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História Crazy Litlle Thing Called L.O.V.E. - Prólogo.


Escrita por: Point-less

Notas do Autor


Finalmente, depois de tanto tempo, cá estou. Bem que eu disse que não desistiria de história alguma, muito menos uma com nome tão bom.
A nova história está diferente da que eu fazia anteriormente. Antes, tinha drama demais e Vic era um garoto sofrido que nem eu mesma consigo entender como não simplesmente se matava. Maaaaas agora, tem uma certa comédia na narração dele, ao menos espero que tenha, e ela se tornou bem mais descontraída. Não vou falar mais porque vou passar a contar tudo que planejei para a história. Só sei que estou muito feliz por ter uma crise de criatividade ontem e ter escrito já os três primeiros capítulos em basicamente uma tarde. Acho que ficou bom, e espero que ache também.
Adoro vocês sz
Bora lá.

Capítulo 1 - Prólogo.


Como todas as segundas, vou para o colégio, presto atenção nas aulas e ando pelos corredores com o incrível feito de ser o estudante mais invisível ali. Pessoas passam por mim sem me olhar. Pessoas esbarram em mim sem me notar – e sequer mereço delas um pedido de desculpas.

Costumo a usar moletons bem maiores que meu tamanho e com capuz tampando meu rosto, além da franja que insisto em colocar na testa mesmo que todos me digam o quanto é ridículo. Costumo andar olhando para meus all-stars enquanto ouço músicas altas demais no meu fone com o intuito de não ouvir toda a baboseira que falam ao meu redor.

Sou o melhor tipo de excluído: aquele que deseja se excluir.

E é por conhecer de meu histórico e lembrar-me de quantas vezes preferi ler no intervalo que tentar interagir com pessoas reais ao invés de personagens – todas as vezes que posso me lembrar, aliás – que me torna tão surpreendente que tudo o que me aconteceu ocorrera da forma que foi.

*

Uma coisa que eu, Victor Vincent Fuentes, não entendo muito bem é como certas pessoas conseguem se dar bem com exatas. Sinceramente, quem pode gostar da aula de uma velha com pelo de gato nas roupas como a Sra. Mahoney e de todos os números complicados que ela escreve no quadro? Às vezes acho que nem ela mesma tem capacidade de resolver alguns dos exercícios que passa – e minha teoria tem fundamento, para os leigos aí que acham que sou apenas mais um reclamão de plantão, ela nunca resolveu nem um dos exercícios complicados a nível MIT que passou.

Mas não é a partir dessas reclamações que deve me considerar um aluno burro e mal-educado. Para sua surpresa, sou um ótimo aluno. Tenho boas notas e comportamento. E isso é como assinar meu atestado de impopularidade; além de ser o garoto emo-gótico esquisito, excluído e mal-humorado (apenas para aqueles que me julgam sem ter falado comigo, o que é basicamente todo mundo dessa escola), sou nerd. Só me faltava ser fã da Marvel. Porém, como a vida realmente gosta de rir da minha linda face, sou fã é da DC. Isso sim é atingir o fundo do poço com força. Mas fazer o que se eu prefiro bons vilões a maus heróis?

Só que, para falar a verdade, o que me pega mesmo são os detalhes. Como na prova de história em que perdi pontos por não lembrar a data da Revolução Inglesa; ou na de geografia, que esqueci de adicionar o horário de verão no fuso; ou na prova de física que não lembrei que o aumento é negativo quando a imagem é projetada. E vou te contar um detalhe sobre mim: não gosto de ficar sozinho.

Sei o que já disse antes sobre ser excluído, e não, não estou voltando atrás com meu pronunciamento anterior. Mas, sabe como é, né? Às vezes suas escolhas não são exatamente escolhas. É um dualismo bem a nível yin-yang, e como optei por um lado, tenho orgulho demais para voltar ao outro.

Toda essa ideia de solidão pode até parecer legal quando se lembra de que as pessoas são bostas e tals. Mas quando você ‘tá sozinho, simplesmente pá! Você se lembra de que você também é bosta e tals! Falo por experiência própria, pois sou um menino sábio e vivido. Porque a vida é assim mesmo; não importa quantas músicas do Asking você ouça com o Dennis gato maravilhoso com um sobrenome difícil do caralho, você ainda vai se lembrar daquela época deliciosa onde a formação da banda era a original e Danny Worsnop valia mais que cinco centavos.

Bem, a gente supera – ou só aprende a viver com isso – mesmo que seja frustrante ter que aceitar as desculpas patéticas que nos dão por aí. E não existe indireta alguma dentro dessa declaração.

E mesmo assim, Danny e Ben continuam sendo fodedores da minha bundinha linda. Só que Dennis também.

E, por incrível que pareça, dessas reclamações pode-se tirar que, primeiro, mesmo que a solidão seja boa, sempre vamos sentir falta daquele velho tempo onde tínhamos amigos. Segundo, que mesmo que você volte a ter esses amigos que um dia teve, não será a mesma coisa – e poderia citar uma lista de motivos para não ser a mesma coisa, porém, não estou com paciência para fazer algo tão grande. E terceiro, que por pior que pareça, você precisa lidar com isso, mesmo que não seja satisfatório.

‘Tá vendo! E você aí achando que eu era burro e só estava descontando minhas frustrações sobre Asking Alexandria. Admito que estava desabafando mesmo. Mas existe uma lógica, mesmo que pouca, em tudo que falei. Minhas metáforas fazem sentido! É hora de me sentir um gênio!

Porém, parando de me vangloriar por um momento, vou lhes falar do melhor momento do dia: A hora do almoço. Mentira, que há algum tempo já foi, mas não hoje que eu me sento sozinho no refeitório comendo aquela gororoba de segunda-feira que parece mais algodão mofado que purê de batata. Sério, essa porcaria deveria abastecer o dia de oitocentos alunos gordos, mas quem come sente é vontade de vomitar.

Quando eu estava no sétimo ano e possuía uma roda considerável de amigos, o almoço era a melhor parte do dia. Sentávamos conversando sobre porcarias e usávamos a comida ruim pra ter do que reclamar e fazer guerra de comida. Lembrar me faz sentir tão nostálgico que, por um momento, desejo não ter me afastado de todos. Mas aí foi só olhar ao redor e ver onde estavam sentados aqueles bostas que a vontade sumiu tão rápido que eu nem percebi.

E é quando você acha que as coisas estão ruins o bastante, elas ficam bem piores. Porque não basta ser o otário isolado e sem dinheiro pra comprar salgadinhos da máquina, preciso que alguém fique me encarando no momento constrangedor onde tento engolir algo sem vomitar.

Devo ter feito muita coisa ruim na vida passada pra merecer essa desgraça que me cerca. Acho que fui um assassino em série, ou um estuprador, talvez político, quem sabe?

Mas não bastava ser só alguém me encarando. Tinha que ser o porra do Kellin Quinn me secando como se tivesse um tipo de dó ou nojo – não sei decifrar olhar de gente estranha – enquanto passava a mão nas coxas da vagabunda da namorada trouxa e corna dele.

Foda-se. Foda-se, foda-se, foda-se. Eu não me importo com isso. Nunca que vou me importar em receber olhares do garoto que gostava quando saquei que caras héteros não sentem borboletas no estômago por outros caras héteros. Imagina, nossa, blasfêmia.

E talvez, mas só talvez, eu não devesse desafiá-lo e encarar de volta, já que dá pra perceber da Lua que ele está ficando nervoso com isso. E deixar gentinha como Kellin Quinn irritados com você não é nada recomendável. Ou é vontade de morrer, demência, ou erro de principiante.

E foi por isso que desviei o olhar e foquei na comida, não me permitindo voltar a secá-lo. Mesmo assim, eu sabia que ele continuava me observando, pois sentia seu olhar queimar minha pele e levar minha dignidade embora.

Por mais que eu reclame de ser o ‘solitário’, era algo que fazia por nada menos que escolha. Fazia porque não queria atenção, principalmente de grupinhos populares como o dele. Tinha medo, e admito sem vergonha. Haviam razões para tê-lo.

Então, mesmo sem querer, ganhei atenção, e foi logo de quem eu menos queria. Descobri quando seu olhar parou em mim e não saiu desde o final daquele dia. Meu coração passou a palpitar, e eu só queria entender porque raios eu havia me tornado importante para ele da noite para o dia.

E foi como se ir a escola se tornasse uma caça. Eu estava entrando no covil dos lobos, e os sentia a espreita para me pegar. 


Notas Finais


Adoraria se comentassem dizendo suas opiniões sobre essa 'nova versão'. O que dirão vai significar muito pra mim ^^
Como já disse, vai ficar meio diferente, então se você estava aqui antes, não espere o mesmo enredo, mas claro que tem suas similaridades.
Muito amor pra vocês sz.


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