1. Spirit Fanfics >
  2. Cores e metáforas >
  3. Único

História Cores e metáforas - Único


Escrita por: nunytales

Notas do Autor


Olá ~

Ah, fazia um tempo que eu não escrevia taekook e estava sentindo falta. A ideia original não era escrever/publicar uma one-shot, mas como eu estou com o tempo meio corrido, questionando se eu tenho condições de publicar uma fanfic mais longa agora, achei melhor começar com pequenos passos.

Não precisam levar os avisos de insinuação de sexo e nudez tão a sério, porque não tem quase nada aqui - essa fanfic é mais fluffy que erótica, então se buscam algo mais...... sexy, talvez devessem procurar em outras fanfics minhas. Se, por outro lado, você procura taekook com indulgente!Jeongguk e manhoso!Taehyung, aqui é seu lugar q

Verdade seja dita, quando eu vi o item na minha lista esses dias, eu vi a fanfic se formando inteirinha na minha cabeça e sabia que ela tinha uma dona, por conta de tweets que eu leio na tml e de fotos e de informações que eu absorvo. Como hoje é aniversário dela, nada mais justo que escrevê-la e postar, então aqui estamos: Ceci, feliz aniversário!!! Muitas felicidades, muito taekook, taegi e tudo de bom!! Espero que a fanfic possa trazer um sorriso pra esse rosto bonito ~ Desculpa não ter escrito a dedicatória antes - perdoa minhas inseguranças e não desiste de mim, por favor, nunca te pedi nada q

(queria deixar registrado ainda que a ideia da fic só veio a calhar, porque já queria fazer algo de aniversário pra Ceci, sim)

Espero que seja uma leitura agradável e agradeço desde já a quem vier ler ~ ♡♡♡

Capítulo 1 - Único


 

Jeongguk podia sentir o corpo todo dolorido quando retirou os sapatos na entrada do pequeno apartamento, afrouxando a gravata em seu pescoço, permitindo assim que ele respirasse de verdade pela primeira vez naquela noite. Seus ombros finalmente cederam à pressão ocasionada pelo cansaço, relaxando, embora pudesse sentir a fisgada nos músculos depois de tê-los mantidos tensos e comprimidos por tantas horas seguidas, enquanto todos ao seu redor festejavam e se divertiam. Todas as suas células pareciam gritar para que ele cedesse também ao chamado de sua cama, mas era impossível quando ele sabia que seu trabalho havia apenas começado.

Fotografar havia sido apenas uma paixão até que ele resolveu utilizar todas as horas de esforço investidas em aprimorar seus cliques a fim de ganhar dinheiro para pagar suas contas – na falta de uma ideia melhor, qualquer coisa que ele pudesse fazer para ganhar dinheiro seria em verdade uma ideia maravilhosa na ocasião. Seokjin utilizara seu talento para comer e transformara-se em um consultor de restaurantes, confeitarias e estabelecimentos afins, por que ele não poderia tirar fotos?

Além disso, casamentos eram incrivelmente lucrativos – mesmo depois de anos naquele ramo, as pessoas não cansavam de surpreendê-lo com seus gostos peculiares, extravagantes e, consequentemente, caros. Jeongguk havia visto casamentos luxuosos que ele nunca sonharia em chamar de seu. Era apenas lógico que o fotógrafo, que não deveria ser menos que o melhor, consumisse uma gorda fatia do capital aplicado naquele tipo de evento.

Por isso trabalhava sem reclamar, dedicando-se para conseguir fotos memoráveis, que os noivos ficariam emocionados ao ver, vivendo o momento mais uma vez em suas memórias. Era por esse motivo que, quando Jeongguk chegava em casa, não tinha outra opção além de continuar trabalhando – cortando, ajustando, enfeitando, a fim de que logo pudesse dar seu trabalho por encerrado, com mais um casal de clientes satisfeitos.

Ao andar até o quarto, em busca de roupas mais confortáveis com as quais pudesse se sentar na frente do computador por horas, Jeongguk soltou um som baixo, muito assemelhado a um choramingo, quando notou que Taehyung dormia todo encolhido em um dos lados da cama.

Fazia dois anos nove meses e vinte dias que eles estavam juntos, e Jeongguk ainda tinha momentos em que ele parava e se dava conta do quão sortudo ele era por poder olhar para o lado ao acordar e ver o outro desperto, encarando-o com um sorriso no rosto, denunciando que ele estava acordado há algum tempo e o estava observando dormir. Naquele instante, no entanto, o que passou por sua cabeça foi um palavrão ao perceber o quão azarado ele era: sabia que Taehyung só dormia encolhido daquela forma quando estava se sentindo sozinho, o corpo do mais novo fazendo falta, quebrando o arranjo que eles haviam criado com o tempo e muitas noites tentando encontrar o encaixe perfeito.

 Jeongguk sentia vontade de pular na cama, abraçá-lo e deixar qualquer obrigação idiota para o dia seguinte, mas, mesmo sendo uma ideia muito tentadora, principalmente com a camisa que Taehyung usava expondo um pedaço do ombro e da clavícula que por sorte (por azar!) estavam bem visíveis, ele sabia que era uma decisão ruim.

Tendia a não funcionar muito bem quando acordava, motivo por que fizera um pacto consigo mesmo para editar as fotos tanto quanto pudesse na mesma noite, concluindo logo o trabalho e se permitindo assim descansar sem qualquer preocupação ocupando sua mente.

Com um suspiro, ele aproximou-se e ajeitou o lençol melhor sobre o corpo do mais novo, cobrindo-o até não ver mais nenhum pedaço da pele de certas partes do mais velho. Prometeu que logo iria se juntar a ele, mesmo sabendo que ele não poderia ouvi-lo. Trocou de roupas o mais rápido que pôde, deixando as que vestira durante o casamento dobradas da melhor forma possível sobre a cadeira, e pegou o notebook sobre a escrivaninha, levando-o consigo até a sala, onde havia deixado a câmera e outros pertences que usualmente carregava.

Enquanto passava as fotos para o computador, sentado no chão da sala com o notebook sobre a mesa de centro, Jeongguk observava as miniaturas dos arquivos. A noiva estava encantadora, com a maquiagem delicada para combinar com o vestido e um sorriso adornando suas feições melhor que qualquer adorno disponível no mercado; o noivo olhava para ela como se ela fosse a única pessoa no mundo; e, juntos, os dois pareciam felizes de estarem dando mais um passo no relacionamento. Eles eram pessoas que tinham o que muitas desejavam, Jeongguk notou. Nem todos os casamentos estavam imersos naquele tipo de felicidade que casais apaixonados conseguiam esbanjar. Não raras as vezes em que fora chamado para fotografar casamentos que pareciam ser apenas convenientes, vantajosos para um ou ambos os lados.

Se ele e Taehyung um dia pudessem ter a chance de se casar – o que ele considerava fazer, mesmo que não existisse nenhum amparo legal – não havia a menor dúvida de que teriam o que o casal daquela mesma noite possuía. Ele até podia imaginar o sorriso de Taehyung e as fotos que ele mesmo iria tirar, mais como o hobby que cultivara durante aqueles anos, não como uma obrigação.

Ao descer um pouco mais na pasta de fotos que acabara de transferir de sua câmera, Jeongguk encontrou um grupo de imagens contendo apenas o céu, com o sol a se pôr no horizonte, algumas delas com nuvens completando a paisagem, outras captavam alguns prédios os quais ele reconheceu como sendo algumas das construções vizinhas ao local em que moravam. Não se lembrava de ter tirado aquelas fotos, mas era possível visualizar Taehyung pegando sua câmera e fotografando aleatoriamente – embora fosse claro que as fotos não eram tão aleatórias assim, havia um tema em todas elas: o sol poente.

Foi impossível não sorrir. Por mais que Jeongguk detestasse quando mexiam em suas coisas – e Taehyung tinha a irritante mania de pegar em tudo com as mãos sujas e levemente desajeitadas –, ele ainda gostava de imaginar como as sobrancelhas do outro se uniam enquanto tentava enquadrar a foto do jeito que queria e como ele sempre colocava a pontinha da língua para fora sem perceber, concentrando-se na tarefa que tinha em mãos. Às vezes as fotos saiam borradas, porque Taehyung parecia ter uma quantidade absurda de energia acumulada, o que tornava difícil o simples ato de manter-se quieto. Manter uma câmera parada ao mesmo tempo em que apertava o botão era uma missão quase impossível.

As fotos daquela vez, apesar de seus defeitos que eram como uma assinatura de Taehyung e gritavam o nome dele através da tela do notebook, pareciam tão maravilhosas e adoráveis quanto o dono delas e levantaram a curiosidade do mais novo, que guardou os porquês que tinha em mente para quando a oportunidade surgisse no futuro. Dizendo “hora de me livrar logo disso”, Jeongguk direcionou a atenção para seu ofício, abrindo algumas fotos no programa de edição de imagens e fazendo os ajustes que julgava necessários, de modo que todas ficassem melhores, mais bonitas, as cores mais vivas e as imperfeições disfarçadas depois de passarem pelos cuidados de seus dedos habilidosos.

Estava a meio caminho de concluir o trabalho quando ouviu o som de passos arrastados vindo em sua direção. Olhou para o lado para se deparar com Taehyung andando como se ainda estivesse dormindo, os olhos fechados, o rosto inchado, os lábios ressecados e o corpo lânguido.

“Virou sonâmbulo agora?”, perguntou baixinho, indagando-se se havia um fundo de verdade em sua brincadeira ou se ele estava apenas lutando contra o sono após acordar.

“Cala a boca”, o outro murmurou em resposta, arrancando uma risada do mais novo, que, apesar da necessidade de dizer mais alguma coisa, permaneceu calado enquanto Taehyung se aproximava e se sentava em seu colo, impedindo-o de continuar seus afazeres. Se a situação fosse outra, Jeongguk até insistiria em continuar tentando trabalhar, mas o mais velho estava sentado de frente para ele, as pernas acomodadas de cada lado de seu corpo, enquanto ele descansava o rosto sobre seu ombro, provavelmente cochilando ali, substituindo a cama e o travesseiro por algo menos confortável, mas mais agradável.

Com um suspiro, Jeongguk deixou o corpo relaxar, seus braços envolvendo o mais velho automaticamente, as mãos descansando sobre o inferior de suas costas. Os cabelos de Taehyung, loiros daquela vez, roçavam na pele de seu pescoço e o faziam sentir vontade de rir – a qual ele se esforçava em controlar, embora não fosse completamente bem-sucedido, uma vez que um sorriso se instalara em seu rosto por tempo indefinido.

A respiração do mais velho logo ficou estável, depois de um suspiro de contentamento enquanto ele se acomodava melhor em seu colo, buscando pela posição perfeita, mas, ao contrário do que Jeongguk havia imaginado, Taehyung não havia voltado a dormir.

"Está tarde, por que não foi pra cama quando chegou?", Taehyung murmurou em seu ombro com a voz que naturalmente já era grave soando ainda mais profunda.

"Eu precisava terminar o trabalho, Tae, eu já expliquei isso..."

"E eu já falei que a cama é grande demais e fria demais, mas mesmo assim...", reclamou, teimoso.

"Eu sei...", cedeu. Não adiantaria explicar – de novo – como ele se sentia com relação as fotos que tirava em eventos durante a noite, sobre como ele adoraria encontrar o descanso e o conforto nos braços de Taehyung quando ele chegava cansado e sobre como havia um preço nas escolhas que fazia.

Em vez de todas aquelas coisas, que só iriam causar um clima desconfortável entre os dois, Jeongguk deixou que suas mãos acariciassem as costas do mais velho, tentando aplacar irritação que criara.

"Às vezes eu quero realmente te bater", ouviu Taehyung murmurar de novo, e não foi preciso que ele explicasse o porquê da violência aparentemente gratuita para saber a resposta. Eles estavam juntos por quase três anos e se conheciam havia mais tempo ainda, não era necessário que houvesse uma explicação para que Jeongguk soubesse que o outro estava frustrado com o carinho que recebia, o qual conseguia aplacar todas as vozes que acusavam o mais novo por seus atos de negligência com o namorado.

Não que Jeongguk fosse realmente um namorado negligente. Ninguém podia realmente negligenciar Taehyung, não quando os sentimentos por ele eram tantos e tão intensos que ameaçavam romper o peito somente para serem livres, para provar sua existência ao mundo, para se dedicar a Taehyung e fazê-lo feliz. Quase três anos era o suficiente para que tudo entrasse em um ritmo mais lento, mais contido, sem todas as demonstrações efusivas de afeto de quando eles começaram a sair juntos, sem os beijos acalorados, sem o desejo quase insaciável. No entanto, nem por isso os sentimentos desapareceram. Jeongguk diria que eles haviam se intensificado, fortalecido, criando raízes cada vez mais fundas.

Além disso, Taehyung era ótimo em conseguir as atenções de qualquer um para si, fato que nunca falhava em provocar ciúmes no mais novo, sentimento que por vezes era bem difícil de conter. Com Jeongguk, ele era ainda mais efetivo em sua busca por atenção, obtendo mimos e agrados sempre, porque era preciso bastante força de vontade para ignorá-lo – e isso desde antes, desde que eles ainda eram desconhecidos que trocavam olhares e sorrisos furtivos vez ou outra.

"Eu achei suas fotos", Jeongguk soltou sem qualquer aviso prévio, na tentativa de reverter a situação de algum modo, transformando Taehyung no assunto principal da conversa.

"Qual delas?", ele perguntou sem qualquer sinal de culpa, no entanto, fazendo Jeongguk soltar uma risada curta tamanha sua incredulidade.

"As do pôr do sol, por quê? Você andou tirando outras fotos sem eu saber?", perguntou, lembrando-se da vez em que Taehyung tirara algumas fotos sem roupa em seu celular, fazendo Jeongguk engasgar quando abrira a galeria em meio a um café em Busan. Ele estava tentando encontrar uma das selfies antigas que eles haviam tirado juntos, a fim de matar a saudade, já que o outro deveria estar trabalhando e não poderia atender a uma ligação – nem iria, porque Taehyung muitas vezes esquecia que tinha um celular, para começar.

A saudade então se tornara ainda pior e, naquela mesma noite, Jeongguk ligara para o mais velho com o objetivo de lhe dizer o quão inapropriado sua atitude havia sido, mas as palavras morreram em sua garganta, e ele acabou dizendo outras coisas enquanto ouvia Taehyung gemendo do outro lado da linha.

"As do pôr do sol, hm?", ele repetiu, ignorando a pergunta que o mais novo fizera sobre a existência de outro tipo de foto, fazendo Jeongguk se amaldiçoar por ter deixado o celular junto com as roupas que havia retirado ao chegar. Teria que aguentar a curiosidade até voltar para o quarto. “Você gostou?”

“Gostei, sim”, respondeu, sorrindo apesar de suas tentativas de se manter sério para não soar como uma mentira. “Ah, mas por que o pôr do sol? Acho que você nunca me explicou e eu sempre achei que fosse uma metáfora para a morte…”, lembrou-se do que havia pensado mais cedo, sobre como, apesar de ser uma pessoa diurna, ao contrário de Jeongguk, que certamente era um notívago, Taehyung apreciava o pôr do sol com um interesse que beirava ao incomum na visão do mais novo.

Não houve resposta de imediato. Taehyung levou seu tempo para pôr os pensamentos no lugar enquanto passeava as mãos pelas laterais do corpo de Jeongguk, sentindo os movimentos de sua respiração, a disposição de suas costelas por baixo do tecido da camiseta que vestia, avançando em direção às suas costas enquanto tateava os músculos até ali.

Se não fosse pelo movimento das mãos, Jeongguk teria pensado que Taehyung tinha voltado a dormir – e não seria um problema, mesmo que ele apreciasse a companhia do outro: preferia que ele descansasse afinal.

“Porque…”, Taehyung começou, atraindo a atenção de Jeongguk para suas palavras, e fez uma pausa enquanto se ajeitava sobre o colo do namorado, mais uma vez em busca de uma posição melhor. “Porque eu prefiro pensar que o sol se põe para descansar bastante e voltar a brilhar no dia seguinte, você sabe, tudo bem fazer pausas, e relaxar, e descansar, especialmente se seu namorado está sozinho e com frio…”

Uma risada borbulhou na garganta do mais novo, divertido com a nova metáfora e a indireta não tão indireta assim, sem deixar de notar que a explicação fazia bastante sentido não apenas com relação à simbologia atribuída ao sol, mas também com relação ao fato de que ele podia fazer pausas de vez em quando e se permitir repousar.

“E as cores são bonitas, você não acha?”, adicionou como um pensamento extra, fazendo Jeongguk se perguntar qual dos motivos era o verdadeiro, qual seria aquele que fazia Taehyung segurar a câmera, se era a ideia por trás de um acontecimento ou se a miríade de cores que ia do azul claro ao azul mais escuro, passando pelo amarelo, laranja, rosa, roxo e todos as outras cores e todos os tons no entremeio.

Taehyung então afastou o rosto de onde o estava apoiando – ainda o ombro do mais novo – para encará-lo em busca das respostas que não recebera. Jeongguk pôde analisar os detalhes do rosto sonolento, as pálpebras que pesavam e contra as quais ele ainda tentava lutar, os lábios volumosos, as marcas avermelhadas na bochecha que o travesseiro provocara, os fios de cabelo apontando em tantas direções que eram como os próprios raios do sol se espalhando sobre a superfície do planeta. Um dos cantos dos lábios do mais velho se curvou em um meio sorriso, como se ele soubesse exatamente o que Jeongguk estava pensando.

“Eu não sou o sol”, Jeongguk soltou sem pensar muito, como uma desculpa para não ter ido dormir quando deveria – mas também era um lembrete de quem costumava descansar durante a noite e estar em seu auge durante o dia. Ao ouvi-lo, Taehyung desfez o sorriso de seus lábios, franzindo o cenho. “Mas as cores são maravilhosas”, concedeu, e a reação daquela vez foi um suspiro de resignação.

“Por que eu gosto de você?”, perguntou mais para si mesmo, sem se importar se estava sendo ouvido. A reclamação veio acompanhada por um revirar de olhos e por um ato de rebeldia, o qual Taehyung sequer tentou disfarçar: voltou a descansar a cabeça sobre o ombro de Jeongguk, o rosto escondido na curva do pescoço, o qual os braços envolviam sem lhe dar chance para escapar. O mais novo sentiu o corpo do outro relaxando em seu colo, como se ele houvesse liberado todo o peso que tentara controlar com o pouco de forças que seu estado de sonolência permitia, a fim de não o esmagar embaixo de si – como se fosse possível, Jeongguk pensou com bom humor.

“Eu posso fazer uma lista bem longa de motivos por que Kim Taehyung ama Jeon Jeongguk”, respondeu, já imaginando que tipo de atitude essas palavras provocariam.

“Eu estou dormindo e não ouvi uma só palavra”, resmungou contra a pele do pescoço do mais novo, o qual sorriu, preocupando-se em não produzir qualquer som, evitando assim que Taehyung se chateasse de verdade. “Agora me leve de volta pra cama”.

“Sim, senhor”, concordou, mesmo que eles estivessem em uma posição que tornava impossível o ato de se levantar. O mais velho, contudo, atento a esses pequenos detalhes, se moveu o suficiente para que o namorado se levantasse, mas não deixou que ele desse dois passos na direção do quarto sem o estar carregando – praticamente na mesma posição em que estava quando eles estavam sentados no chão, exceto que, daquela vez, ele pudera enlaçar a cintura do namorado com as duas pernas, prendendo os dois calcanhares para se firmar.

Por mais que Jeongguk tivesse reduzido suas idas à academia e a frequência com que fazia exercícios físicos, carregar Taehyung não era uma tarefa inalcançável. Deixá-lo na cama e conseguir escapar dos braços dele, no entanto, desafiavam os limites da sua força de vontade, e não lhe restava muito o que fazer além de sucumbir.

Pela fresta na cortina que cobria a janela, dava para ver que o sol começava a nascer no horizonte, iluminando aos poucos às ruas lá embaixo. Taehyung se acomodou melhor contra seu corpo enquanto Jeongguk puxava o lençol até conseguir cobri-los e então ele se permitiu arranjar sua posição sobre a cama, de modo que pudesse abraçar o mais velho tendo o rosto deste novamente escondido em seu pescoço.

“Você vai trabalhar melhor depois que tiver descansado”, Taehyung sussurrou bem perto de seu ouvido.

"Exatamente como o sol, certo?", perguntou mesmo sabendo que, dos dois, o mais adequado para assumir o papel de sol era justamente Taehyung. Comparado a ele, nesse aspecto, Jeongguk era apenas um girassol, seguindo-o como se a luz que dele emitia fosse o bem mais valioso de todas as suas posses – sob outras perspectivas, no entanto, eles sempre estavam na mesma sintonia, e era assim que o relacionamento funcionava tão bem.

A visão otimista do mundo também condizia com sua natureza brilhante e animada e fazia o mais novo sentir vontade de ver o mundo sob a mesma ótica. Até mesmo quando a noite chegava e o sol se punha, Taehyung se tornava mais preguiçoso, cansado, como se algo estivesse faltando. Mas era quando o sol se punha que as cores mais bonitas pintavam o céu, e, mesmo que Jeongguk sentisse falta da alegria contagiante do mais velho, ele sabia que ficava mais feliz vendo-o descansar, em vez de se forçar a permanecer acordado por sua culpa.

"Certo", Jeongguk ouviu o outro responder com um bocejo, antes que seu corpo relaxasse completamente, adormecendo afinal.


Notas Finais


Meu deus, eu não sei mais escrever notas de autor(a)............................

Obrigada por ler!! ♡♡♡♡♡


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...