História Crazy In Love - Hienas

Companhia Boa ou Ruim?

As três hienas avançaram lentamente em minha direção, com os dentes grandes e brilhantes a mostra. Me levantei e bati na porta, tentando desesperadamente sair dali:

-E-Eu não tenho comida.

Falei, nervosa, para as hienas. Mas estas continuaram avançando, sem hesitar. Bom, acho que a comida estava ali, só que esta comida queria viver! Peguei um osso e balancei na frente do trio:

-Você querem? Ossinho! Delicioso! Querem?

Fiquei entretendo elas até estas se interessarem pelo osso e começarem a abanar os rabos. Sorri, nervosa e disse:

-Vão pegar!

Ela correram para abocanhar o osso, mas, assim que a hiena de olhos vermelhos e a hiena de olhos amarelos de tamanho médio pegaram o osso, a hiena menor ficou irritada e avançou para cima da média, a mordendo no pescoço. A vermelha mordeu o pescoço da que estava atacando a outra hiena e vi sangue escorrendo pelo pescoço das duas:

-Parem!

Gritei e corri até as hienas, tentando afasta-las e não ser mordida. Acabei puxando uma e soltando-a assim que ela virou para me atacar, as outras duas se soltaram e cada uma ficou em um canto. A que havia sido atacada primeiro ficou somente com umas pequenas marcas vermelhas, enquanto a outra que havia sido atacada pela de olhos vermelhos estava com uma marca profunda de dente que sangrava muito. Me aproximei e tentei cuidar do ferimento, mas esta avançou para cima de mim e tentou me morder duas vezes, mas desviei dos golpes. Ela parecia assustada e com fome. E eu parecia o jantar. Ela continuou avançando para cima de mim, mas, algo estranho aconteceu. As outras duas hienas vieram e se puseram na minha frente me... Defendendo.

Eu não entendia hienas, mas sabia que aquilo não deveria ser algo normal. Mas isso não aterrorizou a hiena menor, que atacou as duas e outra briga começou. Gritei para elas pararem, mas elas continuaram. Até que se ouviu um Clack. A hiena menor caiu no chão, sem vida e eu entrei em estado de choque. Me sentei no chão e fiquei tremendo, enquanto as outras hienas se alimentavam de sua amiguinha na escuridão. Fui até a porta e me deitei no chão, tremendo e assustada. 

Muito tempo se passou. E, em todo esse tempo, pude ouvir o som da carne sendo rasgada e mastigada pelas hienas. O lugar era tão escuro e silencioso que podia até ouvir meu coração batendo forte. Me encolhi e abracei minhas pernas. Como eu queria uma companhia agora. Fichei meus olhos e fiquei parada, tentando me acalmar por não sei quanto tempo. De repente, no meio de tanto silêncio, um barulho de algo caindo no chão ao meu lado me fez levantar a cabeça rapidamente. A hiena de olhos vermelhos estava com o focinho em minha testa e me encarava. Respirei fundo e tentei não fazer nenhum movimento, eu estava com muito medo. Depois, ele me lambeu na testa e foi buscar um pedaço de carne, a colocando do lado do meu rosto. Me sentei e ela se sentou ao lado da carne, me olhando e depois empurrando a carne em minha direção:

-Você quer que eu coma isso?

Ela piscou e ficou me olhando. Peguei a carne da hiena na mão e logo senti uma enorme repulsa. Como eu era idiota, estava falando com uma hiena:

-Muito obrigada, mas pode ficar a vontade.

Estiquei a palma da mão com a carne e ela ficou olhando para a carne, com uma certa duvida. Sorri e estiquei ainda mais a palma da mão:

-Pode pegar, obrigada.

Ela mordeu uma pontinha da carne, com cuidado para não acertar minha mão e a puxou, a colocando no chão e comendo. Então, a outra hiena, curiosa, se aproximou e me cheirou. Então, se espreguiçou e deitou em minhas pernas. A toquei com relutância, mas ao ver que ela não tinha reação, a acariciei melhor. Logo, ela estava fazendo um barulho estranho com a garganta, chamando a atenção da outra hiena, que veio fazendo barulho e empurrando minha mão, pedindo carinho também. As duas hienas rosnaram e "latiram" uma para a outra, me fazendo rir:

-Calma, existe carinho para as duas!

Estas se olharam e cada uma se acomodou em minha coxa. Acariciei elas e logo, senti que tinha alguma companhia. Balancei a cabeça, mas decidi fazer o que estava em minha mente:

-Então, estão presas a muito tempo? Bom, eu estou. Mas todos os dias, é uma prisão nova. Acabei de sair de uma gaiola para vir aqui... Mas, pelo menos aqui, tive alguma coisa boa. Não como na gaiola, onde fui agredida e maltratada.

Elas olharam para mim enquanto eu contava as coisas que queria dizer a muito tempo. Elas realmente pareciam prestar atenção. Horas piscando, horas grunhindo e horas dando as tipicas risadas de hienas. Depois de muito tempo rindo e conversando com aquelas belezas, me deitei ao lado delas e fechei os olhos, me sentindo segura. 

Dormi abraçada as hienas e só acordei com o barulho da porta abrindo:

-Não pode ser... Sr. Coringa! Venha ver isto.

Abri os olhos e vi um homem segurando a cabeça de uma fantasia de panda. Então, Joker abriu ainda mais a porta e revirou os olhos:

-Só pode estar brincando! Era para eu abrir esta porta e encontrar uma Haley aterrorizada e, pelo menos, arranhada. Não uma Harley abraçada e dormindo tranquilamente com as hienas! 

Ele entrou no quatro e bateu palmas:

-Vocês dois, saiam dai!

As hienas levantaram a cabeça, olharam Coringa e voltaram a se deitar. Eu ri um pouco com aquilo, eram tão rebeldes quanto um certo alguém. Ele ficou irritado e bateu o pé:

-Pra fora, agora!

As hienas levantaram a cabeça rosnando, ameaçadoras. Parece que mais alguém tinha pavio curto. Antes que algo ruim acontece-se chamei:

-Bud e Lou, aqui!

As duas hienas continuaram rosnando, mas se sentaram ao meu lado e ambas pediram carinho. Sorri e as acariciei, sabendo que, pelo menos agora, tinha alguém para me defender. Encarei Joker e este estava mais incrédulo que irritado. Ele revirou os olhos e disse:

-Vamos embora.

Me levantei e as hienas foram me seguindo, mas ele bateu a mão na porta e disse:

-Eles ficam!

-O que? Não!

Ele me encarou e sorriu:

-É claro que posso deixar você leva-las se...

-Se?

Ele se aproximou de mim e disse:

-Se eu ganhar um presentinho agora e mais tarde.

O encarei, incrédula. Ele não era do tipo que pedia e sim do tipo que não ligava para o que você estava querendo ou não:

-Que tipo de presentinho?

-Um beijo e uma noite.

Ele sorriu e disse:

-Não que eu precise pedir. Mas ai eles ficam.

Olhei para as hienas, que me olhavam com a cabeça inclinada para a direita e o rabo abanando. Me virei para Joker, que sorria, feliz ao ver que estava com vantagem. Me aproximei de seu rosto e juntei nossos lábios, delicadamente, mas este me segurou pela cintura e me empurrou contra a parede, me beijando ferozmente, fazendo meu coração pular e meu corpo se acender. Sua língua invida minha boca e explorava cada canto, enquanto uma mão boba apertava minha coxa e bunda. 

Depois de um tempo, nos afastamos por falta de ar e ele me deu um tapa, sorrindo e dizendo:

-Mal posso esperar para a noite.

Então colocou seu sobretudo roxo e saiu rindo pela porta, enquanto os capangas me guiavam para um carro, junto com minhas hienas. Naquele lugar, elas pareciam enormes e aterrorizantes, mas olhando agora, de pé, vi que elas nem alcançavam minhas mãos. Sorri e disse:

-Não se preocupem, meninos. Vocês serão bem mais cuidadas do que eu Hahaha;

Ambas abanaram os rabos e entraram no carro preto comigo, para onde eu iria para mais algum covil. Pelo menos agora, eu tinha uma companhia.