele riu.

- Concordo – ri sem humor.

- Prefiro meu amor – Ele sorriu falando lentamente a ultima palavra.

-Você é minha força Gaston Perida – Sorri abertamente.

- E você é minha fraqueza Nina Simonetti – Ele sorriu me imitando.

- Isso é bom? – o encarei confusa.

- Isso é ótimo – Sorriu.

- Mas quer dizer que te deixo fraca.

- De um jeito bom, você me faz sentir que posso ser feliz sem uma parede de gelo, sem sentimentos vazios, você enche meu coração Nina.

- Porra Gaston! – sorri me agarrando ao seu corpo.

- Sei que isso esta bom demais – Gaston sorriu – mas o que iremos fazer com o babaca ali? – Ele apontou para Ramiro. Que estava com os olhos fechados, ele havia desmaiado.

- Merda! – passei a mão no rosto.

- Que tal, o levarmos até o rio e jogarmos seu corpo la – Gaston sugeriu.

- Gaston! – o reprendi.

- Nina, por que você é tão bondosa – Gaston revirou os olhos. – Ele quase te matou.

- Você já assistiu Scooby Doo? – perguntei sorrindo.

- Nina o que scooby doo tem haver com... – Ele me encarou confuso.

- Só responde- o cortei autoritária.

- Claro né meu amor – Ele sorriu.

- Eu aprendi com Scooby Doo que os verdadeiros monstros são os seres humanos.

- Não entendo como isso te ajudou isso deveria te deixar com mais raiva – Gaston colocou mão no queixo pensativo.

- Acontece que você era um monstro Gaston, mas eu sabia que por baixo de toda essa sua crueldade, deveria existir um coração então toda vez que alguém me colocava para baixo eu lembrava que... – Respirei fundo, lembrando brevemente da frase...

- Que...? – Gaston me incentivou.

- Nem todos os monstros fazem coisas monstruosas.