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História Crazy Obsession - Russian roulette


Escrita por: BellaMellark_ e Ana-Bugg

Notas do Autor


Calma, calma que a dose já está sendo servida.

Esperamos que gostem!

Capítulo 53 - Russian roulette


Fanfic / Fanfiction Crazy Obsession - Russian roulette

NARRATION — KATNISS EVERDEEN

 

Eu havia feito mais do que apenas sentido. Eu vivi a experiência. Com minhas próprias mãos e a mente livre para o seu domínio foi como tudo aconteceu. Uma sensação ruim e ao mesmo tempo provocante, que nasce através de palavras ou atitudes, e que cresce causando um resultado avassalador quando é chegado ao seu limite. Esse é o sentimento da raiva. Aquele que conheci em sua verdadeira forma quando me deixei ser consumida por ele em um único desejo de vingança, o sentimento que me guiou a realizar algo jamais esperado através do que sou. E agora, quando em fim busco na mente por uma lembrança que me fará sentir algo tão forte quanto o amor que sinto por Peeta Mellark, eu vejo o corpo de Gale, as minhas mãos molhadas por seu sangue e o espanto por saber que eu foi quem o matou.

Minha mente continua confusa e perplexa pelos acontecimentos da noite anterior, nem ao menos lembrava quando foi que cheguei a dormir, mas assim que os meus olhos se abrem e o rosto sem vida aquele que me fez mal é a primeira coisa em que me deparo que o intenso choque de responsabilidade aos meus atos me atinge.

Eu o matei... Foi eu... Eu...

A confusão começa a se tornar agonia dentro de mim, pela culpa que tenta se sobressair ao lado da dor por ter cometido algo tão sério a este ponto. Chegava a parecer como um pesadelo sem fim onde não tinha a chance de poder acordar por mais que eu tentasse e isso me feria cada vez mais.

O que eu fiz? Oh, Deus. Matei uma pessoa sem sentir dó e ainda não entendo porquê não me sinto verdadeiramente mal por isso. Por que não havia arrependimento nenhum além da culpa.

Posso sentir as lagrimas umedecendo minha face enquanto me escondo para de baixo do cobertor. É então que os braços quentes e confortantes do meu namorado me arrodeiam, trazendo-me a sensação que mais preciso agora e sempre. Ele estava ali comigo, ele sempre esteve e por mais que minha mente esteja assustada e enrolada, nada disso era por ele. Peeta não havia me obrigado a fazer nada, tudo que aconteceu foi escolha minha, mas enfrentar a verdade de cabeça erguida era algo no qual sem força nenhuma eu tinha coragem para fazer.

O meu coração está doendo, assim como a minha consciência e o meu corpo, eu me sinto acabada por dentro e por fora, de alguma forma derrotada e ao mesmo tempo vitoriosa e sabia que era apenas uma questão de reflexção para escolher meu real estado, e para a minha sorte eu tinha uma ajuda nisso.

–Ei, ei está tudo bem. Ah, meu amor vai ficar tudo bem. – Só consegui me dar conta da situação quando novamente abro meus olhos agora tendo a visão das costas de Peeta.

Ele estava me acanhando, como um bebê eu chorava ao seu lado e se esforçando em dizer coisas confortantes em meu ouvido ele em fim me faz parar. 

Nunca podia esperar que sentimentos tão fortes como culpa e satisfação pudessem se unir ao mesmo tempo dessa maneira. Eu me sinto mau por me sentir bem, é algo estranho, mas bom.

Será que isso me torna uma pessoa ainda pior? Como posso me sentir culpada pela morte de Gale e ainda satisfeita por ter metido aquela faca em seu corpo várias e várias vezes? Por tantas oportunidades ele me fez sofrer, até o ponto onde ultrapassou os limites, me violentando com sexo e agressão. Isso será algo que jamais conseguirei esquecer, então por que mata-lo iria resolver? A lembrança terrível para sempre viverá comigo, mas ele poderia tentar de novo, sim com certeza ele não ia parar por ali. Chegaria um dia em que eu não teria mais escapatória, poderia engravidar dele ou até pior, ele poderia me matar. Não, isso não poderia acontecer, como Peeta ficaria com isso? Ele já até tentou se matar pelo nosso termino, não há mais duvidas de que mais um acontecimento o faria repetir. É só olhar em volta, estamos juntos, deitados em uma cama dentro de um quarto repleto de objetos relacionados a mim. No local que abriga um altar especialmente para mim! Isso me faz lembrar das ultimas palavras de Gale, onde ele diz que isso tudo era apenas um troque, nada além de uma tática sádica para Peeta ter o que queria a meu respeito, e obviamente para mim essa é uma hipótese sem fundamento. Ele jamais faria isso, eu sei o que tem em seu coração, não existe mais segredos entre nós e eu o aceito com tudo o que ele é. Um assassino, sadomasoquista e totalmente obcecado por mim. Exatamente mais nada consegue me atrair mais, mesmo que de certa forma bizarra, é incrível o poder que me causa, sem medo ou arrependimento, eu só sinto todo o amor, todas as sensações que ele me fez conhecer nesse seu mundo louco, onde dentro dele eu provei a mim mesma do que sou capaz. Mas nunca, jamais poderia me fazer acreditar que tudo é uma ilusão.

Limpo meu rosto, afastando-me um pouco até que possa estar cara a cara com Peeta. Ele me olha preocupado, seus olhos demonstravam culpa pelo meu estado e a única coisa em que fui capaz de fazer para prova-lo do contrário foi selar nossas bocas. 

De início ele se espanta me deixando livre por alguns segundos para ajeitar-me em seu colo, então sinto sua língua pedindo passagem contra meus lábios. Preciso segurar em seus braços para que eu não caia quando ele põem intensidade ao beijo e no mesmo momento eu o sigo. Estávamos ambos nús ainda pela noite anterior, o que me faz ter mais do calor de sua pele na minha. 

Ali o meu corpo todo se contrai em alívio, sentia apenas naquele beijo o peso ser jogado para fora das minhas costas e na cabeça eu agradecia por ter este homem na minha vida.

O carinho, a proteção e um imenso prazer eram transmitidos por onde suas mãos passavam. Descendo por minha espinha, explorando da melhor maneira minhas coxas, até subirem novamente para deixar seus toques em meus seios. Em sua nuca as minhas mãos pousam, o puxando para mais perto, me fazendo suspirar enquanto me perco em sua boca.

Eu estava vivendo um momento de clareza, abrindo caminho para a certeza sem aceitar a razão do correto. Assim como venho enfrentando o que de mais terrível já aconteceu na minha vida, eu farei o mesmo com Gale. Não poderia seguir enfrente chorando eternamente por coisas que só me trazem nada além de tristeza. Eu me responsabilizo ocultamente pelo que fiz, esperando apenas pelo perdão de quem realmente me importo e em fim seguirei em frente.

Meu corpo começa a implorar por ar, é então que o beijo termina. Peeta fica me encarando por um tempo, apenas controlando a ofegante respiração, até retirar a franja caída sobre minha testa e depositar um delicado beijo sobre ela.

–Muito obrigada, meu amor. – Digo depois que ele se afasta.

–Mas obrigado pelo que?

–Não precisa ter um motivo. – Peeta parecia confuso e eu apenas sorri, logo mudando minha atenção para o lado e novamente me deparando com o corpo –O que acontece agora?

–Isso você não precisa se preocupar. – Disse Peeta também o olhando.

–Ainda não acredito no que aconteceu... – Sussurro.

–Não foi nada meu bem, você fez o que tinha que fazer.

–Eu já pensei bastante em relação a isso, é só... demais sabe.

–Sim, eu entendo, mas não tem que ficar pensando nisso. Já acabou não foi? E eu vou estar aqui com você! Sempre! – Ele segura meu rosto.

–Eu amo você. 

–Também amo você, meu amor! 

 

 

(...)

 

 

O sinal para o termino da aula soa no corredor da faculdade e eu começo a pegar minhas coisa na carteira. Saio da sala e vou em direção ao estacionamento quando...

–Hey, Everdeen! – Dou um salto com a presença repentina de Johanna.

–Oh! Meu Deus, oi Joh.

–Nossa, mas o que foi? Aparece até que cometeu um crime. – Ela então começa a rir, eu sem saber muito o que fazer a acompanho meio receosa.

–É-É... que isso.

–Ah, já sei. Está ansiosa pela nossa formatura não é? Mas relaxa, hoje é dia de curtição e amanhã o de se arrepender por não ter transado com mais gente na faculdade. – Agora eu sorrio de verdade me dando conta que realmente hoje é a data da nossa formatura.

Coin tinha optado pelo dia após o ano novo para a festa de formatura já que todos concordam em ficar com suas familias e amigos ao invés de apenas membros da faculdade, então foi mudado para o dia primeiro. 

A minha vida toda eu esperei por este momento, me formar e em fim criar um futuro fazendo o que amo. Um dos dias mais importantes da minha vida havia chegado! E agora que vejo que até isso eu fui capaz de esquecer, afirmo que tudo pelo que passei tinha mesmo sido prioridades jamais imaginadas por mim. Mas todas se foram, eu finalmente posso parar e comemorar por minha tão esperada realização, e essa noite farei de tudo para ser perfeita.

 

 

(...)

 

 

*LIGAÇÃO ON*

–O que? Como assim não pode ir!? – Quase grito frustrada, indo para mais longe da loja onde estou –Peeta, hoje é a minha formatura. Tudo bem que eu tinha esquecido que era hoje e nem eu mesma estava preparada, mas você tem que ir comigo.

–Mas amor eu queria muito poder ir com você, jamais inventaria algo para perder sua formatura, só que eu ainda preciso me livrar daquele nosso assunto lembra? – Diz ele então caio na real.

–Ah... é, sim. Nossa, me desculpe.

–Não é tão simples como parece.

–Claro, claro eu sinto muito.

–Eu também sinto amor, queria está lá para ver você pegar seu diploma.

–Não se preocupe, vou pedir para a Clove gravar para você.

–Não vai ser a mesma coisa.

–Ah, melhor do que nada, Mellark. – Ele rir.

Tudo bem, Everdeen. Divirta-se bastante, mas não demais hein, tente não dançar com ninguém do sexo oposto e se ver que alguma menina esta olhando demais para você saia de perto. – Agora eu solto uma gargalhada –Estou falando sério.

–Pode ficar tranquilo.

–Só mais uma coisa, você irá sozinha mesmo? 

–Ah, eu... 

–KitKat!! – Ouço a voz de Finnick gritando e quando viro o vejo correndo em minha direção.

–Oi, Finn! O que faz aqui? 

–Ah, já faz um tempinho que eu venho aqui. Acredita que achei uma academia que fornece almoço todos os dias? – Começo a rir.

–E você esta indo pelos exercícios ou pela comida?

–Acho que essa eu não preciso nem responder, KitKat.

–Não mesmo. – Nós dois começamos a rir.

–Ooi? Parece que alguém esqueceu de alguém aqui. – Peeta nos chama atenção do telefone.

–Ah, me desculpa amor. Diz oi pro Finnick. – Coloco o celular no viva voz.

–É o Sean? – Fala Finnick.

–Quem? – Pergunta Peeta.

–Você sabe, daquele filme do centro da terra. Cara, você é a cara daquele ator! 

–Nossa, mais que comparação, Finn. – Digo rindo.

–Eu sei, sou foda. Mas então, sobre o que estavam falando? – Pergunta Finnick.

–Nada, só que o Peeta não poderá ir a minha formatura. – Minha voz acaba saindo mais triste do que devia.

–Sério? Mas por quê não?

–É que... ele vai precisar cuidar de alguns assuntos. – Digo nervosa.

–A imprensa é grande sabe, sem mim ela desmorona. – Acrescenta Peeta –Infelizmente é algo bem sério só resolvido pelo dono em questões gerais e não poderia comparecer, caso contrário irei preso. – Arregalo meus olhos com aquelas palavras e para a minha surpresa Finnick e Peeta começam a rir.

–É, a crise tá alta mesmo, cara. Mas bom, você não vai sozinha né? A noite eu até queria marcar de fazermos algo todos juntos, e como você não tem com quem ir e eu o que fazer, posso te acompanhar. – Sugere Finnick.

–Ah, mas que ótima ideia! É claro Finn, mas quanto a Annie?

–Por coincidência ela vai trabalhar também, te falei do novo emprego dela não? 

–Falou sim. Mas em fim, muito obrigada por me acompanhar.

–Não tem problema, vamos nos esbaldar na night , Everdeen! – Diz Finnick animado e eu sorriso por imaginar a cara que Peeta deve está fazendo agora.

–Tudo bem amor, vou ter que ir agora. – Diz ele.

–Ok, nós falamos mais tarde!

–Juízo!

–Relaxa cara, ela vai estar em boas mãos! – Finnick me abraça.

–Espero mesmo! Até amor, amo você!

–Também te amamos gostosão! – Grita Finnick fazendo algumas pessoas ali nos olharem.

*LIGAÇÃO OFF*

–Você é mesmo um doido sabia? – Falo guardando meu celular.

–E é esse doido aqui que vai te mostrar a diversão de verdade, piolhenta! Agora vamos, eu esqueci de falar que não tenho roupa nenhuma pra usar e que a carona vai ser com você mesma.

–Eeh... ganhei na loteria o melhor acompanhante de todos. – Digo sarcástica, então vamos de volta a loja onde as meninas nos esperam.

 

 

NARRATION — PEETA MELLARK

 

Eu realmente estou muito triste por não participar de um momento tão importante na vida de Katniss. Porém, não havia outra alternativa, eu tinha um corpo para me livrar.

Depois que Katniss saiu para o trabalho, o meu tinha começado. Até que é um ótimo dia para se livrar de um corpo, todos estavam ocupados com a formatura ninguém pensaria em vir até minha casa hoje. 

Acho que primeiro as pernas fica mais fácil de cortar o resto, então é por ali que eu começo. Depois de trancar a casa toda e pegar minhas ferramentas as partes dos membros de Gale começam a entrar no saco preto que havia separado. Havia dado um pouco mais de trabalho, pois tive que limpar tudo depois, mas eu estava sem pressa. 

Amarro a saco bem firme quando termino e vou até a mesinha e apanho minhas chaves junto com minha arma que por acaso só tinha uma bala.

Espero não ter que usa-lá hoje, talvez se tudo ocorrer perfeitamente eu ainda vá a formatura.

Meu carro já estava estacionado na porta dos fundos. Arrasto o corpo até lá, que mesmo picado, esse cara continuava pesado, e o coloco no porta malas. Olho para todos os lados, estava com uma sensação de estar sendo vigiado, mas talvez seja apenas algo da minha cabeça. Dou de ombros e sigo com meu trabalho, entro no carro e parto estrada a fora.

As ruas estavam um tanto desertas, mas como estava sem pressa resolvi respeitar todos os sinais, olho para a parte de trás de meu carro e noto que há algumas cordas, bem grossas. Por coincidência algumas das mesmas cordas que usei para matar Marvel... Aquele desgraçado!

E por um segundo eu volto ao passado. Lembro-me muito bem de sua face, ele era jovem demais, excitado pela vida, curioso, tinha um futuro brilhante pela frente, ta que seria como um atorzinho de merda, mas ele insistiu em mexer com a minha Katniss. Foi inevitável, eu tive que mata-lo, ele não podia mais ficar entre nós dois. Lembro de me deliciar com seu sangue jovem, acho que aquela foi a morte mais prazerosa que tive em fazer, era sangue fresco, uma vida nova sendo roubada, a sensação era diferente, eu sempre matei velhotes imundos, que já estavam praticamente mortos pela vida, mas Marvel... Queria ter o poder de voltar no tempo só para mata-lo mais uma vez e sentir novamente aquele prazer por sua vida.

O sinal vermelho se abriu então eu volto a seguir. Sabia para onde deveria ir. A floresta próxima ao hospital abandonado da cidade. Enterrei algumas pessoas lá, é deserto e o hospital estava falido, então a movimentação era nula.

 

Quando em fim chego ao destino, estaciono no estacionamento do hospital, retiro o saco do porta malas e vou arrastando-o até a floresta que não ficava nem um metro dali. 

Adentro mais a fundo da floresta, junto com a lanterna para enxergar meu caminho, pois o dia já tinha acabado a algum tempo, até que então paro e começo a cavar a cova de Gale.

Quanto mais eu cavava mais sentia a sensação de estar sendo observado. A cada parada para descansar eu observava a floresta, mas nunca via ninguém, até que enfim eu termino de cavar e é chegada a hora de jogar o lixo fora.

Avalio meu relógio e que ótimo, vai dar tempo de passar na formatura de Katniss. Olho para a cova ali aberta, pego o saco e o desamarro. Precisava ver aquela cena pela última vez. As partes de Gale emitiam um cheiro forte e ruim. Começo então a jogar cada pedaço dentro do buraco e a jogar a areia por cima.

–É sério, Peeta? Não poderia simplesmente ter jogado o corpo dele em um rio? – Ouço a voz mais medonha e irritante dizer. 

Viro-me e vejo Madge parada no meio daquela floresta de braços cruzados, ela olhava friamente para mim deixando uma leve lagrima escorrer de seus olhos, mas ainda assim, sem perder a ironia.

–Não, acho que em partes é bem mais foda manda-lo ao inferno. – Digo sorrindo de lado.

–Você é mesmo um doente.

–Eu agradeço o elogio, mas afinal o que você está fazendo aqui?

–Vim ver o que meu irmãozinho anda fazendo. – Responde ainda fria.

–Estava me seguindo mocinha? Você não tem coisa melhor pra fazer não, por que eu tenho e muitas. – Pego a pá e ando de volta ao estacionamento.

–Você o matou, por que fez isso? – Disse ela em seco me alcançando.

–Ele mereceu. Não o defenda, você sabe o que ele fez. – Madge se cala por um tempo, pensando em algo que eu jamais me importaria em saber, depois ela avança em mim, e me acerta um soco na barriga me fazendo cair para trás.

Tinha esquecido como essa pirralha tem a força de um caminhoneiro.

–VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE FAZER ISSO SEU LIXO! – Gritava ela me acertando um chute.

–AAAHH! Sua vadia! – Grito de dor.

Ela então me puxou pela gola da camisa me arrastando até o canto do estacionamento. Ela tinha pegado as cordas que estavam no meu carro, então resolvo reagir retirando sua mão da minha gola com força, ela reage sem pensar duas vezes e ali começamos uma luta corpo a corpo.

Acerto um soco em seu rosto, ela não sente tanto. Meu Deus eu estava lutando com um macho. Ela me acerta um outro soco, acho que senti mais do que ela em relação a meu soco. Que merda! Eu estou mesmo apanhando para uma garota? Madge definitivamente era uma versão mulher minha. Caralho, eu também sou tão irritante assim? 

Vamos para o chão e começamos a rolar trocando vários socos, até que eu consigo montar nela e finalmente prende-la. Apanho a corda que havia caído no chão e a amarro no poste de luz do estacionamento.

–Você é forte hein. Estou orgulhoso! – Digo apertando o nó enquanto ela se debate.

–Ja foi se fuder hoje, Peeta? – Caçooa ela.

–E tem um senso de humor igual a mim. Gosto do seu jeito!

–Eu definitivamente sou o que você sempre quis ser. Inteligente, bonita e calculista. Você é apenas um retardado que mata as pessoas por diversão. Sou uma versão bem mais avançada de você querido irmão!

–Nossa, e tem a auto estima lá em cima, que bom! – Continuo com a ironia.

–Admita Peeta, você me inveja! – Madge não esbanjava nenhuma expressão de medo, e aquilo me enraivecia demais.

Tudo que essa garota fala tem um efeito totalmente ridículo sobre mim e isso de certa forma me impressiona.

Todos por quem enfrento precisam temer a mim! Mas por que com ela não é assim? Aaahh!!

–Olha eu admito que há vezes em que você realmente consegue me surpreender.

–Também não é um grande desafio te fazer de otário. – Ela sorrir me provocando.

Ela não perde uma oportunidade!

Eu apenas me aproximo tentando mater meu controle

–Eu vou acabar com a sua bola! Claro, a menos que você decida parar antes que eu te mate ou quem sabe se aliar a mim. Já imaginou? É uma proposta e tando não acha irmãzinha?

–Pera ai. Isso é serio? – Pergunta ela surpresa, eu balanço minha cabeça em concordância, é então que ela começa a rir, não uma risada comum e sim uma estérica e irritante –Haha! Nossa, como você é um babaca! Hahaha!!

Ela continua rindo sem parar. Aquilo já estava me deixando mais furioso ainda. Ela estava debochando da minha cara e para mim foi a gota d'água. Acerto um soco em seu rosto com toda minha fúria, dessa vez fazendo o sangue descer e inesperadamente ela revida com uma joelhada diretamente no meio de minhas pernas.

–OOOHH! PORRA UNDERSEE! – Grito de dor caindo de joelhos no chão.

Quando percebo a vadia já tinha dado um jeito de se soltar e estava sentada a minha frente.

–É uma proposta tentadora maninho. Mentira, foi ridícula mesmo! Haha! Acho que no humor você me vence, mas enfim. O que acha de brincar um pouquinho irmão? Nós nunca tivemos essa oportunidade antes.

–Você é mesmo uma puta sabia!? – Rosno.

–Xiu! Sem xingamentos na hora da brincadeira. Mas entenda Mellark, podemos fazer uma negociação o que acha?

–Mas do que você está falando afinal? – Não aguento mais e acabo sentando no chão também.

–A brincadeira se chama roleta russa, é claro que você já ouviu falar e sabe como funciona. O fato é que você tem uma arma e apenas uma bala.

–E como você...

–Quem você acha que pegou as outras? 

–Ah, você vai...

–Continuado, a brincadeira irá acontecer da seguinte forma, mas primeiro, seja bonzinho e me dê a arma. – Ela se aproxima levando sua mão diretamente a onde a arma se mantia na parte de trás da minha calça e eu na hora a repreendo segurando em seu braço com força –Ah, não faz assim, eu não queria ter que apelar para isso. – Então com a outra mão ela segura o meu pau e o aperta com a força de um alicate.

Solto um berro pelo ato e ela aproveita a oportunidade e pega a arma.

–Você não precisava ter feito isso. Diferente de você eu tenho palavra e se eu disse que vamos brincar, nós iremos brincar. Espere pela morte apenas durante o jogo, ok? – Não respondo, somente a encarando com ódio enquanto massageio o local –Devo dizer que ai em baixo você estava mesmo muito bem antes de mim. Agora retornando ao foco, deixe-me explicar as regras. – Ela sorri começando a avaliar minha arma, então retira a bala só para coloca-la novamente, gira o tambor e faz impulso para o fecho aleatório da bala, puxa o cão e então aponta a arma em direção a minha cabeça –São duas alternativas, você vai morrer agora ou irá se entregar e deixar a mim e a sua amada namorada viver em paz.

–Haha! Eu sinto muito projeto de capeta, mas comigo as coisas não são assim. – Digo pegando a arma de sua mão e posicionando-a eu mesmo em minha testa –Eu, não irei me entregar coisa nenhuma. – Quando aperto o gatilho sinto um leve desespero bem lá no fundo, mas isso logo passa ao ouvir o "tic" que a arma faz.

Madge me olha pela primeira vez naquele momento assustada, talvez surpresa demais com a minha coragem e também com medo por meu próximo ato. 

Repito o mesmo processo feito por ela anteriormente e engatilho, apontando o cano entre seus olhos que agora não pareciam tão superiores.

–Não se importa não é mesmo? Afinal foi você que quis começar a brincar. – Digo desafiador.

–Você não me assusta! – Fala ela em seco.

–Não? Então podemos esperimentar duas chances para você né? Esse é o preço por brincar comigo. Agora vamos descobrir juntos se você tem sorte? Caso contrário você morre.

–Vai se fuder! – Ela solta amedrontada e sem nem mesmo avisar eu pressiono o gatilho, infelismente tendo a decepção da falta de bala ali.

–Olha, descobri que a cadela também tem mais de uma vida. Pronta pra próxima? – E novamente o processo de repeti, terminando com o cano em seu queixo –Ainda da tempo de vim trabalhar para mim.

–Atira logo seu merda! Você não me bota medo! Desista, você nunca terá minha mente brilhante trabalhando pra você! – Madge se mantia fria mesmo diante a morte, ela me fascinava as vezes e isso me irrita –Entenda Peeta, você não me intimida.

–Veremos. Ultimas palavras? 

–Monstro! – Então eu aperto e...

Merda! Sempre da certo na segunda vez!

–Mas que porra! – Resmungo.

–Ah, Peeta. Tente novamente outro dia... – Ela fala sorrindo, então pega a minha arma, roda o tambor pela ultima vez e atira para o alto, fazendo a bala ir em direção ao céu –Quem sabe você até consiga!


Notas Finais


Digam o que acharam amoras!
Pedimos desculpa pela demora e sem a cobrança de algumas de vocês esse capitulo realmente não iria sair tão cedo (Isso até por minha parte Bella, pois vocês devem saber que a Ana é o nosso caso) e admito que não ver tanto interesse nos desanima bastante.
De qualquer forma esperamos que tenham gostado e também tenho um novo projeto que queria compartilhar com vocês.

Link:
https://spiritfanfics.com/historia/seu-refugio-6688689

Essa é uma nova fic que postei e será pequena, apenas de dois capítulos, mas espero que se interessem e dêem uma olhada😘

Vamos esperar por suas opiniões e até a próxima!

Bjss


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