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História Countrified - Feelings


Escrita por: palvina

Notas do Autor


• Olá anjos! Muito obrigada a todos os favoritos e comentários do capítulo anterior, amei todos.♡

Capítulo 5 - Feelings


Fanfic / Fanfiction Countrified - Feelings

 

 

Dormir não tinha sido alcançado por Justin naquela noite, mesmo ele tendo ansiado muito por isso. Ele tentou de todas as maneiras adormecer, mas sempre que fechava seus olhos a lembrança e até mesmo o gosto dos lábios de Marisol aos seus o impediam de completar tal ato.

O loiro havia passado toda a noite se falando mal mentalmente e às vezes, até mesmo, verbalmente, por não ter conseguido.

Justin sentia-se como um pré-adolescente quando dá o seu primeiro beijo, e de fato, havia sido assim. Aquele havia sido seu primeiro beijo com Marisol, e ele sabia que também havia sido o primeiro dela, na vida, e saber disso só o despertou mais, impedindo-o assim, de dormir.

Ele mal via a hora do sol nascer para que ele a visse. Justin se sentia estranho já que, só de pensar na possibilidade de vê-la, suas mãos suavam e seu coração acelerava. Chegava a ser mais como uma necessidade, uma dependência.

Ele sentia um desejo por Marisol, isso era um fato incontestável que ele pudera comprovar desde que seus olhos puseram-se sobre ela, mas nesse tempo que pode passar ao lado dela, ele aprendeu a deixar um pouco de lado seus pensamentos pervertidos para com ela, e apenas analisá-la, sentir sua pureza, admirar seu sorriso, mergulhar na imensidão azul que parecia ser seus olhos.

Acima de seus desejos com ela, ele pode sentir algo mais, algo menos inapropriado, algo como uma admiração, um cuidado, um grande carinho e desejo de estar junto dela, de ficar com ela.

— O que ‘ocê tá fazendo acordado essa hora, filho?

Justin assustou-se com a voz de seu avô que o encarava com o cenho franzido. Bruce segurava dois baldes cheios de leite, e ao ver aquilo, Justin imediatamente lembrou-se das palavras de Marisol, e riu fraco negando.

— Eu não consegui dormir bem essa noite. — O respondeu.

— E ‘pruque não, uai? — Quis saber.

Justin fechou seus olhos e em seguida, soltou um suspiro de cansaço apoiando sua cabeça juntamente com seus braços sobre a mesa a sua frente.

— Como foi que soube que a vovó era a mulher certa?

A voz do loiro saiu abafada por sua posição, mas ainda assim, Bruce havia o entendido bem. O mesmo sorriu bobo ao lembrar-se de como conquistou Diane, e de como era apaixonado por ela, e de como ainda era, e sabia que sempre seria.

— A sua avó era a ‘muié mais difícil que eu conheci. Ela me ignorava toda vez.

Justin ergueu sua cabeça juntamente com todo o seu corpo, encostando-se no apoio das costas da cadeira. Ficando-o assim, em uma posição agradável para escutar e ver Bruce que se encontrava sentado sobre a cadeira um pouco mais à frente da dele.

— Ela parecia nunca ter tempo 'pra mim, e quando eu achava que estava perto de ter uma chance, ela desmanchava todas elas.

Justin não conseguia imaginar sua avó dessa forma. Diane parecia sempre ter sido um doce com as pessoas, como ela costumava ser agora. Se fosse outro alguém o contando aquilo, Justin não acreditaria.

— Eu sei que é difícil pra ‘ocê acreditar nisso, mas nem sempre foi desse jeitinho.

Justin via como lembrar daquilo havia o deixado feliz, como se Bruce quisesse voltar para aquele tempo, e de fato, ele realmente queria. Não que antes fosse mais fácil, ao contrário, e era por esse motivo que ele desejaria voltar, para reviver todos aqueles maravilhosos momentos, até mesmo os mais difíceis e dolorosos.

— Eu sempre gostei de cavalos, bois, tudo envolvesse um rodeio, eu ‘tava dentro, mas a sua avó não. Ela detestava, e por essa razão que ela nunca me dava corda, e quando dava, não dava brecha alguma. Como se eu e um nada fosse a mesma coisa.

Bruce aproximou seu corpo um pouco mais para a frente, e em seguida, sussurrou:

— Mas eu acho que aquilo era apenas charme, no fundo eu sei que ela sempre foi maluquinha por mim. Eu era um verdadeiro pitelzinho.

Justin soltou um riso alto pela fala de seu avô.

— Não ria garoto, era verdade. Eu fazia muito sucesso com as garotas, assim como eu sei que ‘ocê faz.

— Eu tento. — Justin disse dando de ombros, e em seguida, riu.

— Voltando a história!

Bruce chamou a atenção de Justin novamente para si.

— Sua avó tinha o sonho de ir morar na cidade grande, de ter tudo aos pés, de viver como uma rainha, e eu, bom, a minha vida estava toda aqui, e ela também. Quando eu comecei a paquerar com a sua avó, as únicas coisas que ela falava era em como essa cidade a sugava, em como tinha abuso dessas mesmas pessoas e das fofocas delas, e que mal via a hora de terminar os estudos e conseguir uma bolsa na faculdade de New York. Quando começamos a namorar um pouco mais de uns quatro messes, ela recebeu a notícia de que tinha conseguido a bolsa. Eu fiquei muito contente por ela, mesmo estando triste por ter que ficar sem ela.

Justin pode perceber o descontentamento na voz e na expressão de Bruce, ele iria dizer que, se ele quisesse parar de contar, estava tudo bem, ele entenderia, mas o mesmo já havia dado continuidade.

— Então no dia que ela foi embora, eu fiquei parado na estrada enquanto aquele carro levava ela para longe de mim, e naquele carro não estava indo apenas a sua avó, mas também uma grande parte do meu coração. Sua avó tinha só dezessete anos quando foi embora, e com apenas aquela idade ela conseguiu fazer um grande estrago dentro de mim. Ela achava que daríamos certo mesmo com a distância, mas eu não, eu sempre soube que era somente uma questão de tempo para eu ou ela dizer o que o outro não tinha coragem, e eu fui quem disse.

— Eu sinto muito vovô.

Justin disse baixo. Ele realmente sentia. Bruce balançou sua cabeça em um ato de que ele não precisava.

Mesmo sabendo que hoje eles estavam juntos e que estavam bem, ouvi-lo dizer aquilo era como se estivesse sendo real para ele, como se estivesse acontecendo naquele momento, assim como estava sendo para Bruce.

— Depois de um ano ela voltou, só ‘pra passar as férias de verão, eu sabia que ela havia chegado à cidade no instante em que ela 'botou os pés aqui, mas eu me recusei a ir atrás dela, ela quem há de ter me deixado, então eu achei que ela quem deveria vir me procurar, e não eu. Mas numa noite, e por incrível que pareça, era a sua última noite na cidade antes dela voltar, nós nos vimos no Country bar. Ela estava maravilhosa.

Justin sorriu ao analisar o sorriso de Bruce. Era como se ele tivesse voltado no tempo, como se ele estivesse presenciando e sentindo tudo de novo, e na verdade, ele estava.

— Naquela noite ‘nois fizemo’ amor pela primeira vez, eu tinha dito que amava ela, e ela disse que me amava também, e foi nesse dia em que eu soube que Diane seria minha ‘muié durante todos os dias de minha vida.

— Aos quais eu espero que sejam muitos.

Justin e Bruce foram surpreendidos por Diane que havia acabado de cruzar a porta da cozinha.

— Mais eu tenho uma certeza de que será!

Bruce a respondeu sorrindo. Diane sorriu e se aproximou de Justin, deixando-o um beijo na testa do mesmo, e fizera o mesmo ato com Bruce.

— O que 'ocê faz acordado a essa hora, querido?

A loira o perguntou pegando uma vasilha para fazer o café.

— Não consegui dormir.

— Isso porque ‘ocê saiu com a Marisol?

Diane o perguntou sorrindo de lado. Justin baixou sua cabeça envergonhado.

— Eu vejo como seus olhinhos brilham quando vê ela.

— Mesmo que fosse o caso, não faria muita diferença agora. Irei voltar para Seattle logo.

Justin não havia pensado nisso, mas agora que havia dito, sua ficha havia caído. Ele teria que voltar logo, e seu pequeno “romance” com Marisol não passaria disso. De um simples selinho, que de simples para ele não havia sido já que, o mesmo não havia o deixado dormir.

Ele não queria ter que ir, Justin gostaria de ficar mais, conhecer mais Marisol, ter a chance de se aproximar mais, de ter uma chance.

— Tenho certeza que seu pai irá entender se ‘ocê ligar pra ele e pedir mais alguns dias.

Diane o disse. Em seguida, a mesma colocou três xícaras e a garrafa de café em cima da mesa.

— Talvez.

Deu de ombros pegando a xícara e em seguida a garrafa de café, despejando-o o líquido quente dentro de sua xícara.

— Irá ver ela hoje?

Diane o encarou minimamente enquanto dava um gole em seu café. Justin sorriu e em seguida concordou.

— Sim, eu irei.

[...]

Justin já havia chegado ao celeiro onde se encontrava os cavalos de Bruce, Marisol ainda não estava lá, mas ele sabia que a qualquer momento ela chegaria, só não sabia como a trataria, se quer como ela o trataria, afinal, ela quem havia o beijado, e em seguida, fugido.

— Estava à minha espera?

O loiro fora surpreendido pela aquela voz doce atrás de si. Ao virar-se, ele pode analisá-la melhor.

“Como Marisol conseguia ser mais bonita a cada dia?” O loiro pensou.

A mesma usava um short jeans surrado e curto, nos pés um par de botas, Justin desconfiava de que eram as mesmas de ontem, assim como o chapéu que ela tinha em sua cabeça. Marisol usava uma blusa de alças branca e um casaco jeans por cima.

E lá estava o sorriso, o sorriso ao qual Justin havia denominado o mais bonito que já vira em toda sua vida.

— Estava.

Ele a respondeu passando sua mão por trás de sua cabeça, encarando-a sorridente, assim como ela.

— Sabe andar a cavalo?

Marisol o perguntou quebrando o clima estranho que havia se instalado entre eles.

— Já andei algumas vezes em um clube em Seattle. — A disse.

— Hum.

Marisol murmurou e em seguida, assentiu fraco, colocando-o suas mãos por trás de seu corpo, e em seguida, baixou seu olhar para o chão.

Justin queria dizer algo sobre ontem, sobre aquele beijo, mas ele não sabia como e nem se quer o que dizer. Ele não tinha costume de fazer coisas assim, muito menos de uma garotinha tomar a iniciativa de beijá-lo, e em seguida correr, e no outro dia fingir que nada havia acontecido. Ele não era assim, ele sempre sabia o que falar e quando falar, mas com Marisol parecia ser diferente, ela realmente era diferente e estava o fazendo ficar também, afinal, ele nunca pensou tanto em apenas uma garota como ele estava fazendo com ela, ele nunca quis ter algo a mais do que sexo, ele nunca quis tanto uma pessoa na vida, como ele a estava querendo agora.

— Justin, eu, anh... Posso te fazer uma pergunta?

Aquela voz doce soou nos ouvidos do loiro que rapidamente saiu de seus pensamentos e a encarou, dando-lhe sua total atenção.

— Claro!

— Você gostou do meu beijo?

Aquela pergunta havia o pegado de surpresa. Ele não achou que ela fosse falar sobre aquele acontecimento. Ele já estava conformado de que ela não falaria sobre ontem a noite, e que muito menos, teria a chance de beijá-la de novo.

Justin passou sua língua entre seus lábios e a encarou sorrindo fraco.

— Eu não consegui dormir pensando em como não poderia ter sido melhor.

Bastou palavras como aquelas para que todo o medo e insegurança desaparecesse de dentro de Marisol. Ela sorriu largo e se aproximou do loiro à sua frente, ficando-o mais próxima dele.

Justin sentiu as mesmas coisas que na noite anterior, suas mãos começaram a suar e seu coração a aumentar as batidas. Era esse os efeitos que ela o causava.

Marisol mordeu seu lábio inferior enquanto olhava para Justin. Ela o achava tão lindo e tão diferente dos outros garotos locais que tudo o que ela queria fazer era beijar os lábios dele novamente.

— Eu...

Respirou fundo em nervosismo.

— Eu posso fazer de novo?

Mais uma vez Marisol o estava surpreendendo. Ele queria gritar que sim, que obviamente ela poderia, quantas vezes quisesse, sempre que quisesse, mas se conteve e apenas concordou sorrindo.

Marisol respirou fundo mais uma vez e aproximou seus lábios dos de Justin.

Ele queria poder aprofundar o beijo, queria poder tocá-la como ele fazia com as outras, mas era diferente com ela, Marisol era diferente. Então, ele apenas pôs suas mãos sobre o pequeno e macio rosto dela, uma de cada lado e sentiu a mesma porém maravilhosa sensação que havia sentido ontem.

Justin não sabia explicar, mesmo tendo somente os lábios dela pressionados sobre os seus, era como se de algum modo, aquele ato, o proporcionasse tudo o que ele precisava sentir, e por hora, ter os lábios de Marisol sobre aos seus, era suficiente.


Notas Finais


• Link do Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=lG3757dxSW0&feature=youtu.be
• Até o próximo. ♡


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