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História Correndo por Amor - Prólogo - Inferno


Escrita por: RayAurus

Notas do Autor


Primeira história que publico aqui no Spirit, que nervoso. haha
Então, depois de muito tempo decidi reescrever esta história para ver se conseguia deixá-la um pouco mais atrativa, mais dramática e menos cômica e infantil que a versão anterior. Espero que gostem e boa leitura.

Capítulo 1 - Prólogo - Inferno


Inferno, parece ser a única palavra decente e disponível que pode descrever perfeitamente a minha condição neste momento. Meu nome, é Daniel Evans, tenho 17 anos e eu estava na metade do terceiro ano do Ensino Médio quando fui suspenso por tempo indeterminado graças a última briga na qual me meti, graças a isso ganhei um belo olho roxo que finalmente estava sumindo. Meu histórico escolar consistia em notas sempre acima de oito, porém pelo visto isso não era tão relevante devido às brigas nas quais eu estava sempre me metendo. A principio, eu e mais dois amigos meus havíamos sido suspensos por tempo indeterminado, bom, não que eles sejam meus amigos de verdade, são só dois garotos franzinos como eu que me apoiavam nas brigas sempre que podiam, motivo para participar eles sempre inventavam, afinal, não gostavam de perder a chance de ajudar a bater em algum valentão cujo qual eles detestavam e eu claro, sempre provocava até resultar em uma briga.

No momento, eu estava no carro de minha única tia a caminho de casa, na minha atual situação, ela era a minha única parenta viva. Meus avós tanto por parte de mãe quanto por parte de pai já haviam falecido, quanto a meus pais e meu cão, eles morreram em um tiroteio numa tarde chuvosa de domingo. Eu estava subindo as escadas em direção ao meu quarto quando ouvi minha tia falar comigo.

- Daniel, sinto lhe dizer, mas você não de deixa opções, quero que você arrume suas malas, você vai ficar um tempo fora.

- E onde você pretende me largar? – perguntei friamente.

- Considere o local como um acampamento de verão para jovens rebeldes, só que ao invés de passar o verão você ficará lá até que algum juízo brote na sua cabeça e ao invés de acampamento é uma fazenda.

- “O que? Uma fazenda? Essa mulher perdeu o juízo por acaso?” – pensei comigo mesmo, incrédulo.

- Eu vou te levar lá amanhã cedo, o caminho é longo, mas acho que irá valer a pena. – respondeu ela enquanto ia preparar o almoço para mim e meu primo de oito anos de idade, que estava na sala de estar assistindo algum programa infantil na TV.

Fui para meu quarto e fiquei um tempo deitado em minha cama, pensando sobre o assunto. Uma fazenda? Que tipo de pessoa transforma uma fazenda em um centro de reabilitação para jovens problemáticos? É loucura! Mas também, que escolha eu tenho? Minha única tia não gosta de mim e convenhamos, eu estava sendo apenas um estorvo na vida dela, afinal ela tinha Seth para criar e estava tentando manter o relacionamento com seu namorado estável, que por sinal, não ia lá muito com a minha cara.

Quando minha tia tornou a me chamar para o almoço eu me levantei e segui para o banheiro para lavar as mãos e por um breve momento me olhei no espelho, a marca roxa em meu olho direito estava quase sumindo, eu era uma mistura perfeita dos meus pais, os olhos azuis eram iguais aos de minha mãe e meus cabelos negros iguais aos do meu pai. Ao me pegar pensando neles novamente, apenas lavei o rosto, me sequei e desci para almoçar, afinal logo mais eu teria de preparar minhas malas. Decidi que levaria tudo, afinal eu não tinha lá muitas roupas e eu evitava usar as roupas novas sem necessidade, pois minha tia não era lá de me dar muitos presentes.

A idéia de arrumar um emprego em uma livraria não muito longe daqui havia ido por água abaixo graças a essa suspensão e também a idéia tosca de me mandar para essa fazenda. Terminado o almoço segui novamente para meu quarto, tirei minhas duas malas de cima do armário e comecei a guardar minhas roupas nelas, reservando o espaço que sobrou para os meus livros favoritos e os livros novos que havia comprado na semana passada. Na mochila eu levaria o básico, mp4, videogame, carregadores, alguns remédios para o caso de me gripar ou passar mal e produtos de higiene pessoal básica. Apesar da frustração, confesso que estava curioso para saber como é nessa fazenda, o que nos ensinariam lá, que tipos de jovens teriam sido deixados lá para criar juízo assim como eu.

Após arrumar minhas malas e verificar duas vezes para ver se eu não havia esquecido nada eu me deitei para ler um pouco, quando anoiteceu minha tia me pediu para cuidar de Seth enquanto ela ia jantar e ir ao cinema com o namorado, sinceramente, espero que cuidem muito bem de Seth assim que eu sair daqui, o garoto ainda era meio infantil, mas era esforçado e estava crescendo rápido, sempre que me pedia eu o ajudava a estudar para alguma matéria básica enquanto minha tia estava trabalhando. Minha rotina era basicamente ir para o colégio, buscar Seth na escola, voltar para casa de ônibus e passar a tarde cuidando dele.

- Danny, por que você vai ir embora? – perguntou Seth, desviando o olhar da televisão para mim.

- Porque aos olhos da sua mãe eu já fiz muita coisa errada e por isso preciso de um tempo para aprender a agir melhor. – respondi sorrindo levemente enquanto afagava seu cabelinho louro e ondulado.

- Mas por que você faz coisas erradas?

- Eu... Eu não sei Seth, talvez eu tenha mesmo algum problema... Talvez meu lugar não seja aqui. – disse meio entristecido.

- Não vá Danny! Vou sentir sua falta! Quem irá me ajudar nas matérias difíceis? Quem vai me levar pra jogar baseball? – perguntava Seth todo assustado, segurando a barra de minha camiseta com toda a força que podia.

- Calma Seth, lembre-se, mesmo que eu não esteja do seu lado o tempo todo, eu vou sempre estar cuidando de você, portanto não fique com medo.

- Ta bem. – disse por fim, me abraçando forte antes de se sentar ao meu lado no sofá para assistirmos televisão.

Após o jantar que cozinhei para mim e Seth, o coloquei para dormir e fiquei em meu quarto, aproveitando os últimos momentos que teria com meu computador antes de passar sabe-se lá quanto tempo naquela fazenda de loucos. Mal sabia eu o que me aguardava.


Notas Finais


Este foi o prólogo, para vocês sentirem um pouco do gostinho do que está por vir, espero que tenham gostado.


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