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História Correndo perigo - Sayonara


Escrita por: PoeticBeauty

Notas do Autor


Oiii ♡´・ᴗ・`♡
Olha quem está de volta .q
Não sei se vão gostar desse capítulo, está um pouco diferente do que costumo fazer, mas eu amei escrever ele... Espero que gostem.

Ps: Preparem os lencinhos.

Capítulo 7 - Sayonara


Fanfic / Fanfiction Correndo perigo - Sayonara

Estava tudo muito corrido para Ten, desde que resolveu se tornar uma pessoa melhor. E em meio a toda essa transformação conheceu novas pessoas e pôde experimentar uma vida que nunca pensou na possibilidade de vivenciar. Estava trabalhando na cozinha de um hotel famoso de Seul, mesmo sendo a pessoa que era ainda possuía habilidades que ninguém imaginaria que tivesse... E nessas incluía cozinhar, cozinhava muito bem, o que era bem único para um garoto tão jovem. A única coisa que não mudou no tailandês foram os sentimentos, nunca esqueceu Yuta, nem por um segundo de sua vida.

Cortava os legumes com certa pressa, pois já era noite e estava exausto, porém Johnny sempre fazia suas noites mais divertidas. Sim... Ele trabalhava no mesmo lugar que Ten, e por causa disso, estranhamente os dois se tornaram próximos. Johnny mesmo sendo primo de Hansol, nunca quis seguir o mesmo caminho, achava um absurdo tudo o que ele fazia. Por isso os dois eram bastante distantes, mas sempre quando ambos compartilhavam um interesse em comum se ajudavam. Então nunca teve motivos para cravar alguma rivalidade com Ten, muito pelo contrário... Nesse tempo de trabalho começava a perceber coisas que nunca tinha reparado na escola.

A pessoa que chamava de ‘’Rebelde’’ tinha um sorriso lindo, uma voz linda e uma personalidade discreta. Sem perceber já havia se aproximado, mas apenas como um amigo. Sabia de toda a situação e de quem Ten gostava, sabia como ajudar a resgatar Yuta, mas não o faria, pois achava que fazendo isso, nunca iria conseguir conquistar Ten. No fim, foi tudo uma troca de favores entre os dois primos. Sabia que estava fazendo algo muito errado, e também sabia que Ten estava sofrendo muito por causa disso, mas Johnny era um mero egoísta.

- Ei, você vai fazer algo no sábado? – Perguntou Johnny tirando o dólmã, pois o turno já estava encerrado.

Ten parou um pouco tentando se lembrar o que faria no tal dia, talvez iria sair com Taeyong, mas provavelmente ele estaria ocupado demais com Jaehyun, e mais uma vez Ten se sentia sozinho.

- Nada, por quê? – Respondeu curioso fazendo o mesmo que Johnny, já andando para partir.

Johnny suspirou tomando coragem, talvez agora fosse uma boa oportunidade para dar um passo à frente, bom, pelo menos era assim que ele pensava. Yuta sempre o assombrava, mas não deveria ter medo, iria confiar em si mesmo.

- Quer ir ao cinema comigo? Tem um filme muito bom em cartaz, e... – Fez uma pausa juntando as mãos tremulas na tentativa de aquietá-las, enquanto seguia Ten até a saída do restaurante. – Eu percebi que você nunca se diverte, desde aquele acontecimento...

Ten fechou a porta do estabelecimento, logo virando para o maior pensando em sua proposta, achava Johnny um cara legal, mas não era bobo... Sabia muito bem de suas intenções e no momento não estava afim de começar um novo relacionamento, ainda mais agora que estava confiante sobre Yuta voltar para si.

- Me desculpa, mas não estou com muita disposição para sair. – Respondeu com um tom triste seguindo para a recepção do hotel, o local tinha muita movimentação de noite, era um pouco cansativo vagar por ali.

Johnny apenas assentiu se sentindo um pouco chateado, não conseguia entender Ten... Achava que o melhor a se fazer nessas situações é seguir em frente, mas não era isso que via no outro. Mesmo assim, não desistiria tão fácil.

Por pouco conseguiram sair daquele lugar, Ten se distraiu com o céu, não tinha sequer estrelas... Estava tão escuro, ficou observando não se dando conta que estava em uma rua, Johnny percebeu e segurou os ombros alheios com as mãos chamando sua atenção.

- Você está bem? Parece tão distraído. – Perguntou olhando os lados, até se deparar com Hansol e Yuta andando do outro lado da pista, automaticamente ficou ao lado de Ten tentando distraí-lo, para que não visse o indesejado.

- S-Só, estava pensando no que Taeyong irá fazer agora que conseguiu a liberdade. – Mentiu.

- Acho que talvez nem ele deva saber... – Comentou Johnny começando a andar mais rápido levando Ten junto, o apartamento que ele tinha alugado era bem perto, por sorte de Johnny chegaram a tempo.

Agora que o tailandês ganha muito mais dinheiro do que antes, decidiu se mudar para um lugar melhor. Johnny apenas o deixou perto do estacionamento do local, se despediu com um aceno e foi embora. Ten retribuiu o aceno e ficou parado observando Johnny até ele desaparecer na multidão, suspirou fraco finalmente entrando na residência.

Entrou no elevador que possuía apenas uma garota, ela aparentava ter a mesma idade que si. Sua pele era impressionantemente pálida, o curto cabelo escuro cobria boa parte do rosto só dando para ver seu baixo olhar e os lábios rosados contrastando com a palidez, nos mesmos tinha uma cicatriz visivelmente recente, ela não parecia ter notado a presença de Ten até então. Pensou que a garota talvez teria sido agredida, abriu a boca pensando em falar algo, mas na hora os metais do elevador se separaram um andar antes do seu. A garota branca saiu correndo, achou no tanto quanto estranho, mas por algum motivo sentia que conhecia aquela menina, talvez fosse uma falsa impressão.

Os metais se chocaram e não demoraria tanto para se separarem novamente, como um garoto estranho que era, começou a comparar a porta do elevador com a sua história até finalmente chegar em seu andar. Seria surpreendente para as outras pessoas pensarem que Ten Chittaphon tinha um lado poético, então guardava suas preciosas metáforas para si mesmo.

Abriu a porta de seu AP com certa lentidão, entrou assim que aberta e trancou-a novamente. Ligou a rádio já indo preparar um café, estava exausto, mas não queria dormir no momento. Começou a tocar uma música que lhe lembrava da Taeyong assim o deixando nervoso por não ter contado seu novo endereço, nem para Jaehyun, deixou isso de lado pensando que não ter contado talvez faça bem para os dois.

Assim que terminou de fazer os inúmeros litros de café, colocou em uma xicara escutando o radialista anunciar uma nova música, toda noite a radio fazia questão aprofundar suas cicatrizes com músicas que lhe lembravam alguém, tomou um gole do liquido amargo sentindo a música esfaquear o resto que sobrou de seu coração.


Mas eu desejo que você não esteja tão machucada quanto eu

Eu desejo isso todos os dias, incontáveis vezes

Eu desejo que você não tenha tantas lembranças quanto eu

Eu desejo que você esteja melhor que eu.


Esse clima se cessou assim que seu celular toca, observa o nome do Taeyong brilhar na tela, revira os olhos pensando que já era tarde demais para cair a ficha de não saber o local de seu paradeiro. Então apenas ignorou, terminando de tomar o café e indo desligar o rádio. Sentiu um vento frio atacar seu corpo, correu até as janelas fechando uma por uma até enfim se enfiar nas cobertas da cama de seu quarto.

--------~~-------

Taeyong se sentia diferente, a visão, o jeito... Tudo parecia distante do que era antes, à meses atrás só pensava em ser o melhor, derrotar Jaehyun, o intimidar em tudo. Agora essa palavra tão complicada, ganhou um novo sentido. Queria ser o melhor para Jaehyun e não para si mesmo.

Tinham acabado de voltar da escola, Jaehyun tinha o levado até lá para ver como ficaria a matricula, após ter passado tantos meses na prisão, por sorte não teve nenhum problema e ele voltaria a ser um estudante. Foram até um parque descansar um pouco, no mesmo parque que Jaehyun se encontrava um dia antes. O mesmo estava mais sorridente do que nunca, sentaram em um banco de madeira, no qual, antes era só ele e um espaço vazio no banco, nem sequer pensara na possibilidade de que Taeyong um dia o ocuparia. O tempo permanecia com sensação térmica abaixo dos 14 graus, mas nenhum deles se importava até então.

- Da próxima vez que você fazer merda, eu me entrego junto. – Sua voz soava tremula por conta do frio, Taeyong o olhou seriamente por um momento. – Incapaz... – Respondeu com a mesma tenacidade, fazendo Jaehyun corresponder seu olhar da mesma forma. – Eu não vou mais cometer o mesmo erro, prometo. Não vou mais te machucar, Jaehyun. – Completou o abraçando.

O silencio predominou até os dois finalmente saírem daquele local, Taeyong pegou o celular e discou o número de Ten, pois não sabia onde diabos ficava o novo endereço. Ten não atendia de jeito nenhum, já estava impaciente e o xingando mentalmente. Jaehyun, também, impaciente com a situação, pois já estava tarde e amanhã teria um sufocante dia de aula. Teve uma ideia um pouco tentadora para si, mas era a única solução.

- Vamos para a minha casa, só a minha mãe está lá, mas garanto que ela iria gostar bastante de você... – Sugeriu com um ar nervoso, mesmo sendo uma proposta vinda de si mesmo.

Taeyong ficou sem voz por alguns instantes, não era uma má ideia, e também tinha certeza de que não seria o primeiro garoto que Jaehyun levaria para casa, parecia algo simples, um amigo ir dormir na casa do outro... De repente caiu a ficha de que ainda era apenas um amigo do ruivo, mesmo com tantas coisas envolvidas, além disso, nunca tinham falado sobre tal assunto antes... Talvez, porque só descobriram um possível sentimento com a distância.

- Tae... Eu não sei ler pensamentos... – Alertou Jaehyun perto de se entrombar com o silencio do menor, que havia saído do transe ao ouvi-lo. – Ah... Vamos sim. – Respondeu sorridente, entrelaçando seus dedos aos de Jaehyun.

- Você é tão bipolar. – Comentou Jaehyun rindo enquanto o guiava até o caminho de sua casa. – Não sou, você que me deixa sem palavras as vezes. – Respondeu emburrado passando a observar a rua escura e movimentada enquanto andava. – Te deixo sem palavras? Então você ainda não viu nada, Lee Taeyong.

Não sabia se era arrepio ou frio que estava sentindo no momento, provavelmente a primeira opção. Aquela voz rouca dizendo seu nome completo, se sentia completamente perdido nas mãos de Jaehyun.

- Você me deixa louco também. – Taeyong acabou sussurrando sem perceber, Jaehyun conseguiu ouvir, suspirou sentindo que de repente o frio do seu corpo se transformou em ondas de calor. Puxou Taeyong até a parede ao lado o empurrando com cuidado para que as costas alheias se encostem na mesma, se aproximou o deixando totalmente imóvel. Jaehyun sorriu ao perceber a expressão de quem foi surpreendido no rosto de Taeyong, que entre abriu a boca assim que aquele lindo sorriso se manteve presente bem perto de si com um aviso de ‘’me beije logo’’.

- Eu não me importaria de ir para a cadeia de novo, se a causa fosse roubar um beijo seu. – Falava já bem próximo dos lábios a frente, enquanto seus braços no automático envolviam o pescoço de Jaehyun, não esperou reação alguma, apenas tomou os lábios do maior com ferocidade, sem nenhuma preocupação se alguém visse ou não.

Jaehyun agarrou a cintura de Taeyong, colando seu corpo ao dele, assim, deixando se levar pelo clima do momento. Desejava o garoto de cabelos brancos mais que tudo, mas a sua consciência ainda era viva, então depois de minutos ali sentindo seu calor, se afastou já ofego voltando a andar, Taeyong o acompanhou um pouco emburrado, pois não estava satisfeito.

- Eu nunca voltei tarde para casa, então se minha mãe fazer muitas perguntas, eu culpo você. – Disse Jaehyun observando o local de longe, com certo medo. Taeyong riu, pois era a primeira vez que via Jaehyun com medo de algo, sempre se manteve tão viril.

Os passos pesados resultaram numa chegada ao portão de Jaehyun, que pegou uma pequena chave de seu bolso para destrancar o cadeado, abriu o portão e entrou junto com Taeyong, ficou um bom tempo admirando aquele local, o jardim era tão grande e tinha muitas hortas. Tantas que dava para alimentar vinte famílias.

- Vai ficar parado aí ou vai entrar? - Perguntou Jaehyun já próximo a porta da casa. Taeyong coçou o pescoço um pouco sem graça. –Mesmo sendo noite dá para ver que aqui é muito bonito. - Respondeu andando pelo caminho de pedras que tinha entre os plantios, Jaehyun abriu a porta e os dois então entraram. Taeyong novamente se surpreendeu, a casa era tão bonita dentro como fora.

Avistou uma mulher bem jovem e bonita sentada no sofá vendo algum dorama de época, e mais uma vez, estava surpreso quando Jaehyun abraçou ela e a chamou de mãe.

- Eu trouxe um amigo hoje, Lee Taeyong. –Começou a dizer enquanto o chamava para se aproximar. –Ele gosta das mesmas bandas que você. – Sussurrou no mínimo tom perto do ouvido de sua mãe, a mesma assim que ouviu abriu um largo sorriso.

- Prazer em conhece-la, mas... Você é mesmo mãe do Jaehyun? É tão jovem. –Falou Taeyong enquanto sorria um pouco nervoso se sentando ao lado dos dois, até ver que a mulher sorria também, o sorriso dela era idêntico ao de Jaehyun. – Sou mãe dele sim, Jung Hayoung... Sabia é a primeira vez que vejo meu Jaehyunnie trazer um colega para casa.

Taeyong se sentiu de alguma maneira especial até então, Jaehyun parecia um pouco constrangido, pela forma que sua mãe lhe chamou e também pela verdade que só ele sabia. Ela que não ficava em casa o suficiente para presenciar a vinda de um amigo próximo. Vendo o silêncio que se estendeu, Hayoung pegou o controle remoto e desligou a Tv, logo levantando e ligando o rádio, pegou um CD isolado na prateleira da estante e colocou para tocar. Assim que começou o solo de guitarra, Taeyong de cara reconheceu.

- Iron Maiden, The Trooper... Eu realmente gosto dessa música. – Comentou contente, pois na cadeia não podia ouvir esse tipo de música e já estava quase delirando de tanta saudade. –Vejo que tem um bom gosto musical, ensine para esse careta, infelizmente Jaehyun puxou ao pai e só escuta clássico. - Dizia desanimada andando até a cozinha.

Realmente começou a perceber que a única coisa em comum que Jaehyun tinha com sua mãe era a beleza, pois até em maneiras de falar e se vestir eram completamente distintas. Sra. Jung era a mãe mais maneira que já tivera visto, usava calça rasgada nos joelhos e uma blusa estampada com caveiras que deixava explícito sua barriga seca, quem a visse nunca pensaria que já pariu alguém. Já Jaehyun se vestia com roupas simples e discretas.

O ruivo se manteve em silêncio. Muito provável não querer comentar nada sobre esse tipo de música, pois sabia que os dois começariam uma discussão com ele, e estava cansado demais no momento para isso.

Sra. Jung voltou da cozinha com uma bandeja grande e nela tinha uma pizza do mesmo tamanho. Colocou sobre a mesa olhando para os dois com um sorrisinho divertido em seu rosto.

- Eu queria ficar e comer junto com vocês, mas amanhã terei que acordar cedo... –Deu um beijo na bochecha de Jaehyun o deixando envergonhado, logo observou Taeyong analisando cada característica possível. –Seu amigo é tão bonito, se fosse cafona igual você faria sucesso como ator. –Comentou animada já andando até uma grande escada que tinha no lugar. –Boa noite. – Subiu fazendo os dois a fitarem até a mesma sumir.

Jaehyun se sentia como quem já estivesse pagado todos os pecados que cometeu na vida, mas estava feliz que ao menos sua mãe e Taeyong pareciam ter se dado bem. Suspirou pegando um pedaço da pizza, comeu até se dar conta que estava sozinho com Taeyong novamente.

- Sua mãe é tão legal. –Comentou com a boca cheia, fazia tanto tempo que não comia pizza, tinha até esquecido o quanto era bom. Jaehyun apenas se levantou e desligou o rádio que por algum motivo antes, estava tocando música romântica que não parecia inclusa no CD. Voltou a se sentar ao lado de Taeyong observando ele comer igual um búfalo, riu discretamente.

- Nós temos que ir dormir... – Saiu quase como uma ordem vinda de Jaehyun, que já se encontrava nos degraus da escada, Taeyong fez um bico triste o seguindo, estava com dó da pizza que havia sido largada naquela mesa.

Depois de um Taeyong fazendo dramas e reclamações por estar subindo uma escada com apenas 10 degraus, chegaram ao quarto de Jaehyun, que abriu a porta com impaciência. Assim que entraram a luz automaticamente ligou fazendo explicita a decoração Geek do quarto. Na parede tinha um grande pôster de Final Fantasy XII, ao lado uma prateleira cheia de action figures de Dark Souls e alguns personagens de jogos que nunca tinha visto na vida.

- Como esperado de um nerd... – Comentou Taeyong em tom de deboche enquanto sentava na imensa cama de casal. – Por que uma cama tão grande? – Perguntou com uma certa curiosidade abraçando uma das inúmeras almofadas.

Jaehyun sorriu antes de responder.

– Você quer mesmo saber? – Tirou sua camisa desviando seu olhar dos olhos indecifráveis de Taeyong que acenou positivamente por impulso, deixando se levar pela beleza do corpo exposto.

Jaehyun riu baixinho andando até o de cabelos brancos, apoiou suas mãos em cada coxa do mesmo enquanto o encarava com um olhar de predador.

– Não é... – Foi se aproximando cada vez mais, até Taeyong sentir suas costas se chocarem com o tecido macio do edredom. – Da sua conta. – Completou se afastando, deixando o outro completamente emburrado e rubro.

– Você me paga... – Ameaçou enquanto fitava Jaehyun trocar de roupa. – Você quer tomar banho? – Perguntou enquanto procurava alguma roupa que servisse no corpo magro de Taeyong.

O platinado sorriu confirmando com a cabeça, talvez seja uma ótima oportunidade de se vingar, levantou da cama recebendo uma toalha do maior que o guiou até o banheiro do quarto. Taeyong entrou esquecendo a porta aberta, observou aquele imenso banheiro totalmente impressionado, mas logo voltou ao seu foco tentando retirar sua gargantilha que já estava sufocando.

– Jaehyun...

– O que foi? – Perguntou se virando para olhar Taeyong. – Não estou conseguindo tirar a Choker, me ajuda. – Dizia já despido, em seu corpo só tinha o ‘’sufoco’’ e uma boxer.

Jaehyun suspirou forte andando até o banheiro, se deparou com a imagem de um Taeyong semi-nu, mordeu a pele labial inferior contendo um palavrão, Taeyong abaixou a cabeça indicando para que o maior tirasse seu acessório.

- Na cadeia deixavam você usar isso? – Perguntou um pouco indignado e ao mesmo tempo hipnotizado, não via Taeyong tão exposto assim desde a competição de natação da sétima série. Suas costas possuíam algumas cicatrizes que não lembrava de ter visto antes, se perguntava a possibilidade de Taeyong ter brigado no presidio.

- O último que tentou tirar quase morreu. – Respondeu como se fosse a coisa mais normal a se falar. Jaehyun franziu a testa, pelo jeito essa foi a confirmação para todas as suas dúvidas. Ele então finalmente retirou a choker com facilidade, assim que conseguiu, saiu do banheiro fechando a porta do mesmo em total silencio.

Taeyong sorriu abertamente largando a gargantilha na pia para finalmente tomar um banho. Enquanto Jaehyun já se encontrava debruçado em sua cama, o barulho do chuveiro fazia lembrar a presença de Taeyong e do que viu há minutos atrás, já sentia falta de folego só de imaginar aquele corpo sobre o seu. Balançava a cabeça tentando apagar esses pensamentos tão impuros. Ligou a TV tentando se distrair um pouco.

Não demorou muito para Taeyong terminar seu banho, sem olhar para o mesmo, Jaehyun apenas apontou para o criado mudo que tinha as roupas que separou para Taeyong vestir. Ele experimentou percebendo as mangas longas da blusa passarem a sua mão, riu baixinho indo se deitar ao lado de Jaehyun.

- Eu ouvi dizer que vestir a roupa de outra pessoa que não tenha parentesco é coisa de casal. – Comentou Taeyong tentando roubar a atenção de Jaehyun. Conseguiu o que queria, pois o mesmo lhe olhou totalmente confuso por ouvir algo assim tão do nada, ainda mais vindo de Lee Taeyong. – Somos um casal, não somos? – Insistiu Taeyong percebendo a grande demora de Jaehyun para responder.

- Não... – O maior fez uma pausa puxando a ponta da coberta para se cobrir junto com Taeyong, que parecia desapontado pelo início do diálogo. – Somos mais que isso, somos couple. – Completou rindo da expressão de alivio do outro. Deixou um beijo em sua testa assim que sentiu os fios platinados mergulhados em seu ombro, ficou observando o rosto sereno de sono que Taeyong esboçava.

- Boa noite. – Sussurrou Taeyong já perto de adormecer.

- Boa noite... Eu te amo. – Respondeu Jaehyun antes do sono lhe vencer.



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Amanheceu um novo dia, a pessoa sozinha preenchendo todo o espaço de sua cama, acordou 10 minutos antes do seu despertador alertar. Ten ficou mais alguns minutos na cama ao perceber o frio presente, era 5:50 da manhã e tudo o que ele queria era estar morto. Estava esperando o barulho irritante do despertador resolver incomodar. Assim que feito, levantou indo até o banheiro pensando no sonho que teve.


Uma noite desprovida de luz, pisava no mato sem fim. Se encontrava totalmente tonto e com medo do que viria a seguir. Uma voz familiar chamava seu nome desesperadamente, correu o mais rápido possível sem se dar conta que poderia ter pedras em seu caminho. Tropeçou caindo sobre aquele mato, o mesmo que havia pisado a todo momento.


A noite foi se clareando com o tempo, dando visão a um japonês que estava a metros de distância. Ele estava com muitos hematomas pelo rosto, seu olhar era triste e assustado. A pessoa que havia caído não conseguia se levantar, não conseguia falar, estava totalmente paralisado. O mato lhe torturava com coceiras sem fim, estava o tempo todo tentando se movimentar.


O esforço era em vão, e cada vez que fitava o japonês mais hematomas aparecia pelo corpo até o mesmo sumir de sua visão.


Estava completamente traumatizado, foi o pior pesadelo que já teve. Assim que terminou de cumprir suas higienes, vestiu o uniforme escolar rapidamente, aquele sonho lhe rendeu tremendo um mal-estar. Estava tão horrorizado que não conseguia nem comer seu café da manhã direito. Desistiu e deixou o apartamento mesmo sabendo que estava 20 minutos adiantado do horário escolar.


Andou pelas ruas sentindo o repentino incomodo, Johnny avisou que apareceria para lhe buscar, mas não estava afim de falar com ele no momento, então preferiu ir sozinho. Perto da escola, encontrou com Jaehyun e Taeyong, os dois correram assim que avistaram Ten.


- Por que não atende a bosta do celular? – Indagou Taeyong com a mais perceptível indignação.


Ten rolou os olhos e andou para dentro da escola sem responder, fazendo todos lhe fitarem estranhamente.


- O que será que aconteceu com ele? – Questionou Jaehyun, sentindo a aura indisposta lhe afligir. Taeyong deu de ombros resolvendo entrar no lugar também.


O tailandês seguiu até o corredor no encontro de seu armário, o abriu para trocar alguns livros, mas assim que retirou o primeiro, viu um papel que não lembrava de ter colocado ali. O pegou começando a ler o que estava escrito.


Olá, eu sei muito bem que você odeia ler, mas... Eu não podia te encontrar para me despedir pessoalmente. Assim como eu não deveria ter me aproximado de você e ter causado tanta bagunça em sua vida, mas foi inevitável... Eu realmente te amei, ainda te amo muito. E quero me desculpar por tudo.

Todo dia eu penso em você, todo dia eu sinto a dor de não poder te ver, mesmo tendo ficado muito tempo sem nos vermos eu ainda acredito nas memórias, eu quero sentir novamente, a mesma felicidade daquele dia que nos encontramos pela primeira vez. Eu quero ir onde você está, eu quero sair deste lugar agora... Porém é algo que infelizmente não poderei fazer, não posso mais te fazer uma pessoa infeliz. Só quero que você saiba que eu estou fazendo isso para te proteger.

Eu espero que você seja muito feliz, espero que alguém consiga te dar a felicidade que não pude te dar.

Desculpa se a folha estiver um pouco úmida, eu não contive as lágrimas. Assim como não consegui conter ontem, depois de te ver novamente.

Enfim, agora eu estou indo embora desse país... Junto com Hansol, eu espero que você possa me entender...

Sayonara. De: Nakamoto Yuta. Para: Ten Chittaphon.


Ten, na primeira frase já estava desabando, não demorou muito para que as lagrimas se manifestassem. As pessoas que passavam pelo corredor lhe olhavam confusas, assim como Johnny que se aproximou preocupado.


- O que aconteceu? – Perguntou percebendo a folha na mão alheia, a retirou da mão de Ten e leu calmamente. Por dentro estava pulando de felicidade, mas por fora manteve-se sério, assim que terminou abraçou Ten fortemente.


- E-Ele... Ele me deixou. – Pronunciava em meio aos soluços cedendo o abraço de Johnny, a vontade que tinha era de correr até o aeroporto e tirar Yuta de lá, mas sua racionalidade dessa vez foi maior que a vontade.


Notas Finais


Oioioioi, desculpa a demora mais uma vez D:
Dessa vez trouxe um capítulo bem maior do que costumo escrever, só pra compensar a demora que ando tendo para atualizar...
:3
Mas eai... Será que vamos ter JohnTen na área? XD
Até a próxima❤


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