História Corra atrás da felicidade (Imagine JungKook) - Capítulo 3 - Felicidade encontrada

‘’Eu preciso de você, garota
Eu preciso de você, garota’’

- Eu já te disse que estou quase lá, ____ - sussurrava delicadamente nos ouvidos da ____ (cor do cabelo), que acariciava seus cabelos com seus dedos pequenos.

- Está mesmo? – sentiu um sorriso ser modelado na curva deu seu pescoço, arrancando um coração descompassado dele.

- Sim – abraçou-a mais forte. – Por que sonhei com você de novo?

- Não sei. Sinto que é porque você precisa de mim – riu fraco, fazendo com que ele a tirasse de seu colo e prensasse contra o chão branco.

- Repete – disse, fingindo estar bravo.

- Eu já disse – mostrou a língua.

- Mostra a língua de novo que eu vou te fazer se arrepender, mocinha – aproximou seu rosto do dela, fazendo com recolhesse sua língua de imediato. – Só porque eu queria ela para fora, você coloca para dentro – Sentiu ela se mover debaixo de si, tentando sair.

- Kook, eu preciso ir

- Por quê?

- Porque nosso tempo acabou

- Não diga isso. Eu não ligo de não ir no show. Me deixe ficar com você

- Você sabe que não podemos – sua voz possuía uma tristeza evidente.

- Eu posso. Fique comigo

- Kook...

- Eu amo quando me chama assim – acariciou seu rosto de maneira delicada, fazendo com que fechasse seus olhos para que pudesse sentir suas carícias mais profundamente.

- Eu sei que vamos nos encontrar em breve

- Por que sabe? - ____ passou as mãos em seu rosto, sorrindo.

- Não confia em mim?

- Confio mais em ti do que em mim próprio – deu um sorriso bobo. Sentiu os lábios dela encostarem no seu, num beijo terno e apaixonado.

- Eu amo você

- Acorda, porra! – Namjoon parecia desesperado.

- O que... foi? – coçou os olhos, tentando encontrar algum nexo naquilo.

- A Annabeth está aqui. O show é em uma hora. Tu tá atrasado para... caralho

- Vou me arrumar. Valeu – Namjoon deu um tapinha em seu ombro e saiu, deixando-o sozinho ali. Foi até o banheiro e viu que, diferente de antes, agora seu rosto esbanjava alegria. – Amo sonhar com você – Disse para si mesmo, jogando água no rosto e fazendo suas necessidades.

~∞~

- Me solta, Henrique - ____ debatia-se inutilmente nos braços do homem, que é mais forte.

- Eu vou te foder tão forte que tu vai esquecer tudo... – desferiu um tapa no garoto, fazendo um estrondo ecoar pelo corredor largo e vazio.

- Calado, nojento

- Não ouse tocar em mim... – levantou a mão para desferir um tapa em sua face, quando foi empurrado.

- Sai de perto dela! – Annabeth gritava, pegando na mão de sua amiga e voltando correndo para sala. Chegaram ofegantes e se encarando.

- Obrigada... – disse, sem graça.

- Eu te salvei. Me deve uma! – mostrou o polegar, rindo. ____ sentou-se em sua cadeira e Annie ia fazer o mesmo, porém a diretora apareceu na porta a possuía um semblante sério:

- Annabeth, para a minha sala! Agora! – ela olhou-a confusa, mas mesmo assim se levantou e foi até ela, que fechou a porta detrás de si. Muitos pensamentos confusos rodeavam-na, o que será que ela tinha feito? Lembrou de Henrique e tudo pareceu se encaixar perfeitamente.

- Por que está me levando? O que eu fiz – parecia confusa.

- Venha comigo, mocinha – praticamente segurava-a pelo braço. Entraram na sala e seus olhos azuis deram de cara com o rosto asqueroso de Henrique, que riu, vitorioso.

- O que você disse?! – gritou, sentindo seu braço ser apertado com mais força.

- Você pegou uma semana de suspensão, mocinha. Sua mãe já está sabendo e mandou um táxi te levar até o aeroporto. Não queremos pessoas violentas aqui, você sabe, Annabeth

- Mas eu não fiz nada – olhou incrédula para Henrique, que parecia rir da situação. – Ele é mentiroso! Olha nos olhos dele – Bufou e cruzou os braços. Quem sabe tomar a suspensão não seja tão ruim, afinal sua mãe estava no Chile e os garotos estariam lá também. Ótima hora de eu apresentar a ____ para Jungkook!, pensou, sorrindo.

- Viu como é mentirosa? Está até sorrindo? – Henrique se fez de vítima mais uma vez e Annabeth sentiu o nojo preencher seu corpo.

- Vai se lascar, maluco – murmurou, se levantando e indo até a porta. – Quero minha bolsa. Vou esperar lá fora, longe desses bandos de autistas – Saiu de lá e ficou na porta da escola.

~∞~

O Show já estava quase no fim e a única coisa que Kookie pensava era no que ela havia lhe dito em seu sonho. Será que realmente estava certa? A última música estava sendo terminada e eles reverenciaram, recebendo a loucura do pessoal.

- Até a próxima, Santiago! – Namjoon gritou, erguendo os braços e saindo. Annabeth esperava eles ali, com os braços cruzados.

- Oi, gatinha – Suga disse, passando os braços em sua cintura.

- Se afasta dela – Jimin chegou, a tirando dos braços dele.

- Mano...

- Eu preciso falar! – interrompeu-os, se desvencilhando dos braços de Jimin e indo até JungKook.

- O que quer comigo? – respirava ofegante devido os passos.

- Eu conheço a ____

- S-sério? – o coração do moreno acelerou e ele foi até ela, diminuindo a distância e olhando fixamente em seus olhos.

- Sim. E ela está em apuros. Precisa de você

- Eu faço tudo por ela. Tudo mesmo

- Então você precisa ir até o Brasil

- Brasil?! – os sete disseram, em uníssono.

- Sim. É onde ela estará, bobinhos. Ela mora lá – agora a ficha havia caído para ele. Por isso era tão diferente, por isso tinha um corpo curvilíneo e um sorriso devastador. Tudo fazia sentido agora.

- E onde eu encontro ela? – pegou nos ombros de Annabeth, nervoso.

- Nesse endereço – entregou o papel a ele. – Não fale nada ao taxista. Apenas entre e assinta. Ele te levará até ela

- Eu não sei como te agradecer. De verdade – tomou a morena em seus braços e a apertou, queria retribuir o carinho que ela havia tido com ele. – Eu vou te dever o mundo

- Cara, onde você pensa que vai? – Suga perguntou, o olhando incrédulo.

- Atrás da única coisa que eu não devia ter deixado partir

- Mas nós vamos com você! – Os sete disseram, juntos.

- Vocês sabem que não...

- Não vai se atrasar, em – Namjoon passou por ele, dando uma leve batucada em seu ombro. Um sorriso automático formou-se em seus lábios e ele correu até o camarim. Queria estar perfeito para ela. Queria que ela o olhasse e sorrisse na mesma maneira que daquela vez que o viu.

Todos estavam prontos e já marcava praticamente meia noite no relógio. Eles teriam que pegar o avião às duas e irem para o local indicado.

- Eu vou com vocês – Annabeth apareceu entre eles, com o braço levantado e um sorriso no rosto.

- Por quê? – perguntou, pegando sua bolsa e a levando até a van.

- Porque eu sou a melhor amiga dela, dã?

- Tem razão – riu, sem graça. Não demorou muito para todos estarem na van e ela dar partida, com todos nervosos. Jungkook olhou a hora e ouviu uma voz feminina fazendo uma espécie de hm alto.

- Hmmmmmm – O que é isso aí?

- Minha namorada

- É... – seu semblante havia mudado e Kookie estranhou, mas resolveu não perguntar. O carro parecia ir devagar e, depois de uma grande eternidade, chegaram ao aeroporto e desceram animados. Ele pegou sua bolsa e correu até a fila de embarque, que já estava acontecendo.

- Tá animadinho, né? – Namjoon brincou, arrancando risada de todos.

- Não o culpo. Depois de três dias aguentando um louco apaixonado vamos deixa-lo curtir sua garota – Annabeth permaneceu inquieta, ouvir eles dizendo aquelas coisas a deixava feliz, mas ao mesmo tempo triste. Triste porque sabia que a possibilidade disso acontecer era baixa. Jungkook havia comprado uma passagem para primeira classe, junto de todos os outros sete.

[...]

O avião havia pousado e todos estavam bem animados. Pareciam crianças que haviam fugido de seus pais.

- Que horas são? – Jungkook perguntou, chamando um táxi.

- Quase sete horas – Hoseok respondeu.

- Em qual horário nós devemos estar lá?

- Qualquer horário está bom – Annabeth respondeu com um sorriso nos lábios. O trânsito era praticamente inexiste na cidade.

- É bonito – Jimin disse, olhando pela janela.

- Sim. E é cheio de mulheres bonitas – Suga brincou, recebendo um tapa de Annabeth. – Aigoo! Que violência, mulher

- Falta muito? – JungKook tremia sua perna ao pensar que veria a única mulher que tanto desejou na vida.

- Não. Mais alguns minutinhos – ele assentiu e ficava olhando para sua mão, nervoso. O que diria quando a visse? Quando finalmente a visse? Após uma eternidade, eles chegaram e JungKook não aguentou e saiu correndo, ignorando os gritos histéricos de Annabeth. Correu até a porta e viu que ela estava fechada, e ficou levemente irritado.

- Vai se fuder! Tá trancada! Me ajuda, Annabeth – ele pedia, em súplicas, e a garota riu do estado dele e aumentou seus passos, não queria que ele demorasse para encontrar sua amiga que há tempos não sorria.

- Com licença, guarda – falou em português, fazendo os garotos a olharem confusos. – Pode abrir, ele está comigo – Assentiu e a porta foi aberta, fazendo um JungKook entrar igual louco e receber um puxão de orelha dela. – Sossega o rabinho – Riu baixinho e aquietou-se. – Com licença, srta. Eucclife (N/A: quem assiste FT vai entender a referência) Meu amigo precisa encontrar a ____ ____ (sobrenome)

- Claro. Um segundo – pareceu anunciar o nome dela e não demorou para uma ____ sair pela porta, olhando em volta e um JungKook com olhos brilhando.

____

Ouvi chamarem meu nome e eu estranhei. Provavelmente seria meu pai me enchendo por eu ter maltratado o Henrique – já que sempre se faz de vítima –. Após um segundo chamado, levantei da minha mesa e fui bufando até a porta, olhando em volta e não percebendo nada. Claro, nem estudar eu posso mais nessa minha droga de vida. Mas foi quando eu decidi olhar para trás e eu o vi. O vi do mesmo jeito que ele estava no nosso primeiro encontro, com o mesmo olhar que cruzou com o meu na fila.

- Jung...kook... – minha voz saiu falha e eu o vi se aproximar de mim em passos largos. Eu podia morrer, deus pode me levar porque morta já estou.

- Eu te encontrei – como assim me encontrou? Senti suas mãos grandes tocarem meu rosto e um arrepio havia me percorrido pelo corpo inteiro.

- C-como assim? – perguntei, esquecendo como se respirava.

- Eu te procurei por todos os lugares, garota – foi quando minha ficha caiu. Era eu que ele procurava. Era eu que ele pensava antes de dormir. Era eu que ele sorria quando pensava em alguém, era eu para tudo. Eu era a garota que ele estava apaixonado. – Tem noção de como foi difícil te encontrar? – Aquele sorriso que eu tanto amava havia brotado em seus lábios. Ele sorria. Pra mim. Só para mim.

- Eu... – tentei dizer, porém ele me interrompeu encostando nossas testas e me fazendo dar um sorriso incontrolável.

- Eu amo seu sorriso, você não tem noção – Jeon JungKook havia dito que amava meu sorriso? É isso mesmo, produção?

- M-meu sorriso? – minha voz saiu falhada e eu levei minha mão até seu braço, fechando os olhos e aproveitando a sensação. Meu homem estava aqui. O homem que eu tanto sonhei, estava aqui. Me tocando e me beijando. Meu único e verdadeiro amor estava aqui me dizendo que a recíproca era verdadeira.

- Eu não parei de pensar nele nem por um segundo, ____ - aquele sorriso me derreteu e eu coloquei uma mão em seu pescoço [ou tentei, eu sou muito baixa para isso]. Ele riu com isso e se encurvou um pouco.

- Você está me zoando, Jeon JungKook? – tentei parecer brava, mas eu só ouvi aquela deliciosa risada novamente.

- Pelo visto você me conhece

- Mais do que imagina, srt. Jeon – e eu finalmente descobri que sonhos podem se realizar, sonhos sempre se tornarão realidade caso você o deseje com força.

JungKook

Meu coração parecia saltar pela boca. Eu não acredito que finalmente encontrei aquele sorriso de novo. Aquele cabelo cheiroso e seu delicioso cheiro de baunilha. É incrível o quanto eu amo essa garota, o quanto eu me tornei dependente dela.

- Eu preciso te dizer uma coisa... – minha voz falhou e ela percebeu, porque colocou aqueles pares de olhos enigmáticos para me fitarem. Como eu senti falta dela, como eu senti falta de poder tocá-la e vê-la na minha frente, sorrindo para mim.

- O que foi? – perguntou calma. Era incrível o modo que ela me tratava: sempre com tanta normalidade que eu chego a esquecer da minha tão corrida vida.

- Saranghae – vi suas bochechas corarem e ela diminuir ainda mais a distância entre nós.

- Saranghae u too, babe (tradução: eu amo você também, baby) – eu sorri. Sorri por saber que ela era minha e nada mais importava. Eu finalmente seria feliz. Me aproximei dela e senti que sua respiração era tão bagunçada quanto a minha e a vi fechando os olhos, me fazendo selar nossos lábios. Aqueles lábios que eu tanto ansiei em ter, agora estavam colados nos meus.

- Eu preciso de você, ____ - sorri, sem graça.

- Eu também preciso de você, Jeon JungKook.

Quem sabe vocês não encontrem sua caixinha de realizações. Quem sabe vocês já não a tenham encontrado? Eu só sei que a minha eu não deixei escapar. Eu finalmente corri atrás dos meus sonhos e agora a tenho aqui, sendo minha. Por isso, nunca desistam dos seus sonhos, por mais estúpidos que pareçam. Nossos sonhos se tornarão reais, apenas... acredite. Igual eu fiz.