História Corrupted - Interativa - Prólogo

Não há saída, você perderá sua mente
Block B – Very Good

O silêncio prevalecia naquele local onde encontravam-se sete homens, estando sentados em seus respectivos lugares nenhum ousava mencionar nada, mantendo-se curiosos enquanto preservavam o pleno. Permanecendo assim por duradouros minutos.

Repentinamente um som estalado fora ouvido por todos, este que originou-se da maçaneta prateada da porta que os permitia entrar e sair da sala onde agora localizavam-se. Seus olhares rapidamente foram voltados á mencionada anteriormente, que girando no sentido horário fora sendo aberta lentamente, assim permitindo-os ter a visão nítida de um homem de estatura mediana e cabelos rubros.

Este mencionado que por sua vez dirigiu-se lento e calmamente até a ponta frontal da enorme mesa retangular, ignorando por completo todos aqueles olhares curiosos e questionadores agora voltados á si. Parando a direita de uma cadeira giratória de couro rubro e aço, sua canhota percorreu sobre o espaldar alto do móvel, e tornando a olhar para cada um dos rostos daqueles que ali presentes estavam. Seguidamente o homem inspirou e tomou a fala:

— Devem estar perguntando-se o propósito de tê-los convocado. — Sua expressão impassível que não permitia sentimento algum transparecer deixava os demais equivocados com seu anúncio.

— Tentarei ser breve quanto á isto, mas peço que tenham paciência com o que lhes comunicarei. — Falou com sua rouca voz em tom alto e claro, sua pausa permitiu-lhe sentar-se sobre a cadeira de couro e espaldar alto que especificamente fora reservada ao mesmo.

— Como, espero eu que, todos estejam cientes dos feitos realizados pelo grupo que auto intitula-se: Block B. — Novamente pausou sua fala, entretanto, o excito em suas palavras estava mais do que claro, isto obviamente deixou a todos preocupados com o que poderia ter ocorrido contra estes. Despercebido um suspiro exaustivo escapou do homem no qual todos mantinham sua atenção.

— Certamente isto não é algo bom. — Interveio um dos sete, os demais tornaram a fitar o velho que interrompera, todos demonstravam-se surpresos pela ousadia do homem grisalho, com exceção daquele que fora interrompido. O moreno apenas deu-lhe um movimento de mão da direita á esquerda como resposta.

— De forma. — Finalizou sua resposta com simplicidade em suas palavras, inspirou e expirou até continuar. — Devido a fuga de alguns de nossos presos. — Frisou a última palavra enquanto fitava o grisalho de segundos atrás. — Pude perceber que as pesquisas foram bem sucedidas, entretanto, sem tê-los em nossas proximidades é o mesmo que não termos nada. — Explicou com arrogância em sua fala.

— Então estamos aqui apenas para ouvir que todo nosso dinheiro fora gasto em nada? — Rebateu o grisalho, todos sabiam que era um risco tentar desafiar o moreno, mas o velho não importava-se com isto, afinal, considerava-se superior á este.

— Faça-me rir, Yo-Han. — Ironizou o moreno que ainda possuía sua expressão impassível, ao contrário de Yo-han que mostrava-se já alterado. — Para você posso parecer, mas não sou um idiota. Sei o problema que estamos enfrentando, mas sei como livrar-nos dele. — Informou a todos com um sorriso vitorioso de canto, sabia que o velho Yo não poderia mais argumentar ou apenas soltar suas palavras contra si.

— Perdoe-me a intromissão, mas sinto informar-lhe que falhou ao tentar deixar os floreios de lado. — Indagou um terceiro com repulsa em suas palavras, a clareza de sua impaciente vinha apenas a ser mais visível a cada segundo que passava-se.

— Perdão. Por conta dos recentes roubos causados pelo grupo mencionado, tive de domar drásticas decisões, novamente formarei um grupo contendo seis garot— Ao tentar terminar sua fala fora mais uma vez interrompido, desta vez por alguém que abrira a porta com uma visível euforia, direcionando seus olhos á este alguém deparou-se com um jovem de média estatura e de respiração acelerada.

— Mas o que está acontecendo?! — Perguntou ao franzir o cenho enquanto esperava a resposta do mais novo que surpreendentemente aparentava estar pálido e amedrontado causando assim um sentimento alarmante.

— Eles invadiram o prédio! — Exclamou o garoto assim que pode recuperar o pouco ar que lhe faltava; os homens então fitaram-se receosos por certos segundo, engolindo seco seus olhares novamente voltaram-se a encontro do corpo magro e pálido do mais novo.

— Os seguranças tentaram detê-los mas em vão, nocautearam á todos. — Informou o mencionado, ao o fitarem com mais nitidez puderam perceber um hematoma logo a baixo de seu maxilar, o que apenas acarretou em mais uma preocupação.

— Onde eles estão agora? — Perguntou o moreno aflito com a situação que encontravam-se, o jovem temendo o pior apenas ficou em silêncio e em um manejo de mãos indicou que deviam segui-lo até o terraço. Assim como pedido todos o seguiram com rapidez, conforme andavam escutavam tiros e mais tiros, definitivamente não era uma optável opção descer sequer algum andar.

— Por que estamos dirigindo-nos ao terraço? — Perguntou um dos homens que até então estava calado, o garoto nada respondeu apenas abriu a porta que dava-os acesso ao terraço, permitindo-lhes raciocinar com mais clareza puderam perceber que havia um plano de fuga.

— Não é o momento para questionamentos, apenas embarquem, temos pouco tempo para decolar. — Indagou o garoto ao adentrar um helicóptero que jazia ali, rapidamente fizeram o mesmo que o jovem.

20 de janeiro de 2015 – Soul_

O homem seguia calmamente seu caminho ignorando completamente todos aqueles que lhe dirigiam olhares intrigados, certo que raramente um alguém tão bem vestido cruzava as ruas daquele bairro, sua expressão calma que por si não deixa que sentimento e/ou reação entreavessem.  Ao cruzar uma das esquinas que indicavam os nomes de cada rua que poderia seguir deparou-se com um pequeno estabelecimento, uma faixada simples mas aceitável; um sorriso de canto adornou seus lábios ao ler o letreiro que indicava o nome do local: Choi’s, certamente havia mais uma palavra mas esta encontrava-se já ilegível. Segundos após sua chegada frente a pequena loja o homem adentrou-a deparando-se com uma floricultura pequena mas charmosa, havia um pequeno espaço para algumas mesas onde os clientes poderiam sentar-se e desfrutar de um café enquanto apreciavam a pouca vista de um lago; o sino que avisava a chegada de algum cliente ecoou, o irritante som fez com que um alguém murmurasse algo, este que encontrava-se sentado sobre uma cadeira por detrás de um enorme balcão repleto de plantas e um computador.

— Oh, olá! — Anunciou o homem que entrara a pouco, o menino voltou sua atenção justamente ao anunciador e sorriu, mas ao fitar melhor as vestes do senhor o sorriso que antes adornava seus lábios agora havia esvaído-se deixando em seu lugar uma careta de desgosto.

— Desculpe senhor, mas se veio cobrar impostos por favor dê meia volta e saia desta loja! — Ordenou ríspido e com repulsa em suas palavras, o homem apenas sorriu reconfortantemente para o jovem e aproximou-se deste. Um tapa foi desferido em sua orelha direita e um “ai” foi murmurado, assim que colocado os olhos sobre a pessoa que certamente desferiu o tapa deu-se o prazer de ver uma garota de baixa estatura e pele branca.

— Perdoe-me senhor pelo meu irmão, as vezes ele não tem controle sobre sua língua. — Implorou a jovem enquanto fazia uma reverência para o senhor que somente veio a aumentar o sorriso, o garoto notando começou a encara-lo com estranheza.

— Bem, se permitissem-me gostaria de pedir um café expresso, por favor. — Pediu o homem sendo prontamente atendido por um manear de cabeça dado pela garota que correu até uma espécime de cozinha, acompanhando-a sumir de sua visão o homem alto deu-lhe as costas e caminhou até uma das pequenas mesas deixando para trás um garoto de cenho franzido que encarava-o com estranheza e repulsa. Tendo consciência de que, provavelmente, seu café demoraria a ser pronto tateou seus bolso buscando seu celular e assim que o encontrado deslizou seu polegar destro sobre a sensível tela permitindo-se a acessar os aplicativos que ocupavam a memória do aparelho, assim permanecendo durante longos minutos.

Uma silhueta feminina caminhava em sua direção segurando em suas finas mãos uma bandeja que sobre si encontrava-se uma xícara de porcelana talhada com pequenos detalhes em azul e dourada, depositando o objeto que continha o liquido desejado e um espécie de coração para dar um toque a bebida.

— Poderia me informar quanto custa? — Perguntou o homem ao fitar o rosto da garota que apenas tateou um bloco de notas e informou:

— Custa ₩ 1.450,00 — Após ouvir o preço o homem entregou-lhe o informado, a jovem ao virar as costas para seguir direção ao balcão foi surpreendida pelo homem que pediu-lhe um último pedido.

— A senhorita podia fazer-me o favor de chamar uma jovem chamada... Ha Chan? — Ao ouvir seu nome a jovem sorriu e disse:

— Sou eu, o que precisa, senhor? —A pergunta juntamente de um sorriso amável dirigidos a si deixaram-o ainda mais confiante do que quanto adentrara o local.

— Por favor, sente-se. Tenho uma proposta a fazer-te. — Respondeu o homem meio á um cínico sorriso que tomou conta de seus lábios.