História Crazy In love (Reescrita) - Billiards.

Depois de conversar com todos e eles aceitarem de vir aqui as duas da tarde, me levantei na maior preguiça para falar com o Jream, desci para a sala e lá estava ele assistindo televisão. Me aproximei e sentei ao seu lado, percebi que ele me ignorou completamente, ele pode estar mesmo chateado. Mas por quê?

― Jream? – Chamei-o receosa por sua reação.

― Oi, Jas. – Ele me olhou rapidamente e eu me aliviei por ele ter me chamado de Jas.

― Você ficou chateado mesmo por causa do que Justin e eu falamos sobre Twister? – Perguntei super sem graça, mas ele começou a rir.

― Claro que não, Jasmine. Por que eu ficaria chateado? Também não gostava daquele jogo, mas eu pensei que vocês dois, sim. – Ele disse parando de rir.

― Então por que fez aquela cena toda? – Encarei-o brava.

― Só estava sendo dramático, credo. – Ele disse me fazendo rir.

― Tudo bem, que bom porque eu chamei meus amigos para virem aqui, o Bieber vai chegar antes, então.... Já sabe. – Disse e pisquei para ele.

― E o que você está pensando em fazer? – Perguntou curioso.

― Você logo saberá. – Pisquei novamente e me levantei. – Já volto! Vou falar com a Fran. – E andei em direção a cozinha.
 

POV Justin
 

Depois do almoço, recebi uma mensagem da Jasmine pedindo para que eu fosse lá e que ela convidaria nossos amigos também para conhecer seus irmãos. Fiquei animado já que eu precisava de algo para fazer, o dia estava muito chato desde que ela foi embora e isso só me fez ter mais lembranças sobre ela, me lembrei ainda mais depois que nos conhecemos e como começamos a sair, ela realmente insistiu em ficar comigo.

Por que eu tive que me esquecer de momentos tão maravilhosos que passei com a Jasmine? A vida é tão injusta.

― Justin? Tem certeza que não quer sobremesa? Você está com uma carinha triste, talvez isso te anime. – Scarlet disse me olhando enquanto eu viajava na maionese.

― Muito obrigado, Scarlet. Mas eu vou ter que recusar. – Disse e sorri me levantando da cadeira, fui para a sala e meu celular começou a vibrar, olhei e era uma mensagem da Jasmine.

"Quero que você chegue antes de todo mundo, entendeu? "

"Tem algum motivo especial para você me querer aí primeiro? "

"Claro que não, seu pervertido. Só quero que você chegue primeiro. "

Nessa eu não acredito nem fodendo.

"Tudo bem, em meia hora eu estou indo para aí. "

  Se ela me quer lá primeiro, então eu chegarei lá primeiro. Subi para o meu quarto e tomei um banho rápido, depois sequei meu cabelo e fiz um topete, sai do banheiro e entrei no closet. Eu não queria estar bonito demais, mas quando me olhei no espelho, achei que estava, só que era o mínimo que eu poderia ter feito. Faltavam dez minutos até a hora que eu disse para a Jasmine que sairia de casa, então peguei as chaves do meu carro e desci, minha mãe estava na sala de estar vendo televisão.

― Meu filho, como está bonito. Vai sair? – Ela perguntou toda sorridente, me aproximei e sentei ao seu lado.

― Eu só vou na casa da Jasmine, ela chamou nossos amigos para irem lá também, vamos conhecer os irmãos dela. – Respondi e sorri.

― Que bom, espero que ele goste de você.

― Na verdade, eu já conheci os dois, mas não me lembro. – Disse com um meio sorriso.

― Ah meu filho, eu sinto muito por isso. Aos poucos você vai se lembrando de todo mundo. – Ela sorriu e me abraçou.

― Eu espero que sim. – Disse e me afastei alguns segundos depois. – Agora eu preciso ir, a Jasmine deve estar me esperando. – Disse e dei um beijo em sua bochecha. – Eu aviso se eu for demorar muito. – Falei andando em direção a porta e acenei.

― Tudo bem, meu filho. Vai lá, se divirta! – Ela acenou também, eu sorri e saí de casa.

  Entrei em meu carro e fiquei pensando no que minha mãe me disse, sobre eu me divertir. É a primeira vez que ela me fala isso desde que a Jasmine foi embora, ela com certeza não gostava nenhum pouco das coisas que eu fazia e deixava muito claro que não aprovava porcaria nenhuma, mas eu não ligava e fazia do mesmo jeito. Percebo que ela está bem mais feliz agora que eu não estou mais perdido em meu mundo sombrio que era fumar maconha e outras drogas que nem do nome eu consigo me lembrar. Eu me perdia, literalmente, por que duas vezes na semana eu ficava dois dias sumido, o que normalmente acontecia no meio e no fim de semana, então ela ficava preocupada demais e pedia para o Chaz e o Ryan me procurarem e quando eles me achavam, eu estava podre e eles brigavam comigo o resto dos dias na escola, só que não adiantava de nada e eu fazia tudo de novo.

Percebi que meus olhos começaram a lacrimejar e coloquei o cinto, liguei o carro e acelerei, alguns quarteirões depois eu já estava estacionando em frente à casa de Jasmine. Saí do carro e andei em direção a porta da frente, mas antes que eu pudesse apertar a campainha, Jasmine abriu a porta de surpresa e ficou olhando lá para dentro.

― Entra aqui! – Ela me chamou e eu entrei rapidamente, Jasmine logo fechou a porta e pegou em minha mão.

― Para onde está me levando? – Perguntei com um sorriso malicioso e ela riu baixo.

― Você logo saberá.

― Era para isso que você queria que eu chegasse mais cedo? – Perguntei enquanto subíamos as escadas, já sabia para onde ela estava me levando.

― É para isso mesmo. – Ela respondeu quando paramos em frente a porta de seu quarto, se virou olhando para mim e abriu a porta de costas, entrou no quarto e eu fechei a porta, no segundo seguinte ela pulou em cima de mim.

― Isso tudo é fogo? – Perguntei rindo e ela começou a lamber atrás da minha orelha esquerda, senti um arrepio da cabeça aos pés.

― Você está irresistível, sabia? – Ela perguntou ignorando totalmente minha pergunta anterior e eu comecei a andar em direção a sua cama.

― Essa era a intenção, você teve a reação que eu esperava. – Disse a fazendo rir, me sentei na cama e ela me beijou bruscamente.

Eu não sei se ela queria transar antes mesmo de eu chegar ou se ela teve essa ideia quando eu cheguei, mas pelo jeito que ela estava, acredito que seja a primeira opção. Jasmine teve a mesma ideia que eu, ficar irresistível para ambos e isso só piorou as coisas, fiquei com medo dos irmãos dela ouvirem tudo já que estavam em casa, mas ela me disse que ninguém ouviria nada, então fiquei mais tranquilo e me concentrei apenas no que estava por vir.

Duas horas depois nós paramos e Jasmine mal conseguia se levantar, coloquei minha roupa e me deitei ao seu lado.

― Jas, tem certeza que quer ficar aqui até você conseguir andar? – Perguntei e ela assentiu, depois me beijou.

― Só dois minutos, eu me levanto e me troco, em seguida nós descemos. Se eu me levantar agora, com certeza vou cair.

― Tudo bem, mas nossos amigos já devem estar chegando, não acha? – Arqueei uma sobrancelha.

― Não tem problema, é bom que eles já conhecem o Jream de cara, ninguém vai desconfiar que estamos juntos. E se estivermos, qual o problema? Nós somos namorados e namorados transam, ninguém tem nada a ver com isso. – Ela disse e revirou os olhos me fazendo concordar.

― Você tem razão, ninguém tem nada a ver com isso. – Disse e dei um beijo em sua bochecha.

― Você não está sendo sarcástico não, né? – Me encarou e eu neguei.

― Claro que não, Jas. Eu concordo com você, realmente. – Disse sério e ela sorriu parecendo acreditar em mim.

― Tudo bem, eu vou me levantar e podemos ir. – Ela se sentou rapidamente na cama e começou a colocar sua roupa.

  Dois minutos depois, já estávamos descendo para a sala e vimos que Jream estava abrindo a porta para alguém, nossos amigos apareceram e Jasmine saiu andando na frente.

― Finalmente chegaram, não é mesmo? Quem foi o bonito que ficou fazendo hora e não chegou no horário? – Ela perguntou fingindo estar brava e encarando todos ali.

― Nem vem, Jasmine. Você nem percebeu que atrasamos, estava fazendo coisinhas com o Bieber. – Emily disse rindo e olhou rápido para mim.

― Bieber? Aonde? – Jream perguntou olhando para os lados e logo me viu. – Você sequestrou o Bieber antes de apresenta-lo para nós, Jasmine? – Ele perguntou a encarando que revirou os olhos.

― Então vocês estavam mesmo fazendo coisinhas. – Ryan comentou rindo.

― Vocês são inconvenientes, hein? – Jream disse me deixando surpreso. – Tudo bem, Bieber? Eu sei que a gente já se conhece, mas olha, - ele chegou mais perto e sussurrou em meu ouvido – cuide maravilhosamente bem da minha irmã, ouviu? Se fizer isso, está ótimo. – Ele sorriu e deu um tapinha em minhas costas.

― Okay, eu vou. – Respondi sem graça.

― Você convidou a gente para quê mesmo, Jasmine? – Chaz perguntou curioso.

― Me acompanhem. – Ela respondeu andando na frente para uma sala que eu desconhecia, quando entramos percebi que era uma sala de jogos. Tinha uma mesa de bilhar, uma mesa de ping pong, uma mesa de pebolim e uma mesa pequena para jogar poker, uma do lado da outra. No fundo da sala tinha uma televisão enorme com um videogame e um sofá preto enorme em frente, percebi que já tinha um garoto ali jogando. Do lado tinha um minibar. – Lindo, não é? Me desculpem se eu nunca trouxe vocês aqui, mas tudo tem a sua primeira vez. – Ela disse para todos e quando chegou em mim, piscou.

― O que nós vamos fazer primeiro? – Ryan perguntou animado.

― Calma, Ryan. – Kethlen resmungou.

― Justin, vem cá conhecer meus amigos. – Ela o chamou e percebi que ele era o garoto que estava jogando videogame, ele pausou o jogo no mesmo momento e se levantou. – Pessoal, esse é o meu irmãozinho mais novo, Justin. Você já conhece a Kethlen, esse é o Ryan, o namorado dela. Chaz e Emily. E o Bieber que você já conhece, esse é o meu irmão. – Ela disse por último olhando para mim e quando eu olhei para a cara dele, lembrei do meu primeiro encontro com a Jasmine, foi naquele dia que eu o conheci.

― E aí, Bieber? – Ele se aproximou estendendo a mão e eu comecei fazendo o toque que inventamos, também me lembrei desse dia já que eu estava com a Jasmine.

― E aí, moleque? Tudo bem? – Perguntei me aproximando e baguncei seus cabelos.

― Eu estou ótimo, você se lembrou de mim? – Justin me olhou com os olhos brilhando e eu concordei.

― Como assim? – Ryan e Chaz perguntaram juntos parecendo não estar entendendo.

― Eu também não estou entendendo porcaria nenhuma. – Jream comentou.

― E muito menos eu. – Kethlen e Emily disseram juntas.

― E aí? – Jasmine perguntou me olhando animada e eu assenti afirmando.

― Eu me lembrei por que o conheci no nosso primeiro encontro, lembra? – Perguntei e ela assentiu mais animada do que antes.

― Isso é maravilhoso! – Ela se aproximou e me deu um selinho demorado.

― Ei, se você se lembrou do nosso toque, você lembrou do primeiro dia que vocês vieram fazer o trabalho aqui em casa, não foi? – Justin perguntou curioso.

― Sim, eu me lembrei. Eu estava com a Jasmine naquele dia também. – Respondi e ele fez careta.

― Quer dizer que você só se lembrou de mim por causa dela? – Perguntou decepcionado e eu assenti, então ele voltou para o sofá com a cabeça baixa.

― E aí? O que vamos jogar primeiro? – Jream quem perguntou dessa vez.

― Que tal bilhar? – Jasmine perguntou olhando para todos. – Não que eu saiba jogar, quero ver vocês jogando primeiro. – Ela disse sorrindo.

― Tudo bem, vamos lá! – Chaz disse já pegando um taco de bilhar pendurado na parede.

  As meninas se sentaram em alguns bancos que tinha em frente ao minibar e nós começamos a jogar bilhar, cada uma das meninas estavam torcendo para cada um de nós, só o Jream que ficou com Justin como sua torcida. Jogamos duas rodadas e depois fomos para o minibar comer alguma coisa que tinha na mesa.

― Alguém de vocês sabe fazer alguma bebida? Tem um bar aqui. – Jream perguntou distraído e logo se lembrou de algo. – Me desculpem, vocês não têm 21 anos ainda. – Ele disse rindo e foi para trás do balcão do minibar.

― Jream, qual o problema de não termos 21 ainda? Você tem e você pode fornecer a bebida para nós. – Jasmine disse e piscou para ele que riu.

― Você só pode estar maluca, não é irmãzinha? Se eu fizer isso, seu pai me mata. – Ele disse e parece ter percebido que falou algo de errado. – Não literalmente, claro.

― Tudo bem, Jream. Nós tomamos o que não tiver álcool. – Ela disse e foi se sentar com Justin no sofá.

― Que história é essa com o pai da Jasmine? Eu não lembro de ela ter me contado nada. – Perguntei curioso.

― Ah, não é nada demais. Eu estava brincando. – Ele disse e deu de ombros.

  Pelo jeito eu não me lembrava mesmo dos assuntos mais importantes.