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História Fúnebre - Saltos de tempo


Escrita por: Wicch e Dyryet

Notas do Autor


(O detalhe é que um chama o outro pelo nome enquanto todo resto usa os famosos apelidos. Sim eu sei que no Brasil o irmão da família é conhecido como Feioso e por isso mantive esse nome na descrição dela e quando ela narra, mas quando dizem o nome dele usei o Pugsley. Ah... sim eu quis muito por a Família monstro em mais destaque que os demais Extreregs por que ao meu ver eles tem mais ligação, se fosse uma obra longa ate os daria mais falas, mas nessa obra só quem vai ter fala será os personagens que fazem parte das 2 obras.)

Capítulo 3 - Saltos de tempo


Fanfic / Fanfiction Fúnebre - Saltos de tempo

Me despedi de todos e fiquei sentado nos degraus vendo o carro deles partir.

O último a ir…

 

― Já não tá na hora de sair dessa fossa, garoto? ― Espicha é quem me chama a atenção e assim percebo que todo o sangue já havia coagulado ficando preto e criando musgo o que indicava que pelo menos um mês havia se passado.

Eu nem percebi.

Só fiquei sentado ali remoendo as últimas horas de festa.

 

Nem o respondi e sai voando dali.

Fui até a casa de Wendy, minha amiga mais antiga conversar.

― Como se sente em relação a essa garota humana? ― Ela pergunta de costas ao mexer em seu imenso caldeirão. Apesar de ter séculos de vida ainda aparentava ser muito jovem.

Quando a conheci trajava um kigurumi completamente vermelho com uma touca, hoje ela mantém os trajes completamente avermelhados com leves tons de vinho, sendo uma bota alta, meia calça com um short e uma jaqueta de touca bem larga. É fofa e diferente de antes que parecia não passar de seus sete anos, agora aparentava ter dose.

― A quanto tempo nos conhecemos? ― Murmura pensativa ao experimentar um pouco da poção fazendo uma careta engraçada. ― Você vira e mexe parece buscar um "alguém" e isso não é errado. ― Comenta ao pegar alguns frascos e por sobre a mesa quase nos derrubando e enchendo um por um. ― Mas você tem que começar a ser mais honesto com sigo mesmo.

― Eu sei. Mas é que… Unf! ― Flutuo sobre o caldeirão pensativo, os vapores quentes eram confortáveis. ― Não quero estragar tudo.

― O que tem para estragar? Ela não se foi? ― Diz direta fechando os frascos amarrando lindas fitas de cetim com um cartãozinho. ― Gasparzinho. Põe uma coisa nesta sua cabeça de balão: se gosta desta moral “assim” tem que lidar com as consequências disso.

― Eu sei. ― Murmuro pensativo.

 

Espera o papo ficou meio confuso por que eu cortei boa parte dele… Deixa eu tentar resumir o meu problema aqui e o que estávamos debatendo.

 

Wednesday Addams era uma vivente e mesmo sendo desta família diferente ela tinha um tempo limite, diferente de mim e Brazinha que pareciamos eternos, ou Wendy que graças a sua raça iria perdurar por muitos séculos ou até poderia alcançar a tão almejada imortalidade.

Mas… eu gostava mesmo da garota.

Wednesday tinha uma forma diferente de ver o mundo, diferente até mesmo de sua família. Ela tinha tanta curiosidade sobre as pessoas “normais” quanto eu; fazia teorias e tentava aprender e entender. Sim ela tinha emoções contidas e controladas e era muito difícil saber o que sentia completamente oposto a mim que literalmente tinha a alma exposta.

Sem falar que era linda.

Mas eu não podia simplesmente reaparecer na vida da garota cheio de segundas intenções depois de anos.

 

Me despedi de Wendy e fui conversar com Brazinha e Angelita, afinal eles tinham se casado a pelo menos três decadas; iriam saber como me aconselhar.

Não que Wendy não soubesse, mas desde que… tocar nesses assuntos com ela era delicado. Até parecia que estava a substituindo.

 

― Cara. O bom de essa garota ser mortal é que você vai aproveitar o tempo com ela e depois poder pegar outra. ― Ele diz todo sapeca e a esposa já olha de cara feia. ― Bem no seu caso não é até que a morte os separe, afinal? Será que ela viraria um fantasma também? Ou você seguiria a luz com ela?

― Acho que isso é assunto deles: como levar a relação, não deveríamos nos intrometer. O que ele pediu não foi isso. ― Ela impõe graciosa como sempre.

― Ai que está outro ponto. E a “relação”? ― Pergunta zombeiro e eu quase infarto.

Essa é uma coisa que já perdi alguns momentos da minha existência me perguntando, mas não é algo que eu tenha conseguido alguma resposta. Até por que onde eu a conseguiria?

― Amor! ― Bronqueia e ele se acaba de rir.

― O que foi? Não seria a mesma coisa que ir a um convento e casar com Deus? Já que vocês não podem se tocar. ― Zomba ao se acabar de rir. ― O que você quer com uma mulher, afinal? Nem carinho você pode ter.

É verdade.

O que eu tinha na cabeça?

Ia acabar do mesmo jeito que foi com a Wendy… No fim das contas não iria dar em nada, e ainda tinha o risco de destruir uma amizade que estava indo muito bem.

 

Voei de volta pra casa e fiquei a refletir, afinal eu “existia”; de alguma forma desconhecida meus pais me fizeram. E não era como todo fantasma; não era como meus tios ou outros que conheci: pensava e sentia vontades como um vivente.

Quando ela disse que eu parecia um bebe aquilo... me fez sentir estranho. Eu não me sinto uma criança, de forma alguma.

Será que era pelo fato de eu ter nascido assim? Eu nunca irei envelhecer ou mudar de qualquer forma, por isso essa minha aparência era tão infantil; e a prova disso era que nem mesmo sentia o tempo passar se não fosse pelas coisas ao meu redor eu não teria noção alguma de tempo.

 

Mas a verdade é que desde o fim daquela festa já haviam se passado anos.

Com toda certeza ela já havia se esquecido de mim, mas mesmo assim resolvi fazer a coisa mais tosca que alguém poderia fazer: escrevi uma cartinha e enviei. A casa milenar deles ainda deveria estar no mesmo lugar e diferente da minha lá a cidade não os odiava, já tinham os aceito e muitos deles moravam por lá tornando um local turístico muito famoso. Contraditório não? Quando tem uma família vivendo são perseguidos, quando tem muitos Addams vira um lugar que eles querem ir visitar… Aff.

 

Mas não esperei que ela me respondesse.

Apenas esperei a esquecer, como esquecia de todos os viventes que já passaram por aqui.

 

Mas um belo dia uma carta chegou no portão.

O homem parecia perdido e confuso ao deixar ela ali e saiu correndo o mais breve que pode.

Apanhei o objeto e não contive minha surpresa ao ver que o remetente era Addams, mas como não esperava por uma resposta não imaginei que ela seria positiva. Enrolei um pouco para abrir; tempo suficiente para Catinga a arrancar de mim e correr pelo cemitério como uma criança brincalhona.

― Vamos ver. ― Ele diz enquanto lia.

― Me devolve isso não tem graça! ― Grito ele apenas ri lendo e passando de um para o outro.

Eu nunca fui ao colégio, mas já vi séries o suficiente para saber que era igualzinho.

― Chega! ― Dei um bote arrancando das mãos dos Gordo e ela acabou rasgando. ― Seus desgraçados! ― Fiquei puto e saí voando dali.

Era sempre assim.

Eles faziam “uma coisa” legal e “vinte mil” ruins…

 

Sim eles mentiram para o controle e disseram que eu era seu sobrinho para desta forma poderem me por em seu grupo e assim não fui investigado a fundo e meu segredo foi guardado, mas viviam a me rebaixar e irritar, tentavam me ensinar  a arte fantasmagórica, mas me deixavam isolado de qualquer um. 

As vezes me pegava pesando nas coisas e me questionado sobre o que sentia por eles.

 

― Não está chorando por causa de uma brincadeirinha atoa esta? ― Catinga vem pelo solo se sentando ao meu lado sobre o túmulo do meu pai.

Brincadeirinha.

Tudo era uma festa pra eles.

Nada era sério, afinal estavam mortos… Era o que diziam: pra que levar a sério? Só queriam curtir seu pos vida em paz.

Acho que já tinham vivido bem suas vidas, criado familia, empregos e tido obrigações sérias e agora não queriam mais saber de nada disso. Mas eu não, esse não era meu pós vida, minha diversão. Era só o que conhecia.

― Vamos lá. Vai ficar emburradinho de novo? ― Espicha vem enchendo o meu saco e apenas atravessa um mausoléu saindo dali.

Os caras realmente mereciam o título de “Assombro”, conseguiam assombrar até mesmo uma alma nascida fantasma! Arg!

 

Voei um pouco sem rumo e sem saber o que fazer.

Ate que uma ideia ainda mais idiota me surgiu.

Fui até a casa Addams e invadi seu quarto que parecia ser exatamente o mesmo da primeira vez que estive lá; peguei um grafite sobre sua escrivaninha e tentei ver o que havia sido escrito na folha anterior.

Isso funcionava nos filmes e séries, mas não na vida. Pois tudo que ela tinha escrito antes ficou marcado, e a última coisa não tinha sido a carta para piorar tudo.

Bufei e deixei o lugar desiludido.

O que eu estava fazendo? Eu tinha de esquecer essa garota e seguir em frente.

 

Mas o que é seguir em frente pra alguem como eu?

 

oOoOoOoOoOoOo

 

Como já deve imaginar anos se passaram.

Pugsley e Eddie viajaram para todo canto e sempre mandavam cartas postais. Chegaram até a adotar um filhote de monstro do lago Ness e estavam a dois anos vivendo junto a comunidade de Sasquatch onde em breve adotariam uma criança coisa que deixava meus pais muito felizes. Adoravam a ideia de ter um netinho para mimar.

Parker agora estava no seu último ano da faculdade e evitava ao máximo a casa da mãe, que já estava indo para o segundo filho junto do tio Fester. Enquanto eu? Bem… fiz vários cursos ao redor do mundo desde que me formei, e não quis fazer uma faculdade específica. Nada parecia me atrair de fato.

 

― Pra você. ― Ela invade meu quarto como se fosse dela deixando a carta sobre a minha escrivaninha já contando como estava sendo fazer seu TCC, e ate cogito fazer uma faculdade só pelo horror que ela me descrevia. Parecia ser mesmo a pior coisa. Tanto estresse e cobranças...

Entretanto a tal carta me chamou a atenção logo de cara por estar em um papel velho e corroído pelo tempo, chegava a estar torto pela humidade, mas estava dobrado com carinho.

Peguei o objeto em mãos curiosa com o cuidado e dedicação que ele levava, o selo parecia velho e não funcionaria. Ele deve ter sido entregue pela própria pessoa no nosso portão e não nos correios; seria a única forma. Pois mesmo que a cidade tenha menos medo de nós o carteiro ainda deixava as coisas do lado de fora do portão por medo dele. Afinal ele mordia.

Abri o envelope improvisado e ela parou ao meu lado curiosa e assim que terminei de ler entreguei a ela.

― O que acha que vedo fazer? ― Perguntei honestamente e ela corou de leve pensativa.

Deixa eu explicar o por que questionei a ela: Parker era uma namoradeira de primeira categoria; perdeu o BV assim que a cidade ficou de bem conosco e a virgindade na formatura, sendo que na faculdade tinha um “ficante” por semestre, seja lá o que for isso. Mas apesar de ela dizer entender bem da arte da conquista eu ainda preferia uma coisa mais eterna do que estes romances de fast food. E namorar um fantasma parecia bem mais a minha cara. Mesmo esse fantasma sendo fofo.

― Eu não sei garota, é a coisa mais sinistra e maneira que eu já li. A sua cara.

― Não nego. De todos os pretendentes que já apareceram, este parece o mais interessante. ― Murmurei pensativa e logo respondi exatamente isso, mas ele nunca me respondeu de volta.

Ao julgar pela localização que morava, imaginei que o carteiro se negaria a levar a carta, ou que seus tios teriam a interceptado.

 

E mais um tempo se passou.

 

― Quer ir até lá? ― Perguntei a ela enquanto fazia uma pequena mala de viagem.

Estava um pouco cansada de esperar que algo acontecesse. Vivendo em meio a este marasmo eterno.

E sem o Feioso por perto as coisas ficavam ainda mais monótonas; eu só podia ver a alegria de todos ao meu redor.

Todos estavam apaixonados e felizes em casal.

Meu irmão ostentava seu casamento feliz, já meus pais nem preciso comentar, até o tio Fester tinha se casado com a mãe da Parker e gerado uns três filhos até o presente momento. Os dois pareciam coelhos...

― Pra segurar a vela pra vocês? Não obrigada. Se bem que no caso de vocês seria uma lamparina não? mais tema de filme de terror. ― Ela zomba e apenas fecho minha mala.

― Ilario.

― Ai Vandinha, é taaaão fofo ver você ir atrás dele. Tão romântico! ― Diz com uma animação que imagino ser legitima de uma amiga de verdade deveria ter.

― Não. Apenas estou entediada. ― Respondo e ela parece desanimar.

― Jura? Vai dizer que não sente nada por ele? Poxa então por que esta into? E se ele é a melhor opção da enxurrada de caras que dão em cima de você, deve ser porque algo você sente por ele. ― Argumenta me seguindo corredor adentro.

― Ele é um fantasma, é simplesmente mais legal. ― Respondi ao me lembrar de Lydia Deetz, uma moça muito interessante que Parker conheceu e me apresentou.

Ela teve uma louca experiência com um fantasma muito poderoso e perigoso, e mora em uma casa mal assombrada junto de seus pais, ela até tem um livro dos mortos assim como a minha avó.

Então liguei para ela e fiquei conversando sobre o que este fantasma queria conseguir se casando com ela e imaginei que Gaspar poderia almejar o mesmo, mas de uma forma inconsciente já que ele nao tinha cara de ser maligno como o outro. Ou fingia muito bem…? Seria ele dissimulado assim?

Eu tinha de descobrir por mim mesma. 

Mas ao chegar a sua mansão seus tios me alertaram que o fantasminha camarada havia desaparecido. eles pareciam verdadeiramente preocupados com o mais novo e tendo procurado em todos os cantos, logo me pus a ajudar. 

E assim Lydia e Parker se juntaram a mim.

― Vai ser divertido. ― A dona do poncho vermelho de aranha diz abrindo seu livro em busca de alguma resposta, enquanto eu e Parker vasculhamos a casa em busca de qualquer coisa que pudéssemos usar mas a verdade é que não havia nada especificamente dele ali, afinal nascido desta forma ele não tinha posses.

E tudo ficou realmente difícil.

 

Então simplesmente voltei para casa e deixei o assunto pra lá.

Não tinha o que fazer.

Mais um tempo se passou e agora Lydia fazia parte do meu seleto círculo de amizade junto de Creepie que apesar de seus cabelos coloridos tinha tudo haver com o nosso estilo assim como Mandy uma garota loirinha de vestidinho cor de rosa que tinha um laço de amizade com a própria morte.

Vivia uma vida tranquila e focada nos meus desejos e realmente esqueci de Gaspar, apenas deixei sua carta fofa em meu mural como forma de ostentação.

Até que um belo dia meus pais foram chamados a uma reunião da família, e como eu ainda morava com eles fui junto. Ao chegar no centro comunitário da cidade percebi que toda a família parecia em polvorosa  e o assunto central era um ocorrido assustador: o prédio que haviamos tombado como patrimônio tinha sido completamente modificado da noite para o dia.

Ao que parece todos os fantasmas haviam voltado depois de anos fora e graças ao fato de que a Dona Morte estava ocupada com os desejos de Mandy as coisas pareciam estranhas quando se tratava do outro plano.

― O lugar está horrível! ― Alguém gritou ao mostrar as fotos.

Parecia uma mansão comum.

De paredes brancas e entalhes dourados com um lindo gramado vistoso e elegante, os chafarizes estavam funcionando e todo o cemitério havia desaparecido.

Não pude acreditar nos meus olhos. Como um cemitério desaparece?

Era uma reforma que levaria anos e eu tinha estado lá a pouco menos de semanas.

 

Abandonei a reunião e resolvi ir até o lugar sozinha me assustando com a opulência elegante da mansão.

 Entretanto algo nela me dava um forte arrepio.

Era como se ela toda emanasse um frio mortal.

 

Toquei a campainha e logo fui recebida por um mordomo elegante.

― Senhorita Wednesday Addams. ― Ele me cumprimenta como se me conhecesse. ― É um grande prazer a receber. 

― Já nos vimos antes? ― Digo confusa e ele me sorri gentil.

― Não, senhorita, mas já ouvi falar da senhorita. ― Responde ao caminhar a meu lado indo em direção da porta principal, que agora limpa e totalmente restaurada me dava estranheza como se nunca tivesse entrado ali. ― Antes de partir os amos, Espicha, Catinga e Gordo me alertaram sobre a senhora.

― Amos? E onde esse trio está? ― Pergunto ao segui-lo porta a dentro.

― Não deveria dizer, mas me foi ordenado para não lhe esconder nada. ― Ele argumenta ao encostar a porta atrás de mim e posso ver o glorioso salão, agora limpo se iluminava sozinho como uma joia. ― Os amos foram se encontrar com as bruxas que cortejavam a um tempo; e aproveitar os corpos mortais que ganharam de presente do sobrinho.

― Corpos mortais? Isso é impossível! Fantasmas não podem voltar a vida! ― Acabo por me exaltar a primeira vez na vida. Minha garganta chega doer e até tusso um pouco.

― Água?

― Obrigada.

― Sim. Em factores normais fantasmas não podem assumir corpos humanos a não ser que os usem se tornando zumbis, mas como a senhorita deve ter constatado esta não é uma casa qualquer, ela pertence a morte e contém tudo que pode controlar isso. Então dar corpos mortais ou inverter a morte é algo simples para o dono desta casa.

― O dono? Diz a morte?

― Exatamente. A morte tem um poder elevado, assim como o jovem mestre que nasceu dotado de habilidades surpreendentes apesar de as negar.

― Está dizendo que o Gaspar fez tudo isso? Por que? ― Assim que pergunto o sorriso em seu rosto se desfaz.

― Segundo ele: cansou de estar morto. ― Me responde sério ao olhar para os demais empregados da casa que pareciam felizes com seu presente. ― Diferente de todos nós Gasparzinho nunca soube o que é estar vivo de fato. Ele pesquisou muito e conseguiu… isso. ― Diz ao erguer os braços mostrando a mudança do lugar e a si mesmo. ― Nós ficamos muito gratos com esse presente. Ainda estamos mortos e isso não passa de um… feitiço ilusório de um fantasma poderoso, mas ainda sim voltar a sentir e viver mesmo que desta forma é muito mais confortável. Podemos sair da propriedade desde que voltemos no período de 24 horas, e assim manter este efeito.

― Isso é... incrível.

Estava atônita.

Gaspar era tão poderoso assim?
 

Eu já tinha visto este tipo de coisa em filmes de terror, onde assim que o fantasma principal é derrotado todo lugar se desfaz mostrando que não passava de uma ilusão criada por aquela alma. Mas nunca imaginei ver algo assim pessoalmente.

Filmei e tirei fotos mostrando no grupo de família para que todos se acalmassem, explicando que ninguém invadiu o lugar e o modificou. Aquilo era obra de um fantasma, e desta forma todos se acalmaram.
 

A mansão estava esplêndida e recheada de vida.

Os empregados felizes estavam arrumando tudo e me cumprimentavam saudosos enquanto explorava o lugar como se nunca tivesse passado meses morando naquele lugar e ajudando a o reformar. Tudo estava tão... diferente.

Ate a piscina que a vovó se empenhou tanto em encher de plantas diversificadas, estava limpa e com uma água cristalina.

Não consegui acreditar que ele tinha um gosto tão... me senti bem desapontada. Mas o que esperar? O lado bom é que ele não parecia ser dissimulado, “isso” todo esse glamour brilhante era algo que esperaria de alguém com o jeitinho dele.
 

Mas essa não era a vista mais surpreendente.
 

― Amo? A senhorita Addams veio vê-lo. ― O mordomo que me acompanhava anuncia ao me dar passagem. E neste momento me vejo em uma copa que dava vista para a cidade que circundava a mansão.

Logicamente reconheci o lugar favorito de Gaspar ficar.

De lá ele podia ver a escola e os campos de jogos assim como o parque.

Eu nunca entendi isso, mas enquanto morei ali o acompanhava de qualquer forma; e ficávamos conversando ali por horas ou ate varar a noite.
 

Então já sabe que não foi essa a vista que me surpreendeu.

Foi sua aparência humana.

 


Notas Finais


(Isso de os tios não serem tios e o proteger de uma segurança tirei do filme 2. Sim. Eu tirei este livro do filme: fantasmas se divertem e tem umas citações sobre o nosso "Besouro Suco” e a Lydia kkk Tbm citei duas personagens de desenhos antigos com essa temática mais gótica sendo a Mandy das terríveis aventuras e a menos famosa pertence a um desenho onde ela foi adotada por insetos.)


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