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História Crazy In Love - A espécia em extinção


Escrita por: 0ALPHA

Notas do Autor


Gente desculpa a demora eu estou meio enrolada ultimamente e tendo vários colapsos de falta de criatividade, mas prometo que eles irão passar. Eu estou demorando para escrever as fics e por isso os atrasos nas postagens.
Enfim eu tenho um triste aviso para os leitores de crazy in love.
A fic está chegando ao seu final! Graças a deus kk ela está enorme e acho q mt gente ai está cansado de lê-la. Pois fim, se não me engano pode ser que falte mais quatro ou cinco capítulos.
Enfim
Boa leitura.

Capítulo 51 - A espécia em extinção


Fanfic / Fanfiction Crazy In Love - A espécia em extinção

 

Stiles:

Eu me sentia o pior filho que existia de todo o mundo. Meu pai havia pouco tempo que desmaiara e agora lá estava eu, dando-lhe a notícia que seria um avô antes do tempo. Certamente não era a melhor notícia que poderia se dar, mas eu estava perdido, sim eu estava em pânico e a única coisa que eu desejava era apenas a companhia do meu pai. Eu queria apenas abraçá-lo, fechar os olhos e esquecer que tudo isso é real.

- Pai, me desculpa. – Quando percebi, eu estava soluçando incansavelmente. Sua mão correu para minhas costas e lá se pousaram em uma carícia confortável.  – Me desculpa.

- Tudo bem filho. – Meu pai mudou sua postura para algo mais suave.  – Podemos falar disso depois, está bem?

Apenas murmurei um sim.

Os braços do meu pai me envolveram naquele abraço que apenas ele me dava. Quente e seguro. Eu sabia que naqueles braços eu poderia retomar toda confiança que fora substituída por pânico.

- Senhor Stilinski. – A voz de Derek soou atrás de mim.

Um fervor se instalou pelo meu peito e eu estava fervendo em pura raiva. Não sabia por que, mas em ter Derek atrapalhando o momento com meu pai, fez meu sangue borbulhar em meu corpo, como lava em vulcão.

- Derek saia daqui. – Ordenei ríspido. – Todos vocês. Eu quero ficar a sós com meu pai.

- Stiles... Eu...

- Saia da minha casa, Derek! – Dessa vez meu tom de voz aumentou alguns oitavos. Nos olhos de Derek eu vi magoa e um pedido silencioso de desculpas.

Todos saíram em fila para a porta. Eu fiquei os observando, agarrado a parede. Estava exausto, cansado e com medo.  Alguns sorriam e davam tapinhas nas minhas costas. Derek passou de cabeça baixa e aquela reação fora como um soco certeiro no meu estomago. Eu havia gritado com ele e expulsado da minha casa. No entanto, eu realmente queria que ele saísse. Lembrava-me do que ele havia aprontado comigo, do que ele fizera. Suas lembranças voltaram para mim como flash de uma câmera. Contudo, eu estava grávido, um adolescente grávido de um híbrido demônio, um ser que não deveria nunca existir no mundo sobrenatural. Se eu estava com raiva? Não, eu estava desolado e completamente em pânico.

- Stiles. – Scott parou entre o vão da porta. Um suspiro cansado soou de sua parte. Scott estava cansado, sempre tendo que resolver vários problemas e ainda tem o meu. – Você deveria falar com o Derek depois, sobre... O bebê.

- Ah pode deixar, nós vamos às compras das coisas para o bebê simplesmente como se fosse à coisa mais natural do Mundo. – Sorri sarcástico.

 - Sou seu amigo, estarei aqui quando precisar. – Disse ele.

- Desculpa Scott, no momento eu quero apenas meu pai. – Comentei friamente.

Scott sorriu e deu dois tapinhas no meu ombro. Merda! Merda! Grande merda! Bato a porta e escorrego por ela. Deixo mais lágrimas virem, mas dessa vez os soluços são menores.  Estou com medo, muito medo. Não tenho ideia até onde aquilo levaria.

- Stiles. – Meu pai senta ao meu lado. Seu olhar está bem atento a mim. – Você deveria falar com o Derek...

- Até você pai?

- Stiles! Ele é o pai dessa criança, certo? Porque eu não imagino outra pessoa que seja o pai desse bebê e ele também é o homem que você ama, certo? Não deveria ter falado com ele daquela forma e mesmo que ajam problemas deveriam sentar e conversar. – Um suspiro cansado veio da parte do meu pai. Percebo bem as rugas abaixo de seus olhos. Meu pai tinha aquela expressão cansada de um longo dia de trabalho.

- Está bem, mas primeiro eu preciso ir tomar um banho e dormir um pouco. – Digo. Aquela coisa toda havia me deixado com muita dor de cabeça e um sono intenso.

Meu pai assentiu e não diz mais nada. Essa era umas das melhores coisas que eu amava em meu pai. Ele sempre sabia manter um ritmo para suas conversas e quando eu dizia que não queria mais conversar, ele entendia perfeitamente e me deixava em paz.

- Filho... – Ele suspirou. – Eu não nunca pensei que iria dizer isso, mas não deixei que o momento estragasse o que você tem com o Derek, tente falar com ele, Derek é um cara legar.

Assenti. 

Subi as escadas lentamente. Mesmo de costa, eu podia notar que meu pai me olhava com aquele olhar de preocupado. Uma das coisas que eu não queria era preocupar meu pai mais do que ele já está preocupado. Sempre que acontece algum crime em Beacon Hills, meu pai tende de se preocupar em resolver os casos. Com isso, mais uma preocupação para o meu velho, era uma das coisas que eu sinceramente estava disposto a dispensar.

Deixo minhas roupas sobre a cama. O espelho a frente, reflete a minha imagem e como eu estava magro. Nesses dias eu havia emagrecido um tanto e malmente havia notado. Estava mais branco do que antes. Talvez ainda continuasse sendo eu mesmo, magrelo e de pele branca quase pálida. Não havia muita coisa que tenha mudado em mim.

A água morna cai sobre meus ombros. Meus músculos rígidos são rapidamente relaxados. Fecho os olhos e mantenho a água morna caindo sobre meus ombros relaxando toda aquela tensão que se fixava ali. E céus como eu estava tenso, nunca ficara tão tenso como eu estou agora, nem mesmo depois dos treinos pesados de Lacrosse. Apenas quero tentar sentir a água quente aliviar aquela tensão.

Naquele momento, a água quente fora substituída por uma rajada de água fria. Aquilo me assustou ao ponto de pular e soltar um gemido por conta do choque. Fecho o registro e suspiro. Aquilo só podia ser brincadeira. Apanho uma toalha e saio bufando do banheiro.

Quando eu penso que poderia descansar, mais problemas me surgem. Assim que abro a porta para o meu quarto, noto que o ambiente havia mudado, não estava mais naquele quarto pequeno e amontoado de bagunças. Estava cercado por grandes árvores escuras por conta da noite e malmente iluminado pela a lua. Aquilo só poderia ser brincadeira. Eu estou de toalha de banho!  Se me dessem um dólar a cada problema que me surge, eu estaria longe de Beacon Hills, provavelmente eu estaria Las Vegas, curtindo as casas noturnas e talvez com algum homem dançando a minha frente em uma mesa de boate. De repente, a imagem de Derek surgiu em minha mente, fazendo uma dança sensual enquanto tirava devagar a roupa. Balanço a cabeça e expulso qualquer pensamento erótico que envolvia Derek.

Decido andar naquela floresta escura, afinal eu não encontraria nada ali parado. Continuei andando em passos lentos em direção ao mais fundo da floresta. Estava frio! Oh céus eu acho que eu vou congelar. Abraço meus braços e lembro-me que eu estou de toalha. Merda! Não pude nem ao menos colocar uma roupa!

Tropeço em algo pelo caminho e caio desengonçado em algo macio. Sinto minha cabeça latejar, aquilo doeu. Toco em algo para me levantar e noto alguma coisa gosmenta e molhada que eu acabara de tocar. Mas que nojo. Estreito meus olhos para enxergar em o que eu havia posto a mão. Aquela havia sido a pior experiência da minha vida. Vejo um corpo bem abaixo de mim e com toda certeza aquele homem não teve a melhor noite. Grito quando noto minhas mãos sobre suas entranhas.

- Nojento! Nojento! – Grito me levantando e sacudindo minha mão. Sinto algo quente remexer-se em meu estomago, não consigo segurar a vontade de vomitar tudo que eu já havia comido nesse dia.  – Oh céus!

 Para onde eu ia, continuava a ver pilhas de corpos espalhadas pelo chão e grandes partes desses corpos estavam estraçalhadas de uma forma que às vezes tornavam-se desconhecidos ou até desmembrados. Havia partes do corpo humano ali, que eu certamente desconhecia e não via nas minhas aulas de biologia. O cheiro de carne podre e sangue eram tão grotescos que fazia a vontade de vomitar vir novamente. Merda! Assim perco toda a comida que consumi hoje.

- Quem está ai? – Uma voz infantil soou no meio daquela pilha de corpos. Estreito meus olhos e noto uma miniatura saindo de trás de uma pilha de corpos desmembrados. Era uma criança. Isso me lembrava daqueles filmes de terror, onde aparece uma criança assustadora em meio a tantos corpos amontoados.  Quando a criança se aproximou, pude notar quando fora malmente iluminada pela luz do luar, às garras e presas pintadas em um tom de vermelho vivo.

- Ah meus deus!

Estou morto! Fora o que pensei. Estaria juntamente daquelas pilhas de corpos. Seria mais um dos corpos amontoados, seria um Stiles desmembrado. Isso não era o final feliz que eu esperava.

- É você! Papai!

Sinto um bolar se aprofundar em minha garganta. Uma sensação de terror encheu meu interior de uma forma que meu corpo não conseguia se mexer, eu estava completamente travado. Aquela criança acabara de me chamar de pai?

- Papai... – Um chorinho baixo foi ouvido pelo pequeno. Aquela certamente fez minhas entranhas se arrepiarem. Parecia mais um choro daquelas crianças de filmes de terror que sofrera algum dano psicológico na infância e agora, tornara-se um psicopata perigoso. – E-eu não consigo me controlar. Por favor, diga que não fui eu! Eu não quis machucar eles, mas... Não consigo me controlar, Papai! Ajuda-me...

- Não! Eu não sou...

- Papai! Ajuda-me.

Dou um passo à frente e respiro fundo.

- Eu não sou seu pai! – Grito, mas parece que a criança não me ouve.

Ouço um resmungar, alguém atrás da criança levanta um facão, percebo que a pessoa está suja de sangue e malmente consegue se fixar em pé. Eu não sabia se ajudava a pessoa ou se alertava a criança, mas por alguma razão inexplicável um sentimento de proteção brotava em meu peito e eu não consegui ter controle dos movimentos das minhas pernas. Avancei rapidamente para a criança com o instinto de protegê-la gritando dentro de mim. Quando notei, eu estava criança abraçando-a. O facão desceu por minhas costas e a dor me fez soltar um gemido agudo. Porra! Como aquilo doía.

- Papai! – O pequeno novamente me chama por aquele nome.

Continuo abraçando-o fortemente como se temesse que aquele facão pudesse fazer com o menino o mesmo que fizera comigo.

- O que você pensa está fazendo com o meu pai?! – Noto o olhar em fúria e sanguinário daquela criança para o homem que portava um facão. O homem solta um grito estridente, o que me faz apertar o corpo minúsculo, não por querer protegê-lo, mas pelo o medo que sentira. (Por alguma razão, aquela criança tinha o cheiro de Derek empregado em si).  O homem do facão explodira e vários de seus órgãos estão agora fazendo parte dos muitos corpos pelo o chão.

Oh céus. Quando olho para o pequeno ele tinha os olhos meio a meio, violeta e dourados. Sua expressão era furiosa, mas rapidamente muda, quando me olha. Muda para algo como compaixão e preocupação. Um formigamento agradável corre por onde havia sido ferido pelo facão, sinto a dor da ferida amenizar. Os bracinhos que me cercavam estavam agora com veias vermelhas subindo pela pele pálida. Volto a olhar para o menino, eles estava sorrindo e era o sorriso mais lindo que eu já havia visto. Olhos verdes e os cabelos castanhos grandes que batiam em sua testa quase cobrindo seus olhos. Algo meu interior se apertou, mas não era dor e sim outra coisa. Naquele momento eu notei que faria de tudo e daria de tudo só para ter mais daquele sorriso e o manteria seguro, mesmo que minha vida dependesse disso.

- Eu te amo papai. – O menininho abre um sorriso maior. Os olhos verdes pareciam se iluminar com a lua. – Obrigado por me salvar. – Uma lágrima escorreu pela maça do rosto do pequeno e caiu sobre alguns corpos abaixo de nós. 

Sua voz se tornou distante em um aviso e era um aviso que eu conhecia muito bem.

“Quando a tempestade mais severa cair sobre Beacon Hills e as primeiras lágrimas serem derramadas, eles saberão e a verdade será proclamada. O mundo sobrenatural acordará para uma espécie em extinção e com o grito de uma banshee com paz ou guerra se dará o veredito final.” 

- Ei! Espere!

E de repente um grito estridente soou no meio daquele silêncio. Uma chuva tempestuosa desabou. Por incrível que pareça eu sentia que aquilo não era apenas um sonho, já que eu sentia o vento frio bater em meu corpo como várias navalhas espetando minha pele.

 

 A porta do meu quarto fora bruscamente aberta e um Derek molhado e de expressão preocupada vieram em meu socorro – Então eu ainda estava em meu quarto e tudo não passara de um sonho realista – Atrás de Derek, vinha Scott, Lydia, meu pai e Peter. Percebi que eu ainda estava nu e minha toalha havia parado em algum canto daquele quarto. Sei que eu havia corado até as orelhas (Que vergonha, será a nova do ano). Encolho-me tentando esconder minha nudez. Derek se movimenta e me lança um lençol que encontrara na cama.

- Pensamos que algo aconteceu com você. – Lydia diz. – Eu senti uma sensação...

Não a deixo terminar, agarro-me ao lençol e corro para a janela, era como havia imaginado. Não fora apenas um sonho, era a profecia. Uma tempestade furiosa caia sobre Beacon Hills naquele instante. Aquilo só poderia ser brincadeira.

- Lydia me diga que aquele grito não fora seu. – Digo sem tirar os olhos do lado de fora.

- Não, fui eu mesmo que grite.

Merda!

- Quando a tempestade mais severa cair sobre Beacon Hills e com um grito de uma Banshee com paz ou guerra se dará o veredito final. – Respiro fundo. – Só espero que o veredito final seja a paz. – Todos me olhavam atentamente em estado de choque. – Porque as primeiras lágrimas já foram derramadas então... De acordo com a profecia, todo o sobrenatural sabe da espécie em extinção.

Uivos, rugidos e grunhidos invadiram a noite juntamente com os relâmpagos da furiosa tempestade.  Um frio correu minha espinha. A profecia estava se realizando e o que acabara de ver, não fora um sonho ou uma visão, era a profecia. Dou uma olhada para minha barriga, a toco levemente. Aquela sensação veio novamente, mas com força total, aquele instinto louco de proteção.

 Então me lembro do que havia pensado antes de voltar a si.

Eu notei que faria de tudo e daria de tudo só para ter mais daquele sorriso e o manteria seguro, mesmo que minha vida dependesse disso.


Notas Finais


Então? Que acharam? Comentários?
Em breve lobo mau está aqui no social. hehehe.
Ele está disponível no wattpad, mas para quem não gosta de ler lá, paciência e leremos aqui.
Bjão e não esqueça comentário sempre bem vindo. Sério me ajuda bastante, pq assim eu vejo que estão apreciando a fanfic. Até o próximo cap.


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