História Crazy In Love - Penultimo Capítulo

'Pergunta... Você VIVERIA por Mim?'

Acordei e estava em uma deliciosa cama com lençois brancos e dourados. Assim que me sentei, uma retrospectiva de tudo o que tinha feito nesses dias e de como eu... Matara a Arlequina?? Quem era Harley? Tudo girava e ficava confuso. Risadas e gritos ecoavam. Cenas de Joker e eu não paravam de aparecer em várias cores: verde, azul, roxo, rosa. Eu tinha perdido totalmente minha sanidade. Então, alguém abriu a porta do quarto branco e dourado como a cama. Coringa. Ele tinha as mãos cheias de sangue e trazia um semblante sombrio. Ele me olhou rapidamente e, antes de entrar no banheiro disse, com uma voz rouca e meio... feliz:

-Dei um jeito no nosso querido amigo, Pinguim. 

Pinguim? Então me lembrei de tudo o que tinha acontecido. Eu sentia algo estranho. Algo estava fazendo meu coração saltar e bater fortemente, minha mente piscas em várias cores, minhas pernas ficarem bambas e minha respiração irregular. Sentia que ia explodir de uma forma muito boa. Mas, eu nunca senti isso. Me levantei e corri até Joker, só para ficar parada em sua frente, respirando ainda mais irregularmente e meu coração parecia bater mais alegre e rápido do que nunca:

-E-eu... Eu...

Ele abriu um sorriso de lado e sussurrou:

-O que quer me dizer, Dr. Haleen?

Não reagi a como ele me chamou. Não parecia mais meu nome. Balancei a cabea e murmurei:

-Harley.

-O que?

-Harley Quinn. Me chame de Harley, Puddin.

Ele me encarou e segurou meu queixo com seus dedos ensanguentados, me fazendo ficar bem perto de seu rosto. Ele abaixou os olhos para minha roupa e disse:

-Tudo bem, Harley Quinn.

Então tomou meus lábios e me beijou ardosamente. Logo me acendi e puxei seu cabelos verdes para mais perto. Colamos nossos corpos e eu o empurrei para o banheiro, mas ele descolou nossos lábios e sussurrou:

-Aqui não, tenho uma ideia melhor. 

Desceu suas mãos quentes pelas minhas coxas até a dobra de meu joelho, depois me pegou no colo, nos colando ainda mais. Podia sentir suas vontades e sorri, maliciosamente enquanto nos beijávamos. Ele me levou até a cama e ficamos fazendo altas loucuras por um tempo, mas, depois, eu tomei o controle da situação. Enquanto ele estava dentro de mim, eu sussurrei em seu ouvido:

-Eu te Amo, Joker.

Então explodimos de prazer e fiquei cansada, deitada ao seu lado, pensando nas coisas que disse. Ele ficou sério, depois se levantou, colocou suas roupas e jogou as minhas para mim:

-Se vista, vamos sair.

-Para onde vamos?

-Vista-se!

Ele me lançou um olhar aterrorizante, que invadiu minha alma de trevas. Era isso. Este era meu fim. Eu tive certeza disso no momento que olhei em seus olhos. Lágrimas invadiram meus olhos, mas ele caminhou até mim e secou uma que escorria por minha bochecha:

-Hey, minha Harley. Não se preocupe, vamos apenas, passear.

Forcei um sorriso e disse:

-É claro.

Me vesti rapidamente e fomos para seu carro purpura. Enquanto dirigia, horas tocava minha coxa, horas segurava minha mão. Mas nunca em olhava, em nenhum momento. Então, chegamos em uma fábrica de luzes amarelas. O lugar era completamente pixado com cartas Coringa e HAHAHA. Tremi e sai do carro, só para depois Joker segurar meu braço e me levar até os andares de cima da fábrica. Mas, quando chegamos no ultimo andar e vi os tanques químicos, puxei meu brao e o encarei, com várias emoções me invadindo ao mesmo tempo. Ele me encarou e disse:

-O que acontecer aqui, morre aqui. Eu tenho perguntas para você, minha cara Harley...

-Me poupe desse disfarce idiota! Diga logo que quer me matar e me mate! 

Ele foi até mim e segurou meu rosto, dando um sorriso maníaco:

-Harley, você MORRERIA, por mim?

-Sim.

Eu disse. Porque morreria. Ele sabe. Eu o amava. Que droga. Fui me apaixonar pelo ser mais sem sentimentos de Gotham. Na verdade, do mundo. Ele sorriu e se afastou:

-Já me disseram isso uma vez. 

-O que?

-Muito tempo atrás. Muitas pessoas já me disseram: Eu te Amo e morreria por você. Sabe porque adoro bater em algumas pessoas, Harley? Porque quando eu era criança, meu pai me espancava e dizia: Isso é por amor. Foi o primeiro gesto de amor que recebi em minha vida. 

O encarei. O que ele estava me contando era verdade? Ou era só uma maneira de eu sentir pena do Palhaço. Mas ele não parou e, eu não estava com pena nenhuma:

-A vida, é feita de capítulos. Um capítulo ruim não quer dizer que a história acabou. Esse foi só um dos capítulos ruins de minha vida. Sabe qual a verdade da vida, minha querida Harley? Todos temos algo a esconder. Algo obscuro dentro de nós, que não queremos que o mundo veja. Então fingimos que está tudo bem. Sabe o que tem acontecido com você, minha querida? Você cresceu. Parou de procurar monstros de baixo da cama quando descobriu que eles estão dentro de você. - Ao dizer isso, ele me encarou e sorriu - Arlequina, Haleen, Harley. Monstros dentro de você. Mas todos são você. Por isso tão confusa, por isso tantas decisões e... Loucuras. Mas, finalmente você seguiu meu conselho de quando estava apagada. Faça seus medos terem medo de você. Por isso você acabou com a Harleen e com a Arlequina. Sabe qual meu defeito? Eu sou um quebra-cabeça de três peças. Eu não quero matar você, você me completa. Assim como outra pessoa.

Fiquei paralisada. Do quê ele estava falando. O que estava acontecendo? Eram tantas informações, estava tudo confuso. Meus medos? Arlequina? Eu... o Completava?

-Ainda dói? - Perguntei.

-O quê?

-Tudo. As agressões de seu pai e tudo mais?

-Hahahahahahaha! Own, minha querida Harley. O problema não são as cicatrizes. O problema é olhar para elas e lembrar de quem as deixou.

Fiquei triste. Sem palavras ou reações. Então, ele caminhou até mim e disse:

-Por que tão séria? Vamos colocar um sorriso nesse rosto.

Então colocou sua mão sobre minha boca. A mão tatuada com um sorriso e me fez a ultima pergunta.