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História Crazy In Love - Be Happy


Escrita por: forgracie

Notas do Autor


HEY

eu sinceramente não sei o que aconteceu comigo, só sei q não é do meu feitio postar rápido jajaushdudj
mas vou aproveitar que minha criatividade está enorme e atualizar isso aqui

e mais uma vez eu gostaria de agradecer pelo carinho e pelo apoio que estou recebendo de vcs. amo demaisssss ♥
tenham uma boa leitura!

Capítulo 69 - Be Happy


Fanfic / Fanfiction Crazy In Love - Be Happy

Pov. Brooke Mitchell


Quebra de tempo · 4:14 AM



Estávamos todos nós deitados em colchões no mesmo cômodo, e os mesmos estavam espalhados pelo chão do quarto. O lugar tinha bastante espaço, entretanto nos mantínhamos próximos. 

Samantha e Matthew dormiam juntos, no entanto cada um de costas para o outro e seus corpos longe. Ele simplesmente caiu no sono assim que se deitou, e como uma consequência estrondosa, ele roncava muito alto. Isso afetava a audição alheia, não diria que não. 

Diferente dos dois mencionados anteriormente, Cameron e Lilianne estavam se abraçando, com suas pernas e braços entrelaçados, e eu não podia ver a face de Lili por estar enfiada na curvatura do pescoço dele.

Taylor e Alex tiveram de dividir um colchão. Mas o fato de Tay aceitar, não significa que não reclamou. Muito pelo contrário, ele estava histérico para que Alex não o empurrasse do colchão a fora. Sim, isso era questionável. 

Hayes Grier e Skylynn adormeceram no quarto ao lado do nosso, pois Nash disse que Sky não deveria dormir "no chão". E Hayes tivera de acompanhá-la. 

Mary se deitou com Shawn, e sobrou apenas Nash para mim.

Bem, deixe-me explicar: os dois resolveram dormir juntos, e o Grier tinha um espaço vago no colchão dele.

Não é lá muito desagradável dormir com ele, apesar de sentir meu corpo todo em chamas ardentes. Oh, como eu daria tudo para dormir com ele de verdade. E sim, disse no sentido malicioso mesmo. 

Uma questão perambulou minha mente: será que o garoto é bom de cama? Argh, eu não deveria pensar nisso, ainda mais agora. 

Virei-me para o lado oposto em que estava antes, e me peguei fitando a face sonolenta do Grier. 

— Nash? — sussurrei torcendo para que ninguém nos ouvisse — Você... está acordado? 

— hã? Sim, claro, eu estou — respondeu meio descontente. 

— Eu também estou acordado — uma pessoa próxima à nós, que julguei ser o Caniff, rebateu — É muito difícil pregar os olhos com um homem próximo à mim desse jeito. 

— Meu anjo, isso é tudo medo de não conseguir se controlar perto de um homem? Outch, que masculinidade frágil — retrucou o Alex e nos fizera sorrir.  

— Não 'irmão', nada a ver, eu só não sou muito fã disso. 

— Qual é gente, é bem melhor dormir com o Alex ao lado do que com um trator ambulante! — Sam falou e Nash riu. Ela estava se referindo ao Espinosa. 

— Pelo menos com o trator você não precisa se preocupar caso te agarre do nada, alegando ter tido sonhos estranhos — Caniff disse e cruzou seus braços, fitando o teto. — Ele é hétero, mas acima de tudo, é um bunda mole incapaz de fazer qualquer coisa. 

— Isso soou bem homofóbico, hein cara? 

— Não é homofobia porra nenhuma, Mendes. Caramba, eu só não sou acostumado em dividir um espaço tão curto com um ser humano do mesmo sexo que eu! — ele se defendeu rapidamente, arrancando risadas de Alex e do indivíduo ao meu lado. 

Nash está gargalhando muito alto nesse instante, mais que Hayes ainda por cima, mas acredito que não seja por conta de substâncias terceiras. Afinal, nós não bebemos nem nada do tipo, Sky e Hayes estavam conosco e nós não queríamos dar-lhes más influências. 

— Você não precisa se preocupar, Caniff, mas eu sim — Samantha sussurrou. 

— Como vocês falam alto, hein? Tentem dormir pelo menos, não? — Lilianne resmungou um complemento e bocejou. 

— Eu não estou conseguindo dormir, entende? — indaguei. 

— É... ela me acordou e agora eu também não estou com sono — Nash suspirou.

— Eu não estou com sono, por motivos óbvios e para minha própria segurança mesmo — Tay respondeu.

— Ninguém nesse quarto, e em sã consciência, pegaria você — Alex falou, já incomodado — Eu mesmo não perderia meu tempo contigo. Pode ficar super tranquilo. 

— Ai gente, olha, sem querer ofender, mas eu estou morrendo de sono e seria muito bom dormir. Boa noite — Lilianne se revirou no colchão e silenciou-se. 

— Abusada. 

— Não quero ficar deitada já que não vou dormir — levantei e me sentei no colchão macio — Eu vou ficar lá fora um pouco. 

Amarrei meus cabelos em um coque frouxo e deixei alguns fios soltos, caindo sob minha testa. Ajeitei minha blusa e me levantei completamente. 

— Eu também vou então. Não aguento mais esse calor aqui — Maryanna se prontificou. 

— E você vem, Grier? — indaguei avistando-o negar com a cabeça e se virar de bruços.

Confesso que a vista de suas costas enrijecidas, mesmo não tão visíveis, eram uma visão maravilhosa, na qual eu poderia ficar admirando por um longo período ou pra sempre. 

— Eu vou também — Shawn concordou e se aproximou de Mary. 

Argh, eu não acredito que vou segurar vela pra esses dois. 

Nós três nos retiramos do quarto silenciosamente e caminhamos para fora da casa ou cabana. Nos sentamos nas cadeiras e nos encaramos. 

Pensei em perguntar algo, ou alfinetá-los. 

— Vocês tem alguma coisa? — eu até me estranhei ao soltar involuntariamente essa questão. Fiquei receosa sobre a reação de ambos, pois poderiam muito bem entender errado. 

— Nós dois? — Mendes respondeu-me com uma pergunta retórica. Ele não falou diretamente e isso é meio estranho. Quer dizer, por quê ele não teve convicção o suficiente para dizer não? Eles estavam realmente tendo algo? 

— Não, Brooke. Nós dois não temos nada — Mary fez um sinal de negação. 

Reparei na reação de Shawn, ele olhou para baixo e pude perceber suas bochechas um pouco ruborizadas. Aquilo me deixou com a pulga atrás da orelha. 

— Tudo bem então — respondi apesar de não saber exatamente o que dizer.

Não estava triste pela resposta, mas também não estava feliz. 

Eu me sentia terrivelmente incompleta, vazia. 

— Por quê a pergunta, Mitchell? — Shawn olhou profundamente em meus olhos e o sustentou. Seu ato me deixou no mínimo desconcertada, e me culpei por ser tão estúpida e egocêntrica. 

— Eu apenas achei que vocês estivessem juntos, hã... são um casal bonito. 

Que desculpa mais esfarrapada!

— Não estamos juntos — Mary deu um sorriso "reconfortante" — Nós somos apenas amigos, não é chão? — ela lhe deu uma cotovelada leve e gargalhou. Na minha concepção, ele aparentava atordoado e pensativo demais. 

— É... É sim. Somos amigos — tive a ligeira impressão de que ele não estava ligando para o que estávamos falando. 

— Eu vou beber uma água na cozinha, vocês querem? 

— Não Mary, obrigada. 

— Pode ir, Lewis. 

Lewis se retirou e de repente um clima ruim e pesado pairou sob nossas cabeças. Eu tinha ciência de que parte daquilo era culpa minha, e me sentia um pouco mal por isso. 

— É... me desculpe por isso, quero dizer, deixei vocês dois meio constrangidos. Não foi minha intenção. 

— Não se desculpe, não disse nada demais mesmo. 

Olha, não sei se percebeu que pedi o teu perdão, mas é... acabei de fazer isso mesmo. 

— Tudo bem então. 

— Mas eu achei um pouco estranho o fato de você aparentar meio interessada em saber se estávamos juntos ou não... não sei se foi só impressão minha. 

O sexto sentido dele era bem aguçado, ou eu realmente deixei a desejar ao questioná-los. 

— Brooke, posso te perguntar uma coisa? Claro, você tem o direito de não responder se quiser. 

Você já fez uma pergunta! 

— Claro! 

Estou com medo, não vou negar. Afinal ele pôde fantasiar em sua cabeça que eu ainda gosto dele, o que não é totalmente mentira, ou é? Honestamente, minha cabeça está uma bagunça ultimamente, e não sei mais o que pensar ou sentir. Eu me sinto como um furacão de sentimentos. 

— Você é bi? 

Sua pergunta me pegou totalmente de surpresa, e eu tive que me segurar para não abrir a boca em espanto. Estou pasma que ele acha que gosto de uma ou de qualquer garota desse jeito. 

Eu parecia bissexual? 

— Não Shawn, eu sou hétero. Por acaso imaginou mesmo que eu fosse bi?

— Sim, eu... Argh! Foi mal. É que eu fui pela cabeça dos outros e... Fiquei pensativo sobre isso. 

— Sei. 

— Acho que agora sou eu quem te deve desculpas, não é?

— Não, claro que não. Isso não me afeta, é simplesmente uma dúvida sobre minha sexualidade. Tudo bem, acontece. 

— Não acontece, é... Eu... 

— Já falei que está tudo bem, Shawn. Vem cá, você por acaso pensou que eu gosto de alguém? — indaguei esperançosa. 

— Na verdade sim. Pensei que você gostasse da Lilianne no começo, mas depois notei que você tinha apenas um carinho muito forte por ela.

Quase me engasguei com essa. 

— É lógico, nada mais que isso!

— Mas aí chegou a Mary. E sei lá, me confundiu. Já ouviu falar que amor e ódio andam lado a lado? Pois é, pensei que você gostasse dela apesar das brigas. 

— Shawn, você é louco?! Não, não, não! Vou fingir que não ouvi isso. 

— Eu nunca falei que não era louco. E nunca te vi realmente interessada em alguém do sexo oposto, na verdade, por ninguém. Acho que porque nunca fomos muito próximos, você não se sentia a vontade para se abrir pra mim. 

Primeiramente, então você é menina, porra?! Eu super demonstrava, mas era ignorada! 

— Você é tão lerdo... que chega até a doer — fiz menção de negação com a cabeça e sorri tristemente. 

— Eu falei alguma coisa errada, Brooke? 

— Não — sim, pensei em dizer mas me contive — Enfim... eu sou hétero, okay? E não gosto da Maryanna, bem, não desse jeito! Não faz o menor sentido. 

— É... pensando por esse lado, não faz mesmo — ele riu amigavelmente e eu o acompanhei, apesar de ainda sentir o impacto de suas palavras. 

— Eu já disse milhões e milhões de vezes que gostava de você, sério, fazia questão de deixar isso bem claro. 

— Sim... e eu agradeço muito por isso. Você é incrível, Broo. De verdade — ele deu um sorriso e eu apenas abaixei minimamente meu olhar. Estou com vontade de chorar. 

Shawn pôs sua mão em meu ombro. 

— E eu sei que você ainda sente algo por mim, bem, da pra notar isso apenas pelo jeito que tu me olha. Mas... — ele deu uma pausa e eu o fitei sentindo meus olhos arderem por conta das lágrimas mal contidas. 

— Você mudou bastante, Mendes. Eu... 

— Sim, eu amadureci. Assim como você também. 

— É... — limpei minhas lágrimas com minhas mãos, ele se sentou ao meu lado e me puxou para deitar minha cabeça em seu ombro. Shawn me abraçou desajeitado e acariciou meu braço — Mas você mudou radicalmente comigo. Antes de viajar, tudo era completamente diferente. 

— Defina diferente. 

— Você era mais carinhoso, amigável, gentil... era mais meu amigo e eu sentia que deveria confiar em ti. 

— Ainda pode confiar em mim, sabe muito disso. 

— Não da mesma forma que antes. Porque agora você permanece amigável de novo, mas com outra pessoa. Você... me esqueceu?! 

— Eu te esqueci? É lógico que não, Mitchell. Eu não me esqueço nunca das nossas promessas malucas e pedidos idiotas. 

— Idiota, Shawn? Então querer estar com você, demostrar um sentimento bom por ti, é idiota? 

— Eu digo idiota porque não aconteceram. Não estamos juntos agora, você não percebe? Éramos imaturos ainda. 

— Você diz isso como se estivesse passado uma eternidade, não somos adultos ainda, Shawn! 

— Imaturos para um relacionamento, sim. 

— Não, não éramos! Você era, aliás... continua o mesmo nisso! Você não entende, né? Ou finge que não entende! — eu me levantei e soltei-me bruscamente de seus braços — É tão bom assim manter alguém enfeitiçado? É tão bom ter o coração de alguém nas mãos e mesmo assim mal se importar? Faz bem ao seu ego saber que alguém sofre por você? 

— Mitchell, não!

— É o que parece, você é um babaca! — ele tentou segurar minhas mãos, mas eu continuei o estapeando. Por mim, conseguiu me conter. 

— Se eu pudesse escolher, jamais teria escolhido gostar de você! — ele esbravejou e eu fiquei estática.

Minhas lágrimas agora eram incessantes, e minha vontade era de apesar correr para um lugar bem distante de Shawn Mendes e de seu ego inflado. 

— Eu gostei de você, muito, quase amei você — ele ditou calmamente, apesar das palavras duras que proferira antes. 

— Eu não acredito. 

— Viajei ainda gostando de você. Mas sei lá, acreditei que nós realmente não daríamos certo. E eu precisava te superar, demorou muito, mas eu acho que consegui. 

— Imbecil! 

— Ah é? Fiz tudo isso pensando em você e no seu bem estar. Te causei muita dor de cabeça, que eu sei! Eu não te mereço, Brooke. Fiz tanta merda contigo, e me arrependo muito por isso, mas não é como se eu pudesse mudar o nosso destino agora. Perdão. 

— O destino ainda é incerto, Shawn, nós podemos sim muda-lo. 

— Brooke, entenda, eu não sinto mais aquilo que sentia por você à meses atrás. Me desculpe por ser tão direto, no entanto, não encontrei outro jeito de te trazer a realidade. 

— Você acabou comigo, sério. Acabou com as minhas esperanças. 

— Estou muito mal com isso, pode acreditar. Se pudesse mudar as coisas, eu mudaria. 

— Não, tudo bem. Eu... Ninguém é obrigado a gostar de mim mesmo. Ninguém seria maluco o suficiente pra isso. 

— Eu te acho alguém digna de um milhão de pretendentes. E olha que deve ter isso mesmo! 

— Qual é — revirei os olhos. 

— Sério, olha... Enquanto você perdia tempo com alguém especificamente idiota — ele apontou com o dedo para si mesmo — desperdiçou oportunidades com outra pessoa. Vamos supor que um cara realmente goste de você, e você, completamente cega por causa de um "babaca", nem notou isso — eu ia me pronunciar mas ele tocou meus lábios com seu dedo — O que quero te aconselhar é não perder as esperanças em conseguir alguém que te ame de verdade, porque isso não é impossível e você realmente merece alguém que seja seu por completo. Infelizmente isso não cabe a mim mais. 

— Eu já entendi, Mendes. E eu vou te esquecer, por mais que seja difícil, eu vou lutar contra essa merda. 

— Não diria esquecer, porque eu não vou me esquecer de você, nem conseguiria. Mas eu realmente estou torcendo pela sua felicidade!

— Também torço pela sua. 

— Vem cá, meu anjo. Me dê um abraço — ele abriu seus braços e me puxou levemente para os mesmos — Não quero te ver chorando por minha causa, isso me faz querer me bater. Você não merece sofrer por um amor não correspondido. 

— E o que eu mereço afinal? Só me ferro nessa vida! 

— Não... Argh, nunca pensei que admitiria isso logo pra você, mas... Já pensou em considerar os sentimentos do Nash por ti? Aquele neandertal realmente aparentar gostar de você. 

— É... já... mas eu gostava de você, então... 

— Viu só? Eu só fui um atraso na tua vida. Você merece coisa melhor! 

— Mereço né? 

— Olha, eu acho que você deveria dar uma chance pra ele. 

Sorri assentindo. 

— Gosta dele, não? 

— Gosto. 

— Então! Eu só quero te ver feliz e bem. Se aquele maluco te fizer mal, me conta que eu quebro ele na porrada. 

— Vou considerar isso — ri minimamente. 

— Por favor. 

— Shawn? 

— Uh? 

— Felicidades — sorri sem mostrar meus dentes e ele abriu um sorriso radiante. 

— Isso não é um adeus, minha linda — ele me pegou pela cintura e me girou no ar — Nós ainda podemos ser amigos e cúmplices! 

— Está bem. 

E foi ela que eu aprendi, da maneira mais dolorosa possível que, se você gosta realmente de alguém, às vezes tem de abrir mão de seu sentimento e deixá-lo partir, caso o desejo desse alguém não seja permanecer. 


Notas Finais


Beijão 💓


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