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História Crazy For You - Presente de aniversário


Escrita por: oitnb83

Notas do Autor


Boa noite amores
Me desculpem a demora, mas os acontecimentos dos últimos dias não me deixaram concentrar direito. O capítulo não ficou tão bom como eu gostaria, mas espero que vocês gostem, hoje está menos dramático .
Boa leitura.

Capítulo 12 - Presente de aniversário


Depois de um dia longo e exaustivo o que Laura mais queria era chegar em casa e tomar um banho longo e quente. Depois de ter visitado a ONG e ido até Pasadena - uma cidade ao lado da sua-, mesmo sendo perto tomou seu dia quase todo acompanhando Terasa e Taylor em um desfile e o finalizou com um jantar leve ao lado de Eve e foi exatamente o que ela fez quando chegou em casa, subiu as escadas pulando degraus e foi direto pra sua suíte, colocou a banheira pra encher, separou uma roupa confortável, colocou o celular pra carregar, voltou ao banheiro tirou o excesso de maquiagem, prendeu o cabelo com uma buchinha, tirou a roupa ligou a hidromassagem entrou na banheira e relaxou. O cansaço era tanto que fechou os olhos por alguns segundos e acabou cochilando por quase meia hora, sonhou que estava caindo e acordou assustada, terminou o banho e sem demora secou todo o corpo com uma toalha, vestiu o pijama ligou o abajur, apagou as luzes e deitou, pegou o celular e o ligou, ao desbloquear tinha uma chamada perdida da mãe e outra de Natasha, como passava das 23hrs preferiu deixar pra retornar pra mãe no dia seguinte e pra Natasha ligaria assim que respondesse a algumas mensagens. Eve mandou uma mensagem carinhosa de boa noite e Laura respondeu com o mesmo carinho, respondeu a uma mensagem de Jodi sobre alguma coisa do trabalho e por último uma mensagem de Taylor agradecendo pelo dia bom e pelo almoço agradável que tiveram. Laura sorriu, pois realmente tinha sido um dia bom e sem desavenças pela primeira vez em todos aqueles meses sentiu que poderia ter ficado ali pra sempre admirando os olhos que brilhavam como o mar em um dia ensolarado, o sorriso singelo e apaixonante- Porque você tem que ser tão idiota?- pensou alto. Respondeu a mensagem falando que também tinha gostado do pouco tempo que ficaram sozinhas, desejou boa noite e enviou uma carinha feliz finalizando a mensagem. O sono já incomodava, mas precisava ligar pra Natasha.

- Porra Prepon, se eu tivesse morrendo teria morrido olha a hora.

- Dramáticaaaaaaaaaaaa - Cantarolou. - Meu celular descarregou, cheguei em casa tem pouco tempo , o que tu manda?

- Nada, liguei só pra encher o saco mesmo, já que você não me liga - reclamou da falta de atenção da amiga.

- Deu pra ficar emocional agora?- rindo

- Nunca precisou- rindo- Como está indo as coisas?

- Bem, Eve é uma ótima pessoa, acho que já te disse isso.

- Falei com ela ontem, ela me disse que tudo deu certo.

- Eu fiquei sem saber como agradecer o lindo gesto dela.

- Ela é assim mesmo, tem o coração enorme.

- Estamos ficando. - a unha do seu dedo polegar deslizou de um lado paro o outro em uma das sobrancelhas

- VOCÊS O QUE? - gritou fazendo com que Laura afastasse o telefone

- Porque a surpresa?- Laura perguntou.

- Eve não me falou nada, eu mato ela. Desde quando?

- Ficamos a primeira vez uns 4 dias depois que tivemos o primeiro encontro e estamos desde então.

- É um absurdo eu não ter ficado sabendo disso antes- reclamou

- Não estamos namorando, estamos saindo sem compromisso e decidimos manter em segredo talvez por isso ela não comentou.

- Mesmo assim eu que apresentei vocês duas. Agora entendo o piti de Taylor. Pensou alto demais.

- Que piti?

- Ela desconfia que vocês estejam ficando, acho que não é tão secreto assim o relacionamento.

- Agora ela já sabe. Mas o que ela fez?

- Ela não assume, mas está morrendo de ciúmes.

- Nem fala, ela veio falar comigo outro dia nossa me fez raiva demais acabei falando de mim e Eve. Vive falando que tem algo pra me falar e nunca fala e isso me irrita. Você deve saber o que é.

- Pior que não, ela dá uma de maluca desabafa qualquer coisa e pronto, vou perguntar e ela não responde o que eu quero.

- Concordo com a parte do maluca, mas hoje o dia ao lado dela foi bom por incrível que pareça, deve está deixando de me odiar- gargalhou

- Quem sabe Eve é o milagre que vocês estavam precisando.

- Ela tem ciúmes, mas não acho que ela me queira é apenas um capricho, ela tem Carrie, - revirou os olhos - nem eu sei se a quero mais. Eve me faz bem.

- Ia falar uma coisa, mas deixa pra lá.

- Agora fala não me deixa curiosa.

- Foi só um pensamento que me ocorreu. Ainda vamos falar sobre.

- Sem graça. Depois dessa vou dormir, o sono e o cansaço me consomem. Boa noite.

-Boa noite. Durma bem.

- Obrigada. Você também, beijos. - desligou o telefone, acomodou-se melhor na cama, virou de lado e em poucos segundos adormeceu.

 

//

 

- Que susto Maria- levando a mão ao peito ao entrar na cozinha e dar de cara com a jovem mulher de idade entre 45 a 50 anos. - O que está fazendo aqui, eu avisou que não precisava vir hoje- puxou um banco sentou e apoiou os cotovelos no balcão.

- Vou precisar folgar na segunda e se eu falasse por telefone eu sei que não deixaria eu vir.

- Sem necessidade, poderia ter ficado em casa hoje.

- Você sabe como eu sou- Maria sorriu- Café?

- Por favor- Falou Laura juntando as mãos

Maria entregou-a uma caneca cheia de café. - O que vai querer almoçar?

- Vou almoçar fora, se você quiser pode ir embora- levou a caneca na boca deliciando com o café.

- Tem certeza?

- Tenho Maria. O café estava maravilhoso- levantou aproximou-se da mulher e beijou-a na testa. Você é um amor. - caminhou até a pia e lavou a caneca.

- Não vai comer nada? Você está muito magrinha. - olhando-a com carinho.

- Não, hoje dormi mais que a cama, se eu comer agora não vou almoçar.

- Menina menina, saco vazio não para em pé. - abraçando a morena pela cintura

- Parece minha mãe falando, não se preocupe já já vou sair pra almoçar - beijando o topo da cabeça da mulher que deveria ter no máximo 1,65 de altura.

- Vou mandar um daqueles robozinhos que voam e filmam pra vigiar você- arrancando gargalhadas da morena – Drone. - Laura falou

-Isso- sorriu

- Só você mesmo Maria. Vou me trocar, espera que eu te deixo em casa.

- Vai te atrasar

- É caminho. Só um minuto- pegando o celular no bolso do roupão- Oi - um sorriso brotou dos lábios rosados.

- Incômodo? -

- Talvez sim, Talvez não, mas pode falar- rindo.

- Qual é a graça?

- Vai falar ou não? Você tem 5 minutos, preciso ligar pra minha mãe.

- Podemos nos ver?

- Poderíamos e eu até gostaria de ter a sua companhia se eu não tivesse compromisso.

- Que pena

- Sim, você demorou e alguém chegou na frente- riu

- Vai sair com aquelazinha? -

- Vou Taylor e aquelazinha é quase minha namorada, ciúme nessa altura do campeonato é perca de tempo.

- Fica pra uma próxima então, bom passeio - acabou sendo um pouco descortês.

- Bravinha em - sorriu

- Não estou só estava entediada e queria conversar com alguém que não fosse por telefone, e hoje todo mundo resolveu ficar ocupado.

- Vai aparecer alguém. Vou me arrumar e ligar pra mim mãe, depois nos falamos ok?

- ok. - Desligando o celular

- Desligou, nem esperou eu terminar de falar- fez um bico 

- Namorada? - Maria perguntou surpresa

- Maria você não escutou isso, foi só uma brincadeirinha.

- Espero- olhando de canto de olho

- Preconceito? - perguntou séria

- Nenhum, é que eu nunca te vi sorrindo do jeito que você sorriu a hora que atendeu esse telefone, seus olhinhos brilharam tanto- falou com entusiasmo.

- Exagero- baixou o olhar

- Porque não desmarcou com aquelazinha e saiu com o rapaz? - tirando risos de Laura com o “aquelazinha”- Rapaz Maria? - sorriu - Não é recíproco- entristeceu o olhar

- Mas ele queria sair com você.

- Só pra conversar, "ele" tem alguém. Eu até tentei, mas recebi um não da pior maneira possível, pior que um soco no estômago.

- Oh minha querida - abraçando a morena com carinho

- Agora somos amigos e isso basta.

- Não fala assim, o amor à gente não se joga fora.

- É uma história complicada já me conformei. Agora vou me trocar senão vou acabar atrasando. Obrigada pelo abraço foi muito reconfortante. - Seguiu pelo corredor discando número da mãe. - Oi mamis querida, como está? -  terminando de subir as escadas

- Bem bebê e você?

- MÃE

- É tão bonitinha a carinha que você faz, me faz  lembrar quando você era pequenininha

- Você nem está aqui pra ver - segurou o celular com o ombro e foi no closet escolher uma roupa

- Eu imagino. Como foi seu dia ontem que não me ligou?

- Exaustivo, cheguei em casa tomei banho falei com Natasha um pouquinho e dormi. - Escolheu uma calça sarja preta, camisa cinza e blusa xadrez vermelha e preta

- Amiga nova?

- Não, lembra da Natasha da Agência de NY?- colocou o telefone no viva voz e começou a  se trocar.

- Tem um tempinho já, você tinha tantas amigas lá.

- A filha da dona

- Agora sei, uma do cabelo juba de leão- Laura gargalhou- Essa mesmo dona Marjorie, nos encontramos em um evento.

- Como eu não vi essas fotos?

-Viu sim mamãe querida, só não a reconheceu. - Terminou de se vestir e calçar o tênis, pegou o celular tirou do viva voz.- Ela agora é uma mulher de cabelos domados. - rindo - Do outro lado da linha Marjorie sorriu - Deixa ela e vamos falar de você, o que vai fazer no seu aniversário?

- O mesmo de sempre. 

- Tem certeza?

- Tenho e isso não deve mudar. Que dia você vem?- saindo do quarto e fazendo o caminho de volta pra sala onde Maria a aguardava

- Se é sua decisão eu aceito. Vou na quarta, quero passar uns dias com você pra matar a saudade.

- Vou adorar, é bom que vou te levar pra conhecer as novas instalações da ONG, está ficando tudo tão lindo. 

- É bom que você vai largar aquela agência um pouco e ficar comigo.

- Eu sempre fico com você dona carente. Depois me liga pra dizer à hora que vai vir pra eu ou Jodi te pegar no aeroporto. Vou precisar desligar agora estou saindo pra almoçar.

- Sozinha?

- Não e sem mais perguntas. Beijos

- Quero saber dessa história.

- Depois mãe, vou desligar. Beijo

- Oh menina difícil, bom almoço. Beijos

- Obrigada mãe. - Desligou o celular- vamos Maria.

Depois de deixar Maria em casa Laura seguiu para Silver Lake, almoçaria  e passaria a tarde com Eve, ficariam alguns dias sem se ver.

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Camilla, Terasa e Taylor aproveitaram que Laura não estava e foram até a sala de ensaios onde Jodi se encontrava à espera delas, acomodaram-se nos bancos e Jodi começou a falar. - Quinta é o niver da senhora estresse e sabemos que ela não gosta de festa de aniversário, mas andei conversando com Marjorie sobre como ela anda de bem com a vida e ela quer dar uma incrementada na festinha de quinta.

- Não sei não, será que não vai dar BO?- Terasa perguntou receosa

- Porque ela não gosta? - Taylor perguntou.

- Desde que a conhecemos é assim, por ela não teria era nada, mas a convencemos que nem que fosse um bolo tinha que ter, foi difícil, mas no fim ela concordou. - Jodi explicou. Taylor pensou no que poderia ser e de repente lembrou-se de algo, abriu a boca pra fazer um comentário, mas a fechou no mesmo instante.

- Ela vai ficar muito puta. - Camilla expressou.

- Se ficar vai ser com a Mãe dela, mas eu acho que não, ela só quer uma decoração simples com balões e uns amigos mais.

- Como vamos fazer isso?- Teresa perguntou

- Não sei temos que arrumar um jeito de tirá-la de lá

- Jodi ela gosta de estar no comando, vai ser difícil. 

- Acho que não Terasa, podemos pedir a ajuda de Eve

- Acho que só ela mesmo pra tirar Laura de lá, vivem grudadas- Camilla enfatizou

- Vamos esperar os comandos de Marjorie, só queria deixa-las avisada caso precise.

 

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Quarta Feira

 

Laura estava animada e sorridente com a chegada da mãe, após buscá-la no aeroporto passou na agência pra terminar de resolver uns assuntos e deixou a mãe na companhia de Jodi para que ela não ficasse sem atenção.  Depois de fazer algumas ligações importantes ligou pra Eve pra não ter que fazer na frente da mãe. Enquanto isso Jodi e Marjorie acertavam os detalhes do aniversário de Laura.

- Conversei com as meninas, e a nossa dificuldade é como vamos fazer pra tirar Laura de casa.

- Pensei melhor, vamos deixar isso pra lá, e vamos apenas continuar com o plano dos amigos.

- Vai ser melhor, ela é difícil de dobrar.

- Muito. A hora que eles estiverem chegando ela não vai poder fazer nada. 

- Verdade

- Agora vou lá ver se ela terminou tá demorando demais. - abraçou e beijou a bochecha de Jodi

- Ok- retribuindo o abraço e o beijo

Marjorie entrou na sala Laura ainda conversava com Eve - Minha mãe chegou aqui me chamando pra ir embora, nos vemos amanhã?

- Claro saudades de você.

- Também, até amanhã então. Beijos

- Beijos querida- desligando o telefone

- Quem era?

- Eve, você irá conhecê-la amanhã. Ela que doou o galpão pra ONG.

- Já gosto dela- sorriu

- Ela é uma ótima pessoa.

- Imagino que sim, não é qualquer um que tem esse tipo de gesto.  Podemos ir?

- Tá cansadinha. - abraçou e beijou a mãe com carinho.

Antes de irem pra casa Laura passou no mercado para comprar bebidas e ingrediente para preparar os petiscos pra noite de quinta. Achou que a mãe estava exagerando na quantidade, mas acabou deixando pra lá.

 

Quinta Feira

 

Laura se deu o dia de folga para aproveitar o niver com a mãe, passear pela cidade e fazer compras no Shopping coisa que Dona Marjorie adora fazer. E como era um dia especial queria encher a caçulinha de mimos e presentes, coisa que Laura não ligava, só de estar ao lado das pessoas que ela ama já era o suficiente. Depois de almoçarem deram mais uma volta pelo shopping e foram pra casa.

Já era noite já estava tudo pronto, bebidas, e aperitivos feitos pelas mãos de Marjorie e Laura. Apesar da maioria dos amigos estarem presentes, não passaria de 15 pessoas. Terasa, Jodi e Camilla chegaram juntas. Jodi carregando um bolo e as outras duas carregando as sacolas de presente. Marjorie às recebeu, Laura estava terminando de se arrumar, nada chique, usou o de costume jeans, camisa e coturnos, cabelos soltos ao natural e no rosto apenas brilho labial. Desceu e já estavam quase todos na área da piscina onde foram colocadas algumas mesas e cadeiras. Os presentes foram deixados amontoados no sofá da sala. Ela cumprimentou a todos e por último sentada em uma mesa sozinha mais ao canto Eve deslumbrante com seu batom vermelho o cabelo curto partido de lado cobria uma parte de sua face, o sorriso doce logo apareceu ao ver a morena de olhos verdes aproximar, a ruiva se levantou a recebendo com um abraço longo e um beijo na bochecha que foi limpo com suas próprias mãos seguida de várias palavras bonitas e felicitações.

- Você está linda como sempre - Laura elogiou

- São seus olhos querida.

- Os meus e os de todo mundo, você acha que eu não percebo como olham pra você.

- Ciúmes?- olhando desconfiada

- Ainda não

- Ótimo. - Conheci sua mãe, ela é uma querida.

- Não se deixe levar, daqui a pouco ela está se aproveitando da sua boa vontade. - Sorrindo

- Tomarei cuidado - Sorriu tirando da pequena bolsa de mão uma caixa pequena embrulhada em um papel prata- seu presente - entregando Laura.

- Eu disse que não precisava que não era pra se incomodar com isso.

- Para de reclamar e abre.

Laura abriu o embrulho com cuidado, deixou o papel de lado e abriu a caixinha.

- Gostou? - a ruiva perguntou ansiosa pela resposta da morena

- Claro, nossa é lindo o bracelete. Obrigada - segurando a mão da ruiva em um gesto de agradecimento.

- Você merece.

- Vou guardá-lo. E pra não ficar aqui sozinha vou deixar você na companhia das meninas, elas você conhece.

- Seu desejo é uma ordem 

- Para com isso e vem logo.

Laura puxou a ruiva pela mão indo em direção onde as meninas estavam. - Tomem conta dela até eu voltar- advertiu

- Só porque hoje é seu niver então não se acostume- Jodi sorriu

- E então Eve qual é a mágica?- Terasa perguntou

- Que mágica? - retrucou sem entender

- Deixar ela assim abobalhada

- Não tem mágica, - sorriu - apenas nos damos bem.

- Que continue, ela anda mais flexível com as coisas - Camilla falou.

- Ela estava era precisando de uma amiga nova- Jodi falou pegando seu copo de cerveja e enchendo-o - bebi? - perguntou pra Eve

- Cerveja não. Obrigada, mas respondendo sua afirmação ela é muito travada, queria mais dela, mas ela não se abre. 

- Nem se preocupe se vierem a ter algo mais sério você se acostuma, ela é assim desde sempre. - Terasa explicou.

Enquanto isso Laura deu as costas e caminhou entrando casa adentro, foi até a sala e  aguardou a caixinha em uma gaveta, neste mesmo momento a campainha tocou.

- Mãe pode deixar que eu atendo- Marjorie deu meia volta e Laura caminhou até a porta e a abriu imediatamente. A loira usava uma camisa branca de botão manga longa, calça preta, botas preta de cano curto sem salto, o cabelo ligeiramente bagunçado.

- Oi, algum problema eu ter vindo?

- Claro que não, entra- Laura sorriu enquanto fechava a porta.

- Não trouxe presente, não tive tempo pra te comprar um.

- Não importa, eu não ligo pra essas coisas, por mim nem festa teria. Porque os óculos escuros? - perguntou arqueando as sobrancelhas

- Vou dizer que é alergia - Levantou os óculos para que Laura certificasse que não existia alergia. - Não quero apanhar da sua mãe, afinal eu não mudei tanto daquela época pra cá - abaixando os óculos.

- Ela não faria isso

- Me olharia torto com certeza

- Talvez ela nem lembra de você. Vamos lá pra fora estão todos lá.

- Não vou demorar, só vim te dar um abraço.

- Não ganhei o abraço ainda, mas já que está aqui fica um pouco.

- Oh desculpa, posso?- aproximando de Laura a olhando nos olhos.

- E porque não? - Abrindo os braços

Taylor se entregou naquele abraço e aproveitou cada instante dele desejando a Laura as melhores coisas do mundo. Afastaram-se e deram um breve sorriso.

- Ela também está aí?

- Eve?

- Isso

- Ela é minha amiga também, não iria deixar de convidá-la.

- Não vou muito com a cara dela.

- Deixa de ciúmes - puxando Taylor pela mão.

- Não é ciúmes

- O que é então? - Olhou pra Taylor sorrindo

- Eu só não gosto dela.

- Sei. Vem vou te apresentar aos meus amigos - Passaram rapidamente pela cozinha. 

- Não precisa, não estou afim de socializar. - Pararam na porta da cozinha, Laura olhou séria pra Taylor, arqueou brevemente uma das sobrancelhas- Como você vem pra uma comemoração e não quer socializar? - tocando-a nos ombros.

- Se eu disser que foi por você?

- Eu sou a aniversariante é claro que você veio por causa de mim, a não ser que você tem alguma paquera- sorriu tirando a mão do ombro de Tay.

- Eu não iria vir, o seu niver foi só uma desculpa pra eu vir aqui ver você.

- Está ficando doida Taylor- Laura a puxou de volta entrando pra cozinha. Taylor tirou os óculos e segurou no pulso de Laura fixando seus olhos nos olhos dela.

- Eu. - Taylor pausou puxou ar soltando lentamente. -Eu preciso te falar uma coisa, sinto que vou explodir a qualquer momento. - Os olhos de Taylor brilharam pelas lágrimas que se formavam prestes a rolar pela tua face.

- Fala Taylor está me deixando nervosa.

- Te encontrei- disse Marjorie entrando na cozinha. Rapidamente Taylor colocou os óculos e soltou Laura, e um movimento rápido com a manga da blusa secou uma lágrima que rolou pela sua face.

- Estava aqui ajudando a Jane.

- Oi Jane tudo bem? - estendo a mão

- Ficarei, estou com uma alergia, por isso os óculos escuros. - apontou os óculos com o dedo e em seguida estendeu a mão cumprimentando-a.

- Melhoras. Vamos lá fora pra você comer e beber algo- Disse Marjorie 

Laura saiu na frente, Taylor logo atrás e por último Marjorie com uma travessa de frios. Laura foi até onde Eve e as meninas estavam deixou Taylor na companhia delas e antes de sair Laura sussurrou em seu ouvido - Depois terminamos. - Deu as costas e foi conversar com Danny, Robert e Peter que conversavam animadamente. - Qual o motivo das gargalhadas? - Laura perguntou abraçando Danny.

- O Peter falando de um encontro que não deu certo - rindo

- Peter e seus encontros. Vocês estão se divertindo?

Todos responderam que sim. Laura pegou o copo que Robert segurava e deu um gole em sua bebida. - Cara preciso arrumar um copo pra mim. - Entregando-o de volta a bebida. - Vou fazer isso agora isso deu sede.

- Sede de água que passarinho não bebe- Danny brincou.

- Idiota. Vou indo, fiquem a vontade. 

- Esse ano ela tá mais felizinha perceberam?- Danny perguntou

- Também achei. - Robert concordou

- Deve ser essa coisa da ONG, coisas desse tipo fazem bem as pessoas. - Peter falou com certo entusiasmo.

- Verdade Brow - Danny concordou

- Preciso ir ao toalete, você me mostra onde é? - Dirigiu-se a Laura com um sorriso e uma piscadinha imperceptível.

- Só me seguir

- Como se eu não soubesse o que vão fazer- Taylor resmungou enfiando uma torradinha com patê de milho na boca.

- O que você disse? - Jodi perguntou

- Nada, só pensei alto.

Chegando próximo ao banheiro- Estava louca pra ficar sozinha com você - Eve disse beijando os lábios de Laura.

- Alguém pode nos ver - colocou uma das mãos na cintura de Eve, sem se afastar de seus lábios- Isso tudo é saudades?

- Você fica tão sexy neste seu estilo casual- mordeu de leve o lábio inferior da morena a beijando em seguida. Laura retribui o beijo que além de rápido foi intenso. 

- Vou voltar se não vão desconfiar e tem dona Marjorie que fica o tempo todo me procurando como seu fosse uma criança de 5 anos que fica correndo e se perde no supermercado- Sorriu dando lhe um beijo breve.

- Queria mais que um beijo, mas eu aguento mais uns dias- Dando um selinho longo- Vai logo antes que eu me arrependa- afastando Laura com as Mãos.

Eve acabou entrando no banheiro pra olhar no espelho e Laura voltou para junto das amigas.

- Vou indo nessa - Taylor se levantou virando o resto da cerveja na boca.

- Mal chegou e já vai?

- Pois é Camilla essa alergia tá foda, meus olhos estão começando a coçar vou dar um tempo e tomar um antialérgico pra amanhã eu estar 100%.

- Tem certeza?- Laura perguntou estreitando os olhos

- Tenho, e não se preocupe com aquilo.

- Espera o bolo- Jodi pediu

- Amanhã você me leva um pedaço- sorriu

- Te acompanho até a porta. - Laura sabia que não iria adiantar insistir.

- Não precisa eu sei o caminho de volta, aproveite os seus amigos - apontou Eve que atravessa a porta da cozinha- Boa noite, até amanhã

Todas deram boa noite, menos Laura que pediu licença e acompanhou Taylor até porta da cozinha.

- Laura não precisa, vai dar atenção a sua namorada.

- Para de falar isso, eu já disse que ela não é minha namorada, e mesmo se fosse qual o problema? Laura tinha o tom de voz baixo e impaciente.

- Eu só quero ir embora, posso? - colocando a mão na cintura

- Não estou te segurando- esticou o braço lhe mostrando a porta.

- Tenha um ótimo resto de noite.

- Obrigada você também- Falou sem animo

Taylor saiu emburrada e Laura voltou pra junto das amigas.

- Estavam discutindo? - Eve perguntou

- Não querida, estávamos falando de trabalho - levou a mão no cabelo colocando-o atrás da orelha.

- A sensação que tive foi essa.

- Foi impressão sua - forçou um sorriso

- Vocês são estranhas- Terasa disse

- Nem vou te responder. Vou ali na minha mãe .- pegou seu copo e deixou as meninas. - Mãe vamos cantar parabéns? Estou cansada.

- Não quer esperar mais um pouquinho? - acariciou a bochecha da filha

- Não, já estou no meu limite, quero minha cama.

- Vamos então. - Marjorie foi até a cozinha pegar o bolo e Laura continuou perto dos amigos, pouco depois Marjorie saiu com  um bolo redondo de tamanho médio nas mãos cantando parabéns e todos acompanharam a alegre música batendo palmas e alguns dos meninos assobiando. O bolo foi partido e colocado em pratinhos, Laura mesmo serviu seus amigos um por um. Pouco tempos depois aos poucos foram indo embora e o quintal foi ficando vazio.

- Eu também vou indo.

- Nos vemos amanhã?

- Vou ter um compromisso de última hora, podemos ir no sábado se não for inconveniente pra você, o que acha?

- Estava tão animada, mas pensando bem sábado dá pra aproveitar melhor.

- Se você dissesse não iria usar esse recurso pra te convencer.

- Espertinha.

Eve despediu das meninas e de Marjorie com um abraço e um beijo na bochecha, Laura não só a acompanhou até a porta como foi até onde o carro estava estacionado. 

- Boa noite. Te ligo amanhã - olhou pra um lado e pro outro constatando que não tinha ninguém juntou Laura pela cintura e se beijaram com intensidade terminando com vários selinhos. - Vamos embora comigo?

- Se minha mãe não estivesse te convidaria pra ficar aqui. - Dando um selinho longo na ruiva

- Convidaria nada, você é cheia das frescuras. Sorriu

- Pra tudo tem uma primeira vez, um dia vai acontecer.

- Tem toda razão, já que não pode ser hoje fica pra outro dia- Deu mais um beijo em Laura e entrou no carro.

- Boa noite e dirija com cuidado- Laura disse fechando a porta do carro. Eve ligou o carro e Laura voltou para dentro de casa. Por ali só restaram Danny e as meninas, conversaram mais um pouco e Danny se despediu indo embora restando apenas Jodi, Camilla e Terasa que ajudaram Laura e Marjorie a dar uma organizada mais ou menos na bagunça e em seguida despediram-se e foram embora.  Marjorie sentou-se no sofá e chamou à filha, Laura sentou e deitou a cabeça no colo da mãe recebendo cafuné.

- Gostou do seu dia? - Marjorie perguntou enrolando os dedos no cabelo da filha.

- Foi bom - acariciando o joelho da mãe- Não tenho muito do que reclamar, todo ano é igual mesmo eu não querendo nada vocês fazem. Não pode passar em branco tem que ter um bolinho- Fazendo uma voz engraçada. 

Marjorie riu com a imitação - E não pode mesmo.

- Eu tenho meus motivos... Melhor dizendo tinha eu acho.

- O que eu fiz foi bom pra você. - Parou de fazer cafuné e acariciou a bochecha da filha. Laura levantou-se olhou pra mãe - Bom mãe? Já esqueceu como fiquei?

- Não esqueci, mas olha a mulher maravilhosa que você é. - segurou as mãos de Laura

- Eu continuaria sendo, nada iria mudar isso, as drogas não mudaram, porque o amor mudaria? - os olhos de Laura marejaram.

- Você não entende.

- Não, Eu não entendo. Nunca falamos sobre isso, e não vai ser hoje que vamos falar, esse dia ficou manchado. - Limpou os olhos antes que as lágrimas escorressem.

- Não sabia que isso ainda te machuca.

- Não machuca mais, mas ficar relembrando dói...

- Perdão meu bebê- abraçando-a

- Tudo bem, uma hora ou outra eu iria ficar na bad, isso hoje não é sua culpa afinal já se passaram tantos anos. Vou deitar estou muito cansada. Você vem?

- Vou

As duas se levantaram, abraçaram-se e subiram as escadas em silêncio- Você me odeia? Marjorie perguntou ao chegarem à porta do seu quarto.

- Tive raiva, mas o amor sempre foi maior. Eu te amo independente de qualquer coisa, Poderia ter sido de outra forma, talvez tinha que ser assim...- algumas lágrimas rolaram.

- Não chore.

- Se pudesse voltar no tempo?

- Eu faria igual, talvez mudasse algumas palavras. Porque a pergunta?

- Só queria ter certeza- limpou o rosto com a mão.

- E você o que mudaria?

- Se for sobre esse assunto eu faria tudo igual, mas ao invés de me entregar a dor teria ido atrás dela até o fim do mundo.  Eu te amo mais que tudo, mas eu também a amo- pausou- amava, eu a amava.

- Não era amor.

- Passou vamos deixar o passado lá no passado que é melhor. Um dia falaremos disso quem sabe talvez você entenda. - beijou a bochecha da mãe- Te amo, boa noite e obrigada pelo dia de hoje. O que é um aniversário ruim, no meio de vários bons?

- Boa noite, durma bem.

Marjorie entrou pro quarto pensativa, mas logo deixou pra lá, a filha estava feliz e  era o que importava, o passado não ia mudar isso. Laura seguiu pro quarto tirando a camisa ainda no corredor entrou no quarto tirou o sutiã e acendeu as luzes, Dando de Cara com Taylor sentada em sua cama olhando em direção à porta - Porra Taylor - Tampando os seios com a blusa- Tá doida, o que está fazendo aqui no meu quarto. Sua voz vacilou.

- Desculpa não queria te assustar, mas eu precisava ficar pra falar com você - levantando-se.

- Meu Deus Taylor e não podia esperar até amanhã?- Virou de costas vestiu a camisa 

- Se eu fosse embora eu não ia conseguir falar depois.

Laura passou as mãos no rosto de cima para baixo esticando a pele- Fala 

- Vamos sentar?

- Vou ficar de pé mesmo- mostrou-se impaciente

- Por favor- pediu com delicadeza.

Laura foi até a porta, fechou e trancou com chave, voltou e sentou-se ao lado Taylor.

- Estava chorando? - Taylor perguntou sem tirar os olhos dos olhos de Laura.

- Não, quero dizer sim, mas não vem ao caso, fala logo, você tem que ir embora e eu quero dormir.

- Eu te quero - foi extremamente direta.

- Me quer em que sentido?

- Em todos.

- Você tem namorada. Ela não é o suficiente?

- Laura presta atenção. Eu sinto sua falta.

- Não, você não sente você deixou isso bem claro em Orlando.

- Eu fui idiota, mas no fundo eu também estava com medo, eu agi de cabeça quente, não parei pra pensar...  Laura a interrompeu- agora que eu tenho alguém você parou pra pensar e decidiu que me quer?

- Não, eu estou pensando desde os primeiros dias do ano exatamente a 2 meses e uns dias.

- E só agora você chegou a essa conclusão de que você me quer, é isso que você vem querendo me falar? Isso é ridículo Taylor.

- Eu li sua carta - Taylor falou enquanto Laura ainda falava, - Você acha que é dona... Você o que? 

- Li a carta que você me entregou aquele dia.

- Achei que você tinha jogado fora. - Respirou fundo.

- Joguei, mas peguei de volta eu precisava saber o que tinha dentro.

- E?

- Quero que saiba que sinto falta do seu sorriso e do riso exagerado, da avidez dos teus olhos e do jeito de espreitar, do seu ciúme bobo e do teu abraço gostoso, sinto falta dos teus lábios colados aos meus, do calor do teu corpo, da sua respiração ofegante e das batidas descompassadas do seu coração. Sinto falta do teu amor e de te amar, dos teus toques e de te tocar, do teu cheiro no travesseiro e nas minhas roupas e dos teus dedos entrelaçados aos meus. Lembra? - Taylor perguntou com os olhos marejados

- Não

- Você escreveu isso

- Escrevi há anos, e não a li depois que escrevi.

- Essa parte fez meu coração explodir em sentimentos todos os medos todas as inseguranças, só Deus sabe quantas vezes eu li e reli essas palavras, eu chorei e chorei muito, mas depois do que eu falei... Deixei pra lá e eu estava conseguindo até ver você com Stacy, eu quis te falar tantas vezes, mas o medo e você com esse seu jeito me faziam perder a coragem, eu tinha que te conquistar de alguma forma e pensei em tentar ser sua amiga, e pedi uma trégua.

- E eu aceitei, para de enrolar e fala logo o que você quer de verdade.

- Mas apareceu Eve - fazendo cara de nojo - Eu tive vontade de arrebentar a cara dela

- Ciúmes, que você negou todas às vezes.

- Tive meus motivos.

- Motivos que eu até agora não entendi, querer muitas pessoas me querem.

- Laura olha pra mim - segurando uma das mãos de Laura que estava apoiada na coxa- Eu não queria te falar de qualquer jeito, muito menos com você impaciente comigo.

- Se não falar vou ficar.

- Hoje está completando 16 anos que fomos separadas

- Eu sei Taylor, tantos dias pra acontecer, teve que ser justo no meu aniversário, não preciso de ninguém pra me lembrar disso. Agora fala, por favor.- Baixou o olhar 

- Eu te amo

Laura ficou muda por alguns instantes, seus olhos pararam nos olhos de Taylor sua expressão de “não estou nem aí” foi pra “eu não estou acreditando no que eu acabei de ouvir”. - O que você disse, repete. - Laura pediu

- EU TAYLOR JANE SCHILLING TE AMO LAURA HELENE PREPON MAIS DO QUE AMEI QUALQUER OUTRA PESSOA NA VIDA. - Falou com ênfase. - Eu enterrei meus sentimentos nas palavras da tua mãe, mas tuas palavras o ressuscitaram, e se eu tenho ciúmes, vontade de te beijar a todo instante de estar fazendo a maluca, se estou aqui dentro da sua casa hoje e trabalhando com você a culpa é toda sua. - Seus olhos estavam levemente arregalados e oscilantes.  Laura não conseguia expressar uma palavra sequer- Laura Fala alguma coisa, por favor, não me deixa assim aflita.

- Você pirou - falou lentamente

- Eu não estou te pedindo nada, apenas confessei meus sentimentos.

Laura levantou andou de um lado para o outro, coçando a testa, Taylor a acompanhava em silêncio - O que você quer que eu fale? - Laura parou ficando de frente pra Taylor.

- Me manda a merda, a puta que pariu qualquer coisa, mas não fique em silêncio é agoniante. - Taylor se levantou.

- Não sei o que falar, estou atordoada, não estou conseguindo raciocinar direito.

- Eu queria… engoliu seco - quero te dar uma coisa. 

- O que?

- Você não precisa retribuir é só recebê-lo de bom grado, posso? - Taylor se aproximou de Laura.

- Essa enrolação irrita sabia?

- shhhh, fecha os olhos, por favor.

Laura obedeceu, e no mesmo instante sentiu uma das mãos de Taylor pousar delicadamente em seu rosto, seu corpo se aproximou fazendo Laura suspirar, Taylor puxou-a pela cintura, ela queria abrir os olhos, mas não conseguia e no mesmo instante os lábios quentes e macios da loira foram de encontro ao seu, Laura recuou dando um passo pra trás seus olhos abriram e estreitaram-se tentou entender o que estava acontecendo analisando os olhos de Taylor, Taylor estava em silêncio suas bochechas ganharam um tom avermelhado, sentiu vergonha entendeu que Laura não a queria ao afastar-se. Inclinou a cabeça e não conseguiu evitar as Lágrimas. Laura não precisou mais do que aqueles segundos pra ler a alma de Taylor e entender a confusão que estava seus sentimentos, tinha tanta ternura, carinho e amor. Ah o AMOR, o amor agarradinho com medo e a insegurança e não podia faltar o arrependimento estampado em seu rosto, à dor também estava lá misturada com uma pitada de amargura, aqueles olhos sempre foram tão reveladores Laura os conheciam tão bem que mesmo sorrindo ela sabia que a loira não estava bem, ela não conseguiu decifrar antes por causa do ódio que ela carregava na alma. O ódio e o rancor não estavam mais lá, o brilho que seus olhos emanavam era diferente, Laura viu uma gota de lágrima encontrar o chão.

- Desculpa minha impertinência - Falou ainda de cabeça baixa, não teve coragem de encontrar o rosto da morena e sua expressão de pena e nojo.

- É isso, você veio aqui me esperou esse tempo todo pra nada - Laura cruzou os braços sobre o peito olhando Taylor por cima.

Taylor levantou o olhar e a encarou por alguns instantes, aos olhos de Taylor Laura pareceu prepotente - Na minha cabeça eu imaginei diferente - virou-se deus dois passos em direção a porta. - Desculpa, vou embora esqueça que isso aconteceu.

- Quando você vai parar de desculpar? - os olhos de Laura pareceram desafiadores.

- Esquece Laura, isso não vai dar certo.

- E vai desistir mais uma vez? - Taylor virou voltou os dois passos e mais um ficando próxima de Laura.

- O que você tá insinuando? - a voz da loira saiu áspera. 

- Que você é fraca, que não é capaz de ir atrás do que você realmente quer que fugir é mais fácil do que enfrentar seu sentimentos, de enfrentar seus medos… 

- Você não tem esse direito...

- Tenho todo o direito- alterando a voz - Você fala uma coisa depois vem aqui invade meu quarto e diz outra e depois foge, quem não tem direito aqui de alguma coisa aqui é você, para de ficar escondendo e assuma o que você quer, falar eu te amo é fácil, sentir que é difícil. E quer saber você não sente- Laura a confrontava sem piedade- Bastou eu me afastar pra você fazer o mesmo, Lágrimas não me provam nada - baixou os braços os deixando ao lado do corpo.  - Eu demonstrei que eu te queria e parei quando você me parou.

- Você não aceitou isso não é justo. Você me deixa confusa.

- Ok Taylor melhor ir embora mesmo, pega esse eu te amo e manda pro inferno talvez lá ele seja melhor empregado. 

- Presta atenção - Taylor enfureceu e a empurrou contra a parede fazendo com que Laura gemesse. - Não me provoque.

- Vai fazer o que? - o os olhos de Laura ficaram ainda mais provocativos assim como sua voz.

- PORRA Laura eu venho aqui escancaro meus sentimentos pra você e você está sendo tão idiota.

- Talvez eu seja idiota, mas não a ponto de acreditar em você. 

- Nada do que eu falar ou fizer vai mudar isso não é? Você sempre vai jogar na minha cara.

- Vou toda vez que for preciso, eu não preciso de migalhas, agora encontrei alguém que está me fazendo feliz, faz um sexo maravilhoso - Laura fechou os olhos em expressão de prazer. - Ela é linda carinhosa, está lá pra mim eu já disse que o sexo é maravilhoso? - Taylor ruborizou-se de Raiva e a Calou com um beijo, sua língua procurou por um espaço entre os lábios de Laura e o ganhou, as mãos de Laura puxaram Taylor pra mais perto. O beijo intensificou as mãos de Taylor pararam no pescoço de Laura. Uma onda de sensações percorria pelo corpo de ambas. Era tão bom, aquele beijo tinha um gosto diferente dos outros, não se comparava com o beijo de Ny e muito menos com o de Orlando, Taylor estava totalmente entregue, sua línguas bailavam numa sintonia perfeita, o corpo da morena dava sinais de excitação fazendo com que ela apertasse a cintura da loira puxando-a pra mais perto, com a Loira não era diferente, uma das suas mãos saiu do pescoço e sumiu no meio dos cabelos negros. A libido imperou parecia escapar por todos os poros, não queriam parar, mas o fôlego estava chegando ao fim, pararam o beijo lentamente, seus olhos se abriram no mesmo instante, enquanto Taylor se encontrava séria, Laura sorria exibindo um riso caloroso  fazendo com que Taylor a questionasse o motivo. – Achei que você não o faria. 

- Te beijar?

- Sim, você é muito lenta. Eu só me afastei pra saber qual seria sua reação, se você queria mesmo, já estava ficando sem argumento e Eve foi meu último recurso e deu certo - Laura sorriu e acariciou o rosto de Taylor.

- Idiota e eu achando que você não queria.

- Eu fiquei magoada Taylor, mas eu te amo, e não sei explicar porque eu ainda o sinto assim tão forte, é igual ou maior como no início.

- Nunca teve fim, talvez seja por isso, está em mim e em você não pudemos vivê-lo e ele permaneceu intacto. -Sorriu docemente.

- E você brincando de esconde - Inclinou a cabeça cheirando o seu pescoço seguido de um beijo.

- Eu só não sou tão corajosa - Beijou o queixo da morena

- Você é covarde é diferente.

- Não me chame de covarde- Afastou-se de Laura virando de costas.

- Foi covarde comigo - Aproximou de Taylor - você me fez chorar - abraçou-a por trás - eu perdi todas as minhas forças naquele dia, jurei nunca mais chorar por você, mas foi tão em vão, me senti tão fraca diante de mim mesma e você lá sorrindo e se divertindo... Mas você me causa isso sou tão submissa a esse amor.

- Sei que eu não te mereço pelos meus atos, você poderia ter me mandado embora, poderia não ter aceitado meu pedido de trégua- segurou as mãos de Laura que estavam pousadas em sua barriga- e eu estou aqui com você.

- Mas eu te amo, e não ousaria te perder mais uma vez- beijou o topo de sua cabeça.

- O que você viu em mim? - soltando as mãos de Laura de sua barriga virou-se ficando de frente.

- Amor 

Taylor procurou pelos lábios de Laura beijando-a com carinho, Laura fechou os olhos retribuindo o beijo. Com esmero as mãos de Taylor embrenharam-se por dentro da blusa de Laura que resmungou no meio do beijo ao sentir as mãos gélidas tocá-la na costa. Taylor tinha esse pequeno defeito, quando fica nervosa ou ansiosa suas mãos gelam ou esquentam demais dependendo da situação. Ela terminou o beijo fitou os lábios rosados elevou os olhos e sem hesitar proferiu as seguintes palavras- Quero fazer amor com você. - Os olhos de Laura cintilavam, pareciam duas esmeraldas lapidadas prontas a serem usadas, seus lábios abriram-se em um sorriso que Taylor conhecia muito bem apesar de todos os anos e de todas as coisas que aconteceram, aquele sorriso ficou desenhado em sua memória impossível ser esquecido. - Tem certeza? - Laura perguntou sem deixar transparecer que tinha o mesmo desejo. Mais uma vez sua memória projetou uma partícula do passado, fazendo-a a analisar todas as expressões de Laura.

- Que foi, desistiu? Pra que eu fui perguntar- levou a mão no cabelo juntou o franjão com os dedos e jogou o para trás segurando-o.

- Não é nada disso- Sorriu com simpatia - me lembrei de uma coisa - abraçando Laura ainda com as mãos debaixo de sua blusa - Quando nos amamos a primeira vez você me fez essa mesma pergunta com esse mesmo sorriso bobo.

- Você não estava tão tímida aquele dia. - sorriu beijando-a na ponta do nariz.

- E você não era esse mulherão com esse olhar intimidador.

- Tem medo de mim?

- Não

- Tá esperando eu começar? - lançou-lhe um olhar sensual arqueando uma das sobrancelhas.

- Talvez. 

- Sei - Laura molhou seu lábio inferior com a ponta da língua mordendo-o em seguida.

Ela queria tanto aquela mulher que não a via a hora de tê-la em seus braços, mas ao mesmo tempo tinha receio, apesar de ter visto a verdade nos olhos de Taylor, ela ainda tinha uma namorada, será que ela estaria disposta a deixá-la?

Taylor tinha ensaiado tanto aquele momento em seus pensamentos em voz alta enquanto andava de um lado para o outro nos quarto de Laura esperando que ela entrasse, mas ali na frente dela como seu amor declarado: travou mesmo sabendo o que tinha que fazer. Perdeu nos seus pensamentos procurando uma saída para aquela situação que acabou se tornando embaraçosa. Laura a surpreendeu com um beijo, de imediato Taylor retribuiu deixando-o intenso, suas mãos subiam e desciam pelas costas de Laura, ela estava tão quente que se excitou ao sentir a mão de Laura próxima a sua virilha, Taylor prendeu a língua da mulher paralisando o beijo por alguns segundos, Laura sorriu levou as mãos até cós da calça de Taylor desabotoando-a e abrindo o zíper em seguida. O beijo seguia cheio de desejos, timidamente a mão de Laura deslizou pra dentro da calça Taylor encontrando sua intimidade por cima do tecido fino que a cobria e pôde sentir sua umidade fazendo-a sorrir no meio do beijo, com o dedo maior ela pressionou a intimidade da loira fazendo-a gemer baixo e terminar o beijo.

- Sabe o que é o bom no meio disso tudo? - Laura perguntou pressionando ainda mais seu dedo sobre a intimidade da loira.

- N- Não-Taylor respondeu com a voz abafada

- Saber que depois de tantos anos eu ainda tenho esse poder sobre você- tirou sua mão  de dentro da calça,  passou a língua sensualmente em seu dedos sentindo o gosto de Taylor.

- Qual?

- Te deixar molhada com um beijo. Tire os sapatos - Laura pediu e Taylor obedeceu.  Laura a virou em direção à cama e jogou-a com cuidado fazendo com que ela deitasse, ajoelhou-se no chão de frente pra Taylor e puxou sua calça tirando-a completamente, a lingerie preta tinha a marca de sua excitação. As mãos da morena foram até o cós da calcinha para tirá-la, mas num impulso Taylor levantou e sentou-se arrastando o corpo até chegar à beirada da cama, encaixando Laura no meio de suas pernas a morena sorriu e pediu por um beijo, pedido que foi imediatamente atendido, enquanto se beijavam Taylor foi levantando a camisa de Laura lentamente fazendo com que ela levantasse os braços e parasse o beijo para que a camisa fosse tirada por completo, a loira sorriu e mordeu de leve seu lábio inferior admirando os lindos seios da mulher- Igualzinho como eu me lembrava- levando suas mãos até eles. Laura sorriu com aquilo - como poderiam estar diferentes? - fechou os olhos ao sentir Taylor massageando-os.

- Não sei talvez você pudesse ter colocado silicone está tão na moda- pressionou um dos mamilos entre os dedos.

Laura travou os dentes e puxou o ar pela boca o chiado dessa mistura saiu como se fosse um gemido- Eu não preciso eles estão ótimos assim - puxando a loira pela cintura aproximando- se mais. Taylor segurou-a pelo queixo beijando-a mais uma vez, as mãos de Laura foram até a camisa desabotoando lentamente cada botão para não desconectar do beijo, ao terminar puxou a blusa pelos ombros deixando-a deslizar pelos braços de Tay que os sacudiu terminando de tirá-la, suas línguas movimentavam sem parar num beijo intenso, apaixonado e cheio de saudades, as mãos de Laura segurou a cintura de Taylor e subiu lentamente até chegar ao meio das costas e desabotoar o sutiã tirando-o em seguida. Taylor mordeu o lábio de Laura terminando o beijo. Elas entreolharam, Taylor abraçou Laura com as pernas e apoiou suas mãos em seus ombros, Laura fitou os pequenos seios de Taylor que estavam com os mamilos rijos e não pensou duas vezes em tocá-los um com a mão e outro com a boca. Taylor suspirou ao sentir a boca quente da morena encostar em seu seio  e a língua úmida circular o seu mamilo, a mão de Laura cobria todo o seio assim ela o apertava por inteiro, com suavidade a boca quente e úmida começou a sugar o seios  com lentidão no intuito de explorar aquela região o máximo possível, aos poucos foi ficando mais intensas, fazendo Taylor gemer baixo e entrelaçar os dedos no cabelos negros pedindo por mais, Laura sorriu e mordeu de leve o mamilo , elevou o olhar e empurrou Taylor fazendo com que ela deitasse novamente, ainda ajoelhada Laura beijou a coxa da loira até chegar a virilha, afastou a calcinha com os dedos a loira estava visivelmente excitada a língua  da morena não hesitou em percorrer o órgão rosado e molhado, um gemido foi resposta de uma pergunta silenciosa. Laura levantou e apoiou a metade do seu corpo no corpo de Taylor apoiando as mãos na cama em seguida ficando a uma pequena distância na qual ela poderia olhar nos olhos da amada. Taylor exalava desejo assim como Laura, seus olhos pediam por isso, mas Laura não queria ser apressada queria aproveitar o momento como se fosse o último, com um sorriso nos lábios foi de encontro dos lábios da outra a beijando com desejo, as mão de Taylor pararam nas costas da morena acariciando-a de cima para baixo, o beijo terminou com vários selinhos e a morena beijou o pescoço deslizando a língua até o colo, mordeu-o de leve e distribui beijos até chegar aos seios que foram sugados cada um deles com desejo, a ponta da língua deslizou dos seios lentamente até parar no cós da calcinha, ajoelhou-se novamente segurou as laterais da calcinha com os dedos e antes de tirá-la beijou algumas vezes a intimidade por cima do tecido, puxou as laterais até tirá-la completamente, afastou um pouco mais as pernas da loira encaixou seu corpo no meio, inclinando a cabeça buscou pela intimidade da amada pressionando a língua em seu clitóris, em seguida deslizou a língua por toda aquela região fazendo Taylor soltar gemidos longos e espaçados, com o polegar pressionou o clitóris fazendo movimentos suaves enquanto sua língua foi em busca de sua cavidade penetrando-a, sua língua permaneceu imóvel por alguns segundos enquanto o seu polegar estimulava o clitóris com movimentos circulares, os gemidos ficaram mais intensos deixando Laura cada vez mais excitada e cheia de desejo, o vai e vem com a língua fazia com que Taylor se contorcesse pedindo por mais, Laura beijou toda a vulva e deslizou a língua antes de sugar os grandes lábios e beijar os pequenos lábios em seguida  sugou toda essa região central como se estivesse beijando-a na boca, seu dedo indicador estacionou na entrada da intimidade, Taylor pressionou a cabeça de Laura com a coxa, que imediatamente entendeu o que ela queria, penetrou o dedo fazendo movimentos lentos e rápidos alternadamente, a loira  segurava o lençol e apertava seus próprios seios, a respiração irregular ficava cada vez mais intensa, segurar o orgasmo estava Ficando difícil. Laura no seu íntimo ainda conhecia aquela mulher como a palma de sua mão sabia exatamente o momento que amada chegava ao êxtase, o corpo de Taylor arqueou e seus gemidos ficaram baixos, Laura retirou o dedo e penetrou sua língua. Queria sentir e degustar o prazer da amada chupou-a com vontade sentindo seu gosto, beijou os grandes lábios e o monte de vênus estendo os beijos por todo o corpo de Taylor até chegar em sua boca e lhe dar um beijo breve. A loira ainda tinha a respiração ofegante e falhada. - Você ainda continua gostosa- Sorriu fazendo a loira sorrir

- Te amo - Taylor disse acariciando a face quente da amada.

- Eu sempre soube - rindo

- Você é tão linda - Taylor levou a mão no cabelo da morena tirando-o de seu rosto, e admirou-a.

- Linda é você - dando um selinho nela

Taylor em um impulso virou o corpo fazendo Laura cair ao seu lado na cama e inverteu a posição ficando por cima. Prendeu os braços de Laura contra o colchão, deu um sorriso safado mordendo o lábio inferior em seguida. Laura tentou se soltar, mas foi em vão. Taylor beijou a ponta do seu nariz e fez que ia a beijar e não beijou deixando-a no vácuo, riu da expressão que a morena fez.

- Isso não se faz. - Laura reclamou

- O que não se faz? - Repetindo o mesmo gesto

- Isso- Tentando se soltar

- Nem tente você é minha - sorriu

- Sou? 

- Uhum, todinha minha- foi de encontro à orelha de Laura mordendo de leve o lóbulo. Laura arrepiou-se arrancando um riso dos lábios da loira- Isso também não mudou- desceu deslizando a ponta da língua pelo pescoço até o colo. Laura encolheu o pescoço- TAYLOR!

- Eu gosto de ver essa sua carinha cheia de vontades.

- Daqui a pouco você vai ver o que é uma carinha cheia de von... - Taylor a calou com um beijo- Você está tão quente- sorriu de lado.

- Será porque neh Taylor.

- Eu nem fiz nada ainda.

- Filha da mãe

- E do pai também - riu, soltando os braços de Laura e de imediato levou as mãos aos seus seios massageando-os. Laura fechou os olhos sentindo os toques da amada uma das mãos foi trocada pela boca sugando-o com vontade, Laura levou as mãos até as costas da loira pressionando as pontas dos dedos. Sugou, sugou arrancando gemidos baixos da boca da morena. - Eu já tinha me esquecido do quanto eu amava ouvir você gemer.

- Você é covarde.

- E agora sou covarde por qual motivo? - circulou um dos mamilos da morena com a língua. 

- Fica enrolando

- Com que? - ainda massageando um dos seios com a mão

- Eu te quero… suspirou. - quero te sentir.

Taylor sorriu mais uma vez, mordeu o mamilo o rijo e beijou-o estendendo os beijos até a barriga, desabotoou a calça, abriu o zíper deu um beijo, tirou a calça jogando-a no chão. Taylor beijou a virilha deslizou o polegar na região central ainda por cima da calcinha, esticou o braço levando-o até o seio e pressionou o mamilo entre os dedos apertando-o, afastou a calcinha com a outra mão, deslizou a língua pelos grandes lábios, em seguida nos pequenos até parar no clitóris pressionando-o e sugando-o alternadamente, os gemidos roucos se elevavam e diminuíam praticamente no mesmo instante. A calcinha foi retirada e a língua de Taylor aproveitou cada centímetro daquela intimidade, beijando , sugando e penetrando a língua ia e vinha dentro de Laura fazendo a gemer alto e entrelaçar os dedos pelo cabelo de Taylor puxando-o de leve, a língua de Taylor foi de encontro ao clitóris fazendo movimentos circulares, o dedo indicador estacionou na entrada da intimidade ao sentir a lubrificação penetrou a metade do dedo sem movimentá-lo, Laura contorcia o corpo tentando segurar os gemidos, Taylor sorria enquanto sugava o clitóris e penetrava o segundo dedo fazendo movimentos de vai vem, Laura gemeu arqueando o corpo, os movimentos dos dedos foram intensificando gradativamente, a respiração de Laura era intensa assim como seus gemidos, segurou forte um dos travesseiros que estava jogado na cabeceira da cama, seu quadril rebolava de acordo com as investidas de Taylor, ela queria segurar um pouco mais o orgasmo, mas não estava conseguindo, Taylor sorriu ao sentir a intimidade da amada contrair e o líquido escorrer em seus dedos, retirou-os lentamente e levou sua boca na intimidade sentindo o gosto do prazer de Laura em seguida levou os dedos na boca limpando-os, beijou com carinho a intimidade e a chupou mais uma vez antes de ir de encontro a boca de Laura beija-la com paixão.

Laura respirava fundo e soltava o ar lentamente acalmando o corpo, Taylor deitou ao seu lado apoiando a cabeça em seu peito, Laura deu um beijo em sua cabeça e entrelaçou os dedos no cabelo. 

- Ele está batendo rápido- a Loira disse em voz baixa sobre os batimentos cardíacos da morena

- Nem imagina o motivo? -sorrindo

- Não sei - sorriu fazendo círculos com o dedo indicador na barriga da morena.

- Não sua sacana. - tirando Taylor de cima do seu peito.

- Poxa estava tão bom ouvi-lo - fazendo biquinho.

- Vou te mostrar o que você vai ouvir daqui a pouco.

- Vai gemer pra mim? - fitando os olhos verdes.

- Acabei de fazê-lo - sorriu - só quero ficar quietinha aqui com você sentindo seu cheiro, a sua respiração - sua voz saiu arrastada.

- Está com sono que eu sei

- shhhhhhhhhh fica quieta e vira pra lá - virando de lado

Taylor virou de lado ficando de costas pra Laura e apoiando a cabeça em seu braço, Laura encaixou seu corpo no de Taylor como se fosse uma concha e atravessou seu braço pela cintura encontrando uma das mãos de Taylor entrelaçando os dedos - Você continua sendo a melhor e a pior coisa que aconteceu na minha vida- Laura sussurrou. 

- Você é a melhor e a pior coisa que aconteceu na minha vida- Replicou - E agora o que vou fazer?

- Ficar comigo é uma ótima ideia.

- Não é tão fácil assim, eu tenho minha vida e você tem a sua - levando a mão de Laura que estava entrelaçada na sua até os lábios beijando-a.

- Eu sei, não vamos pensar nisso agora ok.  - Fechou os olhos

-Não era pra ter acontecido, eu vim aqui só pra dizer que te amava.

- Uhum, vou fingir que acredito. Sua voz saiu baixa.

- É sério Laura, eu não estou arrependida e nem nada disso, eu amei fazer amor com você - sorriu - eu to ferrada, porque eu quero repetir e eu não posso, não por enquanto, sei que você não quer falar sobre isso, mas eu preciso, por favor... Laura, Lauraaa? - Sem resposta virou-se na cama ficando de frente pra morena - Sabia que estava com sono - pensou alto. - Se você soubesse o tanto que eu te amo, que o sexo com você é o melhor de todos, que se eu pudesse pararia esse momento com você pra sempre só pra não ter que levantar de manhã e voltar pra minha vida tediosa e solitária dentro do meu apartamento deitada na minha cama onde foi cenário de choros enquanto eu pensava em você, na nossa vida e nas merdas que fiz, nas palavras que te falei e te feriram profundamente... Era um tapa na cara toda vez que eu te olhava nos olhos e via seu desprezo, achei que você nunca me perdoaria e agora estou aqui na sua casa deitada na sua cama ao seu lado sentindo seu perfume. Eu te amo e nunca deixei de te amar apesar de tudo. A verdade é que você não precisa saber, você vai levantar de manhã voltar pra sua vida, cair nos braços da sua ruiva - Fazendo caretas- e vai esquecer dessa noite, mas eu levarei pra sempre. - Beijando a ponta do nariz e a boca da bela adormecida.

 

Sexta feira

 

Antes de abrir os olhos Laura espreguiçou esticando o corpo todo, sorriu e procurou por Taylor na cama, ao abrir os olhos  constatou que ela não estava. Taylor foi embora antes das 6hs, não queria correr o risco de dar de cara com dona Marjorie e ser acusada de estar levando a filha pro mau caminho, riu daquilo ao lembrar que Laura já era uma mulher adulta e totalmente independente, talvez como ela mesmo disse Marjorie nem a reconheceria, não lembrava se ela a  olhou o suficiente pra saber quem ela era agora, ou talvez a cabeça dela mudou em relação a filha namorar uma mulher,  mas mesmo assim preferiu não esperar pra ver. Laura procurou pelo celular encontrando-o em cima do criado mudo ao lado da cama, desbloqueou o celular, olhou a hora e passava um pouco das 10hs, várias mensagens e ligações perdidas, teria respondido pelo menos a metade delas antes de dormir se não fosse a visita surpresa... Sorriu trocaria todas aquelas mensagens pra voltar na noite anterior. Respondeu as mensagens mais importantes e fez algumas ligações, a ligação de Natasha deixou pra depois, queria conversar com calma. Deixou o celular na cama, levantou espreguiçou mais uma vez, abriu as cortinas e os raios de sol entraram cegando-a, esfregou os olhos com os dedos abrindo-os em seguida, o dia estava lindo o céu sem nenhuma nuvem o que a fez lembrar-se dos olhos de Taylor, seguiu para o banheiro tomou um banho morno de ducha, demorou tempo o suficiente pra lavar o cabelo e pensar nos toques de Taylor. Terminou o banho, vestiu uma calça jeans, camisa branca, calçou o chinelo, desceu as escadas, passou pelo corredor, atravessou a sala e adentrou pela cozinha cantarolando uma música qualquer, pegou uma caneca no armário, a encheu com café e saiu pro quintal encontrando a mãe usando um chapéu de praia lendo uma revista encostada em uma das espreguiçadeiras. 

-Bom dia mamãe querida. - Laura não conseguia conter o sorriso.

- Bom dia querida, e esse sorriso lindo, achei que teria uma filha mal humorada hoje como todas as outras vezes. Viu passarinho verde?  - Fechou a revista deixando-a de lado.                         

- Vamos dizer que sim. - Tomando um gole de café 

- Conte-me - apoiou um dos cotovelos na coxa e o queixo na mão. 

- Não tem nada pra contar, dormi bem e tive sonhos agradáveis- sorriu ainda mais, e os olhos ficaram ainda mais brilhantes ao lembrar-se de Taylor, da noite linda que tiveram.                         

- Seus olhos não enganam, mas não vou atrapalhar seu bom humor com minhas perguntas, já chega ontem.

- Muito bom, estou muito feliz.  Vou dar uma ida à agência. - Levantando deu mais um gole no café.

- Achei que íamos passar o dia juntas. - Entristeceu o olhar.

- E vamos, vou lá rapidinho, só preciso fazer uma coisa. - Indo em direção à cozinha 

- Te espero pro almoço? 

- Já é quase hora de almoço, mas eu te ligo, não devo demorar mais que uma hora lá - terminando o café deixou a caneca no canto da pia.

- Uma hora sozinha?

- Não vai ficar, Maria deve tá chegando por aí, avisou que chegaria mais ou menos esse horário.                         

- Ótimo

- Vou terminar de me arrumar.  Saiu largando a mãe na cozinha, foi até o quarto escovou os dente, prendeu o cabelo num rabo de cavalo, calçou uma sapatilha e desceu chamando pela mãe para saber sua localização, foi até a sala de TV e despediu-se.                         

Passava um pouco de meio dia quando Laura chegou na agência exibindo seu lindo sorriso.  Terasa,  Camilla e Jodi estavam na recepção tinham acabado de voltar do almoço. - Boa tarde Girls.

Todas responderam ao mesmo tempo. Jodi se adiantou - qual o motivo do sorriso?  - Terasa e Camilla também a olhavam curiosas.  Não se lembravam de Laura assim tão feliz depois de um aniversário.                         

- Tive o melhor presente de aniversário de todos. - Encostando-se ao balcão 

- Eve foi embora antes de nós - Jodi lembrou

- Talvez ela só fingiu e depois que as luzes se apagaram ela entrou em ação. - Terasa deduziu

- Não tem nada a ver com Eve, e antes que perguntem não vou falar sobre isso.

- Sem graça - Camilla reclamou

- Não adianta fazerem essas caras de cachorro sem dono que eu não vou contar. Taylor está aí? - perguntou o mais séria possível cortando qualquer ameaça de mais perguntas.

- Não, ela ligou falando que a alergia não tinha melhorado. Camilla explicou

-Alergia? - pensou - ah a alergia. Verdade a dos olhos, que pena...                         

- Quer que eu ligue? 

- Não precisa, converso com ela depois. Só vou até minha sala pegar um documento e vou embora almoçar com minha mãe.  - Deu de ombros e foi até sua sala deixando as três mulheres curiosas e pensativas.                      

//

 

- Dormi com ela. - Foi à primeira coisa que Tay falou quando Natasha atendeu o telefone 

- Você o que?- Não tinha entendido o que a loira tinha falado.

- Dormi com ela

- Com ela quem?

- Laura

- Repete- Não acreditando no que tinha acabado de ouvir

- Passei a noite com Laura 

- Não acredito - Espantou-se. Transaram?  Quero saber tudo.

- Fui conversar com ela e acabou rolando e não transamos, fizemos amor. 

- Que bonitinho fizeram amor - zombou.  - Quero detalhes 

- Nada de detalhes eu só precisava falar com alguém 

- E como você está se sentindo? 

- Ótima, estou renovada- suspirou enquanto enrolava o dedo num montinho de cabelo 

- E ela?

- Não sei, sai de lá antes de amanhecer e ela estava dormindo, não estava preparada pra encarar dona Marjorie.

- Dona Marjorie osso duro de roer

- Talvez não mais, mas vai saber.

- Queria ver a cara de vocês agora.                         

- Fica quieta você não queria nada. Vou desligar e tentar dormir agora 

- Não vai trabalhar? 

- Não, não consegui dormir, por isso te liguei, e como ontem inventei uma alergia liguei falando que ainda estava.

- Esperta, mas não vai ver sua namoradinha.

- Não - suspirou alto - e também não sei como vou encara- lá.

- Na falta do que falar é só beijar

- Idiota, ela tem Eve e eu tenho Carrie, talvez  nem vai rolar mais. Suspirou com desânimo.                        

- Para de suspirar, aquela mulher te ama e vai querer repetir a dose e você sabe, então para de bobeira.

- Ligarei pra ela depois.

- Muito bem. Vou deixar você dormir.  Até mais 

- Até, beijos 

- Beijos - desligando o celular.                     

//

Laura chegou em casa, passou na cozinha onde estava sua mãe e Maria terminando de preparar o almoço e conversando assuntos aleatórios.

- Oi querida boa tarde - Maria a cumprimentou

- Boa tarde- sorriu mostrando os dentes

- Hoje você está diferente, o que você fez?

- Nada, só estou feliz - antes de deixar um beijo na bochecha da mulher cochichou no seu ouvido - Taylor, shhhhh - A mulher sorriu e entendeu que não deveria tocar no assunto. -vou me trocar e já volto. Chegando ao quarto sentou na beirada da cama e ligou pra Natasha. Devia ser algo importante, além da ligação perdida da manhã havia mais três.

- Oi

- Quero saber tudo

- Tudo o que? 

- Não se faça de desentendida, sabe muito bem do que tô falando; 

- Se ela já te contou o que mais você quer saber? - Levantou segurou o celular com o ombro e tirou a calça                         

- Quero os detalhes sórdidos Lau. Riu

- Vai à merda Tasho

- Deixa de ser chata, não te custa nada. 

- Pera aí- colocou o celular em cima da cama,  tirou a blusa - pronto  só posso te dizer que foi lindo,  gostoso,  maravilhoso e quero ela pra minha vida toda                         

- Mulher apaixonada da porra

- Agora mais do que nunca - procurou por um legging e uma camisa de malha, encontrando o que queria colocou em cima da cama. - Mas não sei se ela quer o mesmo que eu de verdade. Ela tem a Carrie- Suspirou.

- Ela quer e acha o mesmo que você e falou  que amou a noite.

- Ela foi embora sem se despedir.

- Falou que não queria enfrentar sua mãe, mas que te ligaria.

- Vou tentar falar com ela agora. 

- Quero ver vocês juntinhas e ver a cara de vocês disfarçando o romance. 

- Para com isso, não tem romance foi apenas uma noite e talvez fique só nisso.  Depois nos falamos já está tarde e minha mãe tá me esperando pra almoçar

- ok ok,  qualquer coisa estarei aqui como sempre.

- Pode deixar, até mais, beijos. 

- Até, beijos - desligando o celular.

Vestiu a roupa e antes de descer mandou uma mensagem pra Taylor. - Quero te ver - Taylor respondeu quase que de imediato - não posso falar com você agora, depois explico. T.A.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


E então é isso amores, espero que tenham gostado.
Tentarei não demorar tanto pra postar o próximo.
bjoks


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