Pov. Lilianne Grier
Infelizmente ou felizmente, estamos novamente em um começo de semana, atípica segunda feira, bem cansativa por sinal. Hoje teríamos aula de química no primeiro horário, olha só que coisa legal! Eu gosto da matéria, mas gostar da professora aí já é outra coisa totalmente diferente.
Eu já me encontrava dentro do carro, ao lado de Nash. Hayes estava no banco de trás ouvindo música. As vezes me pegava fechando os olhos, eu ligeiramente os abria novamente. Minha vontade era de voltar para minha cama quentinha, me cobrir toda e dormir até a tarde, pena que isso não pode acontecer, não hoje.
Me mandaram uma mensagem em um grupo que participo, que hoje faríamos um trabalho individual de química, então eu não poderia faltar.
A animação das pessoas presentes naquele carro era gigantesca. Se bem que, não posso falar muito, estou quase pegando minha blusa e usando como travesseiro para dormir. Tudo bem, vamos parar de pensar nisso!
Nash resmungou algo, que eu não consegui entender.
- O que você disse? - perguntei desinteressada, digamos que perguntei só para não deixá-lo no vácuo.
Nash: meu celular está vibrando. -ele falou mantendo seu olhar a frente, dirigindo. - Alguém está me ligando.
- É só parar o carro e atender. - ele encostou o veículo.
Nash parou o carro, "me obedecendo" e pegou seu celular que estava dentro do porta luvas.
Hayes: ei, paramos? - perguntou, me olhando pelo retrovisor.
Nash: não idiota, estamos andando em câmera lenta; não percebe? - Disse, logo atendendo o seu celular. -Alô?
Hayes: Pra que agredir? - colocou seu fone fechando os olhos, se encostando novamente no banco do carro. - Mal educado.
Nash: Oi amor, tudo bem? - ele sorriu minimamente. - como você está? - seu sorriso desapareceu rapidamente. - O quê?
Eu só queria voltar a dormir.
Mas como isso não é possível, só queria chegar logo no colégio, pelo menos assim iria evitar de ouvir meu irmão falando com essa 'namorada'.
Nash: Mas... quê? - ele bufou algumas vezes. - Sério? Quando vezes eu te falei, porra! - elevou a voz. - Não. O que você tem na cabeça?
Cabelo né, aqueles cachos óleosos e mal cheirosos.
Nash: Eu sei que eu não mando em você, merda, eu sei que não tenho autoridade nenhum na sua vida! - eita. Vai brigar com ela aqui mesmo? Pelo celular? Não vou jogar praga, mas se bem que eles poderiam terminar agora.
Nash: Você prometeu pra mim, Caitlin! - ele parecia irritado. - Não quero saber! Você mentiu pra mim e isso é traição, caramba! - ela traiu o Nash?
Não foi falta de avisos.
Se fodeu porque quis.
Eu sempre estou certa, ao invés de me seguir prefere se ferrar sozinho.
Nash: Não interessa se ele chegou te agarrando. - o meu irmão é corno mesmo, é isso? - Era só gritar por ajuda. - Corno manso. - Aí você beija o cara e me diz que não queria? - ele pareceu ouvir a explicação dela, já que parou de falar. - Ah, que se foda!
Filha da mãe abusada.
Por mais que eu estava certa, tenho uma imensa vontade de esfolar a cara dela. Vadia.
Nash: Não, eu não estou terminando. - Ah, fala sério Nash. Ela te traiu caramba, isso não tem volta!
É mesmo um trouxa.
Ele é cifrado e ainda permanece mantendo o relacionamento.
Nash: Podemos conversar depois? - Poxa Grier. - Logo de manhã e você exigindo algo. Mas eu te entendo. Tchau! - desligou o celular.
Ele o colocou novamente no bolso da calça e ligou o carro.
Nash: Agora a gente pode ir. - me olhou suspirando.
Hayes: Até que enfim! Não aguentava mais ouvir sua conversa.
Nash: Você não estava ouvindo suas músicas, garoto?
Hayes: Estava sim. Mas depois fiquei curioso pra saber com quem você estava falando. E acabei ouvindo.
Nash: Ninguém te ensinou que ouvir a conversa dos outros é falta de educação?
Hayes: Você tava gritando! Além do mais, minha audição é apurada, você sabe disso. - ele se defendeu, lerdamente. - Se não quisesse que nós ouvissemos, era só sair do carro.
Nash: Cala a sua boca, caralho! - Levantou a voz de novo.
- Nash, ele não disse nada demais.
Hayes: mudando de assunto, sua namoradinha de merda te deixou? - ele deu uma risada. Cuzão.
Nash: Não. Ela não me deixou. - falou por fim.
Meu irmão mais novo bufou frustrado, negando.
Hayes: Nash, você é trouxa assim ou se faz pra ter privilégios? - quais os privilégios?
Nash: é... - ele pelo menos levou na brincadeira.
Hayes: Ela traiu você? - ele perguntou muito curioso.
Nash: Fica quieto aí. Você nem entende, só tem quatorze anos. - falou.
Que preconceito, Nash.
Hayes: E desde quando idade conta? Eu tenho mais maturidade que muito babaca de dezesseis. - eu ri.
- É verdade.
Nash: Não quero saber.
- Tá Nash. Agora responde, você foi traído? - a curiosidade é maior.
Nash: Não é bem uma traição, ou é? - se questionou.
- Depende da situação. - não estou defendendo aquela coisa, mas antes de julgar tenho que saber como foi.
Nash: Caitlin me disse que foi em uma festa, que eu pedi que ela não fosse, ela me prometeu que não ia.
- Continue.
Nash: Quando ela me ligou agora, foi para me dizer sobre isso, ela foi na festa e quando estava dançando um cara aleatório agarrou seu corpo por trás. - ele cerrou seus punhos. - E beijou seu pescoço.
E ela não fez nada?
Isso é traição sim.
Ao meu ver, ela não é tão vulnerável e poderia muito bem se defender. Se não o fez e correspondenteu, não passa de uma grande traidora.
Hayes: Você é tão burro.
- Nash, sem querer ser grossa mas... Você é um trouxa mesmo. - ele assentiu por incrível que pareça.
Hayes: E ela é uma vagabunda miserável! - Concordo plenamente.
Nash: Eu não pedi a sua opinião, moleque tapado! - eu sorri. - Bom, nós vamos conversar melhor e ela vai me explicar direito.
Hayes: Te manipular você quer dizer né? - Hayes, eu não sei o quê seria de mim sem você. Nunca me senti tão representada como me sinto agora.
*
Chegamos na escola. Nash estacionou o veículo no estacionamento, que estava praticamente lotado.
E nós três fomos para nossa devida sala. Hayes foi para seu grupinho, e ele abraçou uma garoto.
Há, seria um pegador se não fosse frouxo.
Entrei na minha sala, e pude ver vários garotos jogando bolinha nos outros. É, eles não tem maturidade mesmo.
Me sentei em minha carteira, que era mais no fundo da sala. Melhor lugar sempre. Havia uma cadeira vazia a meu lado, e uma garota que parecia novata, estava sentada a minha frente.
Nem me preocupei em falar com os outros, ou ser 'mais sociável', abaixei minha cabeça, deitando em minha mesa.
Senti um impacto consideravelmente forte em minha mesa, e levantei minha cabeça com lentidão.
Sam: Não fala mais com os amigos? - levou suas mãos até sua cintura, as posicionando lá.
- Oi. - tentei dar um sorriso.
Sam: Bom dia! - sorriu largamente. - Como você está?
- Bom dia. - repeti seu gesto. -, Eu estou com sono e você?
Sam: Eu estou ótima!
Matt: E aí, tudo bem? - apareceu, não sei de onde, ao lado da Samantha.
- Aham e você?
Matt: Eu estou bem. - notou a garota calada a minha frente. - Quem é ela? -, ele apontou com a cabeça para ela.
Sam: Seja discreto. - sussurrou e lhe deu um tapa na mão.
Chamei a garota, ela nem ao menos se virou. Daí cutuquei suas costas algumas vezes e ele me olhou um pouco desanimada.
- Qual seu nome? - a garota me olhou espantada e arregalou seus olhos, virando-se para frente rapidamente.
Ué, eu fiz alguma coisa?
Ela é louca? Eu sou louca? Todos nós somos loucos sem vontade própria?
A coordenadora chegou em nossa sala de aula, nos informando que a professora havia faltado por um motivo grave. E ela iria aplicar o trabalho no lugar.
Agora minhas chances de colar se anularam, para quase um grande 0.
Notei que o Cameron fazia esse período comigo, porém ele não estava presente.
Onde ele está?
Olhei para trás, onde ele provavelmente se sentava, porém o lugar estava vazio.
Me virei para a frente de novo.
A coordenadora já entregava as provas, logo me entregou aquelas folhas grampeadas. Escrevi meu nome, data e comecei a fazer aquele trabalho.
O foda é quando a única coisa que você sabe é o 'cabeçalho' que poderia sim valer uns pontos.
E parei na primeira questão. Parecia que a prova era constituída em outra língua, grego talvez. Re-li várias vezes a mesma questão, tentando interpreta-la corretamente.
*
Finalmente com sacrifício acabei de fazer e entreguei para a coordenadora. Ela começou a olhar minha prova, como se fosse corrigir. E eu fiquei encarando seu rosto. Ela poderia esboçar algo, que poderia ser uma pista para a quantidade que eu havia tirado naquele trabalho complexo.
Algumas pessoas ainda faziam aquele trabalho, e alguns dormiam. A minoria olhava em sua volta, como eu.
Na lousa tinha um grande " Conversa = anulo a nota " então, a única opção que tive foi me deitar em minha cadeira e dormir também. Eu estava pouco me ferrando com os outros mesmo.
Eu deitei minha cabeça em meus braços e amoleci meu corpo. Fechei meus olhos, mas não consegui dormir já que alguns pensamentos rondavam minha mente.
*
O segundo período já havia começado, e foi aula de matemática avançada. A mulher encheu o quadro de problemas e nos mandou fazê-los.
De problema já basta eu.
*
Agora já estávamos no terceiro período, e as horas passavam lentamente. Eu contava os minutos e segundos para me ver livre daquela aula chata de sociologia.
Prof: Algum problema? - aquela voz áspera despertou-me de meus devaneios. Ela me encarava mortalmente, já que eu não estava prestando devida atenção na sua explicação.
- Não, nenhum. - dei de ombros.
Prof: Então preste atenção em minha aula. O que estou explicando vai cair no teste, e vocês todos precisarão do conteúdo! - ela alternava seus olhares a todos da classe, se voltando pra mim. - Eu não preciso disso, já me formei. São vocês que sairão prejudicados se eu não finalizar isso.
Eu assenti sem gosto e comecei a encara-la. Mas meus pensamentos novamente estavam em outro lugar, além dali.
*
Intervalo, ou horário recreativo. Para mim tanto faz, não muda nada mesmo.
Me sentei na mesa e dei uma mordida em uma maçã. Hoje acordei sem fome. Meus amigos estavam conversando, porém, eu não tinha a mínima vontade de falar com eles.
Brooke: escuta essa música, amiga. - ela me entregou um lado de seu fone.
Coloquei-o em meu ouvido e me animei assim que reconheci a música.
Era nossa preferida.
Sorri mostrando meus dentes e comecei a mexer minha perna ao ritmo. Tivemos até dublagem com direito a instrumentos imaginários.
Porém, logo notei que meu amigo, Alex, estava meio calado e quieto. Algo que não é do feitio dele. Ele mantia os fones no ouvido e um olhar distante.
Larguei o fone de Brooke, que tratou de colocá-lo. Observei Samantha que o abraçou de lado.
Sam: Está melhor, Alex? - ele não se mexeu quanto ao abraço. Mas negou com a cabeça baixa.
- O que aconteceu? - perguntei preocupada.
Alex: Nada demais. - eles realmente vão ficar de segredinhos na mesa?
- Tem certeza? - eu insisti.
Alex balançou a cabeça, confirmando. E eu apenas dei de ombros, já que não possuía poderes que me fizessem descobrir o que se passava com ele.
Sam: Cadê o Cam? Ele não veio hoje.
Nash: Acho que ele perdeu a hora. Já que eu mande mensagem mas ele não respondeu.
Matt: ou estamos na estória da bela adormecida, e o beijo da Lili tem ação contrária, que o fez desmaiar. - que imaginação da porra.
Ele daria um escritor, só não sei se daí sairia algo bom.
Taylor: então ela tem que testar novamente, beijando a princesa. - eu neguei com a cabeça.
Shawn por sua vez somente sorria, apoiando aquela zoação contra mim.
Nota mental = dar o troco nos meninos. Como? Eu não sei.
Brooke: Aí, eu tenho física no próximo horário. - Matt suspirou dizendo que odiava aquela matéria e que não nos era necessária.
Sam: coitada de você, Broo. - ela sorriu sem mostrar seus dentes.
- Felizmente eu não tenho física hoje. - falei.
Nash: Eu tenho educação física no próximo período.
- Eu também tenho, só que no último.
Taylor: a vontade de rir é grande, mas a de chorar é maior.
Quebra de tempo;
Final das aulas, aquele sinal maldito atrasou hoje, deixando todos apavorados para ir embora.
Nash decidiu levar sua namorada embora, e Hayes foi com eles. É um falsiano, não?
Já eu optei por ir a pé.
Aproveitei que já estava aqui e mudei minha rota, indo em direção á outra casa. Toquei a campainha e a voz feminina me atendeu, e logo abriu a porta. Entrei na casa, fechando a porta em seguida.
Sierra: Oie, como você está, meu bem? - me deu um abraço apertado, sorrindo contagiante.
- Eu estou bem. E você?
Sierra: Estou bem também. - sorri. - Veio ver o Cam?
- É. - assentiu. - ele perdeu um trabalho.
Sierra: Ficamos sabendo. - mordeu os lábios. - Bom, ele está no quarto, vai lá!
- Tudo bem. - concordei, e pedi licença, subindo as escadas até o quarto indicado.
Assim que entrei no mesmo, notei Cameron deitado em sua cama, ele usava uma calça moletom escura e meias brancas. Mas o que mais me chamou a atenção, fora seu braço enfaixado.
Acho que ele estava dormindo, já que suas pálpebras estavam fechadas. Eu me virei, em silêncio, para sair do quarto sem o acordar. Quando sem querer encostei na porta, a empurrando para a parede, tentei impedir, mas ela fez um estrondo alto.
Ele abriu seus olhos e me deu uma bela encarada.
Acho que serei esquartejada.
Brincadeira Deus, afasta isso de mim, amém!
Cam: Sua tentativa de ser silenciosa foi bem ruim, ein. - Péssima. - Aliás, eu não estava dormindo, só estava com os olhos fechados.
- O que você fez dessa vez? - Não disse o quê.
Cam: Eu? Nada, ué.
- Seu braço está enfaixado atoa, Cameron?
Ele se sentou em sua cama e olhou para seu braço, fazendo uma careta dolorida.
Cam: Eu me cortei. - entreabri minha boca. Ficando estática.
Não soube o que falar por alguns minutos.
- Cameron, eu não sabia que você se cortava. - o olhei com pena. - Se quiser ajuda, não será muito mas, eu estarei aqui.
Ele riu.
Cam: Não não. Eu não me cortei porque eu quis.
- Então foi um acidente? - respirei com alívio.
Cam: Foi sim.
- É profundo ou superficial?
Cam: um pouco profundo.
- Você foi ao hospital, né? - sei que estou fazendo praticamente um questionário para ele. Mas não me culpe.
Cam: Fui. E precisei de seis pontos. - me coloquei em seu lugar, sentindo uma agonia gigantesca. - Eu não senti nada.
- Como? - Perguntei. - Te anestesiaram?
Cam: eu acho que não.
- Não precisa fingir, garanto que chorou como um bebê. - ri zoando.
Cam: eu não sou você. - ele retrucou com ironia.
- Eu sei que não. Você não é maravilhoso. - minha alto estima hoje tá na alturas.
Cameron riu mais uma vez.
- Seu recalcado. - falei com minhas mãos em minha cintura.
Cam: Eu não falei nada. - deu uma pausa. - Mas você é uma convencida.
- Eu só falo a realidade, ué. - falei.
Cam: aham. - sorriu de lado.
- Mudando de assunto de novo, você se machucou ontem? - Eu e minha incrível capacidade de mudar de assunto frequentemente.
Cam: Sim. - assenti.
- Já que eu estou aqui, você precisa de alguma coisa? - me arrependi logo de perguntar.
Cam: se eu responder, vai mudar algo? - assenti, não entendendo muito bem sua pergunta. - Tá bem, então me faça uma massagem.
Juro que pensei merda.
Mas eu sou pura, tá?
- Não sou massagista. - neguei. - E eu não irei te massagear.
Cam: sabia que diria 'não'. Então sei lá, deita aqui. - apontou para sua cama, ao lado que não era ocupado por ele.
- Eu não. - cruzei meus braços, franzindo minha testa.
Cam: Tá bom, não queria mesmo. - em um gesto super maduro, falou como se fosse uma criança, ainda colocou a língua pra fora.
- Queria sim. - eu me sentei. E fiquei ao seu lado, porém ele estava deitado.
Cam: você gosta de alguém? - ele lançou sua pergunta, encarando o teto acima de seus olhos. Ele me pegou de surpresa, eu não esperava por isso.
- Eu... - pensei. - Acho que sim.
Cam: eu conheço?
- Conhece. - ele me respondeu com um 'hum'. Grosso. - E você, gosta de alguém?
Cam: gosto. - ele foi extremamente convincente. - Qual é o problema em se deitar aqui?
- Eu tô bem sentada. - fiquei sem graça.
Cam: É muito chata mesmo. - Revirou seus olhos.
Bufei irritada, mas acabei me deitando em seguida.
- Insistente! - ele sorriu vitorioso.
Cameron se aproximou e me abraçou de lado. Se eu já estava meio sem graça, agora então... Porém não deixo transparecer o quão nervosa eu estou internamente.
Cam: olha pra mim. - pô merda, me ajuda né. - Ei. - eu obedeci lentamente.
Ele estava sorrindo, porém minimamente. Cam foi se aproximando seu rosto do meu e pude sentir sua respiração pesada se chocando com a minha, que estava meio descompassada. Ele deixou um leve chupão em meu lábio inferior. Meu coração estava meio acelerado. Cam atacou meus lábios, pedindo passagem rapidamente, acabei correspondendo.
O maldito ar faltou, e nos separamos, ele olhava nos meus olhos, e por um momento estava sorrindo de novo.
Parece um retardado.
Cameron travou seu maxilar e calmo, ficou por cima de mim, me beijando novamente. Ele prendeu minhas pernas contra as suas e massageava minha coxa, subindo cada vez mais, indo até minha bunda.
Até que ouvimos um barulho gigantesco, parecia que algo havia caído. Minha lucidez voltou e empurrei Cameron para o lado, o mesmo me olhava confuso. Eu me levantei meio atordoada pelo que aconteceu e meu cérebro não conseguia raciocinar direito.
Fui até a porta e a abri, vendo Sierra sentada no chão com algumas caixas em sua volta. Ela massageava sua nuca.
- O que aconteceu? - ela me notou ali e começou a apontar para as caixas.
Sierra: acabei derrubando tudo. - respirou profundamente. - Desculpe se atrapalhei vocês.
- Você não nos atrapalhou, só estávamos conversando. - menti.
Cam: O que foi? - ele apareceu, bagunçando levemente seus cabelos.
Sierra: Cam, você pode me ajudar?
Cam: posso.
- São só essas caixas?
Sierra: não, ainda preciso pegar algumas dentro de meu quarto e levar até o carro. - falou.
- Será que posso ajudar?
Sierra: não, não precisa minha linda. - ela negou. Eu não estou fazendo nada mesmo.
Cam: Se você quiser.
Sierra: Não Cam, não sabe que não devemos dar serviços a damas? - e ela é o quê? - Eu faço porque não tenho escolha mesmo, mas você pode liberar seu 'lado cavalheiro'.
Cam: E ela, por acaso, é uma dama? - soltou uma risada nasal. Eu lhe olhei feio. Oras!
- Faço questão. - sorri para ela.
Sierra: Bem, então se quiser mesmo me ajudar, eu ficaria muito agradecida. - ela retribuiu o sorriso. - Muito obrigada, Lili!
- Disponha. - ah, eu tô muito meiguinha hoje.
Nós a ajudamos com sua mudança. Ela veio apenas para buscar suas roupas e materiais. Sierra ainda completou dizendo que era estilista.
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