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História Crazy Love - O diário de uma garota suicida - Noite turbulenta


Escrita por: Lil_Ramis

Capítulo 7 - Noite turbulenta


ANGEL PARKER POV

Já fazia duas semanas que eu havia recebido alta e de fato, Christian estava certo por ter dito que os culpados pelos meus hematomas foram os meus pais e após muita briga, convenci Tyler a ficar calado em relação a isso, pois só iria piorar minha situação.

Após quase duas semanas internada no hospital nem meu pai e muito menos minha mãe apareceram para ao menos saber se eu finalmente morri e eu acredito que eles estavam torcendo para isso acontecer. Christian desde o dia que dei entrada no hospital não saiu do meu lado e agora que tive alta, ele esconde o quanto esta preocupado comigo, mas também não da o braço a torcer e nem vem me ver.

Eu estou muito grata pelo o que Christian fez por mim no hospital, além de não ter saído do meu lado nenhum instante, quando eu estava precisando de sangue e não havia o meu tipo sanguíneo no hospital, ele convenceu Bieber a doar sangue para mim, coisa que eu nunca imaginei que aconteceria. As marcas por todo o meu corpo sumiram, mas eu não dou dois dias para eles fazerem tudo de novo ou ate pior.

Com toda certeza eu sou muito trouxa. Eu já tenho meus 18 anos e tenho o meu emprego, porque eu não procuro um novo lugar para morar, longe de todos? Medo talvez, não sei. O relógio marcava 6h50 e eu já estava arrumada para ir a escola, um frio na barriga estava me deixando mais nervosa.

Eu mal consegui dormir na noite anterior, só conseguia pensar em como será na escola, será a primeira vez que eu pisarei lá depois de tudo. Se eu já era alvo de piadinhas, imagine agora depois de acontecer tudo aquilo. Peguei minha mochila, meu celular e calmamente desci as escadas.

Faz dois dias que eu não vejo meus pais e nem sequer ligaram para me avisar o motivo do desaparecimento. Sem me importar com a hora e sem comer nada, segui em direção a saída de casa, enquanto colocava meus fones de ouvidos. Talvez eu devesse comprar um carro já que tenho idade para dirigir há anos e dinheiro eu tenho, mas dai me lembro que meus pais dariam um jeito de sumir com ele no mesmo dia.

Caminhando tranquilamente pelas ruas, admirando a música que adentrava em meus ouvidos. A música que eu estava ouvindo é do meu país de origem, - que é uma pena eu ter saído de lá com apenas oito anos de idade -. Essa música não era lá as românticas, muito pelo contrário e mesmo assim não deixa de ser A música. As batidas dela, a melodia, o cantor, é tudo tão... cafajeste.

É o cheiro que te deixa louca, que te deixa louca que te faz tirar a roupa. É o cheiro do petróleo que ela está inalando de mim
eu posso trocar seu óleo, então vem, sobe em cima de mim

Quanto mais perto da escola eu chegava, mais luxuosas ficavam as casas, mais carros caros haviam nas garagens. Minha escola não era muito longe da minha casa, mas era claro que mesmo em lugares tao próximos fossem tão longes. Em menos de quatro quarterões tudo mudava. As casas simples velhas e ate mesmo caindo, com carros destruídos que nem explicação tem de como anda andam, rapidamente mudavam para cassas luxuosas, carros incríveis e vidas cheias de luxo e regalias.

Ao contrario de onde eu moro que só tem prostitutas, marginais de quinta categoria e fracassados na vida, ao se passar quatro quarteirões eu podia ver apenas as madames nas ruas com seus cachorrinhos e tudo mais.

O cheiro da gasolina que te alucina faz você perder o chão, o cheiro da gasolina que pinta o clima faz você sentir tesão. Ela quer fazer pose no meu carona.

Eu estava a dois quarteirões da escola quando novamente avistei aquela casa. Ela era banca, havia um enorme jardim na frente e certamente quem vivia ali além de podre de rico deve ter uma vida cheia de regalias, mas ao mesmo tempo solitária.

Sera que algum dia terei essa "vida solitária"?

Ela olhou quando eu passei, eu te impressionei,gata demais pensei, até pisei no frei. A gente junto é um casal de cinema, entra no carro, eu não vejo problema. Finge de difícil, tem o compromisso também, mas tem o carro louco, atitude, as de 100.

Um casal, bem feliz por sinal, saia da tal casa de mãos dadas e com um sorriso enorme no roso. A mulher era bem baixa comparada ao homem que a acompanhava, ela usava um vestido bem elegante e ele estava usando um terno escuro que me pareceu bem caro. E foi quando a mulher entrou no carro luxuoso que os esperavam que quase eu derrubava meu celular no chão.

Tirei rapidamente os fones de ouvido e passei a observar ali mesmo, parada cada passo daquele casal. O homem olhava de um lado para o outro enquanto a mulher entrava no carro como se soubesse que estava sendo observado por alguém e foi ai que seus olhos pousaram sobre mim, logo sendo acompanhados por uma cara de espanto.

Era meu pai ali era meu pai com aquela mulher que eu não não consegui identificar quem era. Olhei novamente para o homem que estava com os olhos arregalados e um semblante apavorado. Não era um sonho, nem uma ilusão, era ele mesmo.

Era meu pai

Sai correndo dali com os olhos cheios de lágrimas. Eu não acredito que meu pai anda traindo minha mãe, eu não acredito nisso. Eu sei que aquela mulher nem pode ser chamada de minha mãe, mas isso é revoltante, afinal, ele não ama ela? Mas por que estou correndo?

Me sinto fraca, fraca por estar correndo disso. Eu deveria ir lá e enfrenta-lo, ver quem era a perua que ele estava comendo, mas em vez disso, eu fujo. As vezes eu penso que deveria ser mais como Angeline, ou ate mesmo Candy. Ambas são bem de vida, têm vários homens aos seus pés, são fracas e não fogem.

Foi com esses pensamentos que definitivamente eu sou uma idiota e chorando que cheguei na escola, onde Justin já estava na porta

[...]

Já estava na última aula e a chuva forte continuava. Desde a segunda aula chovia forte, com raios e trovões e a todo momento um raio caia iluminando toda a sala e eu me assustava acada raio e trovão e há essas horas, Justin já estava incomodado com os meus sustos e me olhava estranho, mal ele sabe meu trauma por dias assim.

 

8 anos atrás

Estava chovendo muito e eu confesso que estou com muito medo. Eu estou sozinha no meu quarto, abraçada com meu amigo ursinho e eu podia ouvir mamãe gritar. Será que ela está tão assustada como eu com esses trovões e raios que não param de cair? Mais um raio caiu e segundos depois, veio aquele barulho enorme que quase fez com que meu coração saísse pela minha boca, sendo acompanhado por mais um grito de mamãe.

Me levantei rapidamente da cama, sem soltar ursinho, saindo do meu quarto e segui em direção ao quarto de mamãe e papai, que fica no final do corredor. Quanto mais perto eu chegava, mais alto os gritos ficavam. Empurrei bem devagar a porta e sem querer, a porta fez um barulho, trazendo a atenção dos dois, que sorriram para mim na mesma hora.

- Olha só quem veio para nos divertir. - Disse papai.

 

Dias de hoje

E foi assim que começou o que meus pais invetaram de bater na filhinha, deixar ela no chão com dor e ir tranzar.


 


Notas Finais




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