História Crazy Love - Por que me chamou aqui?

Justin P.O.V

- Por mais que eu esteja nesse lugar horrivel, eu me sinto protegida quando eu sinto que você esta por perto – franzi a testa
- Mas eu estava aqui. – negou
- Nao, você não estava e eu sentir isso. – engoli seco no mesmo instante e arregalei os olhos – O meu coração me disse, delegado – umedeci os labios – o que foi?

Era praticamente impossivel de acreditar que ela tinha '' sentido'' que eu não estava por perto nos não tinhamos nenhum tipo de aproximacao ou ligacao . Claro que houve uns beijos da parte dela, mas nada justificava esse '' sentido'' que ela disse ter.

Da primeira vez que ela havia sido presa em nenhum momento demonstrou interesse ou qualquer outro sentimento por mim, muito pelo contrario a única coisa que ela dizia era '' Te odeio seu delegado idiota'' e eu rebati dizendo que se ela me desacatasse novamente as situacao dela ia piorar o que fez a mesma rir e querer tentar fugir. Depois disso eu a coloquei em uma cela, mas em menos de 48horas a mesma já estava solta.

- Cara! Que loucura – Brian disse fechando a porta e se aproximou sentando na cadeira. Sai dos meus pensamentos e bebi toda a água em seguida joguei o copo descartável na lixeira – você precisa fazer alguma coisa – olhei pra ele

- Um psicologo talvez ajude – cocei o queixo e encarei a parede. Eu não sei, mas eu sentia que alguma coisa não se encaixava. A Spencer era aquele tipo de garota rebelde, bem nervosa, mas não me parecia ter problemas mentais

- Seria otimo. Se for comprovado que ela e louca você já sabe ne… – ele suspirou e encostou as costas na cadeira – não chegaremos no cabeca e ela sera solta

- Ja sei, já sei – baguncei um pouco o cabelo e olhei pra ele

- Eu só achei estranho uma coisa – ele disse franzindo a testa

- Fala – sentei na minha cadeira e peguei a caneta

- Da primeira vez que ela foi presa a mesma deu um belo show e se eu bem me lembro a mesma quase arrancou seu pau, isso só não aconteceu porque você e o senhor delegado – debochou na ultima parte

- E?

- E que agora do nada a garota da esses ataques e só fica tranquila com você, o senhor delegado – umedeci os lábios

- Onde você quer chegar, Brian? – perguntei e ele deu de ombros

- Tem alguma coisa acontecendo? – o Brian alem de ser um dos grandes policiais que trabalhava na delegacia, ele tambem era um amigo de confianca que eu tinha

- Tipo o que? – perguntei olhando para a tela do computador

- Eu não sei cara, estou te perguntando – fiquei em silencio e ele riu chamando minha atencao

- Rolou alguma coisa entre vocês não foi? – olhei pra ele e neguei

- Nao rolou nada entre nos, a única coisa que aconteceu foi que ela me beijou coisa de um segundo – ele cocou a nuca

- Isso explica muita coisa. – passei a mao no rosto e engoli seco – Voce tá fodido, Justin – encostei as minhas costas na cadeira – talvez ela esteja agindo dessa maneira para chamar a sua atencao – aquilo fazia sentido, pensei por um instante e ele bateu na mesa sorrindo – e isso, Justin!

- Am?!

- Voce pode usar isso ao seu favor, dessa maneira podemos chegar ao cabeca basta você deixar a garota de quatro por você – neguei rapidamente e levantei da cadeira

- Cara, tem certeza que você não usa drogas? – ele riu

- E um otimo plano, admite

- Eu posso me foder me envolvendo com uma detenta isso eu admito

- Entao vai continuar sem saber quem e o cabeca. Voce sabe que esse caso não esta ligado somente a Spencer, não sabe? – assenti – Pensa bem

Spencer P.O.V

- A minha namorada e maravilhosa – Jake disse me fazendo revirar meus olhos – você foi sensacional!

- Nao fui eu sou e não pense que esse gravador, escuta ou sei la vai aliviar a sua barra – levantei e caminhei de um lado para o outro

- Claro, meu amor – ele brincou – você pode fazer o que quiser comigo. Preciso resolver uns assuntos por fora com um camarada aqui, mas fica tranquila que tudo continuara sendo gravado então significa que se você quiser pagar de doida novamente e ficar com o delegado por alguns instantes eu libero. E ate bom porque quanto mais cedo … – o interrompi

- Ta ok, Jake. Vai la fazer o que você tem que fazer que eu preciso pensar em algumas coisas aqui

Vou confessar que aquele negocio estava comecando a me irritar. Eu já estava me sentindo mais presa do que essa própria prisao. Olhei para a cama e suspirei, meu objetivo não era tirar a garota daqui ate porque ela era muito tranquila, mas eu precisava fazer aquilo para fazer com que o delegado acreditasse que eu estava realmente louca. Agora eu tentava pensar em uma outra maneira de me aproximar dele novamente, o que era dificil porque isso só acontecia quando ele queria me perguntar sobre o jake ou sobre o que eu sabia ou quando … uma briga.

- Uma briga novamente – sussurrei e encarei a parede

****

Encarei aquele prato pela milesima vez e afastei o mesmo não sentindo vontade de comer aquela gororoba. Eu já estava vendo a hora de passar mal por conta daquilo, mas talvez fosse bom eu ate perderia alguns quilinhos aqui dentro.

- Voce vai sumir desse jeito – uma loira disse sentando na minha frente – e melhor comer – ela disse bebendo o suco

- Nao te perguntei nada – ela riu e revirou os olhos

- Jasmine – disse – e você e a famosa Spencer, a louca – ergui a sobrancelha

- Nao sabia que já tinha sido apelidada

- Ta sabendo agora. – o delegado apareceu no refeitorio com um olhar intimidador – Uh, olha quem veio nos visitar – ela disse encarando o delegado por alguns instantes e voltou a olhar pra mim

- Nao sabia que ele visitava o refeitorio

- Isso aconteceu as vezes – ela voltou a olhar pra ele – mas e sempre bom ter essa vista, hein! Ele e muito gato – ela olhou pra mim – não acha? – dei de ombros

- Nao faz meu tipo – ela soltou a colher e riu alto

- Sei.

- Tem muito tempo que esta aqui? – perguntei e ela assentiu

- Cinco anos. – engoli seco – Assumi uma culpa que não era minha e acabei me fodendo no final das contas

- Seja mais clara

- O meu ex marido se envolveu com drogas e no final das contas a policia bateu la no momento em que eu estava dormindo e encontrou a porra toda la, eles ficaram sabendo atraves de uma ligacao anonima. Meu ex marido na estava em casa então logo que ficou sabendo de la mesmo de onde ele estava se mandou

- E nesses cinco anos ele não deu as caras? – ela riu e logo voltou a ficar seria

- Minha irma veio me fazer uma visita algumas semanas depois e veio me falar que ele estava com outra – arregalei os olhos, essa foi azarada – e foi essa outra que fez a ligacao anonima. Ela fez isso pra ficar com ele

- Caralho – foi tudo que eu disse e bebi o suco todo em uma golada só

- Mas eu só vou esperar mais alguns meses..

- Para?

- Fugir daqui. Pretendo acabar com a raca dos dois – ela riu – ai sim ficarei presa mais tranquila. Hum… ele e muito gostoso – ela disse voltando a olhar para o delegado que estava saindo do refeitorio – a mulher que deita com esse cara tem muita sorte. Ele deve ter o pau grande – riu mordendo os lábios

- Ele e casado? – ela negou – Namora? – negou

- Ouvir dizer que ele e muito na dele, não se envolve com tantas mulheres, mas parece que agora tem uma sortuda na area

- Como você sabe? – cruzei os bracos

- Nada que um dinheirinho não resolva – ela riu – ontem antes de você dar aquele ataque ele tinha saido com uma patricinha ai

- Por que se importa tanto em saber sobre ele?

- Sem ele aqui eu posso fazer uns telefonemas numa boa

(…)

- Como assim eu não vou pro patio? – perguntei para o Brian que me arrastava pelos corredores vazio – Cara se você pensa que vai me estuprar tá muito enganado, eu acabo com você em dois tempos

- Deveria me agradecer, vou leva-la ate a sala do delegado

- Nao entendi. Por que agradecer?

- Achei que gostasse de dialogar com ele – ele abriu a porta e eu boiei com aquela frase dele – aqui esta delegado. – ele me colocou sentada na cadeira

- Por que me chamou aqui? Achei que já tivess… – fui interrompida

- Quis falar sobre teu caso não posso? – umedeci os lábios e ele apenas me encarava, engoli seco sem saber o que aquele olhar significava. Se ele soubesse do tal gravador/escuta eu estava fodida

- Claro – desviei o olhar – quer dizer só isso?

- E te falar que… – olhei pra ele e o mesmo negou com a cabeca como se não quisesse me falar algo. Ele sabia.

- Nada.

- Vou aproveitar que estou por aqui e … bem, me desculpar por ontem, acho que passei dos limites – passe a mao na cabeca – me desculpa mesmo, delegado.

- Ta tudo bem – ele disse tranquilo e eu olhei para a sua mesa

- Sobre o beijo – o mesmo me olhou com indiferenca – me desculpa, eu perdi totalmente o controle da situacao – o delegado estava muito estranho e aquilo estava comecando a me deixar muito nervosa. Talvez ele já soubesse que sua voz estava sendo gravada, mas eu precisava continuar jogando

- Ja disse que esta tudo bem – ele encostou as costas na cadeira e continuou me olhando

- Eu… não sei o que tá acontecendo comigo – olhei para os meus dedos – eu não ia com a sua cara, mas depois que nos beijamos eu sentir uma coisa estranha. – fechei os olhos e ao abri algumas lagrimas cairam – Isso nunca aconteceu comigo, eu nunca sentir isso, eu nunca fui rejeitava e nenhum homem disse que o meu beijo era ruim. – olhei pra ele

- Nao disse isso – ele disse e eu dei de ombros – e sobre essa situacao a única coisa que tenho a dizer e que você não deveria inventar um nos, se e que me entende.

- Inventar? – ri debochada – Voce realmente acha que eu estaria me abrindo para o cara que me colocou atras das grades? Nesse exato momento eu estou me odiando por tá apaixonada por você. – Ele travou o maxilar e eu umedeci os lábios – Eu não deveria ter falado isso – passei a mao no rosto e funguei, no mesmo instante ouvi sua risada

- Voce realmente acha que eu vou cair nessa? – ele levantou – Essa sua paixao, loucura, ataques, beijos não vai mudar em nada e nem o que eu acho de você. – levantei e fui na sua direcao ficando na sua frente sem entender o que ele queria dizer com '' o que eu acho de você''

- O que você acha de mim? – ele cruzou os bracos

- Uma crianca rebelde que alem de se envolver com que não deveria e burra o suficiente para assumir essa culpa sozinha. Eu sinceramente não entendo as mulheres, pior mesmo e entender o pesamento de uma crianca que se acha esperta. Voce pode ser jovem, bonita, pode achar que me seduz. Pode me beijar... Mas não passara disso. Quando você for uma mulher de verdade entendera o que estou dizendo, Nao se ache esperta, porque na escola que você estudou eu fui expulso – ele tinha acabado de me humilhar, foi isso?

- O que você acabou de dizer? – franzi a testa – Repete, eu acho que não ouvir.

- Qual parte? – debochou – Voce não me engana garota – ri e ergui a sobrancelha

- Tudo bem e a verdade que você quer? Ok. – ele revirou os olhos – te acho um filho da puta e te odeio. Voce se acha fodao, mas não e porra nenhuma fica colando na minha porque deve tá afim de mim sim e eu aposto que assim como eu você já deve ter pego algumas detentas

- Terminou? – me encarou e eu dei um passo pra frente

- Eu sei o que você quer, mas não vou te da, delegado – ele travou o maxilar e se aproximou ainda mais de mim, encarando os seus olhos

- E o que eu quero, crianca? – fechei a cara e ele ergueu a sobrancelha

- A verdade. – deu de ombros

- Se você quer ficar aqui pra sempre o problema e inteiramente seu. – engoli seco e por impulso aproximei ainda mais meu rosto e sentir uma um frio na barriga, talvez fosse medo.

- Eu odeio você. Desde a primeira vez

- Odeia? – sussurrou e eu assenti – Ja eu não tenho nada contra você

- Nada? – sussurrei e eu negou, sentir seus dedos tocarem o meu rosto e eu fechei os olhos. Parecia que a minha alma tinha saido do meu corpo enquanto o mesmo continuava la sem vida. Abri os meus olhos e encarei os seus

- Eu não… – sem permitir que ele abrisse a boca pra falar eu juntei os nossos lábios e o beijo se iniciou no mesmo instante, eu tentei alisar seu corpo, mas as algemas não ajudaram. Levantei meus bracos interrompendo os beijos por alguns segundos para passa-los pela sua cabeca e ele puxou minha cintura colando o nosso corpo. Desci os meus beijos pelo seu pescoco e posso dizer que deixei algumas marcas fazendo com que ele gemesse fraco – i-isso na… – voltei a beija-lo não permitindo que o mesmo falasse. Claro que eu estava fazendo aquilo para seduzi-lo somente isso, não que eu estivesse gostando. Logico que não.

Ele me deu impulso e eu entrelacei as minhas pernas na sua cintura enquanto ele ia caminhando comigo ate que as minhas costas se chocou com uma parede. – Isso… não vai mudar nada. – ele disse assim que paramos de se beijar para respirar

- Eu sei – disse encarando os seus lábios – não quero que mude – que merda eu tinha acabado de falar? Balancei a cabeca e arregalei os olhos ao perceber que o Jake poderia ter ouvido tudo, na verdade ele ouviria de qualquer maneira . Sai do transe com a risada do delegado

- Por que tá rindo?

- Achei que sua missao fosse me seduzir, mas vejo que invertemos a posicao – ergui a sobrancelha – você já tá toda derretida por conta de um beijo que eu dei por pena. – ele me colocou no chao e foi ate a cadeira

- Pena? – ri debochada, mas por dentro eu quis arrancar o pescoco dele – Nao foi o que me pareceu

- E porque você deve tá acostumada a beijar moleques, caras tipo o seu namoradinho Jake, não e esse o nome dele? Ai quando surge um homem de verdade que sabe beijar,que tem pegada você acaba achando que foi o melhor beijo do mundo – ele riu e digitou algo no notebook – como eu já disse, já beijei melhores e eu espero que tenha aprendido a beijar de verdade, crianca – ele voltou a olhar pra mim e eu me sentir literalmente H-U-M-I-L-H-A-D-A. Mas ia ter volta. Agora era questao de honra.