~Sonho On:
Estava no pátio da escola, conversando com alguns caras sobre o torneio de futebol da escola, Quando de repente Adam se aproximava, Ele era alto, líder do time de futebol, tinha cabelos castanhos e olhos azuis, era o garoto mais cobiçado da escola. Menos por mim.
-Eai Lunática? Beleza? -Ele disse e eu virei para trás devagar, Lunática era o apelido que me deram na escola, os professores diziam que eu era de outro mundo e que eu sempre vivia no mundo da Lua. Por isso, eu odiava esse apelido.
-Adam... -Digo com um sorriso amarelo.
-Tá gostosa hoje em. -Ele disse pegando na minha cintura e eu o empurrei.
-Você acha que tá falando com quem, Com as suas vadias de torcida? -Digo o olhando incrédula com o que ele fez. Sim a minha escola tinha lideres de torcida, eram as "gostosinhas" da escola.
-E você acha que tá falando com quem? -Ele diz se aproximando.
-Com um palhaço machista que esqueceu o cérebro no Útero da mãe. -Digo o encarando.
-Você acha, que só porque você é mulher eu não bato em você? -Ele me encara furioso.
-E você acha que só porque você é um animal eu não quebro os seus dentes, eu sei que é proibido bater em animais, mais animais como você é uma exceção. -Digo tombando a cabeça para o lado.
Dei um soco nele e ele praticamente nem se mexeu. Ele me segura pelo blusa e me joga longe, levanto rápido e vou até ele. Começamos uma briga estável. Até que ele me empurra contra o muro e eu dou de cabeça na parede caindo no chão um pouco tonta.
-Porque você foi mexer comigo Harper! -Ele diz tirando uma faca pequena do bolso do casaco. Engoli em seco e dei outro murro na cara dele, dessa vez mais forte e ele meio que foi pra trás. Após se recuperar ele me segurou pelo pescoço e me levantou.
-Sua vadia desgraçada! -Ele diz olhando a faca perto de minha barriga.
-Você é um palhaço ridículo e machista! -Digo soltando uma risada, mais na verdade queria estar chorando.
Ele fincou a faca na minha barriga e eu soltei um grito horrível, naquela hora achei que iria morrer, ele repetiu mais duas vezes e soltou a faca no chão me fazendo despencar no chão também.
-Idiota! -Digo sentindo um gosto ferroso de sangue na minha boca. -Se você me matar eu te arrasto para o inferno, infeliz! -Digo tentando estancar o sangue com as mãos.
Ele pareceu arrependido do que fez, ele me olhava com pena e eu com ódio.
-Lucy eu... -Ele disse e foi interrompido.
-Cala a boca Adam! -O diretor disse vindo correndo até mim. -Vá para minha sala agora! -O diretor gritou e ele abaixou a cabeça e foi.
-Eu vou matar ele... -Digo passando meu braço pelo pescoço do diretor Franklin, eu caminhava toda torta, a dor era de mais.
-Acalma Harper, vou leva-la ao hospital mais próximo. -Eu meio que ignorei e percebi que a escola toda tinha assistido a briga. Quando vi uma menina dizendo, mais a voz soou distante.
-Esse é só o começo Lucy! -A menina disse e de repente eu apaguei.
~Sonho Off:
Acordei com a testa suando, minha respiração ofegante e um pouco gelada.
-Meu Deus! -Digo passando a mão na testa. Sento na cama e pego o celular. Eram 14:40 da tarde. -Eu dormi tudo isso? -Digo colocando o celular de volta no criado mudo.
Fui até o banheiro e joguei uma agua no rosto. Olhei para meu reflexo no espelho. Eu estava normal, mais com cara de assustada. Sequei o rosto e me olhei no espelho maior.
Escovei meus cabelos e vesti uma roupa mais normal. Parei no meio do quarto e respirei fundo. Sai do quarto fechando a porta, desci as escadas devagar, tentando processar as coisas.
-Você sabe que horas são? -Bobby diz e eu prevejo o sermão.
-três da tarde. -Digo passando reto por ele um pouco pensativa.
-Pois é, tem muita coisa pra me ajudar e você está dormindo seu sono real não é mesmo, majestade? -Ele diz irônico e ignoro. Pego um pouco de café e sento em uma cadeira apoiando os braços na mesa. Ele estranhou e sentou a minha frente.
-O que ouve?
-Nada... -Digo coçando a nuca e tomando meu café.
-Lucy, eu posso ser velho mais não sou idiota. -Ele diz com um olhar preocupado.
-Não é nada Bobby. -Digo tomando o café.
-Lucy, não banque a criança, apesar de você ser mais infantil do que o Dean. -Ele diz revirando olhos.
Nossa valeu Tio Bobby.
Bufei ainda com a caneca na boca. Revirei os olhos e coloquei a caneca na mesa.
Levantei e puxei a blusa um pouco pra cima mostrando a cicatriz e ele me olha estranho.
-Isso é seu motivo de rebeldia? -Ele diz incrédulo.
-Eu sonhei com isso. -Digo séria.
-E?
-E, que faz seis anos e eu nem lembrava disso. -Digo voltando a tomar meu café.
Ele ficou pensativo.
-Aconteceu quando eu tinha quatorze anos, eu briguei com o capitão do time de futebol da escola e levei três facadas na barriga.
-Parabéns senhorita inteligência. -Ele diz irônico.
-Bobby, eu não lembrava disso. Como eu fui sonhar? -Digo e ele não tinha entendido. -Olha eu acho que a velhice afetou seu cérebro. -Digo revirando os olhos.
-Isso faz seis anos que aconteceu, e adivinha? Adam morreu seis meses depois da briga, exatos seis meses e adivinha como?
Ele faz um "não sei".
-Com seis facadas no abdômen. -Ele levantou as sombrancelhas e entendeu o que eu disse.
-Lucy... -Ele diz pegando a caneta e o papel de cima da mesa.
-Quantos anos faz que você teve essa briga?
-Seis. -Ele anotou o número seis no papel.
-E ele morreu quantos meses depois?
-Seis. -Digo e ele coloca outro numero seis ao lado do outro.
-Com quantas facadas? -Ele diz e eu olho no papel e me sobe um arrepio na espinha.
-Seis. -Digo e ele escreve outro numero virando o papel para mim.
666
-Caramba! -Digo sem reação.
-Eai? Quem você acha que matou o cara?
-Lúcifer. -Digo e ele confirma com a cabeça. -Que merda ein. -Digo tomando um gole do café.
-Porque isso? -Ouço a voz de alguém e me afogo com o café. Viro para trás e Castiel estava observando o papel.
-Oi senhor Castiel! -Digo quase morrendo.
-Olá. -Ele diz normalmente.
-Olá? Eu quase morro afogada e você diz olá? Deveria pedir desculpas. -Digo cruzando os braços.
-Não. -Ele diz pensativo por algum tempo.
Ele coloca a mão na minha barriga e eu me esquivo.
-Hey, ei, ei, ei Opa, e paga um jantar primeiro. -digo e Bobby respira fundo revirando os olhos.
De repente uma coisa branca aparece e ele tira a mão. Ele me olha sério.
Olho por dentro da blusa e a cicatriz tinha sumido e eu olho espantada.
-Sabe quantas coisas eu passei pra tirar isso aqui? -Digo incrédula.
Ele da de ombros.
De repente ele some e eu reviro os olhos, em questão de segundos ele volta.
-Lucy, você disse que Adam morreu a seis anos? -Castiel disse olhando para o nada como sempre.
-Certo, E dai? -Digo pondo as mãos no bolso da calça.
-Adam morreu quando tinha quatro anos em um acidente de carro. -Castiel disse eu fico confusa. -Olhei os dois túmulos e adivinha o que eu encontrei?
-Se eu soubesse não perguntaria. -Reviro os olhos.
-Os dois limpos, e no ultimo, que seria do Adam mais velho, encontrei enxofre.
Bobby levanta uma sombrancelha.
-Eita! -Digo caminhando pela sala. -E o que isso quer dizer? -Digo e Bobby balança a cabeça em negativo. -Que o Adam que você brigou era um demônio. -Bobby disse levantando. -Eu vou beber. Bobby disse saindo do sala.
-Você, não sentiu nada de estranho? -Castiel disse.
-Cara, eu só senti dor e um friozinho sabe? Eu acho que era porque a morte tava do meu lado. -Digo piadista como sempre.
Logo ele sumiu.
-Sim, Claro você pode desaparecer. -Digo bufando. Subo as escadas e vou até meu quarto pegando meus fones de ouvido e celular.
Desço e começo a ouvir uma playlist que até então desconhecida por mim. Só tinha músicas dramáticas, de "Perdi meu amor e não sei o que fazer" Ou "Fui corno e agora vou ser depressivo", "Não consigo de esquecer" e por ai vai. Lia tinha baixado umas músicas muito loucas pra mim, maldita hora que eu fui emprestar o celular quando ela estava em um pós-termino-de-namoro.
-Bobby! -Grito umas cinco vezes.
-Vai se ferrar! -Ouço.
-Também te amo! -Digo tirando os fones e sentando no sofá. Bufei e levantei caminhando até a porta. Dean estava arrumando algo no carro e Sam estava lendo alguma coisa. Dei um sorrisinho.
-Com licença, apagando a luz do Sol! -digo caminhando como se estivesse em uma passarela.
-Eu achei que você tinha entrado em coma. -Dean disse nem olhando pra mim.
-Nossa, Hoje é domingo, dia internacional dos preguiçosos! -Digo sentando no capo do carro e ele me fuzila com o olhar. -Nossa Ok! -Digo saindo de cima do carro.
-Oi Sam!- Digo mexendo no cabelo dele e ele deu um tapa na minha mão.
-Não toca. -Ele voltou o olhar a um livro. Bufei.
-O que ouve com vocês hoje, algum bicho mordeu vocês? Todos emburrados com a cara virada. -Digo cruzando os braços.
Depois de longos minutos em silêncio:
-Sabe, eu tive um sonho muito estranho essa noite... -Digo olhando para o nada.
-Sonhou que quebrou a unha? -Dean disse ainda com a atenção no carro. Era impressionante ele cuidava mais bem daquele carro do que ele.
-Não, sonhei com uma coisa que aconteceu comigo a seis anos atrás.
-Hum... -Os dois murmuraram ao mesmo tempo.
-Só que eu não me lembrava do que aconteceu. -Digo e Sam voltou os olhos para mim.
-Como assim?
-Pois é, e eu fiz um calculo rápido e vi que somando os fatos forma um numero.
-Qual? -Sam disse agora interessado.
-666. -Digo e Dean levanta a cabeça e olha pra mim.
-Sonhou com o que? -Dean disse levantando e limpando as mãos.
-Eu tinha uma cicatriz aqui. -Digo mostrando o lugar onde estaria a cicatriz. Dean levantou as sombrancelhas olhando para o local.
-E? -Sam disse revirando os olhos com a atitude de Dean.
-E, que eu levei uma facada em uma briga da escola a seis anos atrás, o cara que brigou comigo morreu seis meses depois com facadas no abdômen, seis facadas. -Digo e Sam levanta as sombrancelhas.
-Faz sentido... -Dean diz guardando umas ferramentas.
-Não faz sentido. -Digo contrariando.
-Claro, você sendo filha do capeta, parece óbvio, alguém estava cuidando de você para Lúcifer, provavelmente era um demônio. -Ele diz como não queria nada.
Fazia sentido já que Castiel disse que Adam tinha morrido quando era criança, e eu não tinha motivos para brigar com ele. Eu nem conhecia ele direito.
Curioso, deverasmente muito curioso. (E Bizarro!)
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