História Countrified - Next to her

Marisol não havia ao menos tentado fechar seus olhos na noite anterior, ela não havia sentido vontade de dormir, ela apenas ficou deitada em sua cama, encarando-o o teto de seu quarto enquanto seus pensamentos vagavam para o outro lado do campo, mas precisamente, para a casa dos Bieber, para ele, Justin.

Marisol não havia tirado seu sorriso dos lábios um minuto se quer, ela riu ao lembrar-se da cara de espanto do loiro, e riu mais ainda por ficar imaginando como ele havia ficado já que, ela havia o beijado e em seguida, fugido.

Ela não se sentia confortável ao vê-lo pela manhã, a mesma havia pensado seriamente várias vezes em algumas desculpas esfarrapadas para não ter que vê-lo, mas depois de ontem, qualquer coisa que ela dissesse para ele, ele saberia que seria uma desculpa, e ela não queria isso, ela queria vê-lo, e queria ainda mais sentir seus lábios sobre os dele novamente.

Marisol havia decidido que engoliria todo o seu medo e insegurança e iria vê-lo, falaria normalmente com ele, perguntaria do beijo, e dependendo do que ele dissesse, ela o faria novamente e quantas vezes mais ela pudesse fazer, e claro, quantas vezes ele pudesse querer.

A manhã parecia ter voado para Justin, ele desconfiava de o porquê de ter essa sensação, era por causa dela, por estar ao lado dela, por estar sentindo o copo dela juntamente com o seu, por saber que se ele tentasse beijá-la, ela o corresponderia, e para Justin, estava sendo mais que o suficiente.

– O que quer fazer mais tarde?

Ele perguntou baixo próximo do ouvido da loira. Marisol estava sentada ao lado de Justin, a mesma brincava com algumas flores que haviam caído de sua coroa de flores em sua cabeça. Lentamente ela subiu seu olhar, encontrando-o o dele, e o encarou.

– Terei que ajudar meu pai com o gado á tarde. – Ela o respondeu.

Justin havia percebido a tristeza em sua voz e feição. Ela não queria ir, ela queria ficar com ele, beijá-lo o quanto fosse possível, mas infelizmente, ela não poderia.

– Tem certeza de que não pode deixa-lo na mão apenas por um tempo?

Justin perguntou baixo, levando-o sua mão para próximo do pequeno rosto da garota ao seu lado, deixando-o um pequeno carinho com seus dedos.

– Eu preciso de mais tempo com você.

Sussurrou rouco próximo do ouvido da loira que suspirou alto, fechando-o seus olhos em seguida.

Marisol sentia algo esquentar dentro de si, ela sabia bem o que era, ela não era tão ingênua assim, em sua escola ela já havia estudado isso, mas seu pai dizia que era errado, que ela jamais teria uma relação carnal com um homem, a menos que este fosse seu marido, e claro, que seu pai o aprovasse.

Marisol cruzou suas pernas disfarçadamente, na tentativa de acabar ou ao menos, amenizar o que estava sentindo.

– Eu queria poder, queria mesmo, mas eu não posso.

Sussurrou ainda com seus olhos fechados.

Marisol mordeu seu lábio inferior quando sentiu beijos sendo depositados na curvatura de seu pescoço, e em seguida, subir para o mesmo, até os dentes do loiro se prender sobre o lóbulo de sua orelha, e logo após o ato, soltá-lo.

Aquele ato só fez com que ela se sentisse mais quente. Marisol sentia-se desnorteada, ela não poderia sentir aquelas coisas, era errado, era pecado. 

'' Ela estava sendo uma pecadora. '' Pensou.

– Justin.

Ela murmurou quase que em um gemido quando as mãos do loiro começaram a passar por seu corpo, alisando-o e apertando-o.

– Hum?!

O loiro murmurou rouco com sua boca próximo ao colo dos seios da menina. Marisol se sentia imóvel, ela queria aquilo, mas ao mesmo tempo, abominava a ideia.

'' Eu não posso, eu não... '' Ela repetia em sua mente, ou ao menos, tentava.

– Isso é errado!

Ela achou que não conseguiria falar. Seu corpo estava trêmulo pelo desejo.

– Não é errado se os dois quiserem.

Justificou-se, logo voltando a beijar o pescoço da garota.

– Eu quero, mas, eu não... – Suspirou. – Você se quer me beijou de verdade.

Justin imediatamente parou com as carícias e encarou a garota que tinha seu olhar para baixo. Marisol encarava o chão, a grama, o que quer que fosse, menos ele.

 Era verdade. Ele ainda não havia sentido o gosto do seu beijo, não por completo, agora Justin se falava mal mentalmente por estar passando o seu lado errado para Marisol, o seu antigo lado.

– Eu tenho medo de você querer apenas... – Comprimiu seus lábios. – Apenas aquilo comigo, e depois, simplesmente ir embora.

Justin soltou um longo suspiro afastando seu corpo do de Marisol, criando certa distância entre eles.

Marisol ajeitou a alça de sua blusa que estava caída sobre seu ombro, e pegou seu cassaco que estava jogado ao seu lado, pondo-o novamente.

– Desculpa, é que... Eu não consigo me conter estando perto de você Marisol, eu não consigo apenas observá-la, eu tenho que te sentir de algum modo.

Os olhos de Justin que antes estavam escuros pelo desejo, agora se encontravam em um tom caramelado, quase que verdes por conta da luz do sol que acabara de bater sobre seu rosto.

– Eu jamais, em hipótese alguma, faria uma coisa assim você. Eu sou incapaz de te fazer mal Marisol, eu jamais a machucaria.

Ter sexo com uma garota e no outro dia apenas ir embora e deixar o quarto de hotel pago, era algo que Justin tinha costume de fazer, ele poderia sim fazer o mesmo com Marisol, mas ele jamais faria, ele não seria o mesmo cafajeste de antes com ela. Alguma coisa dentro dele pareceu despertar assim que a viu, e na maneira que foi se aproximando, essa ‘’coisa’’ dentro de si fora aumentando, Marisol despertou algo bom dentro dele, algo bom por ela, algo por ela. Justin não saberia se conseguiria deixá-la, mesmo se quisesse.

Lentamente, Marisol subiu seu olhar para de encontro com o dele, ela sentiu verdade em suas palavras, assim como em seu olhar. Ela sorriu de lado, apoiou suas mãos sobre a grama, e arrastou seu corpo para novamente, próximo dele.

– Eu não consigo me controlar quando estou perto de você.

Aquilo havia soado como um aviso da parte de Justin, que quase que imediatamente, fora ignorado por Marisol. A mesma sentou-se sobre as pernas de Justin, mas precisamente, sobre seu colo e o encarou.

O loiro havia prendido a sua respiração. Aquele tipo de aproximação entre ambos era perigosa.

– Por enquanto, eu quero apenas sentir seus lábios nos meus Justin.

Marisol murmurou baixa pela vergonha.

Justin sorriu minimamente sentindo toda a tensão e o desejo evaporarem. Agora, ele sentia apenas a pureza dela, a delicadeza e a doçura que pareciam ter passado dela para si naquele momento.

O loiro assentiu devagar, se perdendo em seguida mais uma vez, naquela imensidão azul que eram seus olhos.

As duas pequenas mãos de Marisol se posicionaram uma de cada lado do rosto do loiro, aproximando-o assim, seus rostos, e consequentemente, seus lábios.

Justin ainda não havia sentido o beijo de Marisol por completo, e mesmo ansiando muito por aquilo, ele havia decidido esperar mais um pouco, ele não queria apressar as coisas, mesmo que tivesse começado com isso há minutos atrás.

Primeiro de tudo, ele queria que ela confiasse nele, que se sentisse segura ao seu lado, e assim ele faria ser, porque ele jamais deixaria alguém machuca-la.

Justin fechou seus olhos quando sentiu os lábios quentes de Marisol cobrir o seu. Ambos não moveram um músculo, ou tentaram algo a mais, eles apenas sentiram aquelas maravilhosas sensações: Carinho, doçura, pureza, paixão e no fim, aquelas famosas borboletas no estômago.

Ao separar seus lábios dos do loiro, Marisol aninhou-se ao corpo do mesmo, encostando sua cabeça na curvatura do pescoço dele que arrodeou seus braços na cintura da mesma, passando-a a sensação de segurança, e de fato, ela havia se sentido.

Justin estava começando a entender que, ele não precisaria sempre do sexo, ou de amasso para estar com uma garota, ou até mesmo para sentir algo. Ele só precisava demonstrar carinho e segurança, ele só precisava estar perto dela, e agora, ele sabia disso.