História Cortez Hotel - Go Away

Narrador POV’S

Camila estava tão focada em tentar entender a planta daquele hotel, que acabou perdendo a noção do tempo, até que Harry, enquanto mexia em seu celular, olhou para o relógio da tela de seu aparelho e viu que o mesmo já marcava 8:30PM.

-Camila, e o seu encon... –limpou a garganta. –Compromisso com a Condessa? –Olhou para a mais nova. – Já são oito e meia!

Camila olhou para o relógio da tela de seu celular, e quase se engasgou ao se dar conta de quanto tempo ela havia passado olhando para o painel de madeira.

A latina se levantou em um pulo e correu para o banheiro.

-POR QUÊ NÃO ME AVISOU ANTES, HARRY? –A mais nova perguntou um pouco alto, para que o seu parceiro pudesse ouvir.

-Porque não sou despertador? –Harry respondeu como se fosse óbvio e mordeu mais um pedaço de sua torrada. –Duhr! –Resmungou.

(...)

Em menos de 30 minutos, Camila já estava arrumada, e se olhava em seu espelho. Ela usava um vestido preto, que ia até metade de suas coxas, era decotado nas costas, apertado na cintura e com a saia rodada. Em seus pés, usava um salto alto branco, de salto fino, com alguns detalhes dourados.

-Como estou? – Camila perguntou ao se virar de frente para o seu amigo.

-Tá linda, tá gostosa, eu pegava. –Harry respondeu ao olhar para a sua amiga.

-Não pegava, não... –Camila disse com um sorriso divertido nos lábios.

-Não mesmo, Deus sabe que eu sou bem gay, mesmo. –Harry disse rindo. –Agora vai logo, mulher, que a Condessa deve estar te esperando! –fez sinal para sua amiga sair do quarto.

-Me expulsando do meu próprio quarto, onde já se viu? –Camila disse enquanto saia de seu quarto de hospedagem.

– Ok Camila, ela é só mais uma pessoa... Não precisa ficar nervosa –Falou consigo mesma e andou em direção ao elevador.

Camila POV’S

Entrei na cabine do elevador e apertei o botão que levava para a cobertura, automaticamente as portas de ferro se fecharam, e eu senti o impulso comum que o elevador toma antes de começar á subir. Enquanto o elevador subia, eu pensava em todas as coisas que perguntaria para a Condessa... O que estava acontecendo? Eu estava me sentindo intimidada por uma mulher que nunca vi na vida, e ela nem era minha nova chefe, ou algo do tipo...

Fui tirada de meus pensamentos quando ouvi o barulho feito pelas portas do elevador se abrindo, indicando que já tinha chegado em meu destino.

Sai de dentro da cabine e comecei á andar pelo corredor á minha frente, que pelo o que parecia, já fazia parte da cobertura, por causa da iluminação e decoração do mesmo. Dei mais alguns passos e comecei á ouvir uma música vinda de trás de uma cortina, um pouco mais afastada de onde eu estava, andei até lá e com minha mão direita, abri a cortina devagar, e então, tive a visão de uma sala extensa, com a decoração moderna, tinha dois sofás curvados e ficavam um de frente para o outro no meio da sala e algumas luzes de neon na parede á minha frente, que quando acesas, ilustravam a palavra “Por que não estamos transando agora?”. Depois de alguns minutos olhando o lugar, eu finalmente passei pela cortina e entrei no ambiente, e ao olhar para frente, vi uma espécie de “palco” com uma escada de cada lado, que dava em uma porta.

“Aonde dá aquela porta?” Perguntei pra mim mesma, e logo a imensa porta de madeira foi aberta, me dando a visão da bela mulher que é nomeada como “Condessa”

Ela usava um vestido vermelho, que tinha um decote ao lado, que deixava toda a sua perna exposta, em seus pés, um salto alto meia pata, na cor preta, seu cabelo estava solto, e com leves ondulações nas pontas.

Eu não sei quanto tempo passei admirando-a, apenas fui tirada de transe quando ouvi a sua voz rouca, e extremamente sexy, dizer:

-Achei que não viria, oficial... –Disse ela com um sorriso no canto de seus lábios, e então desceu as escadas.

-Por favor, não me chame de oficial... –Disse calmamente, e então ela parou á minha frente.

-Como devo lhe chamar, então? –Ela perguntou ao parar bem próxima de meu corpo.

-Meu nome é Camila... –Respondi mais firme do que esperava, e então senti nossas respirações se misturando.

Ela estava tão próxima... Mas eu não iria me afastar, isso demonstraria fraqueza, então fiquei ali parada, mantendo meus olhos fixos nos olhos dela, até que ela sorriu de canto, e começou á andar em direção á um balcão cheio de bebidas.

-Certo, Camila... –Disse enquanto pegava dois copos e uma garrafa de whisky. –Pode se sentar. -Ela disse e eu logo sentei no sofá atrás de mim, mas continuei mantendo meu olhar sobre ela.

Eu não sei o que estava acontecendo, eu apenas não conseguia parar de olhá-la... Então pisquei algumas vezes, e desviei meu olhar para um balcão que tinha vários cd’s de vinil.

-Pode começar com o seu interrogatório... –Ela disse e eu voltei meu olhar até ela, que colocou os dois copos de whisky, com algumas pedras de gelo, em cima da mesinha de centro, e em seguida se sentou no sofá á minha frente.

-Não é um interrogatório... Só quero fazer algumas perguntas! –Respondi serenamente.

-Pois faça-as... –Disse e cruzou as pernas, pegou o copo de whisky e deu um gole.

-Certo, mas antes eu gostaria de saber seu nome... –Falei enquanto a olhava, e pegava o copo de whisky.

Ela riu fraco, sem mostrar os dentes, e então me olhou com aquelas duas galáxias verdes que ela chama de olhos.

-Meu nome é Lauren... Lauren Jauregui –Ela respondeu calmamente e colocou o copo em cima da mesinha novamente. –Mais alguma pergunta?

-Sim... O que sabe sobre o antigo dono deste hotel? –Perguntei e dei um gole no whisky, sentindo o líquido descer queimando toda a extensão de minha garganta.

-O que eu sei?... –Ela deu uma pausa e pareceu pensar um pouco. –Ele era um homem muito rico, com uma família feliz ao ver de todo mundo, ele construiu esse hotel quase sozinho, e muitas vezes foi questionado, pela planta as vezes não fazer sentido. –Ela disse aquilo e eu afirmei com a cabeça, ao me lembrar da planta pendurada em meu painel.

-Entendi... Sabe de mais alguma coisa? –Perguntei calma, mas ao mesmo tempo demonstrando que estava curiosa.

-Eu sei de muitas coisas, Camila... Sei que este hotel é cheio de passagens secretas, sei que o Sr. Cortez muitas vezes estuprava garotas inocentes, e em seguida matava-as sem dó nem piedade, sei que ele construiu este hotel como um labirinto, para brincar com suas vítimas... –Ela disse aquilo e senti meu corpo estremecer.

-Como assim? –Perguntei.

-Todas essas passagens secretas levam para algum lugar do hotel, que provavelmente a vítima iria correndo no desespero. E quanto aos corredores pro nada... –Ela fez uma pequena pausa, deu dois goles no copo do whisky, e logo voltou á falar. –Ele gostava de brincar com as pessoas... Gostava de fazer elas correrem, e caso elas corressem para o lugar errado... –Riu fraco. –Bem... Elas morreriam mais rápido.

-Como consegue rir de uma coisa dessas? Foram seres humanos que morreram... Seres humanos inocentes! –Disse um tanto incomodada com a risada dela.

-Seres humanos não prestam, Camila... Não tem pelo quê se lamentar. –Ela disse ainda sorrindo.

-Bem, eu tenho que me lamentar, é o meu trabalho! –Falei um pouco alto, e acabei atraindo um olhar fatal, vindo de Lauren, que logo, deixou de sorrir.

-Não precisa alterar o tom de voz... –Ele disse ainda me olhando e se levantou, indo até a bancada de bebidas novamente.

Eu fiquei ali em silêncio, e senti um calafrio passar pelo meu corpo, fazendo-me arrepiar, talvez tenha sido uma pequena sensação de medo, após ter aqueles olhos verdes me olhando daquele jeito. Lauren voltou, segurando a garrafa de whisky, que aparentava ter sido muito caro e, desta vez, se sentou ao meu lado.

Eu me encolhi um pouco involuntariamente, e ao perceber meu movimento, Lauren se aproximou ainda mais.

Narrador POV’S

(Deem play na música)

-Escute-me... –Lauren disse séria, olhando nos olhos de Camila. –Eu sei de tudo que está fazendo aqui... E quer saber de uma coisa? Sua presença aqui está me incomodando!

-Não estou fazendo mais do que o meu trabalho, Condessa... E eu não sairei daqui, até que ele seja cumprido. –Camila disse mantendo o tom de voz firme, mas por um fio.

-Vai fazer o quê? O dono daqui já morreu, vai ir atrás da alma dele? –Lauren perguntou irônica.

-Pra ser mais correta... –Camila recompôs sua autoridade. –O dono daqui, agora é você! –Falou sorrindo cínica. –E eu posso muito bem te prender agora mesmo.

-Pode me prender, oficial... –Lauren deu um gole na garrafa de whisky, e em seguida, colocou em cima da mesinha de centro. –Mas se me prender, será que nem qualquer um policial incompetente... Você não vai resolver este caso me prendendo.

“Droga” Camila pensou consigo mesma, ela não tinha argumentos contra a Condessa, então apenas manteve seu olhar fixo no de Lauren.

-Quer saber de mais uma coisa? –Lauren perguntou.

Camila não respondeu, apenas assentiu com a cabeça.

-Eu poderia lhe matar aqui e agora... –Lauren falou e apoiou seu braço no sofá. –Então o seu amiguinho viria atrás de você, e eu mataria ele também... A polícia iria vir atrás de vocês, mas não iria achar nada, e adivinha? –Pausou. –Eles iriam fechar o caso após duas semanas procurando provas, em vão.

Cada palavra que saia da boca de Lauren, acertava em cheio o peito de Camila, talvez porque á parte, eram verdade. A polícia nunca fazia questão de ir tão a fundo em um caso.

-A polícia é tão incompetente... –Acariciou o rosto da latina. –Não é? –Perguntou enquanto negava com a cabeça lentamente.

A única coisa que Camila sentia naquele momento, era um misto de raiva e desejo.

-Cale a boca... –Camila disse firme. –Não ouse abrir sua boca para falar da polícia!

Lauren arqueou uma sobrancelha, e logo em seguida começou á gargalhar.

-Ou o que? –Desafiou.

Camila não pensou duas vezes, e puxou Lauren pela nuca, iniciando um beijo desesperado.

Ali não tinha nenhum amor, era apenas o desejo e a raiva das duas, se misturando, e tornando-se um só. Camila explorava a boca de Lauren com a sua língua, finalmente matando a sua vontade desde que colocou seus olhos sobre a mulher.

Lauren deitou Camila no sofá, e se ajeitou entre as pernas da latina, ainda sem quebrar o beijo.

As línguas das duas dançavam em uma sincronia perfeita, como se tivessem sido feitas uma para a outra. Camila agarrou a cintura da Condessa com as suas pernas, prendendo mais o corpo dela ao seu, se é que era possível.

O tesão agora já estava presente em ambas naquele momento, as duas queriam se sentir mais, se tocar mais, apenas aquele beijo não estava mais sendo o suficiente. Então, Lauren foi passando uma de suas mãos por toda a perna de Camila, até chegar á lateral de sua calcinha, a qual puxou com força para baixo, rasgando a mesma. Levou sua mão até a intimidade da latina e ficou fazendo movimentos circulares em sua entrada.

Camila ao sentir a mão de Lauren em sua intimidade, gemeu durante o beijo e mordeu o lábio da Condessa com força.

Lauren penetrou dois dedos na latina de surpresa, o que fez com que ela jogasse sua cabeça para trás e gemesse alto, Lauren ficou dando estocadas fundas na latina, enquanto beijava o pescoço da mesma.

Camila começou á mexer sua cintura em um vai e vem, implorando para sentir mais os dedos de Lauren dentro dela, enquanto Lauren continuava com os movimentos em seus dedos e dava pequenas mordidas no pescoço de Camila.

-M-mais forte... L-Lauren... –Soltou em um gemido manhoso, e então a Condessa lhe penetrou mais um dedo, fazendo com que ela gemesse arrastado ao senti-lo dentro dela.

Lauren estocava forte e fundo dentro da latina, sem parar com os beijos e mordidas em seu pescoço.

Camila já estava quase chegando em seu ápice, enquanto gemia alto o nome da Condessa. Lauren já estava sentindo o doce aroma do sangue da latina, e estava prestes á morde-la mortalmente, quando Camila chegou em seu ápice e gozou em seus dedos.

Lauren abriu seus olhos e tirou seus dedos de dentro da latina, levando até sua boca e lambendo todo o liquido em seus dedos.

-C-Camila... Você precisa ir... –Falou fechando os olhos com força, já sentindo a imensa vontade te atacar a mulher á sua frente.

-O que?... –Camila fez uma careta confusa.

-S-Só vai... –Lauren se levantou do sofá, colocando a mão no rosto e deu alguns passos para trás, batendo as costas no balcão de bebidas.

-Por quê? –Camila perguntou e se levantou, ajeitando seu vestido. –Você está bem?

-AGORA! –Lauren gritou e olhou para a latina, com o verde de seus olhos, já meio avermelhados.

Camila abriu a boca pra falar alguma coisa, mas não ousou ficar lá por mais nenhum minuto, e saiu daquela sala rapidamente e entrou no elevador.

Lauren andou em passos apressados até seu quarto, e abriu a gaveta de seu armário, pegando uma garrafa de vidro, que continha sangue dentro, tirou a tampa, e começou á beber desesperadamente, tentando controlar a vontade de sair correndo atrás de Camila.

-Droga... –Resmungou ao terminar de beber todo o sangue da garrafa e jogou a mesma, com força, contra a parede, estilhaçando-a.

-Porra!

Enquanto isso, Justin chegava no hotel novamente, subiu as escadas até o segundo andar, em seguida andou até o elevador, e ficou esperando o mesmo. Quando o elevador chegou, Camila estava dentro dele, os dois se encararam por alguns segundos, mas logo Camila saiu, e Justin entrou, já apertando o botão para a cobertura.

-Cretina... –Justin resmungou, e logo o elevador parou na cobertura.

Justin caminhou pelo longo corredor, e então ouviu o barulho de vidro se quebrando.

-Mas que porra... –Apressou o passo e foi correndo para o quarto da Condessa.

Ao entrar no quarto, se assustou quando viu a garrafa de vidro quebrada no chão, e a sua superior encostada na parede, com as mãos no rosto.

-Meu Deus, Lauren! –Disse enquanto se aproximava. –O que aconteceu? –Colocou sua mão sobre o ombro dela.

-SAÍ DAQUI, JUSTIN! –Lauren deu um tapa na mão do rapaz, e o olhou com seus olhos, agora, totalmente vermelhos.

-Não acredito... –Recuou alguns passos. –O q...

-CAI FORA, AGORA!