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História Crazy - Grande idiota.


Escrita por: nyanya

Notas do Autor


Caraca, só no feriadão pra ter tempo. Jesus! Mas tá ai pra quem tava esperando hueheuehue
Me desculpem qualquer erro e pela demora( como sempre!).

Capítulo 20 - Grande idiota.


 

Minha cabeça doía. Meus olhos pesavam. Na verdade todo o meu corpo parecia equivaler a uma tonelada.

-Mas o quê...?

Passei a mão pelos cabelos, os tirando do meu rosto. Eu havia dormido apoiado contra a parede.

-Torcicolo...- esfreguei a minha nuca.Suspirei.- Mas que sonho tão estranho.

Procurei pelo meu telefone. Embaixo dele tinha uma nota. Aquela nota.

-Então...- meu estômago queimou.

Eu realmente havia falando com o Wade. Isso não era possível, não podia ser real!

Com as mãos tremulas e suadas, teclei o número novamente.

-Vamos lá...Vamos lá...-sussurrei.

-O NÚMERO SE ENCONTRA FORA DA ÁREA DE COBERTURA.

-Merda!

Bem agora, quando eu finalmente acreditei que as coisas estavam se encaminhando.

Isso só poderia ser uma daquelas conspirações demoníacas, a onde o mundo te dá algo e logo te toma, só pra mostrar que tudo é realmente não passa dessa  merda grotesca.

-Peter...?

A olhei. Ela pareceu se assustar com algo e correu em minha direção.

-Tá tudo bem? Meu Deus, o quê houve? Por que você está chorando?

Chorando?

Toquei seu rosto.

Definitivamente chorando.

-Não foi nada...- sorri fraco.

-Foi o Harry?...Ou você já está com saudade da Universidade?

-Não foi nada Tia. Fique tranquila!

-Como eu posso ficar se você está assim?

Me levantei e ela me seguiu. A abracei suavemente.

-Foi só um pesadelo...- a soltei- E o que temos para o cafe da manhã?

Ela riu.

-Café da manha? Se já é noite!

Eu havia dormindo por umas 10 horas seguidas ou mais. E sei que dormiria mais se pudesse.

-Então o que temos para o jantar?

Riu mais uma vez.

-Que tal se a gente comesse fora?

-Pizzaria?

-Pizzaria!

Rimos juntos.

-Mas tome um banho primeiro, você está com as mesmas roupas de ontem!

-OK,OK! Me dê alguns minutinhos. Agora pra fora mocinha.

A empurrei brincando para fora do quarto e lhe beijei a testa.

Suspirei.

-Banho!- desabotoei a camisa.


XXXX

 

-Vamos logo, Peter!

A ouvi gritar do andar de baixo. 

-Já vou!- joguei meu cabelo para trás antes de sair do banheiro. Peguei a minha bolsa(masculina),desci as escadas e sai.

Tia May já me esperava no carro.

-Vamos garoto, hoje vamos comer a beça!

Ri. Entrei no automóvel.

-O que vamos ouvir?- perguntei.

-Nada melhor que o bom e velho Elvis.

-Pois muito bem!

Não era lá muito longe o bendito estabelecimento. Mas tudo parecia uma viagem com a Tia May, ela sempre foi tão divertida.

Entramos no local, estava vazio para um sábado a noite.

-Senhora Parker e o jovem Peter, como vão?- era Lorenzo o dono do estabelecimento, praticamente um membro da família.

-Bem, bem.

-O de sempre?

-O de sempre.- respondemos juntos. Rimos.

Tupo parecia perfeito, tudo tão pacificamente perfeito. Esse era o problema, eu sentia que algo ia acontecer!

-PASSA TODA A GRANA QUE VOCÊS TIVEREM! - Um homem dos fundos, acompanhando de mais dois caras parrudos, ergueu uma arma desconhecida para mim. Definitivamente de uma tecnologia avançada.

Olhei para a tia May e fiz sinal para que saísse. Ela pareceu relutar mas eu tinha um plano.Corri para o banheiro assim que ela conseguiu se esgueirar pela porta. Tudo parecia uma confusão, as poucas pessoas que estavam ali começaram a gritar e a se mover por todo o restaurante.

-Ei! Cabeçudo!- chamei a atenção do que parecia ser o líder, ele era calvo e tinha uma marca em seu rosto. - Por que que você não vaza daqui?

Ele riu sem se virar pra mim.

-Quem você pensa que é, idiota?- bateu a mão no balcão.

-Chefe...- um dos caras parrudos cutucou seu ombro.

-O que é?- estava irritado.

-É o Homem-aranha...- murmurou.

-É o que?- ao se virar para o capanga, conseguiu me avistar.

-Opa, eai? Beleza?

Seu rosto empalideceu.

-Merda.- virou a sua arma em minha direção.

-Ou, ou...Vamos ter cuidado? Isso não parece ser um brinquedo!

-Mas é claro que não.- e riu.

Ativou a máquina. Mas eu era mais rápido, pulei no teto. Com raiva ele aumentou a potência. Ele não sabia manejar aquele trambolho e acabou se atrapalhando sozinho.

-Ai!- gritou um de seus companheiros quando foi atingido.

-Não quero que você machuque mais ninguém. Então pra terminar com esse show...- atirei algumas teias prendendo aqueles amadores contra a parede.

-Agora vamos conversar de algo serio?...- desci do teto - A onde vocês arranjaram essas paradas? E de quem?

O líder não parecia ceder, mas um desse idiotas estava praticamente se borrando todo. O intimidei.

-Na antiga zona de teste...T-tem um cara que nos vende as armas ai...A-a gente não sabe quem ele é...P-por favor não me machuque!- fechou seus olhos com medo de ser golpeado.

Suspirei. De novo esse lugar.

O que me resta é investigar. Passei uma teia especial sobre seus rostos, para que não me vissem voltar para o banheiro. Definitivamente foi uma boa ideia trazer o traje.

Mandei uma mensagem para Tia May, ela havia ligado para polícia e estava me esperando no final da rua. Disse a ela que deveria ir para casa, que eu ficaria para dar meu depoimento. Ela concordou com relutância.

-Agora, vamos lá fazer um pouco de trabalho de campo!- estralei meus dedos.

 

XXXX

 

O caminho foi rápido, ter teias realmente é uma vantagem. Acabei me escondendo estrategicamente em umas das poucas árvores que havia ao redor.

O lugar parecia vazio, sem nem uma sola alma. Estranhei. Várias ideias passavam pela minha cabeça, esse tal homem podia vir só quando solicitado ou em dias/horas específicos(as).

-Isso vai ser mais complicado do que parece...-resmunguei.

Meu sentido aranha chamou a minha atenção. Barulho de passos.

-Só pode ser você...

Percebo uma sombra, aparentemente de um homem. Ele estava encapuzado. Parecia carregar um telefone antigo nas mãos.

-Alguém deve ter chamado ele?- balancei a cabeça- Também pode ser um cliente...Merda!

Isso pode ser perigoso, sabe se lá com quanta gente esse cara pode estar escoltado. E se ele realmente sabe o que tá construindo com certeza vai saber manejar. Já consigo imaginar o estrago.

-Eu devia ter examinado aquelas armas...Que belo super-héroi! 

O homem continuava zanzando, olhava para o telefone a cada minuto. Estava impaciente. Definitivamente um cliente.

-Ah, ele parou...Vamos lá me dê uma pista, me dê qualquer coisa!

Ele mexeu no celular, teclou algumas coisa, e logo o colocou na orelha.

-Tá chamando o cara...Ele deve tá realmente puto.

Meu telefone começou a tocar dentro da bolsa.

-Logo agora...-resmunguei. Peguei ele sem tirar a vista do meu suspeito.

-Alô?- murmurei.Fez um barulho de interferência.

-...Peter...?

- Sim?

O telefone ficou mudo do outro lado.

-Alô?- tentei novamente.

-Peter...Sou eu!- a voz parecia falha, mas não sei dizer se foi alguma coisa com o sinal ou se a pessoa do outro lado parecia ter alguma dificuldade para se comunicar.

-Eu quem?

-Porra, Peter! Já se esqueceu de mim?- fiz uma careta, só pode ser brincadeira.Parecia tentar forçar a sua voz para que eu o escutasse melhor. - Sou eu, Wade!

Congelei.O susto foi tão grande que não sei como diabos, mas acabei caindo da árvore.

-Ai minhas costas!- só pode ser trote.

-Que barulho foi esse?- ouvi da outra linha.

Meu sentido aranha soou como um alarme.

-Merda, perdi a minha camuflagem.

Ouvi passos rápidos e fortes. O cara estava vindo pra atacar.

Me levantei de um salto.

-Alô? Peter? Você tá bem? Merda, Peter, eu vou ter que desligar.- conseguia ouvir sua voz pelo telefone.

Os passos mais próximos. Já conseguia visualizar a sombra. Me preparei e pulei com os meus pés sobre o peito do "criminoso". Eu ia fazer ele falar. Pulei encima do seu tronco, o imobilizando.

-Merda! Ei...calma ai!

Minha mão parou no ar. O punho tremia.

-WADE?!

-Surpresa...?

-Mas eu vou te matar...- a adrenalina era tamanha que passei a esmurrar seu peito.

-Maldito...Idiota...Otário...Psicopata de merda...Pedaço de bosta....Ah, como eu te odeio!

-Também estou feliz em te ver...- ele me envolveu com seus braços-...Peter?

-Filho de uma put...

-Shh...eu to aqui...- passou a mão pelo meu rosto- Olha pra mim...-pediu.

-Eu não quero...-balancei minha cabeça em negação.

Ele suspirou.

-Eu quero ver você...- sua voz era trêmula.- Eu senti tanto...mais tanto as sua falta.

Meu coração se despedaçava.

Ele lentamente levantou meu rosto, eu fechei meus olhos.

-Peter?- posicionou suas mão para levantar a máscara- Posso?

Não respondi.

Senti o pano subir.

-Peter...- era tão bom ouvir meu nome com a voz dele- Por que você está chorando? - eu estava?De novo?- Eu to aqui!

Senti seus dedos nus retirarem as lágrimas do meu rosto.

Senti seu rosto mais próximo.

Sua respiração.

Seu cheiro.

Ofeguei.

Ele tocou sua face contra a minha. Apertou o abraço.

Eu queria tanto vê-lo.

-Só pode ser um sonho...-sussurrei.

-Então abre os olhos!

-E se você sumir?

-Eu não vou...

Devagar os abri. Primeiramente vi ao fundo as sombras do lugar. 

Eu tremia em expectativa.

Depois vi seu pescoço desnudo. Meu coração falhou uma batida.

Todas as cicatrizes estavam ali. Ele estava ali.

-Viu? Eu to aqui!- virou sorrindo para mim.

Toquei seu rosto. E chorei como um bebê.

-Ainda bem!


 



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