1. Spirit Fanfics >
  2. Crazy in Love >
  3. Nova Rotina

História Crazy in Love - Nova Rotina


Escrita por: Tributepurple

Notas do Autor


Um capitulo enorme pra voces. Espero que gostem. Boa leitura.

Capítulo 3 - Nova Rotina


Fanfic / Fanfiction Crazy in Love - Nova Rotina

O dia amanheceu frio e escuro e escuro naquela manhã no manicômio, todos já estavam de pé logo depois do primeiro sinal. Alex já estava devidamente vestida e encaminhando-se para tomar o café ao lado de seus parceiros.

– Preparada para o primeiro dia, doutora?

Corey falou em seu ouvido a fazendo sorrir disfarçadamente, o medico era surpreendente bonito, moreno, alto, de uma simpatia incrível, mas sua cabeça nem pensava nisso – por mais que o medico já pensasse intimamente –.

Infelizmente ou felizmente, Dra. Aghata não poderia levá-la para conhecer o Dr. Fernando, deixando a amiga aos cuidados de Corey.

– Porque Psicologia, Corey?

– Todos me fazem essa mesma pergunta, agora me responda você Alexandra, tem coisa mais magnífica do que a mente humana?

Alexandra riu e eles seguiram conversando sutilmente pelos grandes corredores, ela pode perceber que Fernando era bastante novo para ser dono de um renomado hospital...

– Tod Rise da às boas vindas para a nossa mais nova medica psiquiátrica! Seja bem vinda Dra. Alex!

Fernando disse assim que a porta foi aberta recebendo a nova Dra. com um abraço acalentador.

– Infelizmente hoje esta um tumulto nesse hospital, antes do expediente acabar passe aqui para conversamos melhor. Esses aqui são os prontuários de seus pacientes, espero que goste do trabalho duro!

A Dra. deu uma boa e rápida olhada nos novos “amigos” e um arrepio lhe subiu a espinha quando o nome “Evan” foi lido. O doutor pareceu perceber quando disse:

– Evan é o nosso paciente mais... Desafiador...

– Senhor, Evan? Ele não estava com... Hum... Dr. Bryan?

– Já era de se esperar que tivessem problemas não é? Boa sorte minha querida, nenhum desses são fáceis, mas garanto que com jeito você consegue lidar. Tome cuidado com o Carlos, principalmente por ser mulher.

– Há! Não é o primeiro machista que eu lido. Agradeço as boas vindas Dr. Fernando.

–As três alas são divididas por nomes – continuou Bryan assim que saíram da sala – Bellevue é a ala feminina, holocausto a ala masculina e Holle...

– Inferno? Vocês têm um senso de humor incrível... – respondeu Alex um pouco irônica.

– Vá por mim doutora você não vai gostar nem um pouco de esta lá, mas por obra do destino dois deles são de lá.

– Carlos e Evan? Andei dando uma olhada nas fichas... O que mais me deixa intrigada é o Evan, não bate nada na ficha dele – ela disse ao abrir novamente o prontuário antes de entrar em seu consultório.

– Eu não acredito na culpa dele, ele também não é um santo, mas as paredes desse hospital podem deixar qualquer um louco. Bom, te vejo mais tarde?

Alex assentiu timidamente sendo pega de surpresa com um beijo em sua testa, entrou em seu consultório constatando que teria muito trabalho com a decoração fúnebre que carregada. A sala abrigava um sofá grande e macio preto, um armário de primeiro socorros branco e sua mesa de madeira preta, com um pequeno computador em cima, faltava muito para ficar com a sua cara. Seu primeiro paciente era Evan, faltava aproximadamente meia hora para sua consulta e ela começou a ler mais detalhadamente o prontuário.

Nome: Evan Bennett Courrier.

Código: 12647.

Dados do paciente:

Idade: 26 anos.

Nascimento: 02/11/1990.

Sexo: Masculino.

Tempo inserido na unidade hospitalar: 9 anos.

Alfabetizado: Sim (faculdade completa de direito e musica).

Diagnostico: Crises de nervoso e pequenos lapsos bipolares.

Evan Bennett foi condenado sobre duplo assassinato de uma colega de classe e seu amigo. Decretado prisão perpetua, mas revogado por seu advogado ter conseguido provar que o cartucho usado na sua casa não havia suas impressões digitais. Já na cena do crime, seu DNA foi espalhado suspeitamente por todo o local. Foi levado novamente ao tribunal com duvidas e lacunas espalhadas nas cabeças de todos. Seu advogado novamente recorre para liberdade provisória, voltou a ser preso quando no corpo da vitima foi achado suas impressões digitais. Evan foi internado no hospital em meio a um surto quando seu advogado preferiu a internação a uma prisão.

O caso nunca foi encerrado e sua culpa nunca foi realmente dada a Evan...

Alex estava perplexa, como um suposto inocente preso em um hospital psiquiátrico? Antes que ela pudesse continuar seus pensamentos, ela ouviu duas batidas que denunciava que seu paciente estava aqui.

Assim que Evan entrou no amplo consultório, uma considerada carga de energia pairou sobre ambos, fazendo Evan arregalar os olhos, em sua cabeça só rodava uma coisa, “como duas pessoas poderiam se parecer tanto?” Alex continuava paralisada e não sabia o motivo disso, o segundo passou e ela pareceu corar sobre os olhos arregalados de Evan.

– Evan, eu sou a doutora Alexandra, sua nova medica psiquiátrica.

O coração dele continuava estranhamente descompassado, se lembrou vagamente de sua antiga amiga, não acreditava que a copia perfeita dela estava aqui, em sua frente, não acreditava que teria que conviver com isso depois de nove anos. Mais um minuto se passou e ele continuava estático e calado, era sufocante toda aquela cena, pela primeira vez Alex se sentia incomodada.

– Sabe? Por mais que seja ótimo um silencio, eu gosto muito de conversar.

– Você me lembra uma antiga conhecida...

– E isso é bom ou ruim?

– Ela esta morta! – um frio na espinha dela se intensificou à medida que ele falava alguma palavra.

– Eu sinto muito. Porque não se apresenta devidamente para mim?

– Você já me conhece o suficiente – disse Evan olhando a sua ficha nas mãos da medica. – Não vai conseguir tirar nada que já não esteja escrito ai... Desista!

– Você é acostumado a desmerecer as pessoas?

– Não se sinta menosprezada, mas sou um pouco difícil de lidar.

– Ta vendo? Aqui não esta escrito que você é difícil de lidar.

Por incrível que pareça em resposta Evan deu uma risada baixinha se deitando no enorme sofá, Alex pegou a enorme poltrona e se dirigiu ao lado de seu paciente, quebrando todo aquele clima tenso. Por um instante ela reparou em suas mãos fechadas em punho forte como se reprimisse uma dor, as algemas se mostravam mais apertadas que o normal, na cabeça da doutora isso era crueldade. No momento seguinte ela não reprimiu a vontade de pega as mãos dele para si, ele a olhou assustado recolhendo-as no mesmo instante.

– Hum... Eu não gosto que me toquem, desculpe!

– Me desculpe, mas essas algemas não estão...

– Prefiro assim, quando eu sinto que vou surtar a dor me mantém aqui.

– Peço que sempre que venha em minhas consulta, tire-as. Sou contra qualquer tipo de dor.

– Então esta no hospital errado doutora, andou sabendo das formas que eles usam de tortura aqui?

– Pretendo não saber Evan, sinceramente? Sou capaz de entrar na frente de alguém para não ser torturado.

– Ate de alguém como eu?

– Principalmente de você.

Tudo era tão confuso e tão familiar, era a primeira vez que se viam e por incrível que pareça estavam se dando bem, ele estava lá deitado, pensando em que falar para aquele silencio constrangedor não retornar.

– Eu tinha sete anos, acordei e não tinha um pai, tinha um homem gritando coisas horríveis para mim enquanto me socava, minha casa estava um tumulto e minha mãe estava aos prantos em meus pés me pedindo para lhe contar a verdade... Não vai anotar? – disse ele a encarando pelo vão de seu braço em seus olhos.

– Quero conversar com você, não te analisar.

Antes de continuar ele a encarou minuciosamente, seus longos cabelos pretos caiam sorrateiramente sob seus olhos em um azul mar incrível, sua boca rosada caia em contraste com sua pele branca...

– O que está olhando tanto? – disse ela tirando seus óculos e retribuindo o olhar.

– Você é extremamente linda! Porque passar a vida com pessoas como eu?

Ela sorriu mostrando todos os seus dentes – e sorriso – perfeitos.

­– Ao menor sinal de lucidez... Loucure-se.

Eles continuavam sustento o olhar um do outro, Alex o avaliava minuciosamente também, seu olhar cinza denunciava todo sofrimento guardado a anos e a doutora tinha uma vontade imensa de descobrir.

– Ate que você não é de se jogar fora – disse ela colocando novamente seus óculos e sorrindo – Vai continuar me contando?

– Por hoje você já escutou coisas que ninguém já imaginou me ouvir falar, mas se quer saber foi horrível, perdi a vida e meu pai de uma vez só.

– Ele te renegou? – Evan sorriu ironicamente antes de responder.

– Faz nove anos que eu não sei o que é ter um pai. Mas minha mãe continua vindo junto com minha irmã. Você não me respondeu doutora, o que te levou a estudar psicologia?

Alex respirou fundo, era um assunto extremamente delicado, principalmente para um paciente saber.

– Entendo se não quiser falar... – neste exato momento o sinal tocou denunciando que o horário tinha acabado, era visível na feição de ambos que queriam permanecer ali... De alguma forma juntos.

– Nos vemos amanha? – disse ele parcialmente animado.

– Se Deus quiser sim.

Enquanto Alex arrumava a sala para a chegada de seu novo paciente, sua cabeça girava ao redor de uma só pessoa: Evan Bennett.

A consulta com Carlos foi um fiasco, o velho era um pervertido, assim que chegou na sala era visível o porque ele estava lá, passou metade do tempo jogando piadas sobre o corpo da medica e quando a mesma se levantou para chamar o segurança ele a encurralou na parede tentando de todo jeito pegar em seu corpo, beijou o pescoço dela e fechou a boca dela com as mãos, a medica chorava em desespero cada vez que as mãos dele tentavam tirar seu jaleco. Ate que por obra do destino ela conseguiu dá um chute no meio das bolas, saindo correndo da sala.

O hospital virou um caos, Alex estava extremamente balançada com o ultimo fato. Carlos foi mandado para sua cela. Mesmo sem querer, Alex sabia o que o esperava quando todas as luzes forem desligadas e por incrivel que fosse, ela estava satisfeita.

– Você esta bem? – perguntou Aghata extremamente nervosa a ver Alex naquele estado – Dr. Fernando esta vindo te ver, eu sinto tanto Alex...

 

– Esta tudo bem... Foi só... Difícil.


Notas Finais


Realemente espero que voces tenham gostando, me digam o que acho, quero muito saber a opinião de voces.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...