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História Crazy Kids - "Sempre no Topo" - Luiza


Escrita por: Xmoniqu3

Notas do Autor


Eu tava bem louca achando que ia dar pra postar vários capítulos semana passada, aí vieram as provas e me deram uns tapas na cara ;-; enfim, voltei.

Capítulo 4 - "Sempre no Topo" - Luiza


Fanfic / Fanfiction Crazy Kids - "Sempre no Topo" - Luiza

Finalmente, era sexta-feira, o último dia da primeira semana de volta às aulas. Meu último dia com 17 anos, últimas horas. Havia uma alegria percorrendo meu corpo todo e deixando-me um pouco radiante. Peguei mais uma vez o pequeno e fino pincel de rímel e dei um último retoque em meus cílios.

Costumava me arrumar com música, vinda do meu celular, dessa vez não era diferente, estava tocando Galantis e eu requebrava minha cintura, ao mesmo tempo que balançava meus ombros conforme o ritmo da música. Hoje, o volume estava quase no máximo, estava quase ensurdecendo com os fones, mas a sensação era boa, pois só assim, não ouvia nada além da música.

Fui totalmente pega de surpresa pela minha irmã, que chegou do nada e me abraçou com muita força, quase enfiei o rímel no meu olho. Monique fez uma pressão contra mim, e acabamos caindo juntas no chão. Até me irritaria, mas eu adorava aqueles ataques de amor, principalmente vindos de uma garota bipolar, como tal. Meus fones caíram com o tombo.

- Bom dia flor do dia! – Exclamou ela, saindo de cima de mim e tirando seus cabelos do rosto.

- Que entusiasmo todo é esse garota? – Perguntei, pegando em sua mão estendida, levantando-me.

- Por um segundo me esqueci que seu aniversário é só amanhã... Desculpa. – Riu.

- Tudo bem, é difícil te ver de bom humor assim...

- Tá tudo normal! – Disse por fim, dando meia volta e saindo do meu quarto.

Ué, ok, apenas mais uma crise de bipolaridade.

Terminei de me arrumar, peguei minha bolsa, arrumando sua alça em meu ombro e saí do meu quarto, descendo as escadas e encontrando-me com uma Monique totalmente sem maquiagem, e linda aliás. Entramos no carro e fomos para a escola.

...

O dia estava correndo, os cinco períodos de aula passaram rápidos demais, ou talvez eu estivesse com a mente longe e o pensamento distante.  Durante a aula de história, rascunhei uma lista de convidados bem rápida para amanhã, ok, a lista ficou grande, talvez enorme. Mas, não tem problema cabe todo mundo.

Estava deitada em minha cama, mandando mensagem para todos os convidados, avisando-os sobre a festa relâmpago, sobre o traje de piscina e sendo modesta, dizendo que “não precisa de presentes” mas é claro que precisa, é o meu aniversário.

Monique havia saído com suas amigas, estava sozinha em casa, o silêncio era quebrado somente pelo som baixo da televisão. Como sempre, estava totalmente distraída, levei um susto quando algo bateu no vidro da minha janela, fazendo um leve estalinho.

Fiquei observando a janela, até a mesma ser atingida novamente por algo. Levantei e caminhei lentamente até a mesma. Senti um sorriso fazer-se em meu rosto quando vi, através do vidro, Dylan, jogando pedrinhas em minha janela. Ao me ver, o mesmo tratou de sorrir também.

- Eu tenho celular, sabia? – Abri a janela rapidamente.

- Prefiro a moda antiga. – Ele sorriu novamente. – Desce aqui.

Fiz um sinal para Dylan esperar um pouco. Ele sempre me surpreendia com suas surpresas, observei o que ele usava, nada especial, calça jeans e camisa preta abotoada, como de costume. Tirei minha roupa velha de algodão gasto e deixei um vestido leve e rodadinho deslizar pelo meu corpo. Rapidamente, coloquei meus tênis e desci as escadas.

- Não esperava sua visita... – Citei, trancando a porta da frente enquanto ele me observava.

- Fui liberado mais cedo hoje, o pessoal ia fazer uma passeata, resolvi vir até aqui. – Uma leve pulsação percorreu meu peito.

- Trocou uma passeata por mim? – Instiguei, encostando-me na porta, agora de frente para ele.

- Certas coisas valem mais tempo... Não é? – Sua mão direita foi até meu rosto, onde tocou minha bochecha e pausou seu dedo em meu lábio. – Vamos, tenho uma surpresa. – Assim o saiu de perto de mim, caminhando até sua bicicleta.

Dylan era ambientalista, defensor dos animais, e do meio ambiente em geral, adorava sua determinação para com essas coisas. Subi na garupa de sua bicicleta. E assim seguimos, por um caminho diferente, longe da rodovia e daquele movimento todo, por entre um carro e outro. Andávamos por sobre uma estreita estrada, entre árvores, arbustos e flores.

Então ele parou, guiou sua bicicleta para fora da estrada e então ele parou novamente, no meio do nada. Sem dizer uma palavra, levantou-se da bike, fiz o mesmo, deixou-a de canto e pegou minha mão, subimos juntos uma colina em nossa frente.

Dylan continuou com sua boca calada até nos sentarmos no topo da colina, deixando a brisa correr em nossas faces e ventar nossas roupas. Dava pra ver a cidade toda naquele topo, o lugar mais lindo da cidade.

- Desculpa quebra-lo, mas esse silêncio está me matando... – Disse, ajeitando meu rosto sobre meus joelhos desnudos.

- Desculpa eu, não sei muito o que falar... Não depois de...

- Dylan, não cometemos nenhum crime. – Desabafei, referindo-me a última vez que nos vimos, que não foi muito agradável. Foi durante as férias, fazia tempo que não nos víamos, ele estava namorando, foi sem querer, e inevitável. Sempre fazíamos isso, independente de ter intervenção de alguém.

- Lu, nós estávamos separados, decidimos isso juntos.

- Também decidimos juntos que não haveria “nós”.

- Mas houve, uma vez, duas, três e vai continuar havendo.

- Vai, até você achar outro “você” para completar seu novo “nós”.

Dylan soltou um suspiro longo após minha última frase.

- Senti saudade. – Disse ele enfim, sua voz estava em um tom carinhoso. Ele falava baixo e arrastado, como se suas palavras fossem um segredo. Eu gostava de qualquer um de seus timbres vocais.

- Também senti. – Sussurrei, olhando para o céu, que estava a ponto de se pôr.

- Porque, continuamos tão distantes? – Instigou ele, apoiando seus braços atrás de si, observando, assim como eu, o céu.

- Podemos nos aproximar... É só você querer. – Disse, sem olhar para ele.

Um silêncio tomou conta do espaço entre nós. Decidi virar meu rosto para ele, e dei-me de cara com seus lábios. Assim, rápido e de repente. Fazia tempo que não sentia o sabor de seus lábios, a cada vez que os tocava, era como se fosse a primeira vez, sempre ia ser a primeira vez para nós... As coisas sempre pareciam únicas e intensas, mas no dia seguinte, era sempre o mesmo papo. “temos que esquecer isso, é passado.”

Quando demos por conta, já estávamos deitados na grama, com nossos corpos colados e desnudos, sentindo um ao outro, como um todo. Eu sempre fazia o reverso que queria. Sempre deixava me levar pelo meu corpo e não pela mente.

Sempre.


Notas Finais


O Capítulo tá bem bad/romancezinho/confuso pq eu estou bolada com a minha vida. Espero que estejam gostando, s2


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