História Crazy In Love - Ele

Paciênte #1940

Assim que cheguei em Arkham, um segurança me mostrou minha nova sala, que era equipada por uma câmera fotográfica, um computador, armários, pastas, uma cadeira de couro e um banheiro. Agradeci e organizei minhas coisas, minha primeira consulta seria dali a trinta minutos. Hoje, eu iria conversar com o Pinguim, Ivy, Sr. Frio, Cara-de-Barro e Coringa.

Eu estava nervosa e ansiosa para minha ultima consulta, eu sempre quis saber como alguém tão jovem poderia ter causado tantos crimes. Me aprontei e fui para minha primeira consulta com Pinguim.

Depois da primeira consulta.

Sai de lá com as seguintes anotações:

Nome: Oswald Chesterfield Cobblepot

Conhecido como: Pinguim

Aparência: Baixinho e corpulento, com nariz grande.

Observações:  "Ladrão e mafioso, refere-se a si próprio como "cavalheiro do crime". Ao contrário de grande parte dos inimigos de Batman, o Pinguim tem total controle das suas ações e em está perfeita sanidade mental, características que o ajudam a manter uma relação única com o herói. Compra propriedades roubadas. Amante de aves e chapéu. Teve uma infância miserável. Ainda era jovem quando o pai morreu de broncopneumonia, e, como sua mãe atribuiu isso ao fato do marido ter saído na chuva sem proteção, ela insistia para que o filho carregasse sempre um guarda-chuva. 

Seu tamanho baixinho e seu físico gordinho eram motivos para insultos vindos de outras pessoas na sua escola, que o comparavam a um pinguim, o que o deixou traumatizado. Oswald tinha tanto ódio dessas pessoas que decidiu se vingar. Porém, após ter espancado alguns alunos do colégio que debochavam dele, os garotos invadiram e destruíram a loja de pássaros da mãe de Cobblepot. Anos depois, com a ajuda de sua tia, Oswald foi para a faculdade e se formou em ornitologia. Posteriormente, o ódio e a raiva juvenis se manifestaram, e ele se tornou um criminoso, assumindo o apelido de infância, Pinguim."

Personalidade: Tem uma personalidade fria e arrogante. 

Sai de lá recebendo várias investidas desagradáveis daquele pequeno homem. Mas, sabia que uma hora ou outra isso iria acontecer, afinal, pensei que eram todos loucos! Falar de sua família o afetava bastante e ele gritou umas quatro vezes de como odiava todas as pessoas no mundo (sem contar que depois sempre dizia que aprenderia a me amar).

Estava indo para a sala de Hera e conversamos bastante. Ela estava melhor e bem mais feliz que antes. Conversamos e fofocamos, logo esqueci que estava lá para tratá-la mentalmente e que ela era uma assassina perigosa. Já me sentia quase como sua amiga, mas ao pensar nisso fiquei um pouco triste. Eu sempre pensei que tinha amigos, mas na verdade eles nunca me viram assim. Quando terminamos, ela já estava bem melhor e eu estava um pouco abalada, porém consegui disfarçar o que sentia.

Depois de todas as consultas, respirei fundo e me preparei para a conversa com Coringa. O que poderíamos conversar que não lhe deixaria irritado ou agressivo? Entrei na sala e eles disseram que logo trariam Joker. Respirei fundo e peguei sua ficha. Fiquei esperando por um tempo, então ouvi alguns gritos:

-Vamos Coringa! Você tem que ir para sua consulta!

Então a porta se abriu e ele apareceu. Cabelos verdes e arrumados, dentes alinhados e de prata, lábios vermelhos e olhos grandes e azuis intensos. Ele me encarou e sorriu, por mais louco que fosse, seu sorriso era lindo. Ele estava com uma camisa de força e o empurraram até a cadeira:

-Sente ai e se comporte! Ou...

-Choque!!

Ele gritou, assustando todos na sala. Então começou a rir olhando para minha reação assustada. O homem saiu e me olhou com um olhar de pena. Respirei fundo e Joker parou de rir:

-Meu nome é Harleen Quinzel.

Ele me encarou com a boca um pouco aberta, depois abriu um pequeno sorriso e inclinou a cabeça para a direita:

-Que nome lindo! Seus amigos te chamam de Harley?

Abaixei os olhos, nervosa. Hoje todos queriam me lembrar disso? Me recuperei e sorri, dizendo:

-Eu não tenho amigos.

-Humm... Bom, Harley, agora tem um.

E abriu um enorme sorriso. Fiquei surpresa com aquilo, ninguém nunca se ofereceu para ser meu amigo. Peguei sua ficha e disse:

-Bom, Sr. Coringa, você poderia me dizer seu nome?

-Não... Eu não lembro de muita coisa depois do acidente.

-E do que se lembra?

Ele afundou na cadeira e olhou por toda a sala, tentando formular as palavras certas:

-Bom... -Ele disse, voltando a me olhar, triste- Eu sempre sofri muito na infância. Meu pai vivia me agredindo, machucando, cortando... Eu era muito triste. Fui crescendo e cometendo pequenos crimes para sobreviver. Até que um dia, eu estava num grande crime! E o nosso querido herói, BATMAN! -Ele disse gritando- Me empurrou de um... Um lugar bem alto para um grande tanque de produtos químicos desconhecidos. Assim que sai de lá, ainda com vida, o que me surpreendeu pois fui, completamente LARGADO, pelo herói de Gotham, eu não era mais eu mesmo. Vozes e risadas em minha cabeça, uma luta constante entre mim e minhas loucuras Hahahahaha! E foi assim que me tornei o REI DE GOTHAM!

Ele gritou e começou a rir. Eu estava assustada, mas comovida com sua história:

-Eu sinto muito...

-Ó, minha querida Harley, não sinta. Eu ainda irei me vingar. Ainda irei matar cada pessoa desta cidade e fazê-las se ajoelharem perante mim. Farei elas me amarem e odiarem o nosso querido Morcegão!

-Então é isso o que quer? Amor?

Ele me encarou, sério:

-Aproxime-se, Harley...

O modo como ele me chamou me fez ir até ele imediatamente, sem nem mesmo pensar:

-Mais...

Me aproximei ainda mais e nossas respirações estavam em sincronia:

-Minha querida Harley... Eu não sei o que é... -Ele encarou meu lábios e depois me olhou. Minha respiração estava acelerada, ele era tão...- AMOR!

Ele gritou e eu me afastei no mesmo instante. Me levantei e ele disse:

-Quando será sua próxima visita, amorzinho? Hahahahaha.

-Em breve e vou ajudar e curar você.

Ele sorriu maníacamente e disse:

-É o que vamos ver...