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História Crazy In Love - Briga


Escrita por: ElenaCarter

Notas do Autor


Perdão por não ter escrito esta semana! Sinto muito, mesmo! Saudades de vocês!!

Capítulo 14 - Briga


Fanfic / Fanfiction Crazy In Love - Briga

Briga

Medo. Era tudo o que eu conseguia sentir ao abrir meu olhos. Havia apanhado tanto esses dias, que parecia que o resgate de Coringa fora somente um sonho, uma esperança inalcançável. Porém, ao abrir meus olhos, vejo o teto de seu carro púrpura. Me sentei e minha cabeça girou um pouco, desfocando minha visão por um tempo. Respirei fundo e pisquei os olhos, então, minha visão focou em seus olhos profundamente azuis como o mar. Desta vez, não era um mar calmo e intenso, mas um mar tempestuoso e escuro. Ele estava com os olhos bem abertos, encarando a rua escura e parecia pensar em algo ruim:

-Joker?

Perguntei, com uma pequena falha na voz. Ele não moveu um músculo, nem mesmo para piscar. Só continuou olhando a rua, sua raiva crescendo a cada minuto. Engoli meu nervosismo e perguntei novamente, dessa vez com a voz mais clara e alta:

-Joker? Você está irritado comigo?

Por um tempo, ele não disse nada. Depois, me encarou pelo espelho do carro. Seu olhar foi tão invasor e intenso que me fez desviar os olhos e encarar a janela. Ela revelava um céu escuro, nublado e sem estrelas. Era assim que eu me sentia agora. Eu nem parei para pensar no que estava acontecendo realmente. Pensei em como estava sendo levada por tantas pessoas, como queria voltar para casa... Mas não pensei que eu estava mudando. Comecei a acreditar, presenciar viver outras "coisas". Coisas que você sempre pensou que aconteceria com todo o mundo, menos com você. Eu me sentia segura, agora eu estava no meio de um tiroteio. E o pior, sempre odiei ser alguém que as pessoas olhassem e falassem: Tenho pena dela; e agora, EU tenho pena de MIM mesma. Uma lágrima escorreu por meu rosto e, rapidamente, a sequei. Não queria que ele visse minha fraqueza. Não queria ser fraca. A cada dia que se passava, me sentia cada vez mais perdida. Era como se eu fosse uma mariposa em chamas na escuridão, que a cada bater de asa, se desfaz e se apaga cada vez mais. Algum dia, eu faria parte desta completa escuridão.  

O encarei pelo espelho e vi que ele ainda me olhava. Desta vez, não desviei os olhos. Me afundei em seus olhos azuis, que pareciam ao mesmo tempo carregados de histórias, mas também vazios de sentimentos. Após um grande momento de tensão, ele para o carro bruscamente, me fazendo olhar para o banco da frente, onde quase bati, se não fosse por meu bom reflexo. Lhe lancei um olhar irritado, mas ele já havia saído do carro e abria a porta para mim. Sai do carro e vi que estávamos numa espécie de fábrica abandonada. Será que havíamos voltado para "casa"?

Ele segurou meu braço com força e me arrastou para dentro da fábrica. Tentei me livrar do seu aperto, mas ele só fechou sua mão ainda mais, me fazendo bufar de raiva:

-Está me machucando...

Ele me colocou em sua frente e apertou meu rosto:

-Eu não ligo! Agora fique quieta ou arranco sua língua, docinho!

O encarei, um pouco assustada. Logo atrás, seus capangas encararam a cena e sussurraram uns com os outros, acenando com a cabeça e dando de ombros. Ele voltou a andar e me puxar consigo. Ao encarar seu rosto, vi muitos sentimentos se misturando e consegui decifrar somente alguns: Raiva, tensão, nervosismo, ansiedade... Insegurança. Assim que abriu as portas, ele me jogou no chão e se agachou do meu lado, enquanto seus capangas entravam, olhavam a cena e depois se afastavam, descansando em algum canto:

-Como isso aconteceu?!

Ele gritou perto do meu rosto. Eu estava assustada. Por que ele estava gritando comigo desse jeito? Por acaso ele acreditava que eu entrei no carro do Pinguim e fiquei apanhando naquela gaiola porque achei legal? Ele por acaso era imbecil? Enquanto um sentimento de ódio e perguntas passavam por minha mente, ele bateu as mãos uma na outra meu próximo ao meu rosto e deu um sorriso maníaco:

-Ficou surda? Bom, vou perguntar novamente. Como...Isso...Aconteceu?! Como você foi levada por aquele bichinho de gaiola tão facilmente?!

Me levantei e gritei:

-EU NÃO QUIS ISSO SE QUER SABER! Ele simplesmente invadiu sua preciosa casinha e me apagou!

Levantando com um salto, Joker envolveu meu pescoço com suas mãos e sussurrou:

-Não grite comigo. Você não sabe as idiotices que tive de fazer para te tirar daquele lugar. E tudo isso, porque não gosto que peguem meus brinquedos. Então você vai ficar em silêncio e ir comigo até um lugar onde vai passar a noite. Sozinha!

Novamente Coringa me puxou pelo braço por uns corredores escuros e úmidos, até abrir uma porta onde o chão estava cheio de ossos de algo que eu não conhecia muito bem e uns barulhos de algum bicho ecoavam pelo local, me causando arrepios. Me virei e agarrei a gola de sua blusa, gritando, incontrolável e irritada:

-JÁ NÃO BASTA TUDO O QUE PASSEI? AINDA QUER ME ABANDONAR NESSA MERDA DE LUGAR? PARA QUE ME SALVAR SE VAI FAZER ISSO COMIGO, SEU MONSTRO?!

-PORQUE O SIMPLES FATO DE SER EU QUE ESTÁ TE TORTURANDO JÁ É BEM GRATIFICANTE! Por mais que você não queira aceitar, Harley, você é MINHA! 

Ele me jogou no chão cheio de ossos e disse:

-Volto quando estiver mais carinhoso... Ah, é verdade, eu quase NUNCA sou carinhoso! Hahahahahahaha 

Ele estreitou os olhos e abriu um sorriso enorme e maníaco:

-Até algum dia, Dr. Harleen!

-NÃO!

Ele trancou a porta no momento em que me joguei nela. Tarde demais. Chutei a porta e gritei:

-Maldito o dia em que te conheci e pensei que poderia te salvar! Você é um MONSTRO! E SEMPRE SERÁ UM MONSTRO SEM CORAÇÃO! INFELIZ! MALDITO! DESGRAÇADO DE MERDA!

Lágrimas de ódio invadiram meus olhos e só pude ouvir muitas risadas. Os infelizes ainda riam. Me ajoelhei no chão de ossos e puxei meus cabelos. Aquela tortura parecia não ter fim. Meu coração batia acelerado, sentia um frio na barriga e algo parecia se pressionar contra meu corpo, me fazendo querer estar morta ou apagada. Inexistente.

Ouvi um grunhido e algumas risadas macabras, mas não pareciam risadas humanas. Me virei e vi dois pares de olhos dourados, brilhando no escuro. Então, vi alguns dentes brancos e afiados aparecendo. Duas hienas foram para o pouco de luz que havia naquele lugar, seguidas por dois olhos vermelhos brilhantes, onde outra hiena, maior e mais feroz do que as outras surgiu. Olhei para elas e estas encararam umas as outras, para depois mostrar os dentes e andar em minha direção.


Notas Finais


O que acharam? Me desculpem por não ter escrito antes!! Eu estava com tantos trabalhos!! Desculpa mesmo, pessoal! Saudades de vcs!!


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